segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Hierarquia Divina

Galáxia NGC 628- Imagem: NASA, ESA, (STScI/AURA)
Dentro da realidade que percebemos, a que mais nos impressiona, dos cinco sentidos, é a visão, depois a audição.  O nosso foco de atenção está voltado sempre para o efeito, e não para as causas das coisas. Um exemplo claro disso é quando usamos um celular moderno; quando estamos falando com alguém que está muito distante,  o foco de nossa atenção é no teor da conversa, não nos preocupamos de que forma a conversa chega até nós. Com a televisão e computadores, também, é a mesma coisa; não nos preocupa de que forma a imagem chega até nós. Se pararmos para raciocinar um pouco, sobre a causa dos fenomenos, vamos perceber que estamos mergulhados num espaço onde circula, simultaneamente, diversas ondas eletromagnéticas, com comprimentos de ondas e frequencias diferentes entre si, e que não se misturam. Além das frequencias da luz visível e do som que percebemos, há as frequencias de rádio, microondas, infravermelho, ultravioleta, e outras,  que são captadas por aparelhos específicos, tais como o rádio, televisão, celular, computador, etc. Após esse simples raciocínio, já não podemos afirmar  que acreditamos só no que vemos e ouvimos. Porque a realidade que percebemos através dos sentidos comuns e da instrumentação cientifica é o mundo que conhecemos como sendo da terceira dimensão, onde há a altura, largura e o tempo. Na Atualidade, sabemos que há outras realidades, que ainda não podemos perceber através dos sentidos comuns, e nem pela instrumentação cientifica, pois elas vibram em outras frequencias ainda não descobertas. Mas, estas outras realidades podem ser pecebidas pela razão, fazendo-se uma reflexão sobre as revelações que a espiritualidade maior nos transmitem, através do fenômeno mediúnico. Com a fé raciocinada, unida ao conhecimento científico, podemos ampliar o nosso conceito sobre Deus, nós e o universo.
Lau
 
Pedro Leopoldo (MG), 17 de agosto de 1938.

Emmanuel
Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
     Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
     A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.
 (A Caminho da Luz – Emmanuel – Francisco Cândido Xavier Cap.I – A Comunidade dos Espíritos Puros)

Curitiba (PR), 15 de dezembro de 1964.

Ramatís
JESUS DE NAZARÉ E O CRISTO PLANETÁRIO
     (...) PERGUNTA:- Conforme deduzimos de vossas palavras, então Jesus é uma entidade e o Cristo outra? Porventura tal concepção não traz mais confusão entre os católicos, protestantes e espíritas, já convictos de que Jesus e o Cristo são a mesma pessoa?
     RAMATÍS:- Em nossas singelas atividades espirituais, nós transmitimos mensagens baseadas em instruções recebidas dos altos mentores do orbe. Portanto, já é tempo de vos afirmar que o Cristo Planetário é uma entidade arcangélica, enquanto Jesus de Nazaré, espírito sublime e angélico, foi o seu médium mais perfeito na Terra! O excessivo apego aos ídolos e às fórmulas religiosas do vosso mundo terminam por cristalizar a crença humana, sob a algema dos dogmas impermeáveis a raciocínios novos e para não chocar o sentimentalismo da tradição. As criaturas estratificam no subconsciente uma crença religiosa, simpática, cômoda ou tradicional, e, obviamente, terão de sofrer quando, sob o imperativo do progresso espiritual, têm de substituir sua devoção primitiva e saudosista por outras revelações mais avançadas sobre a Divindade. Os religiosos de tradição, herdeiros e repetidores da crença dos seus avoengos e preferida pela família, habituados a “adorar” e jamais “pensar”, sentem-se amargurados quando têm de abandonar as imagens preferidas de sua devoção, e substituí-las por outras mais estranhas!
     Assim, correspondendo à assimilação progressiva humana, Deus primeiramente foi devocionado pelos homens primitivos através dos fenômenos principais da Natureza, como o trovão, a chuva, o vento, o mar e o Sol! Em seguida, evoluíram para a figura dos múltiplos deusinhos do culto pagão. Mais tarde, as pequenas divindades fundiram-se, convergindo para a idéia unitária de Deus. Na Índia honrava-se Brahma, e Osíris, no Egito; e Júpiter na Olímpia; enquanto os Druídas, no seu culto à Natureza, cultuavam também uma só unidade! Moisés expressa em Jeová a unidade de Deus, embora ainda o fizesse bastante humanizado e temperamental, pois todos os sentimentos e emoções dos hebreus, no culto religioso, fundiam-se com as próprias atividades do mundo profano! Com o aparecimento de Jesus, a mesma idéia unitária de Deus evoluiu então para um Pai transbordante de Amor e Sabedoria, que pontificava acima das quizílias humanas, embora os homens ainda o considerassem um doador de “graças” para os seus simpatizantes e um juiz inexorável para os seus contrários. (...)
     Livro: “O Sublime Peregrino” - Ramatís (Espírito), psicografado por Hercílio Maes.
     PERGUNTA:- Em face dessa distinção de Jesus ser o intermediário do Cristo Planetário da Terra, gostaríamos que nos désseis maiores esclarecimentos sobre o assunto.
     RAMATÍS:- Jesus, como dissemos, não é o Cristo, mas a consciência angélica mais capacitada para recepcionar e cumprir a sua vontade em cada plano descendente do reino angélico até a Terra. Em sua missão sublime, Jesus foi a “janela viva” aberta para o mundo material, recebendo do Cristo as sugestões e inspirações elevadas para atender à salvação das almas, em educação na crosta terráquea. No entanto, Jesus também ascenciona ininterruptamente pela expansão ilimitada de sua Consciência e libertação definitiva das formas dos mundos planetários transitórios. É provável, portanto, que no próximo “Manvantara” ou “Grande Plano” ele também já se gradue na escala arcangélica; e então participará diretamente da criação dos mundos sob a inspiração do Arcanjo, do Logos ou do Cristo do vosso sistema solar.(...)
     (...) Em consequência, o divino Logos ou Cristo já atuou através de Moisés, Crisna, Isaías, Zaratrusta, Zoroastro, Buda, Maomé, Confúcio, Fo-Hi, Anfión, Numu e muitos outros instrumentos humanos. Mas Jesus foi o mais fiel intérprete do Cristo planetário, na Terra; ao completar 30 anos de idade física, quando lhe baixa sobre a cabeça a pomba simbólica do Espírito Santo, durante o batismo efetuado por João Batista, Jesus passou a viver, minuto a minuto, as fases messiânicas do plano espiritual, traçado pelo seu elevado mentor, o Cristo ou Arcanjo do orbe.
Livro: “O Sublime Peregrino” - Ramatís (Espírito), psicografado por Hercílio Maes.
São Paulo (SP), 28 de setembro de 1987.
     (...) Mas de volta onde nos posicionamos hoje, no Universo Astral, enquanto aqui estivermos teremos a supervisão da Hierarquia Galáctica – ou Divindade Galáctica -, a qual está em Sintonia Espiritual Pura com a Consciência do Supremo Espírito, através da Coroa Divina. Essa Divindade Galáctica ou Colegiado Galáctico estende Suas poderosas vibrações a outros Seres Espirituais de Altíssima relevância, os quais dão formação à Hierarquia Constituída Galáctica.(...)
    
