quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O Juízo Geral e o Novo Exílio Planetário - Parte 5


Continuando.... a reflexão anterior...

    
   Para podermos entender melhor sobre o sistema de vida no planeta Terra e a complexidade das causas dos inúmeros conflitos religiosos, políticos, econômicos e sociais, que têm causado tantas mortes, destruições e desigualdades sociais, devemos fazer uma reflexão profunda, tendo como base as informações espirituais atuais, principalmente às  de visão cósmica,  que os seres da dimensão extrafísica vêm revelando.
     Uma das fases do trabalho de renovação da humanidade, neste período de transição planetária, é a informação dos fatos que têm ocorrido nos bastidores do mundo extrafísico desde a chegada dos primeiros seres exilados aqui no planeta Terra.
      Muitas coisas que Jesus não pode revelar na época em que esteve corporificado na Terra, devido ao nível cultural e científico da época, ele, cumprindo a sua promessa de enviar o Consolador, o Espírito Verdade, deu início às novas revelações através do trabalho de Allan Kardec. O Espiritismo veio como um movimento de abertura das mentes humanas para o conhecimento da verdade. A egrégora do “Espírito Verdade” tem se manifestado através de vários médiuns em diversas épocas, desde a ordem feita por Jesus. As revelações não são fechadas num único “livro canônico”; elas são progressivas através de vários livros, que são escritos por intermediários (os médiuns) de inteligências superiores.
     Então, o momento atual é de intenso trabalho que está sendo realizado pelos guardiões planetários superiores, sob a diretriz de Jesus; e que, ao mesmo tempo em que travam verdadeira batalha, na dimensão extrafísica, com os seres das sombras, empenham-se em tirar a humanidade do grande hipnotismo em que ela se encontra mergulhada.

                                                    Instrumentos Hipnóticos

     No livro “Os Guardiões”, psicografado por Robson Pinheiro, o Espírito Ângelo Inácio nos revela o seguinte sobre os instrumentos hipnóticos usados pelos seres das sombras:

(...) “A manipulação e a subjugação da humanidade como um todo é patrocinada por forças sobre-humanas, por seres que estão há séculos em contato com seu mundo. Embora somente  neste momento a verdade sobre eles venha à tona, é imprescindível e inadiável que agentes do bem na dimensão física tomem conhecimento desses fatos, pois agora, mais do que nunca, todos os habitantes das cidades etéricas e astrais do planeta precisam de auxiliares cada vez mais conscientes do grande drama, do grande conflito que aflige e se acerca dos povos da Terra. Pela orquestração de inteligências extrafísicas, extraterrestres e extra-humanas, a humanidade vem sendo manipulada, subjugada ao longo dos séculos, e as massas lamentavelmente cedem ao comando hipnótico de dois dos maiores instrumentos de manipulação mental e emocional de todas as épocas: a religião fundamentalista e a mídia.” (...)


Dirigentes religiosos a serviço da política do dragão especialista em religião

    
...Em seguida apresentou-se o daimon especialista número 3:

(...) – Eu sou dos daimons que mais atua na mente dos habitantes do mundo. Sou especialista em religião, na hipnose causada pelas crenças, pelas doutrinas e pela manipulação do medo na mente das pessoas. Sob meu comando estão mais de 10 mil especialistas em crenças, crendices, religiosidade e anseios de espiritualidade, das formas mais esotéricas e excêntricas às mais contemporâneas. Há nada menos que 28 agentes meus no Vaticano; um, em particular, temporariamente materializado em meio à mais alta cúpula dos cardeais. Entre meus enviados, tenho 35 dos melhores doutores em teologia, conhecedores profundos das palavras da Bíblia e notadamente do Evangelho, os quais atuam lado a lado com os maiores expoentes da cristandade; de maneira especial, junto dos que disputam a salvação entre si. São 1,3 mil ministros do pensamento religioso imiscuído entre os representantes de cultos considerados exóticos, bem como entre esotéricos e neopentecostais. Além disso, disponho também de vasto arsenal de médiuns e doadores de energias, a fim de que possamos promover curas, milagres e prodígios de natureza variada, fenômeno considerados sobrenaturais pela estupidez humana. (...)
     
