domingo, 25 de dezembro de 2011

O Evangelho de Jesus

Jesus e o Sermão da Montanha
Nós, espíritos encarnados, neste momento, estamos manifestados com os nossos sete corpos: Átmico, Budico, Mental Superior, Mental Inferior, Astral Superior, Astral Inferior, Etérico e Físico. Por estarmos encarnados no corpo biológico e com a limitação perceptiva do cérebro físico, não podemos perceber em nós mesmo esses corpos e nem a aura que irradia ao nosso redor. Somente algumas pessoas dotadas de sensibilidade mediúnica é que conseguem perceber os corpos mais densos, tais como o duplo etérico, o astral e o mental inferior.  Justamente, devido a essa nossa limitação perceptiva, é que o foco constante de nossas vidas está voltado mais para a matéria; por isso, temos a tendência de crermos somente no que é visível e tangível.
Estamos vivenciando a experiência evolutiva na realidade da terceira dimensão; e, nessa realidade, onde interagimos com outras pessoas e situações diversas, é que está o nosso aprendizado.  As ressonâncias que vem do nosso corpo Mental Concreto, onde está o registro de todas as nossas experiências de encarnações passadas, e que dá a densidade e coloração específica de nosso corpo espiritual, refletem a nossa personalidade. Melhorar essa personalidade é a meta que traçamos antes de nascer. O objetivo de se viver manifestado nesta realidade da terceira dimensão é pensar, sentir e agir de forma que possamos agregar em  nossos corpos mental, astral e etérico, energias radiantes para torná-los cada vez menos densos. Para se conseguir isso é necessário praticar o amor incondicional. Jesus reduziu a sua vibração energética e nasceu num corpo biológico e ensinou e vivenciou esse amor incondicional. Nas mensagens a seguir vamos perceber que o caminho para conquistarmos a luz é vivenciarmos esse amor incondicional  exemplificado por Ele.
Lau
(Atualizado em: 12/08/2012)

(70 d.C.)
(S.Mateus, cap. 5 - O Sermão da montanha).
39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
40 E ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa;
41 E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
42 Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
44 Eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem;
48 Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.

(S.Mateus, cap. 22 - O grande mandamento).
36 Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
37 E Jesús disse-lhe: amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
38 Este é o primeiro e grande mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

(S. Marcos 12 – O primeiro de todos os mandamentos)
28 Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
29 E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos o mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
30 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toada a tua alma, e de todo o teu pensamento, e de todas as tuas forças: este é o primeiro mandamento.
31 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.

(S.Lucas 6 – O sermão da  Montanha)
27 Mas a vós, que ouvis, amai a vossos inimigos, fazei bem ao s que vos aborrecem.
28 Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam.
29 Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra: e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses.
30 E dá a qualquer que te pedir; e, ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.
31 E, como vós quereis que o homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós também.
32 E, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam.
33 E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo.
34 E, se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensas terão? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.
35 Amai, pois a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do altíssimo; porque Ele é benigno até para com os ingratos e maus.
36 sede, pois misericordiosos, como também vosso pai é misericordioso
Paris (FR), abril de 1864

Allan Kardec

“Os Fariseus, tendo sabido que ele tinha feito calar a boca aos Saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, veio lhe fazer esta pergunta para o tentar: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito; é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante àquele: amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos”. (são Mateus, cap. XXII, v.34 a 40).

Amar o próximo como a si mesmo: fazer para os outros o que quereríamos que os outros fizessem por nósé a mais completa expressão da caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo. Não se pode ter guia mais seguro, a esse respeito, que tomando por medida, do que se deve fazer para os outros, o que se deseja para si. Com qual direito se exigiria dos semelhantes mais de bons procedimentos, de indulgência, de benevolência e de devotamento do que se os tem para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo; quando os homens as tomarem por normas de sua conduta e por base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade e farão reinar, entre eles, a paz e a justiça; não haverá mais nem ódios nem dissensões, mas união, concórdia e benevolência mútua.
Allan Kardec – “O Evangelho Segundo o Espiritismo”- Cap. XI, item 1 e 4
Trecho do livro publicado em1958

Mahatma Gandhi

MAHATMA GANDHI 
(Gandhi, Mohandas Karamchand (ou Mahatma) (1869-1948).


(...) Não ocorre, ao sermão da Montanha, uma única palavra que justifique a idéia da redenção do homem por fator externo, fora dele; cada palavra afirma a redenção vinda de dentro do homem.
Podemos proclamar perfeitamente que o sermão da Montanha é o mais completo programa e a maior apoteose da auto-redenção ou auto-realização; e, se é verdade que o Sermão da Montanha é a alma do Cristianismo, então a auto-redenção é a quintessência dos ensinamentos do Nazareno. (Huberto Rohden ).

