sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Quem é Jesus? Por que Ele Nasceu na terra? E Por que Ele Retornará? - Parte 15


Continuando nossas reflexõesanteriores ...

Por que Jesus Nasceu na Terra?

      
Tumulo de Jesus


Os registros nos Evangelhos de Mateus, João, Lucas, Marcos e atos dos apóstolos nos traz informações preciosas para entendermos aquele importante momento após o martírio de Jesus. Percebemos que cada evangelista registrou, cada um à sua maneira, certos acontecimentos na condição de testemunhas ou tendo ouvido relatos de outros, formando assim, no conjunto, um registro histórico importante que se complementam e tornou-se a biografia da passagem do Mestre naquele recanto da Terra.



Mateus 27: 57-66
O sepultamento
Chegada a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, o qual também se tornara discípulo de Jesus. E dirigindo- se a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe fosse entregue. José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo e o pôs em seu túmulo novo, que talhara na rocha. Em seguida rolando uma grande pedra para a entrada do túmulo, retirou-se. Ora, Maria Madalena e a outra Maria estavam ali sentadas em frente ao sepulcro. 

A guarda do túmulo 
No dia seguinte, um dia depois da Preparação, os chefes dos sacerdotes e os fariseus, reunidos junto a Pilatos, diziam: "Senhor, lembramo-nos de que aquele impostor disse, quando ainda vivo: 'Depois de três dias ressuscitarei!' Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia, para que os discípulos não venham roubá-lo e depois digam ao povo: 'Ele ressuscitou dos mortos!' e a última impostura será pior do que a primeira". Pilatos respondeu: "Tendes uma guarda; ide, guardai o sepulcro, como entendeis". E, saindo, eles puseram em segurança o sepulcro, selando a pedra e montando guarda.
(ler também: João 19:38-42; Marcos 15:42-47; Lucas 23:50-56)

    Com a chegada da ciência do espírito, através das novas revelações, vamos ter um complemento, de forma mais ampla, sob um contexto cósmico, do que ocorreu nos bastidores espirituais daquele momento. Assim, vamos entender melhor o verdadeiro motivo do nascimento de Jesus no planeta Terra.

     Desmaterialização do corpo físico de Jesus
     
     
     Continuando o estudo das revelações trazidas por Ângelo Inácio..., ele narra que após a crucificação de Jesus, seus discípulos viveram a mais tormentosa tristeza que haviam experimentado em suas existências.
      Soldados romanos, seguindo ordens, montaram guarda ao redor do túmulo porque alguns religiosos e políticos temiam que o corpo de Jesus fosse roubado.
      Já na dimensão invisível aos olhos humanos, pairando sobre a gruta, estavam os mesmos seres que estiveram presentes no nascimento de Jesus. Eram os seres das estrelas que participaram na preparação da genética do corpo especial de Jesus.
      Jesus ao se desprender definitivamente de seu corpo físico, enquanto descia às regiões abismais das sombras, para o último chamado às multidões de seres degredados, seu corpo, sepultado na gruta, começou a desmaterializar-se. Desde a preparação genética inicial para receber o espírito da iluminada consciência cósmica, seu corpo especial fora programado para se desmaterializar. Isso foi previsto com o objetivo de evitar que o corpo se tornasse objeto de culto e adoração.
          (o que ocorreu foi diferente do que acontece aos corpos comuns dos seres humanos, a decomposição. Isso significa que não restou matéria decomposta, pois as células biológicas sofreram um processo de desmaterialização. Como vimos nas primeiras reflexões, a composição genética, para a formação do corpo de Jesus, foi trabalhada para suportar a vibração, o magnetismo e a expansão de uma parte do corpo mental da superconsciência cósmica.)
     Ao redor da gruta, inúmeros seres, representantes de civilizações avançadas do cosmos, aguardavam para saudar o Cristo cósmico. Seu retorno das profundezas do abismo seria o triunfo de sua obra relativa aos seres humanos do planeta Terra. Muitos desses seres possuíam corpos de uma fisicalidade distinta que não era tão imaterial; podiam ser vistos.

