quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O Juízo Geral e o Novo Exílio Planetário. Parte 2


Continuando....a reflexão anterior...    

“O Dragão, a antiga serpente que é o diabo e satanás”
Ap. 20:2

O Domínio dos Dragões

    
  Devido às citações bíblicas pelos profetas do passado, principalmente na cultura judaico-cristã, a humanidade formou o conceito sobre um ser mal que domina as regiões das sombras, o inferno. Esse ser recebeu diversos nomes como: diabo, satanás, e, em outras culturas recebeu outros nomes diferentes. As interpretações a respeito de sua origem e sua habitação ainda está presa tão somente nas descrições dos textos considerados sagrados por diversas religiões. Por isso, em muitas culturas não se compreende com mais profundidade o porquê de Deus permitir a existência de um ser assim.

     Como tudo no universo progride e evolui, as revelações também seguem esse ritmo. Apesar de muitos religiosos tradicionais não admitirem, podemos observar que no devido tempo, quando a humanidade atingiu uma maturidade tecnológica e cultural apta a compreender melhor as coisas transcendentais, surgiu a ciência do espírito codificada por Allan Kardec; isso aconteceu a partir de 1857. Aliando ciência, filosofia e religião ele desvendou os mistérios da vida tangível, a corpórea; como também o da vida invisível, a do espírito. A partir dali as revelações foram progressivas, e cumpria-se a determinação do nosso orientador evolutivo Jesus, quando prometeu que enviaria, no momento oportuno, um “Consolador”, para revelar as verdades transcendentais que em sua época a humanidade ainda não estava preparada para entender.

     Após a fase da revelação sob o contexto espiritual terreno, onde através dos livros básicos da codificação e da revista espírita escritos por Allan Kardec, e, posteriormente, dos inúmeros livros mediúnicos em forma de romances e de esclarecimentos escritos por diversos médiuns, chegou o momento da fase da revelação através de um contexto cósmico.
   Assim, estamos, na atualidade, vivendo esse momento pleno de esclarecimento, sob uma perspectiva cósmica, sobre a origem do sistema de evolução no planeta Terra.

Creio que muitos já se perguntaram:
Por que Deus permite que haja tanto sofrimento na Terra? Por que o mal age livremente na Terra? Por que existe o Diabo na terra? Ele é uma criação à parte de Deus ou foi criado por Deus?

   
Fonte: NASA
 
A Terra foi formada para ser uma escola evolutiva onde pudesse receber inúmeras consciências espirituais para evoluírem neste recanto do universo.
     Como já vimos no livro “Os Nephilins”, ditado pelo Espírito Ângelo Inácio e psicografado por Robson Pinheiro, há mais ou menos 445.000 anos atrás chegaram os primeiros seres exilados aqui no planeta. Junto aos comboios de naves dos anunnakis que chegaram aqui veio também transportado um grupo composto de seres rebeldes e criminosos cósmicos. Esses seres vieram exilados porque o mundo onde viviam já não os suportava mais abrigá-los, pois tinham participado de rebeliões e destruições de sistemas de vidas, sendo considerados seres em complexo desequilíbrio e necessitando de outra escola evolutiva de reajuste.
      No livro “A Marca da Besta” psicografado por Robson Pinheiro – o Espírito Ângelo Inácio narra que esse grupo era composto por mais de 1.000 espíritos, quando chegaram aqui na Terra. Entre eles havia um ser dominante que devido à sua grande capacidade mental, desde o início, estabeleceu o poder de domínio sobre os demais.

      (Segundo pudemos observar nas revelações dos livros, essa elite é composta por seres de inteligência avançada. Possuem grande capacidade de hipnotismo e dominam as leis que regem as dimensões astrais muito mais que os espíritos comuns da Terra. Nos seus mundos de origem causaram a destruição pela sede do poder e domínio. São considerados criminosos cósmicos pois destruíram muitas vidas por onde passaram. A Justiça Divina através de seu representante Jesus, resolveu trazer esses seres para um mundo novo. Um mundo com um contexto de vida diferente e com restrições às suas ações para que pudessem despertar para uma maneira nova de pensar. Foram trazidos para a Terra, que é considerada para eles um planeta primitivo, e são revoltados contra tudo que representa a política do orientador evolutivo Jesus. Devemos levar em consideração, para entendermos a complexidade cósmica desse exílio, que os mundos de onde vieram possuem características totalmente diferentes que as da Terra. Portanto, há sistemas da natureza, da ciência, da política e de cultura social totalmente diferentes de tudo que conhecemos.)