Pensamentos de Gandhi
348. Cristo não pertence só ao cristianismo, pertence ao mundo inteiro.
349. Estou convencido de que se Cristo voltasse abençoaria a vida de muitos que nunca ouviram seu nome, mas que com sua vida foram um exemplo vivo das virtudes que ele praticou: amar o próximo mais que a si mesmos e fazer bem a todos e mal a ninguém.
350. Bebam nas fontes do Evangelho
352. Não confundam os ensinamentos de Jesus com aquilo que acontece na civilização de hoje... Não obstante toda a fé que vocês têm em sua civilização, conservem um bocadinho de humildade. Bebam na fonte do Sermão da Montanha, ouçam o que Cristo ensinou. Seus ensinamentos são válidos para cada um de nós.
353. O Sermão da Montanha foi-me direto ao coração.
354. Eu estava transbordando de alegria lendo o Evangelho: encontrava a confirmação de minhas idéias exatamente onde esperava encontrá-la.
(Mahatma Gandhi – O apóstolo da Não-Violência - Huberto Rohden)
Uberaba, 20 de janeiro de 1964

Humberto de Campos (Irmão X)

Aprendizes e Adversários

          Jonathan, Jessé e Eliakim, funcionários do Templo de Jerusalém, passando por Cafarnaum, procuraram Jesus no singelo domicílio de Simão Pedro.
          Recebidos pelo Senhor, entregaram-se de imediato, à conversação.
         - Mestre – disse o primeiro -, soubemos que a tua palavra traz ao mundo as Boas Novas do Reino de Deus e, entusiasmados com as tuas concepções, hipotecamos ao teu ministério o nosso aplauso irrestrito. Aspiramos, Senhor, à posição de discípulos teus... Não obstante as obrigações que nos prendem ao Sagrado Tabernáculo de Israel, anelamos servir-te, aceitando-te as idéias e lições, com as quais seremos colunas de tua causa na cidade eleita do povo escolhido... Contudo, antes de solenizar nossos votos, desejamos ouvir-te quanto à conduta que nos compete à frente dos inimigos...
          - Messias, somos hostilizados por terríveis desafetos, no Santuário – exclamou o segundo -, e, extasiados com os teus ensinamentos, estimaríamos acolher-te a orientação.
          - Filho de Deus – pediu o terceiro -, ensina-nos como agir...
          Jesus meditou alguns instantes, e respondeu:
          - Primeiramente, é justo considerar nossos adversários como instrutores. O inimigo vê junto de nós a sombra que o amigo não deseja ver e pode ajudar-nos a fazer mais luz no caminho que nos é próprio. Cabe-nos, desse modo, tolerar-lhe as admoestações, com nobreza e serenidade, tal qual o ferro, que após sofrer, paciente, o calor da forja, ainda suporta os golpes do malho com dignidade humilde, a fim de se adaptar à utilidade e à beleza.
          Os visitantes entreolharam-se, perplexos, e Jonathan retornou a palavra, perguntando:
         - Senhor, e se somos injuriados?
         - Adotemos o perdão e o silêncio – disse Jesus. – Muita gente que insulta é vítima de perturbação e enfermidade.
         - E se formos perseguidos? – indagou Jessé.
         - Utilizemos a oração em favor daqueles que nos afligem, para que não venhamos a cair no escuro nível da ignorância a que se acolhem.
        - Mestre, e se nos baterem, esmurrarem? – interrogou Eliakim. – Que fazer se a violência nos avilta e confunde?
        - Ainda assim – esclareceu o brando interpelado -, a paz íntima deve ser nosso asilo e o amor fraterno a nossa atitude, porquanto, quem procura seviciar o próximo e dilacerá-lo está louco e merece compaixão.
        - Senhor – insistiu Jonathan -, que resposta oferecer, então, à maledicência, à calúnia e à perversidade?
        O Cristo sorriu e precisou:
        - O maledicente guarda consigo o infortúnio de descer à condição do verme que se alimenta com o lixo do mundo, o caluniador traz no coração largas doses de fel e veneno que lhe flagelam a vida, e o perverso tem a infelicidade de cair nas armadilhas que tece para os outros. O perdão é a única resposta que merecem, porque são bastante desditosos por si mesmos.
        - E que reação assumir perante os que perseguem? – inquiriu Jessé, preocupado.
        - Quem persegue os semelhantes tem o espírito em densas trevas e mais se assemelha ao cego desesperado que investe contra os fantasmas da própria imaginação, arrojando-se ao fosso do sofrimento. Por esse motivo, o socorro espiritual é o melhor remédio para os que nos atormentam...
        - E que punição reservar aos que nos ferem o corpo, assaltando-nos o brio? Perguntou Eliakim, espantado. – Refiro-me àqueles que nos vergastam a face e fazem sangrar o peito...
        - Quem golpeia pela espada, pela espada será golpeado também, até que reine o Amor Puro na terra – explicou o Mestre, sem pestanejar. – Quem se rende às sugestões do crime é um doente perigoso que devemos corrigir com reclusão e com o tratamento indispensável. O sangue não apaga o sangue e o mal não retifica o mal...
         - E, espraiando o olhar doce e lúcido pelos circunstantes, continuou:
         - É imperioso saibamos amar e educar os semelhantes com a força de nossas convicções e conhecimentos, a fim de que o Reino de Deus se estenda no mundo... As Boas Novas de Salvação esperam que o santo ampare o pecador, que o são ajude ao enfermo, que a vítima auxilie o verdugo... Para isso, é imprescindível que o perdão incondicional, com o olvido de todas as ofensas, assegure a paz e a renovação de tudo...
        Nesse ínterim, uma criança doente chorou em alta voz num aposento contíguo.
       O mestre pediu alguns instantes de espera e saiu para socorrê-la, mas, ao regressar, debalde buscou a presença dos aprendizes fervorosos e entusiastas.
       Na sala modesta de Pedro não havia ninguém.
Espírito Irmão X – Chico Xavier, “Contos Desta e Doutra Vida”

