quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Quem é Jesus? Por que Ele Nasceu na Terra? E por que Ele Retornará? - Parte 12

Continuando a reflexão anterior...


Por que Jesus nasceu na Terra?

O que é o “Reino dos Céus”?
Quais são os princípios que regem o sistema de vida superior que Jesus trouxe para a Terra?

    
Ilustração/Internet
No livro “Abduções”, Ângelo Inácio continua descrevendo aquele momento de desdobramento espiritual, quando Jesus tinha 17 anos e repousava numa saliência de uma gruta aos arredores de Nazaré; quando seus assessores cósmicos trouxeram, através do desdobramento em corpos espirituais, diversos seres que eram dali da Palestina e também de diversas partes do planeta; inclusive os espíritos daqueles que seriam seus futuros discípulos diretos.  Estava presente o representante da Justiça Divina, Miguel, e seres que o auxiliava e eram procedentes da constelação de Órion, de Sirius, de Antares e da galáxia Andrômeda.
     Ali ele falava diretamente para a alma daqueles seres, porém com uma linguagem mais abrangente, cósmica; e eles absorviam o conteúdo de sua mensagem conforme os conceitos religiosos e culturais de cada um, devido a estarem encarnados.

Sistema Religioso
  
     (Naquela época, 2.000 anos atrás, muitos espíritos exilados já haviam retornados para seus mundos de origem. Mas, ainda, existia uma quantidade enorme de seres exilados de diversos planetas da galáxia que estavam distribuídos nas dimensões espirituais, desde as mais sutis até as mais densas; inclusive muitos estavam corporificados. Também havia os seres que começaram sua jornada evolutiva aqui na Terra.)

      (Jesus não veio formar um sistema religioso na Terra, pois a criação de religiões é uma necessidade humana para poder interagir com o invisível; quanto menos esclarecida, mais há essa necessidade.)
      Naquela assembleia de seres projetados em espíritos Jesus informou:

(...) minha interferência neste mundo não visa à formação de um sistema religioso, tampouco à compreensão sobre o modo de se relacionar com uma entidade criada e moldada conforme caprichos humanos, ainda que à tal entidade se dê o nome de Deus, quanto mais pontificar que ela representa o máximo grau no que concerne ao desenvolvimento humano. (...)

Representante da Inteligência Suprema, o Criador do Universo

     (Jesus não veio representar o Deus que era conhecido naquela época como Iahweh. Como já vimos em outra reflexão, o Deus dos hebreus daquela época era a manifestação dos seres exilados, os dragões, que com sua política de domínio manipulavam seus representantes religiosos.)
     Jesus informava que ele representava a Suprema Inteligência criadora do universo, a mente cósmica que rege a evolução de tudo:

(...) Existe uma política universal, um sistema de harmonia do conjunto da vida em si. Venho representar aquele organismo vivo e inteligente que a tudo dirige para um fim determinado. (...)

Objetivo de Atingir Diversas Raças Planetárias

     A sua vinda não tinha como objetivo esclarecer e orientar sobre os princípios da vida superior tão somente para os seres que começaram a evolução aqui no planeta Terra; porque a vida humana terrena, já naquela época, era uma mescla de diversas raças planetárias.

(...) A terra, nesta época, abriga um contingente substancial de povos de diversos mundos, a maioria, em estado vibratório distinto daquele em que se encontram os humanos da superfície. Isto é, a maior parte dos enviados das estrelas vive e vibra em frequência diferente da material, embora existam também aqueles que habitam corpos físicos. (...) tendo em vista essa realidade, minha vinda não tem como objetivo atingir apenas seres humanos deste mundo, mas exemplares de diversas raças humanoides do cosmos, criaturas cujas culturas são de uma diversidade incrível e que, no entanto, ora se reúnem sob o mesmo céu avistado da crosta. (...)

      Jesus informou que a mensagem que ele trazia não tinha objetivo religioso ou espiritual como as pessoas entendiam naquela época. Ele era o porta-voz de um conhecimento que representava a necessidade das forças criativas e evolutivas de fazer uma interferência reguladora no mundo.  Objetivava atingir todos os seres reunidos no planeta Terra constituído por mais de 50 raças de distintas procedências cósmicas. Esses seres foram trazidos para cá,  com o objetivo de se evitar um desastre ambiental de natureza cósmica nos sistemas de vida onde viviam.

Salvação das penas eternas?

     (Naquela época já havia se formado o conceito da necessidade da salvação das penas eternas. O messias anunciado pelos profetas foi esperado para salvar o homem do mal; e também interpretado como o surgimento de um rei que libertaria os judeus do domínio romano. Depois foi interpretado como aquele que libertaria a humanidade do pecado original provocado por Adão e Eva.)

(...) – Quanto à salvação à qual quero me referir, nunca poderá ser tomada como mera salvação do mal, da danação eterna, conceito arcaico inventado por fariseus e outros arautos da religiosidade terrena. Não se trata, em nenhuma hipótese, da salvação no sentido místico-espiritual apenas. (...)

