sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Missão do Esperanto


 
Curitiba (PR), 23 de junho de 1958

Ramatís (Espírito)

PERGUNTA: - E sob o vosso entendimento espiritual, como considerais o Esperanto em relação ao nosso progresso moral, científico e espiritual?

RAMATÍS: - Só agora o Esperanto atinge a sua fase mais importante e, também, a mais promissora. Nenhum outro idioma poderá substituí-lo e nenhum esforço futuro poderá superá-lo no seu mecanismo genial, pois foi elaborado cientificamente por alma experimentadíssima no gênero linguístico, como é o espírito de Luiz Lázaro Zamenhof. Ele foi sempre um dos mais avançados linguistas que se encarnaram no vosso orbe e já havia tido oportunidade de estagiar em outros mundos mais evoluídos, onde estudou as bases fundamentais e definitivas para o êxito de um idioma de ordem universal, na Terra. Em encarnações anteriores, ele viveu na Hebréia, na Grécia e no vale do Tibre, na Itália, a fim de concatenar pouco a pouco os elementos fundamentais e descobrir a terminologia necessária que mais tarde serviria para o estabelecimento definitivo do Esperanto.
     Em face do acatamento que tem tido o Esperanto por parte dos cientistas do século XX, da sua sobrevivência do tempo e da incessante adesão de novos e entusiastas adeptos ao seu admirável mecanismo lógico e sensato, está visto que se trata de uma nobre realização superior, pois já triunfou no tremendo impacto da lógica e da razão superdesenvolvida da era atômica. E, além de ter resistido às mais implacáveis exigências modernas – que já têm destruído os mais sólidos tabus dogmas e crenças tradicionais dos séculos- o idioma esperantista progride e se dissemina pelo mundo terráqueo, estendendo o seu fraternal vocabulário a todos os povos e impondo-se pela grandeza de seus postulados inalteráveis!

PERGUNTA: - Conforme já vos expliquei em obra anterior a esta, a próxima verticalização do eixo da Terra provocará várias modificações de ordem geológica e geográfica na crosta terrena, ocasionando movimentação das águas dos oceanos, que pouco a pouco invadirão certas faixas litorâneas, destruindo praias tradicionais, ao mesmo tempo que emergirão do fundo dos mares algumas ruínas de velhas civilizações da Atlântida e de outros povos desconhecidos até de vossa História comum.
     Esses acontecimentos coincidirão exatamente com a era da “Besta do Apocalipse”, símbolo do grande desregramento humano, e com a profetizada rebeldia satânica dos espíritos trevosos, que envidarão hercúleos esforços para destruir as edificações do Bem. Devido, porém, ao excessivo sofrimento e à perturbação que há de acometer toda a humanidade, os homens terão que se unir entre si, de modo incondicional, a fim de sobreviverem e suportarem os efeitos da grande catástrofe. O clamor, o arrependimento e o remorso farão coro entre as criaturas, que terão então de sofrer as consequências dessa modificação física do orbe e do caráter do homem. A confraternização e a afetividade, que nascerão então entre as criaturas sobreviventes, hão de eliminar muitas das fronteiras nacionalistas e seitas  religiosas separativistas, favorecendo a efusão espiritual tão desejada e proporcionando, então, o clima psicológico destinado a concretizar a divulgação e o sucesso completo do Esperanto entre todos os seres terrenos.
     É claro que o advento completo do Esperanto ainda exige muitas etapas, que vão se estabelecendo lentamente mas, independente disso, e em face dos acontecimentos trágicos do fim deste século, forçosamente há de se produzir um clima psicológico favorabilíssimo para a mais ampla divulgação do idioma esperantista. Os continentes europeus remanescentes das próximas catástrofes fundir-se-ão em uma área mais extensa, por cujo motivo também se concentrará maior quantidade de criaturas em um só bloco homogêneo, formando menor número de raças e de idiomas, e isso dará oportunidade ao uso mais intenso de uma língua neutra e internacional. Essa aproximação entre as civilizações sobreviventes do “fim dos tempos”, ou do profético “juízo final”, há de extinguir muitos dialetos e línguas menores, obrigando-as a se fundirem em um só idioma capaz de atender às relações e ao senso psicológico resultante desses grupos agregados pelos mesmos acontecimentos dolorosos.
     Desnecessário é dizer que, à medida que for se extinguindo no mundo a quantidade de idiomas heterogêneos, tornar-se-á mais fácil a criação de clima simpático para a difusão e o êxito completo do Esperanto. Como as línguas também nascem, crescem e morrem, fundindo-se com as mais predominantes na época, hão de se reduzir também as barreiras criadas pelas nações orgulhosas, evidenciando-se o Esperanto como um recurso mais inteligente, sensato e lógico, para todos se entenderem melhor no campo das idéias.
     Eis por que o Esperanto também significa um dos sinais dos tempos, pois o seu advento ocorre justamente no limiar dos acontecimentos profetizados por Jesus e por todos os profetas bíblicos, e que os sensitivos já podem perceber em desdobramento, no correr dos vossos dias. É um idioma destinado a uma raça superior, mais perto do coração e mais alheio às complicações do intelecto; o seu conteúdo guarda profunda similitude com a mensagem evangélica de Jesus, uma vez que é também linguagem descida dos céus, convidando todas as raças a vestirem os seus pensamentos e os seus sentimentos com o mesmo traje verbal fraterno.
Ramatís (Espírito) – “A Sobrevivência do Espírito” – psicografado por Hercílio Maes.

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