 Porto Alegre, janeiro de 1995
(Na cidade astral do Império do Amor Universal)
     (...) digam-me, por que devemos perdoar aos nossos semelhantes?
Mal Gabriel terminou a pergunta e um dos jovezinhos levantou-se para melhor ser ouvido, e solicitou a oportunidade de dar a resposta, no que foi autorizado pelo divino instrutor.
       Devemos perdoar aos nossos irmãos, porque compreender as falhas alheias é um ato de amor e respeito a Deus e àqueles que o nosso Pai colocou em nosso caminho. O perdão ilumina o pecador e o ofendido, enquanto a revolta e a crítica alimentam o ódio e afastam-nos da verdade e do amor de Deus.
      O irmão Hermes teve que me segurar para que eu não caísse sentado, assombrado com o que via, ou melhor ouvia. Divertindo-se com a minha surpresa, o nobre instrutor esclareceu-me:
     - Calma: lembra, eles são espíritos iluminados, estão apenas temporariamente vivendo a fase infantil. Por detrás destes rostinhos inocentes brilha a luz imortal de grandes sábios.
     A explicação não poderia ser mais clara, mas era difícil manter-me calmo e sereno vendo uma criança, que aparentava uns oito anos de idade, dissertar com tanta sabedoria sobre assuntos de que raros idosos na Terra possuem noção tão clara.
     Observei Gabriel, na forma mais natural e descontraída do mundo, aplaudir e parabenizar o jovenzinho com uma expressão de grande reconhecimento pela bela resposta.
     - Parabéns! Parabéns! Disseste bem. Ganhaste mais dois pontos.
     E, então, o sábio professor acalmou o burburinho do aplauso geral e questionou a todos com um olhar sério, mas fraterno.
     - Mas... digam-me. O que é melhor do que perdoar?
     Fez um silêncio geral, entre as crianças; todas sabiam que não era momento de responder e, sim, de aprender. Gabriel levantou-se e começou a caminhar entre as crianças sentadas no extenso gramado. Sua luz estava realmente impressionante, naquela tarde; tudo nele parecia mais vivo e mais belo. Tudo nele parecia divino! Seu olhar envolveu os pequeninos com um profundo amor, que imediatamente os cativou. O ato fez-me lembrar Jesus. E, então, aquela voz tranquila e agradável invadiu nossos ouvidos:
     - Minhas crianças, melhor que perdoar é não se sentir ofendido. O perdão implica em receber uma ofensa e guardar mágoa, para após exercitar o ato de perdoar, desculpando o agressor. Mas a beleza maior está em não se magoar quando ofendido! Devemos manter nossos braços abertos para receber o agressor e, envolvidos em luz, encaminharmos este irmão para a paz de Deus através do amor, e, não através da defesa doentia de um determinado ponto de vista.
Anjo Gabriel, livro “A história de Um Anjo” - médium Roger Bottini Paranhos
Salvador (BA), 30 de junho de 2000

Joanna de ângelis (Espírito)

Libertação pelo Amor

...Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
S. Mateus, cap. XXII, v. 39