     Jesus explicou que a salvação que trazia se referia à necessidade de mudança do comportamento dos seres exilados, devido a corrupção moral e de valores a que se entregaram. Esse comportamento prejudicava o sistema evolutivo em seus planetas; sem condições de retornarem para lá. E caso persistissem, e não reeducassem seus comportamentos, contrários às leis evolutivas, o universo acionaria o mecanismo de contenção e de reequilíbrio novamente. (novo exílio)

(...) Para ser um dinamizador das forças evolutivas do universo, o espírito precisa desenvolver o que chamais de virtudes, de valores morais, de maneira a permanecer na escola cósmica como aprendiz e, ao mesmo tempo, construtor de um sistema cada vez melhor. O homem precisa aquilatar o efeito de suas atitudes, o peso de sua interferência no sistema, e assumir responsabilidade por seus atos. O mesmo princípio é válido para o habitante de outros orbes. (...)

Mecanismos Cósmicos de Equilíbrio

      Jesus informava que os mundos de onde vieram os espíritos rebeldes estavam sob séria ameaça. Portanto, era preciso levar com urgência a mensagem que ele trazia para todos os espíritos degredados. Mesmo que esses seres pudessem ser novamente exilados para outros planetas ou readmitidos em seus mundos de origem era de extrema importância falar a todos eles.

(...) Tais mundos estão na iminência de sofrer a ação dos mecanismos cósmicos de equilíbrio, que pode chegar a erradicá-los do cenário da vida universal, se for necessário, reabsorvendo os elementos constituintes desses planetas e reagrupando-os novamente, num processo de destruição e reconstrução. (...)

(...) Caso os cidadãos não reconsiderem seu comportamento nem se integrem à política universal, eles mesmos, bem como o orbe onde habitam, poderão ser tratados como moléstia pelo ecossistema cósmico. (...)
    
     Jesus orientava que: Cada planeta possui seus recursos próprios como fonte de sobrevivência à humanidade que abriga. Quando esta humanidade provoca a desordem e o desequilíbrio, o sistema de vida do planeta começa a retribuir, à essa falta de respeito, através do empobrecimento dos recursos para a manutenção da vida. A ação desequilibrada da humanidade sobre o ecossistema espiritual, energético e material faz com que o planeta reaja causando um empobrecimento desses recursos. Os alimentos, tantos os espirituais, os fluídicos e os físicos, exaurem-se lentamente ou apressadamente, conforme a ação do homem.

Conexão com as leis do equilíbrio
    
     Jesus já anunciava para aquela assembleia de espíritos o significado do seu evangelho que ele traria:
(...) “O planeta, considerado como ser vivo, só repousa quando os que sobreviveram aos cataclismos aprendem a atuar em conexão com as leis do equilíbrio, harmonizando-se com as leis morais da vida, sintetizadas no Evangelho que vos anunciarei em breve, no corpo, como homem nazareno. Somente ao desenvolver as virtudes que marcarão uma nova etapa na relação consigo mesma e com os outros seres, seus irmãos, é que determinada civilização efetivamente cuidará do meio ambiente planetário de modo devido, sobretudo nas esferas energética e espiritual. Falo-vos de uma ecologia mais abrangente, integral, da qual fazem parte a convivência pacífica entre irmãos e o desenvolvimento de valores morais, espirituais e energéticos que se revelam no trato com o meio ambiente. Um é consequência do outro.” (...)

     (Como já estamos percebendo, a síntese do evangelho de Jesus não se tratava de algo religioso, não...; e sim do despertar da consciência com o desejo de desenvolver um comportamento com valores morais, espirituais e energéticos. Iniciando consigo mesma, ou seja, tomar a consciência da responsabilidade da emissão de seus pensamentos, quanto a natureza eletromagnética e energética, como também da qualidade das emoções. Trabalhar o pensamento e as emoções de pessimismo, medo, angustia, raiva, ódio, ciúmes, inveja, rancor, stress e outros, tendo a consciência que o seu desequilíbrio afeta o ser vivo que é o planeta e a todos os seres viventes.) 


  
  (Cuidar do corpo físico quanto a higiene e alimentação equivocada, que é produto dos vícios e da influência do consumismo patrocinado pelo objetivo de lucros das indústrias e fabricas alimentícias. O ser humano ingere em seu organismo produtos contrários as leis de equilíbrio tais como: cigarro, álcool, drogas, aditivos químicos e conservantes nos alimentos, óleos, açúcar e sal em excesso e alimentos contaminados com pesticidas e agrotóxicos. Desrespeita o seu corpo físico, o qual é um veículo de manifestação de seu espírito nesta dimensão mais densa, para estagiar experiências necessárias à expansão de sua alma. A providência divina, através da natureza, oferece uma variedade imensa de frutas, legumes, verduras e grãos que a humanidade não está manipulando-os e processando-os de forma inteligente, para manter a saúde do corpo físico.)