    (...) Essa dita Hierarquia Constituída Galáctica, por sua vez, supervisiona as Hierarquias solares ou dos sistemas planetários como um TODO.
     No sistema solar, tomado isoladamente, temos a DIVINDADE SOLAR ou o Verbo Divino, o qual promove Hierarquias afins nos sistemas solares de uma galáxia.
     Dentro do sistema solar, temos os planetas, nos quais encontraremos o “DEUS PLANETÁRIO”, o qual já promove a Hierarquia Planetária Superior e Inferior. A Hierarquia Planetária Superior é composta de todos os Seres Espirituais ligados diretamente, em vibrações, com a DIVINDADE PLANETÁRIA. São Seres Espirituais distintos da coletividade planetária. São esses Seres Espirituais que “mediunizaram” no espaço-tempo, os Grandes Condutores de Raça, os Profetas ou Grandes Iniciados. Raros deles já desceram até a crosta planetária. São Seres Espirituais de outros planetas mais elevados que, por Amor e Misericórdia, se dignaram a vir ajudar seus irmãos, menos evoluídos, que se demoram no turbilhão do erro e da consciência culpada. Enfim, são grandes Seres Espirituais, que entendem que grande é a FAMÍLIA CÓSMICA UNIVERSAL.

     A Hierarquia Planetária Inferior é formada por Seres Espirituais que se encontram em planos superiores do planeta, mas fizeram parte desta coletividade planetária. É o que podemos chamar de Confraria dos Espíritos Ancestrais, os quais foram grandes Tubaguaçus, como se expressa no NHEENGATU, os Grandes Condutores de Raça em todas as épocas ou eras do planeta.
    
     (...) Outrossim, nossos Filhos de Fé devem ter percebido que, desde a Hierarquia do Cosmo Espiritual até a Planetária, já no Universo Astral, todas essas Hierarquias, através de seus Dirigentes Maiores, se encontram em sintonia vibratória com a Hierarquia imediatamente superior, até alcançarem a Hierarquia Divina. É o que entendemos por Consciência Una, isto é, as várias Potências Espirituais que em seus planos afins vibram em sintonia com o Divino Espírito.

     Ao citarmos HIERARQUIA PLANETÁRIA, entraremos aqui diretamente nos conceitos relativos ao nosso planeta Terra.
    Essa Hierarquia Planetária, relativa ao nosso planeta, 3º de nosso sistema solar, que caminha no espaço entre as órbitas de Vênus e Marte, tem também promovido de há muito sua função em conjunto com a Divindade Planetária.
    A Divindade Máxima de nosso planeta é o CRISTO JESUS, o OXALÁ de nossa Umbanda. De fato, ele é, por misericórdia, o Tutor, o responsável Kármico pelo nosso planeta, quer seja da 1ª à 7ª esfera do Astral Superior como da 1ª à 7ª esfera do Astral Inferior, dirigindo-se às regiões subcrostais. O CRISTO JESUS é o “SENHOR DO PLANETA TERRA”, promovendo HIERARQUIAS, SUB-HIERARQUIAS, COMANDOS, SUBCOMANDOS, etc.