         Toda a essência da vida encontra-se estabelecida no amor, que é de procedência divina. Alcançar esse clímax do processo da evolução é o cometimento mais audacioso que o ser inteligente encontra pelo caminho ascensional. (...)
         Jesus, o Homem, fez-se o exemplo mais vívido do amor de que o mundo tem notícias.
         Submetido às injunções porque passam todas as criaturas, a Sua trajetória fez-se assinalada pelas mais vigorosas páginas de compreensão e brandura para com todos, exercendo autoridade e carinho em perfeita harmonia, mesmo nas situações mais chocantes, sem perder o equilíbrio nem a afetividade. Quando austero, educava amorosamente e com energia; quando meigo, orientava com ternura e segurança; ante a hipocrisia insidiosa e perversa, assumia a atitude de enfrentamento sem descer à condição infeliz do seu antagonista, repreendendo-o e desmascarando-o com o objetivo de educá-lo.
         A ausência do amor no ser humano e, por conseqüência, no mundo, demonstra o estágio de primarismo ainda predominante, que dificulta o processo de evolução, gerando conflitos perfeitamente dispensáveis, mas que se demoram perturbadores como ferretes impelindo para a frente e para a conquista desse atributo superior do ser.
         Amar é abrir o coração sem reservas, encontrar-se desarmado de sentimentos de oposição, sempre favorável ao bem e ao progresso mesmo quando discordando das colocações que são apresentadas. (...)
         Somente o amor permite que se vejam as pessoas como são. Sem ele, percebem-se os reflexos da personalidade que deseja impressionar e conquistar lugar e afeto, sem a qualidade essencial que é o sentimento profundo de doar para depois receber, ou ofertar sem o escuso interesse de negociar uma recompensa. Por isso, quando não está vitalizado esse desejo pelo hálito do amor real, a frustração e a amargura sempre acompanham os insucessos, que são decorrentes da ausência de pureza do ofertório.
         Amando-se, ultrapassa-se a própria humanidade na qual se encontra o ser, para alcançar-se uma forma de angelitude, que o alça do mundo físico ao espiritual mesmo que sem ruptura dos laços materiais.
        Todo esse concerto de afetividade inicia-se no respeito por si mesmo, na educação da vontade e no bom direcionamento dos sentimentos, de forma que a autodescoberta trace conduta saudável que irradie harmonia e alegria de viver, tornando a existência física aprazível seja em que forma se apresente, não sofrendo as alterações dos estados apaixonados e dos gostos atrabiliários.
         Esse sentido de auto-amor que se transmuda em alo-amor, alcança a etapa mais elevada que é o amor a Deus acima de todas as coisas e condições, por significar a perfeita identificação da criatura com o seu Criador, haurindo sempre mais força e beleza para o autoconhecimento.
Joanna de Ângelis (Espírito) – do livro “Jesus e o Evangelho – À luz da psicologia profunda”  Médium Divaldo Pereira Franco

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Verdadeira "Paixão" de Jesus


Hoje sabemos que a humanidade terrena, composta de espíritos encarnados e desencarnados, que vivem na erraticidade, em diversos planos de vibrações correspondentes à vibração de cada um, é governada por uma entidade muito iluminada, Jesus. Ele conquistou a sua expansão de luz através do amor incondicional. A sua “descida” de regiões superiores do mundo espiritual deu-se através do “descenso vibratório. Através da concentração, Ele reduziu a sua vibração aglutinando em si elementos de cada região que compõem o Universo Astral, para poder nascer num corpo biológico e trazer o código moral para a conduta ideal do comportamento humano.
V. Lau






Curitiba (PR), dezembro de 1964

Ramatís (Espírito)

      PERGUNTA: - Por que motivo ainda não podemos compreender a verdadeira significação da paixão de Jesus?
     RAMATÍS: - É um equívoco da tradição religiosa considerar que o supremo sacrifício de Jesus consistiu essencialmente na sua paixão e sofrimento, compreendidos entre a condenação de Pilatos e o holocausto da cruz! Se o verdadeiro sacrifício do Amado Mestre se tivesse resumido nos açoites, nas dores físicas e na sua crucificação injusta, então os leprosos, os cancerosos, os gangrenosos deveriam ser outros tantos missionários gloriosos e eleitos para a salvação da humanidade!(...)

