domingo, 1 de janeiro de 2012

Situação dos Exílados no Planeta-Exílio

Foto: Revista Veja
(Atualizado em: junho de 2012)

Porto Alegre, outubro de 2002.

Poderias esclarecer-nos sobre o sentimento de arrependimento e a precariedade que os exilados encontrarão no planeta-exílio?

HERMES: - A nova morada dos exilados será literalmente um mundo onde a “dor e o ranger de dentes” será uma constante, como preceituou Jesus. O planeta absinto não possui o conforto e a relativa serenidade da Terra; ele ainda é um mundo instável com profundas oscilações climáticas e sísmicas. Tais variações inesperadas dificultarão, nos primeiros séculos da migração, qualquer tentativa de estruturação de uma sociedade primitiva harmonizada, baseada na agricultura. Os exilados necessitarão buscar alimento e abrigo como nômades, procurando novas terras a cada novo cataclismo regional que vivenciarão, e terão de adaptar-se às bruscas mudanças de temperatura: tanto ao frio causticante quanto ao calor literalmente infernal. Além do mais, haverá uma incompatibilidade inicial entre os seus moldes perispirituais, ainda afinados aos corpos terráqueos, e os futuros veículos de manifestação física gerados nesse novo mundo, o que gerará deformidades e desajustes orgânicos nas primeiras encarnações. Em meio a tanto caos, esses espíritos clamarão por clemência e finalmente procurarão respeitar e seguir a Lei de Evolução Espiritual do Criador. Infelizmente, esse processo se dará com dor e sofrimento, e não por meio do amor e da sabedoria, caminho escolhido pelos eleitos do Cristo que prosseguirão na Terra para encarnações mais felizes.

PERGUNTA:- Gostaríamos de saber mais sobre essa incompatibilidade dos futuros corpos físicos em relação ao períspirito dos exilados.

HERMES:- O corpo espiritual é um veículo de interligação entre o espírito imortal e os corpos de natureza física para manifestação na vida humana. Assim sendo, ele é um molde adaptável ao corpo a que irá dar vida durante uma nova encarnação física. Como os exilados possuirão um molde perispiritual adaptado aos moldes da Terra, que é um corpo mais avançado em relação aos do planeta-exílio, isso causará, a princípio, uma incompatibilidade na união perispírito-corpo físico. Seria o mesmo que colocássemos um motor potente, mas adequado a veículos com aerodinâmica perfeita, em uma carroça ou carro antiquado. Fatalmente haveria graves disfunções nesse veículo. Resumindo: ocorrerá com os exilados dificuldades motoras e mentais, além de dores orgânicas intensas, em decorrência da precariedade dos novos corpos físicos do planeta-exílio. È provável que haja uma adaptação aceitável, permitindo-lhes uma vida menos sofrida, somente a partir da terceira encarnação no novo molde.
Hermes, Livro: A Nova Era – médium Roger Bottini Paranhos

Belo Horizonte (MG), janeiro de 2012.
(...) “Convém levar em consideração algo de vital importância. Se a solução para certos espíritos é o degredo do orbe e a consequente relocação noutras comunidades do universo, é porque já passaram por todas as etapas prévias a esta medida e esgotaram a totalidade dos recursos reeducativos e reencarnatórios possíveis no ambiente terrestre. Talvez o expatriamento soe como providência drástica, mas não é, em nenhuma hipótese, descabida ou fruto de destempero. Já o dissemos antes: a justiça divina não é jamais dissociada da misericórdia. Em termos gerais, só serão expatriados ou sofrerão a transmigração aqueles que passaram por absolutamente todos os níveis de tentativa de reintegração no mundo original. É preciso registrar, porém, que também serão expatriados alguns benfeitores que pediram para acompanhar os renitentes, visando auxiliar os grupos cármicos – conforme explicamos, compostos por indivíduos com necessidade parecidas.”
        “Essas almas que esgotaram os recursos da escola terrestre renascerão compulsoriamente em mundos onde as comunidades de espíritos primitivos cultivem valores semelhantes, senão iguais aos dos grupos de seres relocados, inclusive com as perturbações e posturas antiéticas que lhes são peculiares. E essa é uma questão natural, imposta não como punição, mas como elemento organizador do sistema de vida de cada mundo. A Terra, como acontece em qualquer lugar, suporta abrigar somente os espíritos situados dentro de determinada faixa de aprendizado, que é oferecida pelo próprio planeta. Atingido o limite máximo de tentativas, ocorre o expatriamento dos seres de comportamento contrário à ética cósmica, que passarão a viver noutras terras, noutras habitações, afinadas à sua natureza e às patologias espirituais que lhes acometem.” (...)