     Lembrando o que já explicamos em relação à Hierarquia Planetária, queremos ressaltar que a Hierarquia Planetária Superior do Planeta Terra é o que chamamos de “Hierarquia Crística”, a qual é responsável, em nível muitíssimo elevado, pela supervisão do planeta.
     (...) Após nossa exposição, queremos deixar patenteado que de forma alguma o pensamento interno da Corrente Astral de Umbanda é politeísta, ou seja, fragmenta a Divindade em Divindades menores. Somos totalmente monoteístas, mas no sentido que aqui empregamos, no sentido de Suprema Consciência Una. Já nos fica difícil entender as Hierarquias relativas ao nosso planeta, que diremos então das Hierarquias de outros planetas em nosso próprio sistema solar, ou mesmo de outro sistema solar, e daí até as várias galáxias? Começa a ficar impossível para nosso mental tornar inteligível ou acessível. (...)
Livro “A Proto-Síntese Cósmica” – Espírito ORISHIVARA – médium Yamunisiddha Arhapiagha F. Rivas Neto

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Espectro Eletromagnético



Luz visível – as ondas eletromagnéticas que possuem frequência entre 4,6 x 1014 Hz a 6,7 x 1014 Hz são percebidas pelos olhos humanos. Nossos olhos percebem a frequência de 4,3x1014 Hz como a cor vermelha. Frequências abaixo desta não são visíveis e são chamados de raios infravermelhos.  A frequência de 7x1014 Hz é vista pelo olho como cor violeta. Frequências acima desta também não são visíveis e recebem o nome de raios ultravioleta.


RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS
     De nada serviriam os intrumentos astronômicos e nossos olhos, se os astros não emitissem luz. É a luz deles provenientes que, sensibilizando nossos órgãos visuais, ou detectadas pelos instrumentos, nos permite vê-los e estudá-los.
     De maneira simples, a luz pode ser compreendida como sendo uma forma de energia que, ao atingir nossos olhos, dá-nos a sensação da visão e das cores. Atualmente sabe-se que a luz visível é apenas uma pequena parte do conjunto de radiações eletromagnéticas.
     Estas radiações se propagam pelo espaço, à velociade de 299.792,6 km/s (no vácuo), sob a forma de ondas de energia. Associadas à energia das radiações eletromagnéticas encontram-se duas grandezas denominadas frequência e comprimento de onda.  Quanto maior a energia associada a uma radiação eletromagnética, maior será sua frequencia e menor será seu comprimento de onda. A luz, bem como todos os demais tipos de radiações eletromagnéticas, é então caracterizada por estas grandezas.
(Fundamentos de Astronômia – Org. Romildo P. Faria –Papirus)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Galáxias

1 A.L. = 9,46 x 10¹² Km
O ano-luz (A.L.) é a distância que a luz percorre no espaço vazio em um ano. A velocidade da luz no vácuo é 299.792,6 km/s; e, já que em um ano existem 365,25 dias, que correspondem a 31.557.600 segundos, multiplicando a velocidade da luz pelos numeros de segundos de um ano teremos 9,46 trilhões de quilômetros.

O site do Telescópio Espacial Hubble estima que há centenas de bilhões de galáxias no universo.  Uma recente simulação através de um supercomputador alemão estima que o número possa ser mais que 500 bilhões de galáxias no universo.

Galáxias Anãs no Aglomerado Coma
Nas imagens de luz visível, mais de mil galáxias podem ser vistas dentro de um volume de aproximadamente 20 milhões de anos-luz, através do rico Aglomerado de Galáxias Coma. Mas, imagens em infravermelho do Aglomerado Coma estão sendo agora usadas para adicionar milhares a mais na contagem de galáxias do Coma, na forma de galáxias anãs, ainda anteriormente não descobertas.
Esta composição combina dados de imagens do Telescópio Espacial Spitzer (vermelha e verde), com os dados da luz visível do “Sloan Sky Survey” (azul), na parte central do aglomerado.

Esta imagem composta da M31 (conhecida também como a Galáxia Andrômeda) mostra, em dourado, dados de raios-X do Observatório Chandra X-ray da NASA; e, em vermelho, dados óticos obtidos através de Exame Digitalizado do Céu, utilizando luz azul e infravermelha, a partir do Telescópio Espacial Spitzer. Os dados de Chandra cobrem somente a região central do M31, como mostra o quadrado inserido na imagem.
Creditos: X-ray: NASA/CXC/MPA/M.Gilfanov & A.Bogdan; Infrared: NASA/JPL-Caltech/ SSC; Optical: DSS

Imagem da Galáxia Messier 101, obtida com o Telescópio Espacial Hubble.
Image Credit: NASA, ESA, CXC, SSC, and STScI

A Arp 274, conhecida também como NGC 5679, é um sistema de três galáxias que está há aproximadamente 400 anos-luz da Terra, na constelação de Virgem. Em abril de 2009, a Câmera Planetária de Campo Amplo 2, do Telescópio Hubble, foi usada para obter a imagem. Filtros azuis e infravermelhos foram combinados com um filtro que isolasse a emissão de hidrogênio.
Credito: NASA, ESA
Galáxias, Galáxias em toda parte – tão distantes quanto o Telescópio Espacial Hubble pode ver. Esta vista de quase 10.000 galáxias é a mais profunda imagem de luz-visível do cosmos. Chamada de Campo Ultra Profundo do Hubble, esta vista de galáxias representa uma amostra de núcleo profundo do universo, cortando através de bilhões de anos-luz.
A Imagem inclui galáxias de várias idades, tamanhos, formas e cores. As galáxias menores, as mais vermelhas, aproximadamente 100, podem estar entre as mais distantes conhecidas, existindo desde quando o universo tinha apenas 800 milhões de anos de idade. As galáxias mais próximas – as mais largas, mais brilhantes, com espirais bem definidas e elípticas – surgiram há aproximadamente um bilhão de anos atrás, quando o cosmos tinha 13 bilhões de anos.
Nessa imagem, azul e verde correspondem às cores que podem ser vistas pelo olho humano, tal como estrelas quentes, jovens, azuis e o fulgor de estrelas como o Sol, nos discos das galáxias. O vermelho representa a luz do infravermelho próximo, que é invisível ao olho humano, tal como o fulgor vermelho de galáxias empoeiradas.  A imagem exigiu 800 exposições tomadas através do curso de 400 órbitas do Hubble ao redor da Terra. O total do tempo de exposição foi de 11,3 dias, tomadas entre 24 de setembro de 2003 e 16 de janeiro de 2004. (traduzido por Lau)
Créditos: NASA, ESA, S. Beckwith (STScI) e a equipe HUDF