      PERGUNTA: - Então, nesse caso, o maior sofrimento de Jesus consistiu na sua dor moral ante a ingratidão de nossa humanidade. Não é assim?
     RAMATÍS: -  Jesus, como sábio e psicólogo sideral, compreendia perfeitamente a natureza psíquica de vossa humanidade, pois os pecados dos homens eram frutos da sua imaturidade espiritual. Jamais ele sofreria pelos insultos e ápodos, ou pelas ingratidões e crueldades humanas, ao reconhecer nas criaturas terrenas mais ignorância e menos maldade!(...)
     A piedade e o amor excelsos de Jesus faziam-no sofrer mais pelo descaso dos homens em promover a sua própria felicidade, do que mesmo pela ingratidão deles. O seu verdadeiro sacrifício e sofrimento, enfim, foram decorrentes da penosa e indescritível operação milenar durante o descenso espiritual vibratório, para ajustar o seu psiquismo angélico à freqüência material do homem terreno. A Lei exige a redução vibratória até para os espíritos menos credenciados no Espaço, cuja encarnação terrena, às vezes, se apresenta dificultosa nesse auto-esforço de ligar-se à carne. Mas Jesus, embora espírito de uma freqüência sideral vibratória a longa distância da matéria, por amor ao homem, não hesitou em suportar as terríveis pressões magnéticas dos planos inferiores que deveria atravessar gradualmente em direção à crosta terráquea.(...)
     Ele desceu através de todos os planos inferiores, desde o mental, astralino e etérico, até poder manifestar-se com sucesso na contextura carnal e letárgica da figura humana. Abandonando os píncaros formosos do seu reino de glória, imergiu lentamente no oceano de fluidos impuros e agressivos, produzidos pelas paixões violentas dos homens da Terra e dos desencarnados no Além.
     Embora se tratasse de um anjo do Senhor, a Lei Sideral obrigava-o a dobrar suas asas resplandecentes e percorrer solitariamente o longo caminho da “via interna”, até vibrar na face sombria do orbe terráqueo e entregar pessoalmente a sua Mensagem de Amor! O Sublime Peregrino descido dos céus lembra o mensageiro terreno, que após exaurir-se no tormento da caminhada de muitos quilômetros, deve entregar a “carta de libertação” a infelizes prisioneiros exilados de sua Pátria!
      Assim, os 33 anos de vida física de Jesus significam apenas o momento em que ele faz a entrega da mensagem espiritual do Evangelho, pois o processo espinhoso e aflitivo até imergi-lo nos fluidos terráqueos durou um milênio do calendário humano! Essa operação indescritível de sua descida sacrificial em direção à Terra é, na realidade, sua verdadeira “Paixão”, pois só os anjos, que o acompanhavam distanciando-se cada vez mais, por força da diferença vibratória, é que realmente podiam compreender a extensão do heroísmo e sofrimento de Jesus, quando deixou o seu mundo rutilante de luzes e prenhe de beleza, para então habitar um corpo de carne em benefício dos terrícolas!
     Após ajustar o seu corpo mental e reativar o mecanismo complexo do cérebro perispiritual, em seguida, Jesus desatou o corpo astralino para vibrar ao nível das emoções humanas. Atingindo o limiar do mundo invisível e do material, então fez o seu estágio final, incorporando-se no Éter Físico ectoplásmico, para compor o “duplo etérico” e os centros de forças conhecidos por “chacras”, que deveriam se desenvolver e estruturar-se durante a gestação carnal. Em seguida, integrou-se definitivamente na atmosfera do mundo físico, corporificando-se, mais tarde, no mais encantador menino que a Terra já havia conhecido!(...)
      PERGUNTA: -  A Bíblia, porventura, faz alguma referência que confirme ou esclareça essa descida milenária do Mestre Jesus, assim como a explicais?
     RAMATÍS:- Quando Moisés terminou sua missão combativa, e por vezes até cruel, no seu compromisso de codificar a idéia de um Deus único entre o povo hebreu retirado do Egito, Jesus então estabeleceu os planos para a sua descida messiânica à Terra, a fim de reajustar os ensinamentos dos seus predecessores. O profeta Isaías, tocado pela graça do Senhor e pressentindo essa “descida vibratória” do Mestre Cristão, então anuncia o seguinte: “Já um pequenino se acha nascido para nós, e um filho dado a nós, e o nome com que se apelidará será Deus forte, Pai do futuro século, Príncipe  de Paz. O seu império se estenderá cada vez mais e a Paz não terá fim” (Cap. IX, v. 6 e 7). Miquéias também alude ao mesmo fato, dizendo: “E tu, Belém, tu és pequenina entre os milhares de Judá, mas de ti é que há de sair aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o princípio, desde os dias da eternidade” (Cap. V, vers. 2).
     PERGUNTA: - Em nossas indagações, temos observado que a tese da descida ou da auto-redução vibratória do Espírito de Jesus para alcançar a Terra, tanto é recusada pelos católicos e protestantes, como também por diversos espíritas. Estes crêem que o espírito sofre apenas enquanto se “limita” ou se “encaixa” no ventre materno, durante o período gestativo, para então reduzir o perispírito à forma fetal, e depois despertar e desenvolver-se na organização humana.
     RAMATÍS: - Antes de elucidar a vossa solicitação, recomendamos a leitura de mais um trecho da obra “Missionários da Luz”, cap. XIII, “Reencarnação”*, quando o instrutor Alexandre assim insistia com o espírito de Segismundo, em processo de reencarnação: “Agora – continuou o instrutor – sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se pequenino; imagine a sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem”. Cumpre-nos salientar que não se tratava de espírito de alta linhagem espiritual, assim como ainda não se processava o fenômeno da gestação, mas apenas o preparo para a incubação uterina. Em conseqüência, poderemos imaginar quão dificultoso deveria ter sido o processo da encarnação de Jesus!
     PERGUNTA:- Qual uma idéia mais ampla, quanto a Jesus ser o “Salvador” dos homens, conforme aludistes há pouco?
     RAMATÍS:- As profecias do Velho Testamento sempre se referiram a um Messias, eleito de Deus, “Salvador” da humanidade terrena e libertador do Povo de Israel, cativo dos romanos. Mas os profetas não explicaram qual seria a natureza dessa “salvação”, nem deixaram quaisquer indicações que pudessem esclarecer os exegetas modernos. No entanto, a humanidade do século XX já está capacitada para entender o sentido exato do vocábulo “Salvador”, e também qual é a natureza da tarefa de Jesus junto aos homens.
     O seu Evangelho, como um “Código Moral” dos costumes e das regras da vida angélica, proporciona a “salvação” do espírito do homem, libertando-o dos grilhões do instinto animal e das ilusões da vida material. Essa “salvação”, no entanto, ainda se amplia noutro sentido, porque os redimidos ou “salvos” dos seus próprios pecados também ficam livres da emigração compulsória para um planeta inferior, cujo acontecimento já se processa na vossa época, simbolizado pelo “Fim dos Tempos” ou “Juizo Final”!
     Os evangelizados ou “salvos” das algemas das paixões da animalidade devem corresponder ao simbolismo do “trigo”, da “ovelha” ou da “direita” do Cristo, a fim de ficarem desobrigados de uma emigração retificadora para outro orbe inferior, sendo-lhes permitido reencarnar-se na Terra, participando da humanidade sadia e pacífica predita para o Terceiro Milênio. Em consequência, a humanidade futura será composta dos “escolhidos” à  “direita” do Cristo e perfeitamente integrados no seu Evangelho redentor.
Espirito Ramatís- psicografado por Hercílio Maes- livro, “O Sublime Peregrino”

