terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Suprema Consciência-Una

Olhando ao nosso redor, observando a natureza; olhando para as estrelas que brilham na noite, e conscientes que são milhares de planetas existentes no universo; e, observando as diversas imagens de galáxias mostradas pela ciência astronômica, percebemos que existe uma Inteligência Suprema criadora de todas estas maravilhas. Os nomes: Tupã, Zamby, Alah, Brahman, Deus, e outros tantos, utilizados por cada cultura, referem-se a essa mesma Inteligência Suprema. A compreensão desta Inteligência Suprema originou-se através das revelações, por intermédio dos profetas de cada época. Através da literatura espiritualista, percebemos que as mensagens do plano espiritual foram reveladas de forma gradativa para cada cultura; e, os profetas, através do fenômeno mediúnico, quando receberam essas revelações, traduziram-nas de acordo com suas convicções e conhecimentos culturais de sua época. A seguir, vamos ampliar o nosso conceito sobre a Inteligência Suprema.
Lau
3 Realidades Extrínsecas (nenhuma foi gerada da outra)



Moisés, 1593~ 1472 a.C.
Êxodo 6
2. Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu sou o SENHOR.
3. E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido.

Sec. IV a.C.
Fala Arjuna:
1 – Que é Brahman? Que é o Eu Supremo? Que é a Alma de todas as almas? Que é a Essência de todas as existências? Que é a Realidade neste mundo de aparências?
Fala Krishna:
3 – Eu sou Brahman, o Único, o Imperecível. Esse Brahman, o Supremo Eu, é a alma de todas as almas. O que nasce de mim e é a causa de toda a evolução chama-se Karma, a atividade cósmica.
4 – Quando eu me revelo nos diversos seres, sou chamado o Universo dos fenômenos visíveis; sou então o Brahman imanente em tudo, o Espírito que habita em todas as coisas. Eu sou a força criadora em todas as criaturas. (...)
(Bhagavad Gita – A Sublime Canção – Krishna- Huberto  Rohden)
90 d.C.
João I
3. O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.
5 . E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.
Maomé
(Mohammed)
De Meca, 570 d.C. ~ Medina, 8 junho de 632
"Ele é Deus e não há outro deus senão ele, que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Ele é Deus e não há outro deus senão ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os epítetos mais belos"
Alcorão (Sura 59, 22-24).
Paris, 18 de abril de 1857

Allan Kardec

1. O que é Deus?
- Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
4. Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?
            - Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.
    Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O Universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa.

13. Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos uma idéia completa de seus atributos?

- Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo; mas ficai sabendo que há coisas da inteligência do homem mais inteligente, e para as quais a vossa linguagem, limitada às vossas idéias e às vossa sensações, não dispõe de expressões. A razão vos diz que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, pois se tivesse uma de menos, ou que não fosse em grau infinito, não seria superior a tudo, e por conseguinte não seria Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus não deve estar sujeito a vicitudes e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação é capaz de conceber.

     Deus é eterno. Se ele tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou, então, teria sido criado por um ser anterior. É assim que, pouco a pouco, remontamos ao infinito e à eternidade.
    É imutável. Se ele estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo não teriam nenhuma estabilidade.
    É imaterial. Quer dizer, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, pois de outra forma ele não seria imutável, estando sujeito a transformação da matéria.
    É o único. Se houvesse muitos Deuses, não haveria unidade de vistas nem de poder na organização do Universo.
    É todo-poderoso. Porque é único. Se não tivesse o poder soberano, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa quanto ele, que assim não teria feito todas as coisas. E aquelas que ele não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.
    É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e esta sabedoria não nos permite duvidar da sua justiça, nem da sua bondade.
(Allan Kardec- O Livro dos Espíritos- Cap. I)
Paris, janeiro de 1868
     2.- É princípio elementar que se julgue uma causa por seus efeitos, mesmo quando não se vê a causa.(...)
     3.- Um outro princípio também elementar, passado ao estado de axioma, por força de verdade, é que todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente.(...)

     NATUREZA DIVINA
     8.- Não é dado ao homem sondar a natureza íntima de Deus. Para compreender Deus nos falta, ainda, o sentido que não se adquire senão pela completa depuração do Espírito. Mas o homem não pode penetrar a sua essência, sendo a sua existência dada como premissa, pode, pelo raciocínio, chegar ao conhecimento dos seus atributos necessários; porque, em vendo o que não pode deixar, sem cessar, de ser Deus, disso conclui o que deve ser.
     Sem o conhecimento dos atributos de Deus seria impossível compreender a obra da criação; é o ponto de partida de todas as crenças religiosas, e foi pela falta de a ela se referirem, como farol que poderia dirigi-las, que a maioria das religiões errou em seus dogmas. As que não atribuíram a Deus a onipotência, imaginaram vários deuses; as que não lhe atribuíram a soberana bondade, dele fizeram um deus ciumento, colérico, parcial e vingativo.
     (Allan Kardec- A Gênese – Cap. II)
São Paulo, 28 de setembro de 1987.
      Há uma realidade que é universalmente aceita em todos os planos do Espírito: a eterna existência do Supremo Espírito – Deus.
     Na Umbanda, cremo-Lo como de Perfeição Absoluta, a Suprema Consciência-Una.
    Também afirmamos que o Supremo Espírito domina e dirige TUDO. Como TUDO, entendemos todos os Seres Espirituais, a substância etérica (matéria, energia), o Espaço Cósmico e a Eternidade. Também ensinamos que o Supremo Espírito é o Único Conhecedor em Causas do Arcano Divino, sendo pois o Único que pode saber do “ser ou não-ser”, da origem-causa de tudo que temos como Realidades incriadas e criadas.
   Entendemos que o Supremo Espírito estende Seu Poder sobre as várias Consciências Espirituais, criando hierarquias Galácticas, solares e Planetárias.
    Ensinamos também que o Supremo Espírito é o Divino Manipulador da Substância Etérica, “criando”, com seus Arquitetos Divinos, todo o Universo. Que fique claro ao filho de Fé que como criar, entendemos transformar.
    A Cúpula da Corrente Astral de Umbanda tem como ponto fechado da Doutrina, principalmente ensinada aos Filhos de Fé mais adiantados, que existem 3 realidades extrínsecas, coeternas e coexistentes, aquém do Poder Divino; essas 3 Realidades são os Seres Espirituais, o Espaço Cósmico e a Substância Etérica. Ao afirmarmos que são realidades eternas, somente a Divindade, como o “Único Senhor das Realidades”, é quem sabe das origens delas.
    O que podemos dizer é que essas 3 realidades são extrínsecas entre si, isto é, nenhuma foi “gerada” da outra. Tampouco são partes da Divindade, como se a Divindade Suprema pudesse ser dividida.
    A Umbanda e seus emissários têm como ponto fechado de nossa singela Doutrina que o Supremo Espírito, tendo Seu primeiro Nome Sagrado em Tupã, é Eterno, Indivisível, nunca tendo recebido sobre Si qualquer agregação ou sopro-vibração de nenhum outro Ser ou Realidade. Entendemo-Lo como Onisciente, Onipotente e Onipresente. Ressalvamos que, como onipresente, entendemos não como se Ele, em Espírito estivesse presente em tudo e em todos, mas sim por meio das Hierarquias por Ele constituídas. Entendemos também que o Supremo Espírito FOI, É e SERÁ no sempre ATEMPORAL – ETERNO.
Livro “A Proto-Síntese Cósmica” – Espírito ORISHIVARA – médium Yamunisiddha Arhapiagha F. Rivas Neto

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