domingo, 4 de dezembro de 2011

Exilados de Capela

Sistema de Capela
Uberaba (MG), 17 de agosto de 1938
 Emmanuel (Espírito)





































Curitiba (PR), 16 de fevereiro de 1967.

Ramatís (Espírito)


          “As raças adâmicas – O sistema de Capela – Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo. Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de usa existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.”
 (Livro: A Caminho da Luz- Emmanuel- Francisco Cândido Xavier, Cap. III, pág. 33)
“Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização. Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos. As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores”.
(Livro: A Caminho da Luz- Emmanuel- Francisco Cândido Xavier, Cap. III, pág. 35)

          “Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador  de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir. Aqueles seres angustiados e aflitos,que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.       
(Livro: A Caminho da Luz- Emmanuel- Francisco Cândido Xavier, Cap. III, pág. 36)

         PERGUNTA: Conforme narra a Bíblia, Adão e Eva eram o primeiro casal e pais de dois filhos, Caim e Abel. O primeiro matou o segundo; e no entanto, a Terra depois povoou-se de criaturas dos mais variados tipos. Como se explica isso?

RAMATÍS: A prova de que já existiam habitantes na Terra, quando do exílio dos remanescentes do satélite de Capela para constituírem-se a raça adâmica e tronco original dos árias, pode-se verificar no próprio Gênesis, quando Caim, após ter assassinado Abel, sai pelo mundo sob o estigma do homicídio fraterno. Diz então o Gênesis: “E Caim, tendo-se retirado de diante da face do Senhor, andou errante pela Terra, e ficou habitando no país que está ao nascente do “Eden”. E conheceu Caim sua mulher, a qual concebeu, e pariu a Henoch. E ele edificou uma cidade, e a chamou Henoch, do nome de seu filho. Henoch, porém, gerou a Irad e Irad gerou a Maviel, e Maviel gerou a Mathusael, e Mathusael gerou a Lamech.” (Gênesis, 4: vs. 16 a 19).
      Obviamente, quando Caim matou Abel já existiam outros povos na Terra, remanescentes dos próprios terrícolas, de exilados de Marte e do satélite de Júpiter, todos provindos das civilizações desaparecidas da Atlântida. Em consequência, o primeiro casal bíblico não passa de alegoria representando o núcleo central dos exilados de Capela. Aliás, contrariando a convicção de alguns religiosos dogmáticos, depois de Caim e Abel, Adão e Eva ainda tiveram outro filho chamado Seth, conforme diz o Gênesis: “Tornou Adão a conhecer sua mulher; e ela pariu um filho, e lhe pôs o nome de Seth, dizendo: “O Senhor me deu outro filho em lugar de Abel, que Caim matou” (4: v. 25). Diz ainda o Senhor que fez o homem à sua semelhança, criou macho e fêmea e os chamou pelo nome de Adão no dia em que foram criados; Adão, depois que gerou Seth, ainda gerou mais filhos e filhas e viveu durante 930 anos.” (Gên., 5: 1 a 5)
     Essa narrativa identifica perfeitamente que Adão e Eva representavam, na Terra, os “filhos de Deus”, ou seja, os “exilados” de Capela. Haviam desenvolvido a consciência de tal modo, que isso já os classificava como os “filhos de Deus”, mas rebeldes, anjos decaídos e expulsos do Paraíso. Mas é preciso distinguir os espíritos exilados ou “filhos de Deus”, descidos do céu, dos demais habitantes primitivos que já existiam na Terra e nessa época ficaram sendo conhecidos como os “filhos dos homens”!

PERGUNTA: Poderíeis dar-nos alguma indicação desse fato na Bíblia, ou em qualquer outra obra espiritualista?

RAMATÍS: Diz o Gênesis: “Como os homens tivessem começado a multiplicar-se sobre a Terra e tivessem gerado filhas; vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram por suas mulheres as que dentre elas lhes agradaram mais! Ora, naquele tempo havia gigantes sobre a Terra. Porque depois que os filhos de Deus tiveram comércio com as filhas dos homens, geraram estes filhos que foram uns homens possantes e afamados nos séculos” (Gên., 6: 1 a 4).
     Sem dúvida, o próprio Gênesis explica que os espíritos exilados ou adâmicos foram expulsos do paraíso de Capela e casaram-se com as filhas formosas dos “homens da Terra”. Ademais, havia outra raça de gigantes sobre a Terra, ou seja “exilados” de Júpiter e de grande estatura como ainda é possível encontrar-se alguns raros no orbe, mas já enfraquecidos na sua contextura original.
     Mas a narrativa bíblica sofre muitos hiatos e truncamentos na sua história original da humanidade, em face de tantas traduções que lhe perturbaram o espírito histórico da realidade, transformando em melodramas siderais aquilo que não passou de singelo acontecimento da vida humana! Foram fatos sem expressões altiloquentes, apenas cingidos às leis comuns e costumes naturais do povo; tudo se procedeu como notícias de imprensa e não sob o aspecto tão cerimonioso ou melodramático, que os historiadores religiosos lhe emprestam no futuro. Muita coisa clara foi obscurecida e fatos sem importância elevadas à conta de acontecimentos incomuns.
 
Ramatís (Espírito) – “A Missão do Espiritismo” – psicografado por Hercílio Maes.


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