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Processo de Encaminhamento dos Exílados


O processo de encaminhamento dos espíritos que serão exilados para um planeta inferior não se dará de forma repentina, com a passagem do planeta higienizador próximo a Terra. Como podemos observar nas revelações, esse processo de encaminhamento já está em andamento. Já, desde algum tempo, os espíritos com alto grau de periculosidade, ao desencarnarem, passam por um processo  de seleção e são confinados em determinadas regiões do plano astral aguardando o momento de encaminhamento à outra escola planetária, para continuarem  lá o seu progresso evolutivo.
Lau


    (Atualizado em junho de 2012)
Ilha de Patnos, 90 D.C
APOCALIPSE DO APÓSTOLO S. JOÃO, 22
10 E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.
11 Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.
12 E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
15 Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira
Bíblia Sagrada – Imprensa Bíblica brasileira
Curitiba (PR), 20 de outubro de 1956.

Ramatís

          PERGUNTA: - Qual o principal objetivo do “juízo final”, no evento profético dos “tempos-chegados”?
          RAMATÍS: - È o de selecionar os espíritos em duas ordens distintas, a fim de ser ativada a ascensão espiritual das duas ordens selecionadas.
          PERGUNTA:- Quais essas duas ordens distintas?
          RAMATÍS:- Compreenderão os dois grupos distintos que Jesus profetizou para a hora final, quando afirmou que viria julgar os vivos e os mortos, separando os lobos das ovelhas, o trigo do joio, ocasião em que os bons sentar-se-iam à sua direita e os maus à sua esquerda. Um desses grupos – o que tomará lugar à direita do Cristo – será constituído das criaturas cuja vida houver representado um esforço à procura da bondade, do amor, da honestidade, da renúncia em favor do próximo, no cumprimento dos preceitos renovadores do Evangelho; o outro grupo – que tomará lugar à esquerda do Cristo – será representado pelos maus, compondo a triste caravana dos que emigrarão para um orbe inferior, em relação com o seu padrão anticrístico. É o dos que planejam os arrasamentos das cidades pacíficas; os técnicos impassíveis que movem botões eletrônicos para destruição à distância; os cientistas satânicos que operam nos desvãos dos laboratórios, na preparação dos engenhos de morte; os que exaurem fosfato na busca de meios mais eficientes para assassinatos coletivos nos matadouros ou nas matas verdejantes; os que criam indústrias para o fabrico de instrumentos criminosos; os autores de engenhos malignos, que transformam os aviões da fraternidade em monstros vomitadores de bombas infernais. E a triste caravana será ainda engrossada com outros contingentes humanos provindos das corrupções administrativas: os que se locupletam com os bens públicos e dificultam o leite para a criança, o asilo para o velho, o agasalho para o desnudo e o hospital para o indigente; as almas venais, que transformam a consciência em balcão; os exploradores sensacionalistas das desgraças alheias; os jornalistas, escritores, tribunos e políticos que instigam ou defendem as forças do ódio, indiferentes à edificação superior da consciência das massas e à educação essencial da criança. Este o séquito a caminho da implacável retificação no “habitat” sombrio de outro mundo tão agressivo e impiedoso quanto as suas próprias consciências, e que se tornará o regaço materno não só dos que obrigam as mãos que lavram o solo pacífico a tomar armas para o extermínio fratricida, como daqueles que insuflam o ódio racial e contribuem para o desaparecimento da paz; dos que industrializam as graças divinas a troco da moeda profana; dos que pregam a fraternidade promovendo a separatividade e empregam os recursos da violência para a conversão dos infiéis. Como egoístas, impiedosos, avaros, fariseus e salteadores de “traje a rigor”, terão que se sujeitar aos pródomos de outra civilização humana, no exílio provisório à “esquerda” do Cristo.
Ramatís (espírito) - Livro “Mensagem do Astral”– psicografia de Hercílio Maes
Porto Alegre (RS), 30 de outubro de 2002.