Miguel e a Abertura do Sepulcro

Mateus 28:1-8
O túmulo vazio. A mensagem do Anjo
- Após o sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ver o sepulcro. E eis que houve grande terremoto: pois o Anjo do Senhor, descendo do céu e aproximando-se, removeu a pedra e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era como o do relâmpago e a sua roupa, alva como a neve. Os guardas tremeram de medo dele e ficaram como mortos. Mas o Anjo, dirigindo-se às mulheres, disse-lhes: “Não temais! Sei que estais procurando Jesus, o crucificado. Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito. Vinde ver o lugar onde ele jazia, e, depressa, ide dizer aos seus discípulos: `Ele ressuscitou de entre os mortos, e eis que vos precede na Galileia; é lá que o vereis`. Vede bem, eu vo-lo disse!” Elas, partindo depressa do túmulo, comovidas e com grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos.




      Ângelo Inácio descreve que: de repente, acima do local do sepulcro, ocorreu um rasgo dimensional e dele surgiu um ser com uma armadura resplandecente e portando, em sua mão, um instrumento forjado em técnica das dimensões superiores, no formato de uma espada, representando a justiça divina; era Miguel príncipe dos exércitos celestes.
      A sua passagem pelo rasgo dimensional e sua materialização no mundo visível provocou um estrondo que repercutiu em várias dimensões.  Isso era consequência do entrechoque da matéria do mundo físico e a antimatéria do universo paralelo. Surgiu um terremoto sendo percebido a quilômetros de distância do local. O templo sagrado dos judeus e o palácio de Herodes foram abalados.
     Os seres das estrelas, que protegiam o sepulcro, volitando para cima se uniram a Miguel e desceram em velocidade alucinante para a gruta.

     A medida que Miguel foi se aproximando da gruta, Jesus em puro corpo mental superior, com a forma sublime que tinha antes da corporificação, iniciava seu regresso de sua visita aos seres da escuridão. Novamente, as energias dos dois seres provocaram um enorme terremoto que sacudiu a Judeia em grande extensão.

     Os soldados que vigiavam o sepulcro e os espíritos das sombras que tentavam se aproximar do sepulcro não puderam contemplar a face poderosa de Miguel. Os soldados, com a visão humana, apenas perceberam o reflexo do rosto do príncipe da justiça divina, devido a tamanha a luminosidade. Os seres das sombras, na dimensão extrafísica, debandaram diante da força moral de Miguel e de sua luz.

     Miguel após aterrissar na gruta empunhando sua espada, instrumento de tecnologia cósmica superior, erguendo-a com a mão direita, criou um fenda dimensional no interior da gruta, abrindo assim uma passagem para Jesus que retornava das regiões do abismo com toda a sua glória, iluminando tudo ao redor.

     Miguel com apenas um gesto fez rolar a pedra que fechava o sepulcro de cujo interior irradiou uma enorme luz. Depois volitando suavemente pousou sobre a pedra que fechava o sepulcro, sentando-se sobre ela. Centenas de seres das estrelas circundava o local projetando de suas naves campos de força contribuindo assim para a passagem do coordenador evolutivo dos mundos da galáxia, Jesus. 

Jesus e os Seres Resgatados das Regiões da Escuridão


       De dentro do sepulcro saía uma forma luminosa tão intensa que as demais luzes dos seres participantes se ofuscaram. Jesus, como um sol, irradiando tamanho esplendor abrigava milhões de seres que trazia junto de si. Esses eram os espíritos que aceitaram em seus corações as palavras do Cristo durante às suas visitas nas regiões da escuridão no mundo de prisão. Fazia parte dos contingentes desses seres grande número de chefes de legião e milhares de experientes especialistas de diversos mundos que vieram para a Terra em processo de exílio.
       As legiões de Miguel, com o auxílio dos seres das estrelas, compatriotas estelares dos degredados, recolheram todos os seres trazidos no campo luminoso de Jesus que saiam através da fenda dimensional que dava passagem das profundezas da escuridão.