     (Desenvolver as virtudes de respeito e compreensão para com outros seres humanos e todos os seres viventes do reino animal e vegetal, também foi a recomendação de Jesus para se viver em harmonia com as leis de equilíbrio. – Como agir diante das atitudes desequilibradas de nossos semelhantes? Conforme Jesus recomendou e exemplificou – É preciso compreender e servir mais..., significa que diante do impacto energético que nos atinge através das ondas do pensamento, do som das palavras, dos gestos e ação de nossos semelhantes devemos primeiramente abrir a conexão com o Criador do Universo, Deus; em seguida compreender o desequilíbrio daquela atitude e não entrar na sintonia dos impactos da energia eletromagnética e fluídicas que nos atinge. Não revidar com a mesma energia impactante do pensamento e emoção de ódio, raiva, desejo de vingança e ação de agressão física. Esta conexão com as leis de equilíbrio deve ser exercitada diariamente e com persistência até fazer parte de todos nós. E o que falar dos maus tratos com os animais?... são seres em estágio de evolução também!)

      
Poluição/internet
(Como Jesus ensinou, quando a humanidade desenvolver os valores morais, espirituais e energéticos e a convivência pacífica entre todos é que isso vai se refletir no respeito do trato ao meio ambiente, de forma integral. Existe um enorme desrespeito ao ecossistema do planeta... vejamos: As praias com suas areias e águas limpas quando visitadas pelo homem recebem garrafas plásticas, latas de alumínio, palitos e papeis de sorvete, canudos plásticos, casca de coco e diversos lixos que são carregados para o mar. Os rios recebem grande quantidade de lixo em forma de plásticos, mobílias velhas, pneus e uma variedade de entulhos. As ruas das cidades são depósitos de lixos onde os consumidores jogam tudo pelo chão sem consciência de higiene e respeito à natureza. Nos lares domésticos, as embalagens dos produtos de limpeza, alimentícios e de higiene vão direto para o lixo sem coleta seletiva para reciclagem. Isso demonstra a falta de educação e de inteligência em reaproveitar as embalagens evitando a contaminação do solo, rios e mares. O consumismo exagerado gerado pela corrida do lucro provoca uma enorme contaminação do ar, principalmente nas cidades grandes e industriais. Também, há um enorme desrespeito para com a natureza através do desmatamento descontrolado.)

Grays

     Segundo é detalhado por Ângelo Inácio, Jesus reunido ali com os seres de várias procedências planetárias, lembrava a todos que muitos seres que vieram exilados para a Terra vieram não porque precisavam se reeducar, para no futuro  retornarem aos seus planetas de origem; pois, isto já não seria mais possível porque tinham destruídos seus planetas.
      Outros seres provocaram tamanha destruição de seus ecossistemas que eles já não conseguiam mais se reproduzirem; sendo obrigados a vagarem de um canto a outro da galáxia em busca de alimento e recursos para sobreviverem. Era o caso de determinada casta dos grays que já naquela época estava na Terra.  Foi lembrado a situação dos dragões que destruíram diversos planetas; os anunnakis também, que através de inúmeras guerras destruíram o ecossistema comprometendo a existência da atmosfera em seu planeta. Os capelinos, também, que vieram para a Terra porque tinham destruído o ecossistema em seus mundos.
      Portanto, Jesus não veio somente com a proposta de reeducar o homem terreno; ele veio para despertar diversos seres de várias raças planetárias que estavam reunidos naquela época na Terra.
      Já naquela época, Jesus previa que o não despertamento desses espíritos corria o perigo de causar aqui no planeta Terra o mesmo que tinha ocorrido nos planetas dos seres exilados.

O que é o Evangelho de Jesus?

      Jesus, mostrando os seres ali presentes e que o auxiliava, explicou que eles eram embaixadores de sistemas que avançaram em sintonia com as leis universais e estavam presentes para auxiliarem a humanidade terrena, incluindo os seres que foram exilados. Muitos desses seres eram os que acordaram a tempo de retrocederem o processo de destruição em seus planetas.
     Naquela dimensão extrafísica Jesus esclarecia a todos:

(...) Minha mensagem a este mundo, chamada Evangelho, nada mais é do que um incentivo, um incremento para a tomada de consciência, a fim de que os povos da Terra revejam sua postura diante da vida e das leis da vida. Ela fala à inteligência, pois vivenciá-la não implica a criação de um sistema religioso ou iniciático. Trago a oportunidade de imergirdes em seus próprios espíritos e reverterdes o processo em andamento em vosso mundo, tanto subjetivo quanto objetivo. Viver o que chamais bem – e fazer o bem – não é questão de religiosidade, mas de inteligência. Portanto, não venho à terra para vos salvar de um suposto demônio ou de um suposto inferno; venho para salvá-la da destruição e trazer aos habitantes do mundo uma alternativa, a qual culmina em vossa plena integração às comunidades da galáxia aqui representadas. (...)

       Na dimensão física, posteriormente, Jesus iniciaria a sua mensagem de forma que os que estavam corporificados pudessem compreendê-lo sobre as diretrizes do “Reino dos Céus”; e pudessem vivenciá-las através da mudança do comportamento do pensamento e de suas emoções. Era uma verdadeira diretriz de reforma espiritual e energética.
V. lau


* Vídeo 
Continua...

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Bibliografia:

- "Os Abduzidos" - pelo Espírito Ângelo Inácio; [psicografado por] Robson Pinheiro. - Contagem, MG: Casa dos Espíritos, 2015. - (Série Crônicas da Terra: v. 4).