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Suprema Consciência-Una

Olhando ao nosso redor, observando a natureza; olhando para as estrelas que brilham na noite, e conscientes que são milhares de planetas existentes no universo; e, observando as diversas imagens de galáxias mostradas pela ciência astronômica, percebemos que existe uma Inteligência Suprema criadora de todas estas maravilhas. Os nomes: Tupã, Zamby, Alah, Brahman, Deus, e outros tantos, utilizados por cada cultura, referem-se a essa mesma Inteligência Suprema. A compreensão desta Inteligência Suprema originou-se através das revelações, por intermédio dos profetas de cada época. Através da literatura espiritualista, percebemos que as mensagens do plano espiritual foram reveladas de forma gradativa para cada cultura; e, os profetas, através do fenômeno mediúnico, quando receberam essas revelações, traduziram-nas de acordo com suas convicções e conhecimentos culturais de sua época. A seguir, vamos ampliar o nosso conceito sobre a Inteligência Suprema.
Lau
3 Realidades Extrínsecas (nenhuma foi gerada da outra)



Moisés, 1593~ 1472 a.C.
Êxodo 6
2. Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu sou o SENHOR.
3. E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido.

Sec. IV a.C.
Fala Arjuna:
1 – Que é Brahman? Que é o Eu Supremo? Que é a Alma de todas as almas? Que é a Essência de todas as existências? Que é a Realidade neste mundo de aparências?
Fala Krishna:
3 – Eu sou Brahman, o Único, o Imperecível. Esse Brahman, o Supremo Eu, é a alma de todas as almas. O que nasce de mim e é a causa de toda a evolução chama-se Karma, a atividade cósmica.
4 – Quando eu me revelo nos diversos seres, sou chamado o Universo dos fenômenos visíveis; sou então o Brahman imanente em tudo, o Espírito que habita em todas as coisas. Eu sou a força criadora em todas as criaturas. (...)
(Bhagavad Gita – A Sublime Canção – Krishna- Huberto  Rohden)
90 d.C.
João I
3. O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.
5 . E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.
Maomé
(Mohammed)
De Meca, 570 d.C. ~ Medina, 8 junho de 632
"Ele é Deus e não há outro deus senão ele, que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Ele é Deus e não há outro deus senão ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os epítetos mais belos"
Alcorão (Sura 59, 22-24).
Paris, 18 de abril de 1857

Allan Kardec

1. O que é Deus?
- Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
4. Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?
            - Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.
    Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O Universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa.

13. Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos uma idéia completa de seus atributos?

- Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo; mas ficai sabendo que há coisas da inteligência do homem mais inteligente, e para as quais a vossa linguagem, limitada às vossas idéias e às vossa sensações, não dispõe de expressões. A razão vos diz que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, pois se tivesse uma de menos, ou que não fosse em grau infinito, não seria superior a tudo, e por conseguinte não seria Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus não deve estar sujeito a vicitudes e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação é capaz de conceber.

     Deus é eterno. Se ele tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou, então, teria sido criado por um ser anterior. É assim que, pouco a pouco, remontamos ao infinito e à eternidade.
    É imutável. Se ele estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo não teriam nenhuma estabilidade.
    É imaterial. Quer dizer, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, pois de outra forma ele não seria imutável, estando sujeito a transformação da matéria.
    É o único. Se houvesse muitos Deuses, não haveria unidade de vistas nem de poder na organização do Universo.
    É todo-poderoso. Porque é único. Se não tivesse o poder soberano, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa quanto ele, que assim não teria feito todas as coisas. E aquelas que ele não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.
    É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e esta sabedoria não nos permite duvidar da sua justiça, nem da sua bondade.
(Allan Kardec- O Livro dos Espíritos- Cap. I)
Paris, janeiro de 1868
     2.- É princípio elementar que se julgue uma causa por seus efeitos, mesmo quando não se vê a causa.(...)
     3.- Um outro princípio também elementar, passado ao estado de axioma, por força de verdade, é que todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente.(...)