Sectarismo religioso e crenças ritualísticas

      O daimon explicou que não atua diretamente nas religiões, e sim através de seus representantes, que irradiam seus pensamentos na direção dos dirigentes religiosos que acabam executando o objetivo dele. Os parceiros dos daimons, no mundo físico, foram preparados para possuírem um forte magnetismo e poder de ação. Eles se submeteram a processos iniciáticos e têm suas mentes voltadas para acreditar em diversos rituais, tais como: ritos de passagem, rituais do fogo, das pedras e em qualquer elemento que prenda sua atenção e consuma seus esforços sem haver nenhuma melhoria interior.
     
     Com isso, são formadas as crenças impostas por interpretações sectárias e restritivas de textos considerados sagrados.  O daimon, juntamente com seus auxiliares, tem sob seu domínio todas as igrejas e movimentos de renovação, através de representantes seu infiltrados nas comunidades religiosas. Ele disse que sua política é: “multiplicar o número de fiéis, pois eles são fiéis às interpretações de sua religião, e não ao sistema do Cordeiro”.

Propaganda para atrair fiéis

     Outra estratégia que ele utiliza, para alimentar a ilusão nas crenças e no sistema religioso nas mentes dos crentes, é atrair personalidades, pessoas com dinheiro, veneradas pelo público, para que as pessoas se alegrem por terem essas pessoas convertidas à sua religião.

Interesse financeiro

     O daimon revelou também que:

(...) Um dos nossos planos que mais trazem resultado entre os dirigentes religiosos é fazer com que a sede de dinheiro, o apetite por templos luxuosos e, em última análise, toda a estrutura econômica dos seguidores do Cordeiro estejam acima de seu apreço por quem afirmam ser seu mestre e senhor. Os representantes religiosos não abrirão mão do poder do dinheiro, do dízimo, das ofertas cada vez mais altas. Jamais conceberão que adulteraram o nome que para eles é considerado sagrado, grafando-o de maneira diferente. Em vez de Jesus, terão inscrita em suas testas a palavra Je$u$. (...)

Shows de louvor e adoração

      Outra atuação do daimon, com seus emissários, é quando há os encontros festivos onde apresentadores, oradores, sacerdotes e cantores são aplaudidos enganando-se de que seu Cristo está sendo louvado e glorificado,  quando o que ocorre, na verdade,  é o ego dos homens que estão no palco,  que estão recebendo os aplausos, os louvores e a glória. As pessoas creem que o fogo do Espírito Santo é que está presente nesses movimentos de renovação. Os fiéis que participam desses shows acreditam estarem imersos numa onda de espiritualidade e de santidade; mas na vivência diária tudo isso se refletirá na adoção de posturas radicais e fundamentalistas.

 Trabalho em cima das crenças pessoais e pretensões de santidade

    
As cruzadas
O especialista em religião informou que cumpria o papel do Espírito Santo. Disse que ele batizava, libertava, curava e resolvia qualquer problema que os fiéis esperavam vir do âmbito divino.
     (...) Eu posso ser Krishna, posso me passar pela Deusa Mãe, projetar-me como Jesus ou manifestar-me como qualquer dos mestres ascencionados. Se desejarem, apresento-me como Bezerra de Menezes, Santo Agostinho ou como o espírito de qualquer padre, freira ou expoente na área mediúnica. Posso falar palavras mansas, tocar nos corações, despertar as pessoas para a sensibilidade. Quem sabe possa me passar por qualquer mentor e jamais ser descoberto por seus médiuns? Como trabalho em cima de suas próprias crenças e pretensões de santidade, isso não é difícil. Sou eu quem formo os missionários da religião. Sou o responsável pelos símbolos e práticas exteriores que camuflam a falta de espiritualidade.” (...)

     Ainda, o especialista em religião informou aos guardiões, que estavam presentes naquele concílio dos dragões, que ele se especializou nas comunicações de ordem metafísica, mediúnica e telepática. Ele tinha mais de mil auxiliares diretos que tinham acesso à superfície entre os encarnados, e esses se disfarçavam como emissários do bem, de orientadores espirituais e espíritos de renome. Por fim, ele declarou que era o deus das religiões.