      Ângelo Inácio narra que: (...) O ser cósmico, que descera ao mais profundo abismo para falar a exilados de diversos mundos, onde se filiaram a uma política inumana, oposta à política divina, adquiriu poder sobre todos os homens, sobre todos os espíritos – e venceu a própria morte. Regressava do cárcere infernal como o mais brilhante conquistador de todas as épocas, sem fazer uso de espadas ou qualquer instrumento, a não ser a autoridade moral de suas palavras e a força do exemplo, que correspondiam exatamente ao discurso que proferia. (...)
      (...) Em breve, retornaria a seu Reino, levando aos governadores siderais a mensagem de que havia esperança para os seres albegardos no terceiro mundo do Sistema Solar. Ainda restava esperança para a humanidade. (...)


Testemunho dos Soldados

       Os soldados de Herodes e os soldados cedidos por Pilatos aos sacerdotes judeus caíram ao chão diante da visão que presenciaram. Miguel, para conservá-los lúcidos, para que pudessem perceber o que ocorria ali na dimensão invisível aos olhos comuns, aplicou um forte influxo magnético neles, afim de que testemunhassem a glória de Jesus.  Com suas habilidades psíquicas acentuadas, ficaram possuído por um grande medo ao perceberem o que ocorria na dimensão extrafísica ali. Viram os seres das estrelas, Miguel e a irradiação intensa de Jesus ao  entrar na crosta terrena. Alguns deles desmaiaram e outros expiraram devido ao choque emocional, sendo imediatamente amparados pelos agentes da justiça, assim que abandonaram o corpo físico.

Impacto nos Seres Dominadores da Escuridão

      Os seres da escuridão, as potestades e os príncipes das trevas ficaram estarrecidos, diante o que ocorreu, com a visita do embaixador cósmico, Jesus, em seus domínios; e nem imaginaram que Ele pudesse arrastar consigo seus súditos, os estrategistas competentes sob seus domínios. Muitos desses seres eram dominados e serviam sem saberem a quem serviam. Diante da proposta do Cristo de se redimirem e retornarem às suas pátrias de origem entregaram-se a nova chance do recomeço. Os maiorais do abismo, também, nunca imaginaram que Jesus possuía tamanho poder a ponto de impedi-los de reagirem contra aquela atuação, e libertando os seres de diversas dimensões da escuridão.


V. Lau

Continua...

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Referência de estudo: 
- "Bíblia de jerusalém" - Paulus, 2002
- "Os Abduzidos" -  pelo Espírito Ângelo Inácio; [psicografado por] Robson Pinheiro. - Contagem, MG: Casa dos Espíritos, 2015. - (Série Crônicas da Terra: v. 4).
Boa Nova -pelo Espírito Humberto de Campos; [psicografado por] Francisco Candido Xavier. – Brasília: FEB,2013

Pedro Leopoldo (MG), 9 de novembro de 1940.