     NATUREZA DIVINA
     8.- Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreender Deus nos falta, ainda, o sentido que não se adquire senão pela completa depuração do Espírito. Mas o homem não pode penetrar a sua essência, sendo a sua existência dada como premissa, pode, pelo raciocínio, chegar ao conhecimento dos seus atributos necessários; porque, em vendo o que não pode deixar, sem cessar, de ser Deus, disso conclui o que deve ser.
     Sem o conhecimento dos atributos de Deus seria impossível compreender a obra da criação; é o ponto de partida de todas as crenças religiosas, e foi pela falta de a ela se referirem, como farol que poderia dirigi-las, que a maioria das religiões errou em seus dogmas. As que não atribuíram a Deus a onipotência, imaginaram vários deuses; as que não lhe atribuíram a soberana bondade, dele fizeram um deus ciumento, colérico, parcial e vingativo.
     (Allan Kardec- A Gênese – Cap. II)
São Paulo, 28 de setembro de 1987.
      Há uma realidade que é universalmente aceita em todos os planos do Espírito: a eterna existência do Supremo Espírito – Deus.
     Na Umbanda, cremo-Lo como de Perfeição Absoluta, a Suprema Consciência-Una.
    Também afirmamos que o Supremo Espírito domina e dirige TUDO. Como TUDO, entendemos todos os Seres Espirituais, a substância etérica (matéria, energia), o Espaço Cósmico e a Eternidade. Também ensinamos que o Supremo Espírito é o Único Conhecedor em Causas do Arcano Divino, sendo pois o Único que pode saber do “ser ou não-ser”, da origem-causa de tudo que temos como Realidades incriadas e criadas.
   Entendemos que o Supremo Espírito estende Seu Poder sobre as várias Consciências Espirituais, criando hierarquias Galácticas, solares e Planetárias.
    Ensinamos também que o Supremo Espírito é o Divino Manipulador da Substância Etérica, “criando”, com seus Arquitetos Divinos, todo o Universo. Que fique claro ao filho de Fé que como criar, entendemos transformar.
    A Cúpula da Corrente Astral de Umbanda tem como ponto fechado da Doutrina, principalmente ensinada aos Filhos de Fé mais adiantados, que existem 3 realidades extrínsecas, coeternas e coexistentes, aquém do Poder Divino; essas 3 Realidades são os Seres Espirituais, o Espaço Cósmico e a Substância Etérica. Ao afirmarmos que são realidades eternas, somente a Divindade, como o “Único Senhor das Realidades”, é quem sabe das origens delas.
    O que podemos dizer é que essas 3 realidades são extrínsecas entre si, isto é, nenhuma foi “gerada” da outra. Tampouco são partes da Divindade, como se a Divindade Suprema pudesse ser dividida.
    A Umbanda e seus emissários têm como ponto fechado de nossa singela Doutrina que o Supremo Espírito, tendo Seu primeiro Nome Sagrado em Tupã, é Eterno, Indivisível, nunca tendo recebido sobre Si qualquer agregação ou sopro-vibração de nenhum outro Ser ou Realidade. Entendemo-Lo como Onisciente, Onipotente e Onipresente. Ressalvamos que, como onipresente, entendemos não como se Ele, em Espírito estivesse presente em tudo e em todos, mas sim por meio das Hierarquias por Ele constituídas. Entendemos também que o Supremo Espírito FOI, É e SERÁ no sempre ATEMPORAL – ETERNO.
Livro “A Proto-Síntese Cósmica” – Espírito ORISHIVARA – médium Yamunisiddha Arhapiagha F. Rivas Neto

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Missão do Esperanto


 
Curitiba (PR), 23 de junho de 1958

Ramatís (Espírito)

PERGUNTA: - E sob o vosso entendimento espiritual, como considerais o Esperanto em relação ao nosso progresso moral, científico e espiritual?

RAMATÍS: - Só agora o Esperanto atinge a sua fase mais importante e, também, a mais promissora. Nenhum outro idioma poderá substituí-lo e nenhum esforço futuro poderá superá-lo no seu mecanismo genial, pois foi elaborado cientificamente por alma experimentadíssima no gênero linguístico, como é o espírito de Luiz Lázaro Zamenhof. Ele foi sempre um dos mais avançados linguistas que se encarnaram no vosso orbe e já havia tido oportunidade de estagiar em outros mundos mais evoluídos, onde estudou as bases fundamentais e definitivas para o êxito de um idioma de ordem universal, na Terra. Em encarnações anteriores, ele viveu na Hebréia, na Grécia e no vale do Tibre, na Itália, a fim de concatenar pouco a pouco os elementos fundamentais e descobrir a terminologia necessária que mais tarde serviria para o estabelecimento definitivo do Esperanto.
     Em face do acatamento que tem tido o Esperanto por parte dos cientistas do século XX, da sua sobrevivência do tempo e da incessante adesão de novos e entusiastas adeptos ao seu admirável mecanismo lógico e sensato, está visto que se trata de uma nobre realização superior, pois já triunfou no tremendo impacto da lógica e da razão superdesenvolvida da era atômica. E, além de ter resistido às mais implacáveis exigências modernas – que já têm destruído os mais sólidos tabus dogmas e crenças tradicionais dos séculos- o idioma esperantista progride e se dissemina pelo mundo terráqueo, estendendo o seu fraternal vocabulário a todos os povos e impondo-se pela grandeza de seus postulados inalteráveis!