PERGUNTA:- E quanto ao mecanismo de seleção e encaminhamento dos exilados para o mundo inferior, como se processa?
HERMES: - Perdão! Estendi-me demasiadamente na “marca dos exilados” e terminei não completando a resposta anterior. O processo de encaminhamento dos exilados se dará por atração magnética. Eis a finalidade da passagem do astro intruso pela órbita terrestre. Durante o período em que ele exercer seu poder de influência sobre a aura da Terra, ocorrerá um poderoso processo de atração magnética que arrastará todas as almas em sintonia com baixas faixas vibratórias.
Hermes (espírito) - Livro “A Nova era”- médium Roger Bottini Paranhos
PERGUNTA:- Não haverá como relutar?
HERMES:-  Não, porque os espíritos atraídos para o astro intruso estarão sob um efeito sedativo e hipnótico que os deixará sonolentos e sem ação ante essa poderosa ação magnética.
Hermes (espírito) - Livro “A Nova era”- médium Roger Bottini Paranhos
PERGUNTA:- E quem aplicará esse efeito sedativo e hipnótico? A própria ação magnética do astro ou a Espiritualidade Superior da Terra?
HERMES:- Esse é um processo automático, fruto da ação magnética do astro intruso sobre as almas chumbadas ao solo do mundo material por seus sentimentos anticrísticos. Quanto mais alienado e aprisionado às forças negativas for o espírito, maior será o efeito sedativo e hipnótico do astro intruso.
Hermes (espírito) - Livro “A Nova era”- médium Roger Bottini Paranhos

PERGUNTA:- Não poderá ocorrer de ainda haver futuros exilados, após a passagem do astro sugador, e eles escaparem de sua atração?
HERMES:- A influência astral desse corpo celeste abrange uma dimensão impressionante. A sua esfera de atuação magnética abrange milhões de quilômetros. Mesmo após sua passagem, a força atrativa do astro intruso ainda se fará presente. Conforme informamos anteriormente, sua influência iniciou-se na segunda metade do século passado e encerrar-se-á tão-somente no final do período de transição planetária, quando  estiver a milhões de quilômetros da Terra e tiver atraído bilhões de espíritos que desprezaram as palavras dos sábios instrutores da Terra.
Hermes (espírito) - Livro “A Nova era”- médium Roger Bottini Paranhos

PERGUNTA:-  Queres dizer que a partir desse período a Terra começou a receber a influência magnética do astro intruso?
HERMES:- Sim, a partir desse momento os habitantes da Terra, em todas as dimensões, tanto na física como na espiritual, começaram a sentir a vibração angustiante do astro responsável pelo exílio planetário. E como disse João Evangelista no “Livro do Apocalipse”, quando chegasse esse momento “aqueles que fossem justos, seriam ainda mais justos e aqueles que fossem injustos, cometeriam ainda mais injustiças”.
Hermes (espírito)- Livro “A Nova era”- médium Roger Bottini Paranhos

(...) Após o último desenlace da vida física, antes do “juízo final”, o espírito já “grava” na alma sua real condição espiritual, encerrando a sua jornada durante o atual ciclo evolutivo. Os puros irradiam Luz e equilíbrio, enquanto os exilados apresentam uma aura pegajosa e um semblante angustiado. Além do mais, eles imprimem inconscientemente em sua mão direita e na testa o número da “Besta”: o temível 666, que não é apenas uma lenda, mas uma simbologia inconsciente dos reprovados para a Nova Era. Os Exilados sabem que trata-se da “marca dos exilados’, em alusão ao período cósmico da órbita do astro intruso.
Hermes (espírito) - Livro “A Nova era”- médium Roger Bottini Paranhos