Luz Acima” – pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 11.ed. Brasília:FEB, 2013.

* Canal Mórmon
Pedro Leopoldo (MG),dezembro de 1947.

Irmão X

      A escritura do Evangelho

     Quando Jesus recomendou a pregação da Boa Nova, em diversos rumos, reuniu-se o pequeno colégio apostólico, em torno dele, na humilde residência de Pedro, onde choveram as perguntas no inquérito afetuoso.
     - Mestre – disse Filipe, ponderando -, se os maus nos impedirem os passos, que faremos? Caber-nos-á recurso à autoridade punitiva?
     - Nossa missão – replicou Jesus, pensativo – destina-se a converter maldade em bondade, sombra em luz. Ainda que semelhante transformação nos custe sacrifício e tempo, o programa não pode ser outro.
     - Mas... – obtemperou Tomé - e se formos atacados por criminosos?
     - Mesmo assim – confirmou o Cristo -, nosso ministério é de redenção, perdoando e amando sempre. Persistindo no bem, atingiremos a vitória final.
     - Senhor – objetou Tiago, filho de Alfeu -, se interpelados pelos fariseus, amantes da Lei, que diretrizes tomaremos? São eles depositários de sagrados textos, com que justificam habilmente a orgulhosa conduta que adotam. São arguciosos e discutidores. Dizem-se herdeiros dos profetas. Como agir, se o Novo Reino determina a fraternidade, isenta da tirania?
      - Ainda aí – explicou o Messias Nazareno -, cabe-nos testemunhar as ideias novas. Consagraremos a Lei de Moisés com o nosso respeito. Contudo, renovar-lhe-emos o sentido sublime, tal qual a semente que se desdobra em frutos abençoados. A justiça constituirá a raiz de nosso trabalho terrestre. Todavia, só o espírito de sacrifício garantir-nos-á a colheita.
     Verificando-se ligeira pausa, Tadeu, que se impressionara vivamente com a resposta, acrescentou:
     - E se os casuístas nos confundirem?
     - Rogaremos a inspiração divina para a nossa expressão humana.
     - Mas que sucederá se o nosso entendimento permanecer obscuro, a ponto de não conseguirmos registrar o socorro do Alto? – insistiu o Apóstolo.
     Esclareceu Jesus, sorridente:
     - Será então necessário purificar o vaso do coração, esperando a claridade de cima.
     Nesse ponto, André interferiu, perguntando:
     - Mestre, em nossa pregação, chamaremos indistintamente as criaturas?
     - Ajudaremos a todos, sem exigências – respondeu o Salvador, com significativa inflexão na voz.
     - Senhor- interrogou Simão, precavido -, temos boa vontade, mas somos também fracos pecadores. E se cairmos na estrada? E se, muitas vezes, ouvirmos as sugestões do mal, despertando, depois, nas teias do remorso?
     - Pedro – retrucou o divino Amigo -, levantar e prosseguir é o remédio.
     - No entanto – teimou o pescador-, e se a nossa queda for tão desastrosa que impossibilite o reerguimento imediato?
     Rearticularemos os braços desconjuntados, remendaremos o coração em frangalhos e louvaremos o Pai pelas proveitosas lições que houvermos recolhido, seguindo adiante...
     - E se os demônios nos atacarem? – interrogou João, de olhos límpidos.
     - Atrai-los-emos à glória do trabalho pacífico.
     - Se nos odiarem e perseguirem? – comentou Tiago, filho de Zebedeu.
     - Serão amparados por nós, no asilo do amor e da oração.
     E se esses inimigos poderosos e inteligentes nos destruírem? – inquiriu o filho de Queriote.
     - O Espírito é imortal – elucidou Jesus, calmamente – e a justiça enraíza-se em toda parte.
     Foi então que Levi, homem prático e habituado à estatística, observou prudente:
     - Senhor, o fariseu lê a Torá, baseando-se nas suas instruções; o saduceu possui rolos preciosos a que recorre na propaganda dos princípios que abraça; o gentio, sustentando as suas escolas, conta com milhares de pergaminhos, arquivando pensamentos e convicções dos filósofos gregos e persas, egípcios e romanos... E nós? A que documentos recorreremos? Que material mobilizaremos para ensinar em nome do Pai sábio e misericordioso?!...
     O Mestre meditou longamente e falou:
     - Usaremos a palavra, quando for necessário, sabendo porém, que o verbo degradado estabelece o domínio das perturbações e das trevas. Valer-nos-emos dos caracteres escritos na extensão do Reino do Céu. No entanto, não ignoraremos que as praças do mundo exibem numerosos escribas de túnicas compridas, cujo pensamento escuro fortalece o império da incompreensão e da sombra. Utilizaremos, pois, todos os recursos humanos, no apostolado, entendendo, contundo, que o material precioso de exposição da Boa Nova reside em nós mesmos. O próximo consultará a mensagem do Pai em nossa própria vida, por meio de nossos atos e palavras, resoluções e atitudes...
      Pousando a destra no peito, acentuou:
     - A escritura divina do Evangelho é o próprio coração do discípulo.
     Os doze companheiros entreolharam-se, admirados, e o silêncio caiu entre eles, enquanto as águas cristalinas, não longe, refletiam o céu imensamente azul, cortado de brisas vespertinas que anunciavam as primeiras visões da noite...
Livro: “Luz Acima” 

sábado, 10 de novembro de 2018

Quem é Jesus? Por que Ele Nasceu na Terra? Por que Ele retornará? - Parte 11

Continuando... a reflexão 10...