PERGUNTA: - Conforme já vos expliquei em obra anterior a esta, a próxima verticalização do eixo da Terra provocará várias modificações de ordem geológica e geográfica na crosta terrena, ocasionando movimentação das águas dos oceanos, que pouco a pouco invadirão certas faixas litorâneas, destruindo praias tradicionais, ao mesmo tempo que emergirão do fundo dos mares algumas ruínas de velhas civilizações da Atlântida e de outros povos desconhecidos até de vossa História comum.
     Esses acontecimentos coincidirão exatamente com a era da “Besta do Apocalipse”, símbolo do grande desregramento humano, e com a profetizada rebeldia satânica dos espíritos trevosos, que envidarão hercúleos esforços para destruir as edificações do Bem. Devido, porém, ao excessivo sofrimento e à perturbação que há de acometer toda a humanidade, os homens terão que se unir entre si, de modo incondicional, a fim de sobreviverem e suportarem os efeitos da grande catástrofe. O clamor, o arrependimento e o remorso farão coro entre as criaturas, que terão então de sofrer as consequências dessa modificação física do orbe e do caráter do homem. A confraternização e a afetividade, que nascerão então entre as criaturas sobreviventes, hão de eliminar muitas das fronteiras nacionalistas e seitas  religiosas separativistas, favorecendo a efusão espiritual tão desejada e proporcionando, então, o clima psicológico destinado a concretizar a divulgação e o sucesso completo do Esperanto entre todos os seres terrenos.
     É claro que o advento completo do Esperanto ainda exige muitas etapas, que vão se estabelecendo lentamente mas, independente disso, e em face dos acontecimentos trágicos do fim deste século, forçosamente há de se produzir um clima psicológico favorabilíssimo para a mais ampla divulgação do idioma esperantista. Os continentes europeus remanescentes das próximas catástrofes fundir-se-ão em uma área mais extensa, por cujo motivo também se concentrará maior quantidade de criaturas em um só bloco homogêneo, formando menor número de raças e de idiomas, e isso dará oportunidade ao uso mais intenso de uma língua neutra e internacional. Essa aproximação entre as civilizações sobreviventes do “fim dos tempos”, ou do profético “juízo final”, há de extinguir muitos dialetos e línguas menores, obrigando-as a se fundirem em um só idioma capaz de atender às relações e ao senso psicológico resultante desses grupos agregados pelos mesmos acontecimentos dolorosos.
     Desnecessário é dizer que, à medida que for se extinguindo no mundo a quantidade de idiomas heterogêneos, tornar-se-á mais fácil a criação de clima simpático para a difusão e o êxito completo do Esperanto. Como as línguas também nascem, crescem e morrem, fundindo-se com as mais predominantes na época, hão de se reduzir também as barreiras criadas pelas nações orgulhosas, evidenciando-se o Esperanto como um recurso mais inteligente, sensato e lógico, para todos se entenderem melhor no campo das idéias.
     Eis por que o Esperanto também significa um dos sinais dos tempos, pois o seu advento ocorre justamente no limiar dos acontecimentos profetizados por Jesus e por todos os profetas bíblicos, e que os sensitivos já podem perceber em desdobramento, no correr dos vossos dias. É um idioma destinado a uma raça superior, mais perto do coração e mais alheio às complicações do intelecto; o seu conteúdo guarda profunda similitude com a mensagem evangélica de Jesus, uma vez que é também linguagem descida dos céus, convidando todas as raças a vestirem os seus pensamentos e os seus sentimentos com o mesmo traje verbal fraterno.
Ramatís (Espírito) – “A Sobrevivência do Espírito” – psicografado por Hercílio Maes.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Origem do Esperanto

Zamenhof
Ludwik Lejzer Zamenhof nasceu na cidade de Bialystok, que fazia parte do Império russo, e atualmente pertence à Polônia; desencarnou em Varsóvia, em 14 de abril de 1917. Era judeu e médico oftalmologista e falava as línguas nativas: russo, iídiche, polonês e era fluente no alemão. Aprendeu, também, Francês, latim, grego, hebraico e inglês. Em Bialystok falava-se várias línguas gerando conflitos regionais e isso motivou Zamenhof a criar um idioma em que todos pudessem se comunicar mais facilmente.
Em 26 de julho de 1887 lançou o primeiro livro, escrito em russo, com as 16 regras gramaticais do esperanto. Depois, publicou em alemão, polonês e francês e o número de falantes cresceu rapidamente em vários países. Em 1905, na França, aconteceu o primeiro Congresso Universal de Esperanto com a participação de quase mil pessoas. No Brasil, o Esperanto surgiu em 1906 com o primeiro grupo formado em Campinas – SP, o Suda Stelaro. (Fonte: Wikipedia)
O Esperanto, hoje, é uma realidade e qualquer pessoa interessada pode aprendê-lo facilmente.

Informações sobre o Espertanto:
Ouça  programas sobre musica, noticias, cultura e diversos temas nos links:
China :
http://esperanto.cri.cn/

Vaticano:
http://www.radiovaticana.org/esp/index.asp

Curitiba (PR), 23 de junho de 1958

Ramatís


PERGUNTA: - O fato de Zamenhof nascer na Lituânia e haver descendido da raça hebraica não tem, porventura, ligação com um plano diretamente supervisionado pelo Espaço? Poderíamos crer que Zamenhof foi realmente um predestinado para desempenhar a missão de introduzir o Esperanto na Terra?