     (O ser que dominava a elite das inteligências mais destacadas entre eles já exercia esse poder nos mundos de onde vieram. Ele tinha sido o arquiteto da rebelião que levou esses seres a serem expulsos do mundo onde habitavam. Como esses seres já sabiam que seriam exilados, o ser dominante antes de vir para cá elaborou um plano de domínio para ser o maioral entre eles.)

Sistema de Poder dos dragões

     Desde o início, o ser com maior capacidade mental entre eles criou um sistema de poder e domínio onde sua vontade prevalecesse. Por um processo hipnótico, ele criou uma “escala de poder” entre eles. Fez com que cada um dos 6 seres selecionados por ele pudesse conhecer a identidade apenas dos que estavam abaixo de si na ordem hierárquica. Assim, quem era superior a cada um ninguém podia saber. Com isso, ele dominava a todos através do número 2 e sua identidade não era conhecida por nenhum deles. Dentre os maiorais ele se tornou o número 1.

A Necessidade da Reencarnação e os Corpos Artificiais

    
Autralopithecus Afarensis
Estabelecido esse sistema de poder, esses seres, vivendo em corpos sutis com os quais chegaram na Terra, passaram a estabelecer um sistema de vida de domínio nas regiões astrais do planeta. Também influenciaram os seres anunnakis que viviam em corpos físicos na superfície terrena.
     Com o passar dos milênios, diante da necessidade dos anunnakis de criarem um trabalhador primitivo que os substituíssem nos trabalhos braçais, na exploração de minérios, inspiraram eles nas experiências genéticas da criação do homem terreno.
     Depois da interferência dos Guardiões Superiores para que os anunnakis tivessem sucesso na criação dos corpos físicos dos humanoides terreno, a nova raça criada se espalhou pela superfície do globo apresentando uma característica de grande proliferação. Após milênios com diversas eras glaciais, foi surgindo o homem de Neandertal, de Cro-magnon e o Homo sapiens.

     
Homo habilis
Aos poucos esse plano de domínio foi surtindo efeito, sendo que cada grupo imprimiu seu selo com as características próprias na fundação de diversas sociedades. Também almejavam modificar os corpos humanoides, tornando-os mais aperfeiçoados geneticamente, visando às suas futuras reencarnações. Precisavam desenvolver cérebros mais compatíveis com suas mentes inteligentes. Entretanto, subitamente por impositivo da justiça divina, força que não puderam entender, foram confinados às profundezas do abismo e ficaram impedidos de manipular a raça humana.
      Ângelo Inácio, no livro “A Marca da Besta”, descreve que esses seres, que guardavam a lucidez de suas origens, dividiram o mundo em diversos departamentos confiando a cada grupo o desenvolvimento e domínio da sociedade dos humanoides em formação.

Homo erectus
    
À medida que os milênios foram se passando, dentre os mais de 1.000 seres dos dragões que vieram exilados, muitos começaram a perder a luz da razão. Seus corpos energéticos começaram a degenerar em relação à conformação original. Eles se transformavam em ovoides perdendo a lucidez. Apenas mais de 600 conseguiram ficar lúcidos, com suas memórias cósmicas.
     O dragão número 1, com sua inteligência que transcende a vida terrena, desenvolveu corpos artificiais com energias roubadas de corpos etéricos de diversas vitimas em várias partes do mundo. Ao longo do tempo, ele criou 700 corpos artificiais. Ele próprio se utilizava desses corpos para poder suportar a prisão dimensional em que foi banido.
     A cada um de seus subordinados ele forneceu um desses corpos artificiais para que pudessem evitar a degeneração completa se transformando em ovoides. Isso também foi um artifício para que ele subjugasse os seis dragões que ele comandava. Ele fez com que os corpos artificiais pudessem ter  a aparência original que esses seres tinham quando chegaram na Terra.
     
    
Homem de Cro-magnon
Ângelo Inácio narra que o fato de esses seres terem sido exilados para um planeta como a Terra, com a necessidade da consciência espiritual ter de nascer num corpo físico, denso, é como se a Justiça divina almejasse que esses seres fossem forçados a modificar sua maneira de pensar, uma vez que à cada reencarnação pudessem perder a lucidez, devido à limitação dos cérebros físicos terreno.