Por que Ele nasceu na Terra?

Manifestação de Jesus em desdobramento

     
     O conhecimento que temos sobre Jesus é graças aos registros que seus discípulos fizeram narrando os momentos vividos com ele.  Conforme já vimos antes, no livro “Boa Nova”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, o primeiro discipulo de Jesus a registrar os seus ensinamentos foi Levi (Mateus); e depois, quando eles se estabeleceram em Jerusalém, no trabalho de assistência aos necessitados, é que outros discípulos fizeram seus registros.
      Esses registros mostram que o Autoevolucionário cósmico, enquanto corporificado junto aos seus discípulos e pessoas que o cercavam, ensinava sobre as verdades da política do “reino dos céus” através de uma linguagem em que as pessoas pudessem absorver, conforme seus costumes e tradições.
      Entretanto, Ângelo Inácio, no livro “Abduzidos”, trouxe revelações mostrando que Jesus
apesar de viver sua vida como um humano qualquer, a sua mente não se restringia às limitações do corpo físico; ele extrapolava as fronteiras do cérebro físico expandindo-se. Mesmo assim, ele se esforçava para parecer o mais comum possível.  Jesus, desde cedo, descobriu que para manter a coesão molecular e a integridade de seu corpo físico, sem que ele se desintegrasse, precisava submeter-se a jejuns prolongados; porque a capacidade de sua mente era superior ao cérebro físico, para que pudesse contê-la. Ele expandia a sua alma com frequência; momentos esses em que libertava-se do limite do corpo físico.
      Narra Ângelo Inácio que Jesus aos 17 anos, numa tarde em que se refugiou numa montanha, local que era conhecido somente por sua mãe, ao deitar-se numa saliência do rochedo, seu espírito se desprendeu do corpo físico. Desdobrado em corpo mental, como uma luz muito forte, aos poucos foi assumindo feição humana tendo agregado os fluídos espirituais, astrais e etéricos com a força de seu pensamento. Ao seu lado estavam dois seres elevados em roupagem fluídica de feição humanoide; era Miguel e Enoque. Enquanto seu corpo físico repousava e era protegido por seres guardiões superiores, ele iniciou o diálogo com os dois seres:
    (...) – Bem-aventurados, meus amigos! Sempre é bom saber que estão a postos, sobretudo agora que a política do Reino está prestes a ser inaugurada neste mundo. Para tanto, é fundamental o apoio das hostes celestes. (...)

Visita a outros recantos do planeta


    No diálogo, Miguel informou que trazia notícias de várias partes do planeta, nas quais, em diversas culturas, eles conseguiram localizar antigos iniciados que tinham vindo justamente para aquele momento histórico. Esses iniciados seriam úteis para que fosse estabelecido um novo pensamento evolutivo em várias partes do planeta; pois a mudança não se restringia somente ali na Judeia. Eles eram seres de outros sistemas solares, e que estavam corporificados no planeta com a finalidade de preparar as comunidades para o advento da nova era. Assim falou Jesus:
     (...) – Preciso visitá-los e também a outros, em variados lugares. Para isso, aproveitarei momentos como este a fim de deslocar minha consciência a outros recantos do mundo. Uma vez nesses ambientes, poderei materializar-me temporariamente e ser percebido pelos emissários do Reino encarnados em corpos humanos. (...)

     Jesus informou que antes de iniciar seu ministério precisava visitar as comunidades que no futuro breve receberiam a sua palavra, por intermédio dos agentes da política divina.
   Esse deslocamento para outras regiões não se daria somente em espírito num fenômeno de bilocação; ele precisava se utilizar de outro recurso: (...) terei de desmaterializar o corpo por completo e rematerializá-lo em outras latitudes do planeta, num fenômeno de transporte. O grande plano assim prevê, pois devo interagir mais diretamente com nossos parceiros em outros países do mundo. (...)
      Também, seus  futuros apóstolos eram preparados durante o sono físico para que pudessem iniciar a tarefa de ancoragem física da mensagem da Boa Nova no planeta Terra.