        (...) – O chamado mundo primitivo não é apenas um planeta, senão vários, conforme temos notícia em nossa dimensão – respondeu o espírito transfigurado em criança. – Algumas moradas estão reservadas ao filhos da Terra que irão recomeçar sua trajetória entre as estrelas da imensidade. Na verdade, a classificação de mundo primitivo não guarda relação direta com a natureza boa ou má de seus habitantes. Esses planetas para onde serão transferidos os humanos do planeta Terra representa um novo lar, uma nova oportunidade de trabalho para quem não mede esforços ao lidar com os problemas humanos, assim como um belo campo de aprimoramento intelectual e moral para aqueles que, lá, assumirão papel de referência perante os irmãos de humanidade. Ou seja, serão planetas exultantes de vida, de trabalho, de desafios sublimes, de campo experimental para a inteligência, a alma e o coração humanos. Não consideremos o expurgo algo ruim ou mesmo punição divina; sobretudo o consideremos abençoada ocasião de lutas. Por certo será interpretado por muitos como castigo, principalmente entre os futuros degredados, mas, entre as almas mais esclarecidas, deve ser visto como oportunidade de elevação e ajuda humanitária. (...)


        (...) – E quanto àqueles que partirão? Como ficarão no novo mundo, em relação ao aprendizado acumulado aqui na Terra, frente aos choques culturais naturalmente esperados, no local onde passarão a viver?
       - Bem pensado, Ângelo; bem elaborada a pergunta. O espírito que for transmigrado, seja ele espírito comum ou um dos milenares opositores ao sistema do Cordeiro, sem dúvida enfrentarão sérios desafios, mas que poderão ser catalogados como elemento de aprendizado.
       “Inicialmente, enfrentarão um tipo de choque inevitável, de cunho mais pessoal, pois terão de conviver, aprender e interagir num ambiente físico diverso daquele a que estão acostumados, durante milênios de permanência no lar então perdido, do qual partiram. Falo da construção de moradias, de adaptar-se a alimentos e hábitos alimentícios diferentes, entre outros aspectos. Isso não é algo fácil de encarar.”
       “Outros sofrerão uma crise incomum, profundamente complexa e inédita para a consciência de grande parte, ao depararem com uma ecologia diferente, com leis naturais possivelmente distintas das que o espírito conheceu na Terra, o que demandará um  tempo dilatado até que aprenda a lidar com o novo sistema ecológico e os desafios que lhe são inerentes.  Considere que as características tanto da fauna quanto da flora locais provavelmente diferirão, em larga escala, daquilo com que estavam familiarizados.
        “Diante do desafio da ecologia e da vida material no novo mundo, é natural pensar que terão de empregar a quase totalidade do potencial mental para a sobrevivência na nova morada. Essa realidade fará com que as possíveis reminiscências da memória espiritual fiquem prejudicadas ou em segundo plano. Dito de outra forma: os novos moradores daquele orbe terão pouco tempo para se dedicar, durante séculos, às memórias extrafísicas. Isso sem mencionar as dificuldades de se adaptarem aos novos corpos, que, embora humanoides, até onde sabemos, em muitos e muitos aspectos serão diferentes e menos elaborados que os corpos deixados no planeta Terra. Em função dessa mudança marcante, drástica e compulsória, restará aos habitantes recém-chegados apenas se unirem, em pequenos grupos de afinidade de gostos e ideias, o que não será tão fácil nos primeiros momentos, mas, com certeza, será de extrema importância para o aprendizado no novo ambiente planetário.”
O Fim da EscuridãoReurbanizações Extrafísicas – pelo espírito Ângelo Inácio – psicografado por Robson Pinheiro.


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