RAMATÍS: - Bastar-vos-á um pouco de reflexão para verificardes que o espírito de Zamenhof reencarnou na Terra exatamente no clima psicológico mais propício ao advento do Esperanto. Na época de seu nascimento, em meados do século XIX, sua pátria era palco de tal confusão de idiomas, que se poderia julgá-la um verdadeiro experimento prático de internacionalidade linguística. Afora os inúmeros dialetos falados na pequena Lituânia, não só predominavam ali quatro línguas principais e diferentes entre si, como ainda eram várias as crenças dos seus habitantes. Devido ao desentendimento contundente entre as próprias famílias, pois que os seus membros mais íntimos tanto divergiam em matéria de fé como no falar, sucediam-se inúmeros conflitos que acirravam velhos ódios e culminavam em lutas sangrentas. Era um mundículo estranho, alimentado por objetivos contraditórios e assaz caprichosos, constituído por um punhado de criaturas que se odiavam e hostilizavam, em virtude de não se ajustarem satisfatoriamente através de um idioma pátrio comum.
     Aumentava a desconfiança e se difundia o sarcasmo religioso entre todos, pois, se num mesmo país, entre homens da mesma raça e relacionados por um único idioma, não se conseguem evitar conflitos e crimes resultantes da diferença de crença religiosa, imaginai o que ocorria na Lituânia, na época do nascimento de Luís Lázaro Zamenhof, quando existiam ali quatro idiomas principais, que só serviam para implantar antipatias e desordens entre os seus conterrâneos.
     Esse conflito idiomático e religioso entre os seus compatriotas é que despertou no cérebro daquele estudante pobre e profundamente fraterno o ideal de uma língua internacional, capaz de ser um veículo afetuoso de entendimento humano entre todos os homens. Como se tratava de um espírito assaz evoluído, Zamenhof não cogitou de instituir um idioma neutro apenas para a Lituânia, que era sua pátria, dividida pelo linguajar dos judeus, polacos, russos e lituanos, e ainda algemada pelas suas contradições religiosas, que acirravam ódios irremovíveis entre todos. Mas ele, reconhecendo que a sua pátria tão contraditória era apenas a miniatura do próprio mundo onde viera reencarnar, refletia em que, se todos os homens pudessem compreender-se sob um mesmo idioma, ainda que se tratasse de uma língua nova, não seria difícil uma aproximação e confraternização afetuosa entre eles. Graças, pois, à tenacidade e ao sacrifício, aliados à pureza de intenção e ao ideal que sempre lhe inspirara os atos, o jovem estudante Zamenhof conseguiu desempenhar a contento, na Terra, a sua grandiosa missão.

PERGUNTA: - Desde o principio do seu trabalho Zamenhof já havia delineado essa admirável qualidade de síntese e simplicidade do idioma internacional?

RAMATÍS: - Zamenhof pôs-se primeiramente a estudar os meios de ajustar uma linguagem simples, lógica e sem perigo de abastardamento, mas bastante fluente para servir a todas as classes, culturais e dificuldades de entendimentos humanos. Pensava na possibilidade de compor um idioma que se pudesse transformar num elo afetuoso e sensato, servindo tanto à mais requintada cultura, como às mentes mais empobrecidas, acessível a todas as gentes e camadas sociais. Assim, êle esforçou-se para evitar que no futuro as bases do seu idioma viessem a exigir massudos compêndios de excessivos vocabulários, como é muito comum às demais línguas desde a sua evolução e aplicação. Preocupava-o imensamente não só essa probabilidade de sucessivo aumento e incorporação de vocábulos novos ao seu idioma, como ainda o desenvolvimento dos povos futuros e suas inevitáveis modificações, obrigando-o a melhor ajustar o Esperanto a todas as surpresas e imprevistos.
     Mas os seus elevados mentores assistiam-no sempre e velavam por seus ideais santificantes, pois, à noite, quando ele se afastava do corpo físico, durante o sono benfeitor, eles aconselhavam-no sobre o que devia fazer de mais sensato. É por isso que no desenvolvimento do Esperanto sempre permanece admirável segurança iniciática tão bem disciplinada por Zamenhof, pois, embora aumente a necessidade filológica dos homens, persiste miraculosamente a qualidade inata desse extraordinário idioma fraternal. Só a supervisão do Alto é que realmente poderia orientar o jovem estudante a entrosar tão sabiamente as raízes idiomáticas do Esperanto, que ainda hoje se afiguram o indestrutível alicerce de garantia contra quaisquer inovações e excentricidades.

PERGUNTA: - Durante o desempenho de sua missão Zamenhof encontrou sempre favorecimento para o êxito de sua obra tão útil à humanidade? Supomos que seu progenitor tenha sido um dos seus mais devotados colaboradores; não é assim?

RAMATÍS: - Quase ao completar vinte anos de idade, Zamenhof recebeu entusiástica adesão dos seus colegas de Liceu, ao expor o seu projeto de uma língua auxiliar, que ele denominava de “nobre causa” e assegurava tratar-se de duradouro e valioso benefício à humanidade. Entretanto, à semelhança do que é muito comum suceder aos homens que se sacrificam pelo advento de um mundo melhor, ele também não tardou em ficar sozinho com os seus entusiasmos e idéias elevadas, curtindo tanto os sarcasmos e as consequências das descrenças alheias, como sofrendo forte hostilidade daqueles que nutriam interesses inconfessáveis no seio da confusão de sua pátria. Inúmeras vezes fora assaltado pelo desânimo, e só a permanente assistência do Alto, que supervisionava a sua espinhosa missão, impediu-o de reduzir os seus esforços e deixar-se abater ante a excessiva descrença e ironia humana, quase privando o vosso orbe desse grandioso benefício linguístico que, no futuro, se tornará um dos mais fortes elos da sonhada confraternização humana!
      E ainda um fato doloroso obrigou-o a perder o seu jubiloso entusiasmo quando exatamente já previa o primeiro sucesso esperantista conduzido pela sua vontade férrea: o progenitor de Zamenhof – que ainda exercia sua autoridade severa sobre o filho – influenciado por outros pedagogos e amigos da família e temendo que o jovem estudante de vinte primaveras adoecesse por excesso de trabalho, ou então ficasse perturbado no uso da razão e viesse a prejudicar os seus estudos médicos, exigi-lhe o abandono definitivo do temerário projeto de compor uma língua neutra e de natureza internacional! O jovem Luís, embora considerando que o seu verdadeiro motivo de viver residia fundamentalmente naquele ideal sonhado desde tenra idade, mais uma vez se revelou obediente no seu caráter íntegro e humilde; aceitou a imposição paterna e abandonou os seus apontamentos sobre o idioma neutro, que ficaram esquecidos por algum tempo.