     * Vídeo

Abolição dos Sacrifícios

      No diálogo, também, Miguel mostrou sua preocupação em relação a entidade conhecida como Jeová. Ela estimulava a prática de sacrifícios nos templos através dos cultos estabelecidos pela casta sacerdotal.
      Para entendermos o que estava por trás de tudo isso é interessante observar quando Enoque dá a seguinte explicação: (...) – Devemos convir que essa deidade, adorada pela nação inteira, parece não se saciar após todos os séculos em que estimulou a matança de quantos não comungassem com o sistema por ela implantado nesta parte do mundo.
     - Mas não somente aqui, na Judeia, caro Enoque; o mesmo ser se faz passar por um demiurgo em outros lugares, empregando nomes diversos e sendo representado pelos próprios dragões e seus aliados, exigindo sacrifícios de animais e humanos. (...)
      Realmente, na história de diversas civilizações, temos visto culto a certas divindades onde se praticavam sacrifícios de animais e inclusive humanos. Eram os seres das sombras que tendo nomes diferentes no meio dos povos bárbaros estimulavam o sacrifício de animais e seres humanos.
      Mas qual era o objetivo desse incentivo de sacrifícios? O que isso proporcionava a eles? No trecho a seguir Ângelo Inácio narra uma passagem do diálogo que vai nos esclarecer isso.
      (...) A mensagem que trago é tão robusta e verdadeira que, no decurso de poucas décadas, será abolida por completo a ideia de sacrifícios na Judeia e, mais tarde, a mesma convicção se espalhará pelo globo. Apresentarei a verdadeira face de Deus, que é todo misericórdia, e, principalmente, das leis e dos princípios que regem o sistema de vida superior o qual denominamos Reino. Em breve, o mundo conhecerá uma ideia diferente a respeito do Criador, e o sistema antigo perecerá. Evidentemente, a libertação total consumirá alguns milênios. Se é inquestionável que a verdade liberta, somente o tempo para fazer a verdade bilhar em toda sua pujança.
      - A simples ideia de libertar esta humanidade da prática sistemática de sacrifícios tirará da entidade Yaveh sua principal fonte de alimentação, que são fluidos animalizados. (...)
      Estas revelações mostram que os dragões se fizeram passar pela entidade Yaveh; e que para se manterem com as energias de fluidos animalizados estimulavam a matança e os sacrifícios.
      Isto é mais detalhado na fala de Miguel: (...) a entidade já deu ordens diretas para perpetrar diversas matanças sob a inspiração do suposto Deus, emulando-o na figura do demiurgo Yaveh, isto é, passando-se pela verdadeira Inteligência Suprema. Suas ordens fizeram com que, na ignorância, os israelitas dizimassem comunidades inteiras durante o período do seu êxodo. (...)

      No Antigo testamento, em Números, no cap. 31, já desde o versículo 1 há a descrição dos massacres realizados em nome de Yaveh, o suposto Deus.

Êxodo 

Massacre das mulheres e purificação dos despojos de guerra
Moisés, Eleazar, o sacerdote, e todos os príncipes da comunidade saíram do acampamento ao encontro deles. Moisés indignou-se contra os comandantes das forças, chefes de milhares e chefes de centenas, que voltavam desta expedição guerreira. Disse-lhes: “Por que deixastes com vida todas essas mulheres? Foram elas que, por conselho de Balaão, se tornaram para os israelitas a causa de infidelidade a Iahweh, no caso de Fegor: daí a praga que veio sobre toda a comunidade de Iahweh. Matai, portanto, todas as crianças do sexo masculino. Matai também todas as mulheres que conheceram varão, coabitando com ele. Não conserveis com vida senão as meninas que ainda não coabitaram com homens e elas serão vossas.
Nm 31: 13-18
     
      Numa cultura de tradições religiosas tão antigas, onde estava estabelecido a ideia de um Deus vingativo, com leis severas e venerado com oferendas de sacrifícios, Jesus ia encontrar uma forte resistência para desconstruir os conceitos errados formados até então.
      Como ele disse: iria apresentar a verdadeira face de Deus que era todo misericórdia. E também ensinaria sobre as leis e os princípios do Reino de Deus que regem o sistema de vida superior. Para a época era uma grande revolução, mas que estava apenas no início.

Distorção das palavras de Jesus
 
      Ângelo Inácio descreve também que Jesus, em seu diálogo com os outros seres, falava de sua preocupação, que era ainda maior, em relação ao futuro quanto a distorção de seus ensinamentos.
      (...) – Causa-me mais preocupação outro fator. É certo que minhas palavras serão modificadas, adulteradas, até, e aqueles que no futuro se apresentarão como apologistas da verdade serão os primeiros a desenvolver um sistema contrário à política superior que nos é tão cara. (...)
      (...) Por muito séculos, a mensagem será mal compreendida. Com um agravante: os maiores antagonistas do Evangelho, isto é, dos princípios que vim anunciar, serão os mesmos que alegarão defendê-lo. Mas até para existe uma solução esboçada, que entrará em vigor no momento oportuno. Nada ficou sem ser considerado no grande plano. Assegura-te de que teus soldados celestes, as hostes do Reino e do bem, estejam a postos, pois minha vinda não significa o fim do sistema antigo e contrário ao progresso neste mundo; antes, é o início do fim ou um novo início, uma batalha diária em que teremos de enfrentar as potestades, os principados e os representantes das trevas nas duas dimensões da vida. (...)
      Nessas informações, Jesus já sabia que no futuro muitas pessoas iriam modificar e adulterar os princípios que ele iria trazer. E realmente aconteceu e ainda acontece. Quantos na história da humanidade, no meio religioso, praticaram abominações em nome de Jesus? Disseram que eram representantes dele, mas praticavam o contrário do que ele veio ensinar. Na verdade, Muitos se colocaram como instrumentos dos dragões e dos seres das trevas organizados em potestades e principados.
      Jesus informou que as ideias que ele trazia levaria ao menos 2.000 anos para germinarem e se espalhar pelo mundo. Depois levaria mais 1.000 anos de reconstrução de trabalho intenso para consolidar os conceitos apresentados por ele. Isso devido à forte resistência da política dos homens e dos seres que os inspiravam.