     No livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no item “Diferentes categorias de mundos habitados”, Allan Kardec descreve que a Terra pertence a categoria dos mundos de expiação e de provas.  Assim, as consciências espirituais, que vivem na dimensão astral do planeta, de tempo em tempo, tem a necessidade de nascer num corpo físico mais denso.


O Objetivo da Encarnação
     
Por que há essa necessidade dessas consciências espirituais de nascerem nos corpos físicos densos e limitados?
       Allan Kardec no livro dos Espíritos, em 1857, trouxe a resposta para isso, vejamos:
“132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea: nisto é que consiste a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade: a de pôr o Espírito em condições de cumprir sua parte na obra da Criação. Para executá-la é que, em cada mundo, ele toma um instrumento em harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É dessa forma que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.” A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. É assim que, por uma lei admirável de sua Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.
    
     Portanto, como pudemos ver, a Justiça Divina trouxe essas consciências para a escola evolutiva terrena para que pudessem se regenerar; e, ao mesmo tempo, contribuir para a formação de uma nova humanidade.
    O próprio Cristo, a consciência cósmica dirigente dos seres enviados à Terra, reduziu a sua vibração espiritual e  nasceu num corpo físico do planeta. Com esse gesto de renuncia, ele  mostrou aos seres que vivem no astral o caminho da redenção.
     Entretanto, os maiorais, os dragões, conseguiram adiar a encarnação em corpos físicos criando corpos artificiais para poderem manter a lucidez e terem o domínio nas duas dimensões da Terra. 
     Com essas novas revelações podemos compreender que o conceito sobre o "Diabo" ou "Satanás" se amplia; não existindo um único ser, mas  um grupo de seres rebeldes contra às leis divinas; e que tentam, através de um sistema hierárquico de poder, adiar ou até mesmo impedir o processo do Juízo Geral, o qual já está em pleno andamento.
V. Lau


Referência de estudos:
A Marca da Besta” – Ângelo Inácio (Espírito); [psicografado] por Robson Pinheiro. -Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2010. (Trilogia  O Reino das Sombras: v. 3)
Os Nephilins”: a origem/pelo Espírito Ângelo Inácio; [psicografado] por Robson Pinheiro. -Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2014. (Série Crônicas da Terra; v. 2)

Pedro Leopoldo (MG), 14 de dezembro de 1947.

Espírito Humberto de Campos


Chico Xavier

A Revolução Cristã

    
Jesus ajudando os enfermos - fonte: internet
Ouvindo variadas referências ao novo reino, Tomé impressionara-se, acreditando o povo judeu nas vésperas de formidável renovação política. Indubitavelmente, Jesus seria o orientador supremo do movimento a esboçar-se pacífico para terminar, com certeza, em choques sanguinolentos. Não se reportava o Mestre, constantemente, à vontade do Todo-Poderoso? Era inegável o advento da era nova. Legiões de anjos desceriam provavelmente dos céus e pelejariam pela independência do povo escolhido.
     Justificando-lhe a expectativa, toda gente se agrupava em redor do Messias, registrando-lhe as promessas.
     Estariam no limiar da Terra diferente, sem dominadores e sem escravos.
     Submetendo, certa noite, ao Cristo as impressões de que se via possuído, dele ouviu a confirmação esperada:
     Sem dúvida — explicou o Nazareno —, o Evangelho é portador de gigantesca transformação do mundo. Destina-se à redenção das massas anônimas e sofredoras. Reformará o caminho dos povos.
     Um movimento revolucionário! — acentuou Tomé, procurando imprimir mais largo sentido político à definição.
     Sim — acrescentou o Profeta divino —, não deixa de ser...
     Entusiasmado, o discípulo recordou a belicosidade da raça, desde os padecimentos no deserto, a capacidade de resistência que assinalava a marcha dos israelitas, a começar de Moisés, e indagou sem rebuços:
     Senhor, confiar-me-ás, porventura, o plano central do empreendimento?
     Dirigiu-lhe Jesus significativo olhar e observou:
     Amanhã, muito cedo, iremos ambos ao monte, marginando as águas. Teremos talvez mais tempo para explicações necessárias.
     Intrigado, o Apóstolo aguardou o dia seguinte e, buscando ansioso a companhia do Senhor, muito antes do Sol nascente, em casa de Simão Pedro, com surpresa encontrou-o à espera dele, a fim de jornadearem sem detença.
     Não deram muitos passos e encontraram pobre pescador embriagado a estirar-se na via pública. O Messias parou e acercou-se do mísero, socorrendo-o.
     Que é isto? — clamou Tomé, enfadado. — Este velho diabo é Jonas, borracho renitente. Para que ajudá-lo? Amanhã, estará deitado aqui às mesmas horas e nas mesmas condições.
     O Companheiro celeste, todavia, não lhe aceitou o conselho e redarguiu:

     Não te sinto acertado nas alegações. Ignoras o princípio da experiência de Jonas. Não sabes por que fraqueza se rendeu ele ao vício. É enfermo do espírito, em estado grave; seus sofrimentos se agravam à medida que mergulha no lamaçal. Realmente, vive reincidindo na falta. Entretanto, não consideras razoável que o serviço de socorro exige também o ato de começar?
     O aprendiz não respondeu, limitando-se a cooperar na condução do bêbedo para lugar seguro, onde caridoso amigo se dispôs a fornecer-lhe lume e pão.
     Retomavam a caminhada, quando pobre mulher, a toda pressa, veio implorar ao Messias lhe visitasse a filhinha, em febre alta.
     Acompanhado pelo discípulo, o Salvador orou ao lado da pequenina confiante, abençoou-a e restituiu-lhe a tranquilidade ao corpo.
     Iam saindo de Cafarnaum, mas foram abordados por três senhoras de aspecto humilde que desejavam instruções da Boa Nova para os filhinhos. O Cristo não se fez rogado. Prestou esclarecimentos simples e concisos.
     Ainda não havia concluído aquele curso rápido de Evangelho, e Jafé, o cortador de madeira, veio resfolegante suplicar-lhe a presença no lar, porque um filho estava morto e a mulher enlouquecera.
     O Emissário de Deus seguiu-o sem pestanejar, à frente de Tomé, silencioso. Reconfortou a mãezinha desvairada, devolvendo-a ao equilíbrio e ensinou à casa perturbada que a morte, no fundo, era a vitória da vida.
     O serviço da manhã absorvera-lhes o tempo e, assim que se puseram a caminho, em definitivo, eis que uma anciã semiparalítica pede o amparo do Amigo celestial. Trazia a perna horrivelmente ulcerada e dispunha apenas de uma das mãos.
     O Messias acolhe-a, bondoso. Solicita o concurso do Apóstolo e condu-la a sítio vizinho, onde lhe lava as feridas e deixa-a convenientemente asilada.
     Prosseguindo viagem para o monte, Mestre e discípulo foram constrangidos a atender mais de cinquenta casos difíceis, lenindo o sofrimento, semeando o bom ânimo, suprimindo a ignorância e espalhando lições de esperança e iluminação. Sempre rodeados de cegos e loucos, leprosos e aleijados, doentes e aflitos, mal tiveram tempo de fazer ligeiro repasto de pão e legumes.
     Quando atingiram o objetivo, anoitecera de todo. Estrelas brilhavam distantes. Achavam-se exaustos.
     Tomé, que mostrava os pés sangrentos, enxugou o suor copioso e rendeu graças a Deus pela possibilidade de algum descanso. A fadiga, porém, não lhe subtraíra a curiosidade. Erguendo para o Cristo olhar indagador, inquiriu:
    Senhor, dar-me-ás agora a chave da conspiração libertadora?
     O divino Interpelado esclareceu, sem vacilações:
     Tomé, os homens deviam entediar-se de revoltas e guerras que começam de fora, espalhando ruína e ódio, crueldade e desespero. Nossa iniciativa redentora verifica-se de dentro para fora. Já nos achamos em plena revolução evangélica e o dia de hoje, com os abençoados deveres que nos trouxe, representa segura resposta à indagação que formulaste. Enquanto houver preponderância do mal, a traduzir-se em aflições e trevas, no caminho dos homens, combateremos em favor do triunfo supremo do bem.
     E, ante o discípulo desapontado, concluiu:
     A ordem para nós não é de matar para renovar, mas sim de servir para melhorar e elevar sempre.
     Tomé passou a refletir maduramente e nada mais perguntou.

Luz Acima – pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. Brasília: FEB, 2013

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