     O Espírito Ângelo Inácio narra que os planos dos dragões abrangiam todos os setores da vida humana; mesmo assim ainda não conheciam em toda a extensão o raio de ação desses seres. Ainda faltava conhecer os planos do número 2 e o maioral, o número 1 dos daimons.
     Mas, através daquele contato puderam conhecer o suficiente sobre os projetos e a forma de agir dos dragões. Ele, juntamente com os demais guardiões, estava ali naquela dimensão tão somente como emissários do Cristo. Tinham sidos orientados que nenhum espírito de suas categorias, nenhum médium ou mentor espiritual conhecido, por mais elevado que fosse, nem mesmo algum agrupamento mediúnico, tinham condições morais ou bagagem de conhecimentos para lidar com esses seres. Somente o Cristo e seus auxiliares diretos tinham poder e conhecimento para lidar com eles, os dragões.

   
Inquisição
 Essas informações trazidas por Ângelo Inácio esclarecem sobre os inúmeros absurdos cometidos por representantes religiosos, que se dizem representantes de Jesus, do Espírito Santo e de Deus. Todas as religiões, tanto as ocidentais como as orientais, trazem abusos cometidos em nome da santidade ou dos profetas. Até no meio espírita assistimos as disputas, as intrigas e os embates de vaidades.
     É só consultar a história religiosa terrena que vamos encontrar as disputas pelo poder através de assassinatos, de guerras, de roubos e de enriquecimentos ilícitos. Também encontramos as disputas ideológicas pelas “verdades” impostas por inúmeros religiosos, ações essas que têm provocado o sectarismo religioso. Enfim, tudo o que o daimon número 3 do concílio dos dragões revelou podemos encontrar em várias épocas, em todos os templos e nas mídias religiosas da atualidade.
     Muitos que se acham que estão vivendo uma “religiosidade” ou "espiritualidade", representando Jesus, alguma divindade ou algum profeta, na verdade estão sendo instrumentos desses seres milenares, principalmente do daimon especialista em religião.
     Talvez, até agora, nós achávamos que todos os religiosos eram inspirados somente por seres de luz, pelos mentores elevados ou pelos “anjos”; mas a realidade é bem outra. Como vimos, a força dos seres das sombras atua fortemente sobre  o ser humano através de diversas estratégias de domínio mental. A questão é a sintonia... Como é que nos colocamos a disposição desses seres?... Como o próprio daimon especialista em religião afirmou, Eles exploram a crença pessoal  que há dentro de cada um. Por isso é bom sempre fazermos uma auto análise para identificarmos posturas mentais e emocionais que abrem "brechas" para a atuação deles. "Orai e vigiai".
     Também devemos lembrar que:

"Quanto maior é a ignorância das verdades espirituais, mais fácil se torna a manipulação  da  mente humana pelos seres das sombras, os daimons e seus representantes".
Portanto, sempre foi de interesse deles combaterem as novas revelações.

      Através dessa reflexão creio que ficou mais claro para que possamos  abrir os olhos e a mente e perceber as estratégias de domínio e hipnotismo que são utilizadas pelos daimons – principalmente o “fundamentalismo religioso”, e uso da “mídia” no processo de hipnotismo coletivo.
V. Lau


Bibliografia:
A Marca da Besta – orientado pelo Espírito Ângelo Inácio: [psicografado por] Robson Pinheiro. – Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora. 2010. (Trilogia O reino das Sombras v.3)

Os Guardiões – pelo Espírito Ângelo Inácio: [psicografado por] Robson Pinheiro. – Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora. 2013. (Trilogia os filhos da luz: v.2)


Pedro Leopoldo (MG), 20 de dezembro de 1935.