Período de libertação do Mundo Primitivo

      Quando perguntado para Jesus de quanto tempo a humanidade se libertaria do comportamento que a mantinha em mundo primitivo, ele respondeu que tudo dependeria de como a humanidade iria reagir ao investimento que eles estavam fazendo. Para deixar de ser um mundo primitivo levaria 3.000 anos. Somente depois de grande tribulação, a humanidade entenderia a mensagem da política divina compreendendo que são todos irmãos.

MECANISMO DE CONTENÇÃO:

      Informou também que caso a humanidade não amadurecesse de forma suficiente entraria em ação alguns mecanismos para evitar a discórdia e a destruição.

Reação da Natureza

    
Terremoto e Tsunami 
 
Questionado sobre quais seriam esses mecanismos, ele respondeu: (...) – Poderá haver diversas interferências, à semelhança daqueles dispositivos que mencionei antes, caro amigo Enoque, desde a revolta do próprio planeta diante de seu sistema vivo, caso este não se dê conta de sua responsabilidade perante os sistemas de vida que o albergam, até outros casos ainda mais drásticos. (...)
      O que ele previu era a grande revolta em que a natureza  reagiria contra as ações dos homens na destruição do ecossistema.
      (Ainda somos um planeta primitivo. Nesses dois mil anos não houve um despertar para os valores da fraternidade em todo o planeta. Houve progresso industrial e tecnológico, mas o comportamento humano, perante a natureza e o respeito entre si mesma, ainda está em desequilíbrio. Vejamos: - As guerras que são motivadas por fanatismo religioso, por interesses econômicos e de supremacia. Elas têm alimentado uma atmosfera psíquica de ódio e sofrimento que alimenta os reinos das sombras. Têm causado dizimações de populações e provocado o grande surto de refugiados tentando sobreviverem em outros países. As guerras alimentam as industrias das armas que trazem mais malefícios do que benefícios para a humanidade.
       - As guerras urbanas têm geradas consequências nefastas através dos homicídios, do narcotráfico, dos assaltos, da intolerância religiosa e racial e da corrupção; tudo por falta de a humanidade, ainda, não ter despertado para os valores morais de espiritualidade.
       - As industrias, as fábricas, a agricultura e o comércio são movidos pela ganância do lucro, cada vez maior; provocando um consumismo exagerado e gerando com isso a poluição e a destruição da natureza. No ritmo que caminha a humanidade, usando fontes de energias poluidoras e contaminantes, estamos caminhando para um grande colapso.
        Por isso temos vistos cada vez mais, de forma intensa, a reação da natureza através de terremotos, tsunamis, maremotos, furacões e epidemias. São os mecanismos de contenção a que Jesus se referiu naquela época.)

Exílio Planetário
        Jesus, também naquele diálogo, informou que caso os espíritos albergados na Terra, com suas atitudes de brutalidade, sob o disfarce de civilidade, ameaçassem a vida de outras comunidades de outros planetas, ao perderem seus corpos terrenos teriam que irem para outros planetas corporificando-se em outros corpos dentro de um novo aprendizado
      Esse processo já está em andamento; conforme descreve Ângelo Inácio no livro "Fim da Escuridão" – Há 70 anos começou uma reurbanização extrafísica; primeiramente na Europa, e agora está sendo feita de forma global. A reurbanização extrafísica está sendo realizada pelos Guardiões Superiores sob o comando de Miguel. Está tendo um esvaziamento das regiões extrafísicas onde muitos espíritos já estão sendo retirados para uma base na Lua, para depois serem exilados; e muitos outros estão tendo a oportunidade de ainda reencarnarem como última oportunidade para se definirem.


Miscigenação de Raças
   
  Outro mecanismo de contenção que Jesus previu naquela época caso a humanidade não se harmonizasse era a miscigenação com outras raças siderais. Vejamos no diálogo a seguir:
     (...) Existe alguma alternativa caso o homem da Terra não se renove conforme o planejamento das instâncias superiores que coordenam a evolução do Sistema? (...)
    (...) Sim, existem alternativas. Sempre existem. Podemos optar por algo muito comum em mundos inferiores: promover uma nova miscigenação de raças no futuro. Caso o processo educativo e de implantação da política do Reino não surta os efeitos desejados, outro povo, outra raça de filhos das estrelas poderá vir até o terceiro planeta e fazer contato direto com seus habitantes, inaugurando uma nova etapa na história da civilização.
     