     PERGUNTA: - Em seguida ao advento do Esperanto, Zamenhof dedicou-se exclusivamente a esse seu propósito tão ardentemente sonhado?
     RAMATÍS: - Depois de haver se diplomado como médico aos 26 anos de idade, Zamenhof iniciou a sua sacrificial missão de curador, necessária ao seu próprio sustento, porque então já se havia casado com clara Zilbernil. Seu sogro financiou a edição de sua primeira gramática esperantista, com as dezesseis regras fundamentais do idioma, a qual, além de um vocabulário auxiliar, constituído por quase um milheiro de radicais, ainda continha o “Padre Nosso” e alguns versos.
     Esse homem tão nobre aliava ainda à sua genialidade um generoso coração, pois, quando exercendo a profissão médica, não cobrava dos clientes que faleciam, assim como se recusava a receber dinheiro daqueles que não conseguia curar ou sequer aliviar os padecimentos. Embora fosse o editor das próprias obras esperantistas, renunciou sempre a todos os seus direitos, assegurando que “uma língua internacional dispensava proprietário, por se tratar de um idioma de propriedade comum”. Realmente, tratava-se de um espírito de elevadíssima graduação no Espaço, pois Zamenhof, em vidas pregressas e no cumprimento de outras tarefas benfeitoras no campo linguístico e da filosofia, já havia deixado outras réstias de luz no vosso globo!
     Graças a esse elevado grau de renúncia, retidão de caráter e cristalinidade espiritual, foi possível aos mentores espirituais cimentarem o Esperanto como um idioma fraterno, pois realmente ele traz em seu conteúdo as vibrações amorosas do seu criador, que foi um espírito puro e essencialmente tolerante. O amor de Zamenhof para com a humanidade, e a sua abnegação em servir aos seus próprios detratores, impregnaram a língua Esperanto de uma vibração psíquica de ternura espiritual tão sensível, na sua expressão idiomática, que a maioria dos seus simpatizantes é atraída por essa aura de bondade que foi a marca predominante do seu grande missionário. (...)
    
     PERGUNTA:- Zamenhof chegou a gozar, ainda em vida, a glória e o júbilo de sua obra tão notável?
     RAMATÍS: - O abnegado Doutor Zamenhof terminou seus dias vivendo sob a mais admirável modéstia e, tanto foi o seu incondicional amor ao próximo, que mereceu o apelido popular de “Médico-Providência”, ficando assim definitivamente consagrado entre os homens de boa vontade e de bons sentimentos. Ele mesmo traduziu depois muitas obras para o Esperanto, inclusive a Bíblia Sagrada, Efigênia, Hamlet e outras.
     Em princípios deste século, o Esperanto logrou o êxito desejado, e os próprios cientistas auxiliaram muitíssimo a sua divulgação, quando o reconheceram como um idioma perfeito e emancipado para entendimento de todos os povos. A França, que já fora a pátria de Allan Kardec e comumente o berço da civilização moderna, mais uma vez glorificou a dádiva do Esperanto à humanidade terráquea quando, no ano de 1906, em Bologne-sur-Mer, promoveu o primeiro congresso esperantista. Zamenhof, que ainda pôde estar presente àquele elevado conclave, viveu dias de júbilo e sentiu-se compensado do seu heroico esforço e renúncia a favor do idioma. Enquanto isso, as flâmulas tremulavam ao vento, e a insígnia esperantista, da côr esverdeada e simbólica da esperança por um mundo melhor, se ostentava nas lapelas, parecendo anunciar o advento da confraternização do verbo humano!
     Zamnehof deixou o vosso mundo em abril de 1917, tendo vivido 57 anos; o seu ingresso no Espaço foi através de imensurável esteira de luz balsamizada dos mais suaves perfumes das altas regiões celestiais, enquanto inefáveis vozes cantavam a glória imortal de ter sido ele o sublime mensageiro do mecanismo verbal para a mais breve aproximação entre os povos terráqueos! Seu corpo ainda dormia sereno no esquife forrado de rosas e palmas simbólicas; as insígnias do mundo ainda cercavam a sua derradeira morada física, mas o seu espírito já gozava a alegria imortal de ter cumprido fielmente o mandato celestial, pois o seu organismo de carne nada mais fora do que um glorioso instrumento de convocação ao verbalismo internacional e cristão do orbe. Ele pudera escrever, na superfície da matéria densa, o mais belo poema linguístico da confraternização humana, cuja limpidez, beleza e ternura merecem que se as compare, em símbolo e virtude, ao doce Evangelho de Jesus, pois o que este ensina e recomenda poderá agora ser transmitido ao coração e ao cérebro de todos os homens sob as asas de ternura verbal do esperanto. Sem dúvida, pois, o “Esperanto é o Evangelho das línguas”.
Ramatís (Espírito) – “A Sobrevivência do Espírito” – psicografado por Hercílio Maes.