Contagem (MG), Junho de 2008.
(...) – Existem bases de apoio dos guardiões espalhadas por diversas pontos do planeta, naturalmente dispostas em dimensões  distintas, conforme a função de cada uma e a natureza da tarefa a que se destinam. No entanto, dirigimos-nos a um posto localizado no satélite natural do planeta Terra, a Lua. Lá nas profundezas do subsolo lunar, está o mais importante centro de apoio dos guardiões a serviço da humanidade.
          (...) É que lá, no lado escuro da Lua, estão sendo reunidos milhares e milhares de espíritos já em processo de expurgo planetário. Seres que não mais encontram sintonia com o ambiente evolutivo da terra são circunscritos às dimensões inferiores do astro lunar. Naturalmente, por processo de sintonia vibratória, acham-se limitados ao lado escuro do satélite terrestre.
         - Mas não consta dos ensinamentos trazidos por diversos benfeitores que, na ocasião do degredo planetário, tais seres seriam inexoravelmente subtraídos do psiquismo do planeta e então arrastados por um astro intruso a outros mudos inferiores?
          - Tirando certa dose de euforia que alguns sensitivos emprestam ao fato, podemos dizer que a idéia procede – respondeu Anton. – Entretanto, é tolo pensar um evento de tal monta ocorrerá de forma simplista. A medida que as respectivas inteligências extrafísicas obtenham suas últimas oportunidades no planeta e as desperdicem, devem submeter-se à averiguação de seu status vibratório, se assim podemos dizer. Enquanto o referido astro não se aproxima da Terra o suficiente para atrair os milhares de seres que já vivenciam o processo de expurgo, estes devem ficar circunscritos a um lugar no qual lhes seja vedado influenciar as questões sociais, políticas e espirituais do planeta. Dessa maneira, recebemos a incumbência do governo oculto do mundo de reuni-los no lado escuro da Lua. Lá ficam prisioneiros do campo gravitacional lunar até que sejam definitivamente banidos do ambiente psíquico da Terra.
         - Sem contar o trabalho que os guardiões têm com essas inteligências – observou Jamar.
         - Mesmo prisioneiros da gravidade da Lua, eles continuam dando todo esse trabalho?
        - Você nem imagina, Ângelo!
        - O que Jamar quer dizer é que tais espíritos não estão simplesmente confinados, como habitualmente se vê nos cárceres terrenos. Os guardiões planetários têm a incumbência de catalogar a história de vida desses seres, arquivar sua identidade energética em nossos registros e esclarecê-los quanto ao seu destino, que muitos ignoram. Considerando a população numerosa desses espíritos aliado ao quadro energético nada harmonioso que apresentam, é natural que o trabalho seja profundamente complexo e desafiador para os guardiões planetários.
Ângelo Inácio (espírito) – Livro, - “Senhores da Escuridão”, Robson Pinheiro.

Belo Horizonte (MG), janeiro de 2012.
(...) – Mas não pensem que o evento que denominamos seleção, higienização ou expurgo planetário ocorrerá em apenas alguns anos; não é assim que se processa. O tempo exato em que se consumará o degredo só o Pai o conhece. Recebemos, apenas, ordens superiores para trabalhar, e ainda temos muito a fazer. O processo de identificação e seleção ocorre primeiro no plano extrafísico, entre os espíritos não reencarnantes, ou seja, aqueles que já se definiram espiritualmente e que não mais poderão reencarnar no planeta terra. É claro que este trabalho exaustivo, realizado por guardiões experientes, não é algo que se resolva num passe de mágica.
        “Para começar, deve-se identificar o perfil ou tipo psíquico de cada espírito envolvido, levando-se em conta vibração, sentimentos, aptidões e necessidades de aprendizado. Somente essa etapa é tarefa que pode se estender por dezenas de anos, uma vez que há uma expressiva quantidade de seres que desde já se encontram na psicosfera próxima da terra, em ambiente espiritual compatível com seu estado íntimo, psíquico, aguardando seu destino. Depois, durante os eventos que serão desencadeados na esfera física, será hora de identificar, na massa de recém-desencarnados, quais terão condições de permanecer no orbe terreno. Igualmente, devem ser selecionados de acordo com as necessidades de aprendizado tanto da comunidade terrestre quanto dos próprios envolvidos. A partir dessa etapa, serão encaminhados a locais do planeta onde se farão mais úteis, nos primeiros momentos de reorganização da civilização.”
       “Concomitantemente, e mesmo após a conclusão desse processo, os encarnados que permanecerem no mundo terão as consciências desafiadas, com valores e ideais postos à prova, independentemente de religião, filosofia ou estágio consciencial a que chegaram. (...)”.
O Fim da Escuridão – pelo espírito Ângelo Inácio – psicografia de Robson Pinheiro.