Humberto de Campos

Chico Xavier







A Ordem do Mestre

      Avizinhando-se o Natal, havia também no Céu um rebuliço de alegrias suaves. Os anjos acendiam estrelas nos cômoros de neblinas douradas e vibravam no ar as harmonias misteriosas que encheram um dia, de encantadora suavidade, a noite de Belém. Os pastores do paraíso cantavam e, enquanto as harpas divinas tangiam suas cordas sob o esforço caricioso dos zéfiros da imensidade, o Senhor chamou o Discípulo bem-amado ao seu trono de jasmins matizado de estrelas.
     O vidente de Patmos não trazia o estigma da decrepitude, como nos seus últimos dias entre os Espórades. Na sua fisionomia pairava aquela mesma candura adolescente que o caracterizava no princípio do apostolado.

     João — disse-lhe o Mestre —, lembras-te do meu aparecimento na Terra? Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de frei Dionísio, que, calculando no século VI da era cristã, colocou erradamente o vosso natalício em 754.

     Não, meu João — retornou docemente o Senhor —, não é a questão cronológica que me interessa, ao te arguir sobre o passado. É que nessas suaves comemorações vem até mim o doce murmúrio das lembranças!...

     — Ah! sim, Mestre amado — retrucou pressuroso o discípulo —, compreendo-vos. Falais da significação moral do acontecimento. Oh!... se me lembro... A manjedoura, a estrela guiando os poderosos ao estábulo humilde, os cânticos harmoniosos dos pastores, a alegria ressoante dos inocentes, afigurando-se-nos que os animais vos compreendiam mais que os homens, aos quais ofertáveis a lição da humildade, com o tesouro da fé e da esperança. Naquela noite divina, todas as potências angélicas do paraíso se inclinaram para a Terra cheia de gemidos e de amargura, por exaltar a mansidão e a piedade do Cordeiro. Uma promessa de paz desabrochava para todas as coisas, com o vosso aparecimento no mundo. Estabelecera-se um noivado meigo entre a Terra e o Céu e recordo-me do júbilo com que vossa mãe vos recebeu nos seus braços, feitos de amor e de misericórdia. Dir-se-ia, Mestre, que as abelhas de ouro do paraíso fabricaram, naquela noite de aromas e de radiosidades indefiníveis, um mel divino no coração piedoso de Maria!...

      Retrocedendo no tempo, meu Senhor bem-amado, vejo o transcurso da vossa infância, sentindo o martírio de que fostes objeto; o extermínio das crianças da vossa idade, a fuga nos braços carinhosos de vossa progenitora, os trabalhos manuais em companhia de José, as vossas visões maravilhosas no Infinito, em comunhão constante com o vosso e nosso Pai, preparando-vos para o desempenho da missão única que vos fez abandonar, por alguns momentos, os palácios de sol da mansão celestial, a fim de descer sobre as lamas da Terra...”

     Sim, meu João, e, por falar nos meus deveres: como seguem no mundo as coisas atinentes à minha Doutrina?

     Vão mal, meu Senhor. Desde o concílio ecumênico de Niceia, efetuado para combater o cisma de Ário em 325, as vossas verdades são deturpadas. Ao arianismo seguiu-se o movimento dos iconoclastas, em 787; e tanto contrariaram os homens o vosso ensinamento de pureza e de simplicidade, que eles próprios nunca mais se entenderam na interpretação dos textos evangélicos.

     Mas, não te recordas, João, que a minha Doutrina era sempre acessível a todos os entendimentos? Deixei aos homens a lição do Caminho, da Verdade e da Vida, sem lhes haver escrito uma só palavra.

     Tudo isso é verdade, Senhor, mas, logo que regressastes aos vossos impérios resplandecentes, reconhecemos a necessidade de legar à posteridade os vossos ensinamentos. Os evangelhos constituem a vossa biografia na Terra; contudo, os homens não dispensam, em suas atividades, o véu da matéria e do símbolo. A todas as coisas puras da Espiritualidade adicionam a extravagância de suas concepções. Nem nós e nem os Evangelhos poderíamos escapar. Em diversas basílicas de Ravenna e de Roma, Mateus é representado por um jovem; Marcos por um leão; Lucas por um touro e eu, Senhor, estou ali sob o símbolo estranho de uma águia.

      E os meus representantes, João, que fazem eles?