     Conforme o diálogo narrado pelo espírito Ângelo Inácio, naquela época, havia o planejamento feito por Jesus, mas o resultado dependeria do livre arbítrio da humanidade em assimilar as diretrizes da conduta ajustada à política do Reino de Deus.
    Passados os dois mil anos, a alternativa da miscigenação de raças já está ocorrendo na atualidade; primeiramente ela está ocorrendo de forma indireta através de abduções onde os seres do espaço estão formando seres híbridos com intervenção genética, para que os novos corpos físicos possam suportar a mudança das radiações solar. Também, a contribuição de novos conhecimentos na área da saúde e tecnologia poderá contribuir para a renovação da humanidade.
     Como, ainda, o contato direto pode provocar um colapso no sistema econômico e religioso, os seres do espaço, ligados aos Guardiões Superiores da humanidade, estão preparando a humanidade para o contato direto no futuro.

Último Mecanismo de Contenção...

Asteroide/Ilustração - Internet
 Segundo Jesus, revelou naquela época, a opção acima seria a última tentativa para iniciar o recomeço da civilização terrestre miscigenada com outras humanidades das estrelas.
       Caso isso ainda não surtisse o efeito esperado, entraria em ação um mecanismo de preservação energética que iria abalar as estruturas da humanidade. Tudo indica que Jesus se referia a um asteroide que passará próximo da Terra provocando uma nova estrutura física e energética no planeta
      (Esse asteroide, que será atraído, é consequência da Lei de Ação e Reação  que rege no Universo;  e a sua atração é devido a formação da atmosfera psicoenergética de nuvens densas e escuras que envolvem o planeta Terra. Essa psicosfera espiritual de carga densa é produzida pelo desequilíbrio das mentes humanas, nas duas dimensões da vida, a espiritual e física).
V. Lau

Continua....

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Referência de estudo:
- "Bíblia De Jerusalém" - Paulus, 2002.

- "Os Abduzidos" - pelo Espírito Ângelo Inácio; [psicografado por] Robson Pinheiro. - Contagem, MG: Casa dos Espíritos, 2015. - (Série Crônicas da Terra: v. 4).

Contos Desta e doutra Vida” – pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2008.
* Canal Mórmon
Pedro Leopoldo (MG), janeiro de 1964

Irmão X

      Servir mais
     Efraim bem Assef, caudilho de Israel contra o poderio romano, viera a Jerusalém para levantar as forças da resistência, e, informado de que Jesus, o profeta, fora recebido festivamente na cidade, resolveu procurá-lo, na casa de Obede, o guardador de cabras, a fim de ouvi-lo.
     - Mestre – falou o guerreiro -, não te procuro como quem desconhece a Justiça de Deus, que corrige os erros do mundo, todos os dias... Tenho necessidade de instrução para a minha conduta pessoal no auxílio do povo. Como   agir, quando o orgulho dos outros se agiganta e nos entrava o caminho?... quando a vaidade ostenta o poder e multiplica as lágrimas de quem chora?
     - É preciso ser mais humilde e servir mais - respondeu o Senhor, fixando nele o olhar translúcido.
     - Mas... e quando a maldade se ergue, espreitando-nos à porta? Que fazer, quando os ímpios nos caluniam à feição de verdugos?
     E Jesus:
     - É preciso mais amor e servir mais.
     - Senhor, e a palavra feroz? Que medidas tomar para coibi-la? Como proceder, quando a boca do ofensor cospe fogo de violência, qual nuvem de tempestade, arremessando raios de morte?
     - É preciso mais brandura e servir mais.
     - E diante dos golpes? Há criaturas que se esmeram na crueldade, ferindo-nos até o sangue... De que modo conduzir nosso passo, à frente dos que nos perseguem sem motivo e odeiam sem razão?
     -É preciso mais paciência e servir mais.
     - E a pilhagem, Senhor? Que diretrizes buscar, perante aqueles que furtam, desapiedados e poderosos, assegurando a própria impunidade à custa do ouro que ajuntam sobre o pranto dos semelhantes?
     - É preciso mais renúncia e servir mais.
     - E os assassinos? Que comportamento adotar, junto daqueles que incendeiam campos e lares, exterminando mulheres e crianças?
     - É preciso mais perdão e servir mais.
     Exasperado, por não encontrar alicerces ao revide político que aspirava a empreender em mais larga escala, indagou Efraim:
     - Mestre, que pretendes dizer por “servir mais”?
     Jesus afagou uma das crianças que o procuravam e replicou, sem afetação:
     - Convencidos de que a Justiça de Deus está regendo a vida, a nossa obrigação, no mundo íntimo, é viver retamente na prática do bem, com a certeza de que a Lei  cuidará de todos. Não temos, desse modo, outro caminho mais alto senão servir ao bem dos semelhantes, sempre mais...
    O chefe israelita, manifestando imenso desprezo, abandonou a pequena sala, sem despedir-se.
    Decorridos dois dias, quando os esbirros do Sinédrio chegaram, em companhia de Judas, para deter o Messias, Efraim bem Assef estava à frente. E, sorrindo, ao algemar-lhe o pulso, qual se prendesse temível salteador, perguntou, sarcástico:
     - Não reages, galileu?
     - Mas o Cristo pousou nele, de novo, o olhar tranquilo e disse apenas:

     - É preciso compreender e servir mais.

Contos Desta e doutra Vida” – pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2008.