      Mestre, envergonho-me de o dizer. Andam quase todos mergulhados nos interesses da vida material. Em sua maioria, aproveitam-se das oportunidades para explorar o vosso nome e, quando se voltam para o campo religioso, é quase que apenas para se condenarem uns aos outros, esquecendo-se de que lhes ensinastes a se amarem como irmãos.

     As discussões e os símbolos, meu querido — disse-lhe suavemente o Mestre —, não me impressionam tanto. Tiveste, como eu, necessidade destes últimos para as predicações e, sobre a luta das ideias, não te lembras quanta autoridade fui obrigado a despender, mesmo depois da minha volta da Terra, para que Pedro e Paulo não se tornassem inimigos? Se entre os meus apóstolos prevaleciam semelhantes desuniões, como poderíamos eliminá-las do ambiente dos homens, que não me viram, sempre inquietos nas suas indagações?... O que me contrista é o apego dos meus missionários aos prazeres fugitivos do mundo!...

     É verdade, Senhor.

     Qual o núcleo da minha Doutrina que detém, no momento, maior força de expansão?

      É o departamento dos bispos romanos, que se recolheram dentro de uma organização admirável pela sua disciplina, mas altamente perniciosa pelos seus desvios da Verdade. O Vaticano, Senhor, que não conheceis, é um amontoado suntuoso das riquezas das traças e dos vermes da Terra. Dos seus palácios confortáveis e maravilhosos irradia-se todo um movimento de escravização das consciências. Enquanto vós não tínheis uma pedra em que repousar a cabeça dolorida, os vossos representantes dormem a sua sesta sobre almofadas de veludo e ouro; enquanto trazíeis os pés macerados nas pedras do caminho escabroso, quem se inculca como vosso embaixador traz a vossa imagem nas sandálias matizadas de pérolas e brilhantes. E junto de semelhantes superfluidades e absurdos, surpreendemos os pobres chorando de cansaço e de fome; ao lado do luxo nababesco das basílicas suntuosas, erigidas no mundo como um insulto à glória da vossa humildade e do vosso amor, choram as crianças desamparadas, os mesmos pequeninos a quem estendíeis os braços compassivos e misericordiosos. Enquanto sobram as lágrimas e os soluços entre os infortunados, nos templos, onde se cultua a vossa memória, transbordam moedas a mancheias, parecendo, com amarga ironia, que o dinheiro é uma defecação do demônio no chão acolhedor da vossa Casa.

     Então, meu discípulo, não poderemos alimentar nenhuma esperança?

     Infelizmente, Senhor, é preciso que nos desenganemos. Por um estranho contraste, há mais ateus benquistos no Céu, do que aqueles religiosos que falam em vosso nome na Terra.

     Entretanto — sussurraram os lábios divinos, docemente —, consagro o mesmo amor à humanidade sofredora. Não obstante a negativa dos filósofos, as ousadias da Ciência, o apodo dos ingratos, a minha piedade é inalterável... Que sugeres, meu João, para solucionar tão amargo problema?

     Já não dissestes um dia, Mestre, que cada qual tomasse a sua cruz e vos seguisse?

    Mas prometi ao mundo um Consolador em tempo oportuno!...

     E, os olhos claros e límpidos, postos na visão piedosa do amor de seu Pai celestial, Jesus exclamou:

      Se os vivos nos traíram, meu discípulo bem-amado, se traficam com o objeto sagrado da nossa Casa, profligando a fraternidade e o amor, mandarei que os mortos falem na Terra em meu nome. Deste Natal em diante, meu João, descerrarás mais um fragmento dos véus misteriosos que cobrem a noite triste dos túmulos, para que a Verdade ressurja das mansões silenciosas da morte. Os que voltaram pelos caminhos ermos das sepulturas retornarão à Terra, para difundirem a minha mensagem, levando aos que sofrem, com a esperança posta no Céu, as claridades benditas do meu amor!...

     E desde essa hora memorável, há mais de cinquenta anos, o Espiritismo veio com as suas lições prestigiosas felicitar e amparar na Terra a todas as criaturas.

Crônicas de Além-Túmulo – pelo Espírito Humberto de Campos; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Brasília, FEB 2013

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