Espírito Humberto de Campos


 
Chico Xavier


       Os Quinhentos da Galileia

      Depois do Calvário, verificadas as primeiras manifestações de Jesus no cenáculo singelo de Jerusalém, apossara-se de todos os amigos sinceros do Messias uma saudade imensa de sua palavra e de seu convívio. A maioria deles se apegava aos discípulos, como querendo reter as últimas expressões de sua mensagem carinhosa e imortal.
      O ambiente era um repositório vasto de adoráveis recordações. Os que eram agraciados com as visões do Mestre se sentiam transbordantes das mais puras alegrias. Os companheiros inseparáveis e íntimos se entretinham em longos comentários sobre as suas reminiscências inapagáveis.
     Foi quando Simão Pedro e alguns outros salientaram a necessidade do regresso a Cafarnaum, para os labores indispensáveis da vida.
     Em breves dias, as velhas redes mergulhavam de novo no Tiberíades, por entre as cantigas rústicas dos pescadores.
    Cada onda mais larga e cada detalhe do serviço sugeriam recordações sempre vivas no tempo. As refeições ao ar livre lembravam o contentamento de Jesus ao partir o pão; o trabalho, quando mais intenso, como que avivava a sua recomendação de bom ânimo; a noite silenciosa reclamava a sua bênção amiga.
     Embebidos na poesia da Natureza, os apóstolos organizavam os mais elevados projetos, com relação ao futuro do Evangelho. A residência modesta de Cefas, obedecendo às tradições dos primitivos ensinamentos, continuava a ser o parlamento amistoso, onde cada um expunha os seus princípios e as suas confidências mais recônditas. No entanto, ao pé do monte, onde o Cristo se fizera ouvir algumas vezes, exalçando as belezas do Reino de Deus e da sua justiça, reuniam-se invariavelmente todos os antigos seguidores mais fiéis, que se haviam habituado ao doce alimento de sua palavra inesquecível. Os discípulos não eram estranhos a essas rememorações carinhosas e, ao cair da tarde, acompanhavam a pequena corrente popular pela via das recordações afetuosas.
      Falava-se vagamente de que o Mestre voltaria ao monte para despedir-se. Alguns dos apóstolos aludiam às visões em que o Senhor prometia fazer de novo ouvida a sua palavra num dos lugares prediletos das suas pregações de outros tempos.
      Numa tarde de azul profundo, a reduzida comunidade de amigos do Messias, ao lado da pequena multidão, reuniu-se em preces, no sítio solitário. João havia comentado as promessas do Evangelho, enquanto na encosta se amontoava a assembleia dos fiéis seguidores do Mestre. Viam-se, ali, algumas centenas de rostos embevecidos e ansiosos. Eram romanos de mistura com judeus desconhecidos, mulheres humildes conduzindo os filhos pobres e descalços, velhos respeitáveis, cujos cabelos alvejavam da neve dos repetidos invernos da vida.
       Nesse dia, como que a antiga atmosfera se fazia sentir mais fortemente. Por instinto, todos tinham a impressão de que o Mestre voltaria a ensinar as bem-aventuranças celestiais. Os ventos recendiam suave perfume, trazendo as harmonias do lago próximo. Do céu muito azul, como em festa para receber a claridade das primeiras estrelas, parecia descer uma tranquilidade imensa que envolvia todas as coisas. Foi nesse instante, de indizível grandiosidade, que a figura do Cristo assomou no cume iluminado pelos derradeiros raios do sol.
      Era Ele.
     Seu sorriso desabrochava tão meigo, como ao tempo glorioso de suas primeiras pregações, mas de todo o seu vulto se irradiava luz tão intensa que os mais fortes dobraram os joelhos. Alguns soluçavam de júbilo, presas das emoções mais belas de sua vida. As mãos do Mestre tomaram a atitude de quem abençoava, enquanto um divino silêncio parecia penetrar a alma das coisas. A palavra articulada não tomou parte naquele banquete de luz imaterial; todos, porém, lhe perceberam a amorosa despedida e, no mais íntimo da alma, lhe ouviram a exortação magnânima e profunda:
      – Amados – a cada um se afigurou escutar na câmara secreta do coração –, eis que retomo a vida em meu Pai para regressar à luz do meu Reino!... Enviei meus discípulos como ovelhas ao meio de lobos e vos recomendo que lhes sigais os passos no escabroso caminho. Depois deles, é a vós que confio a tarefa sublime da redenção pelas verdades do Evangelho. Eles serão os semeadores, vós sereis o fermento divino. Instituo-vos os primeiros trabalhadores, os herdeiros iniciais dos bens divinos. Para entrardes na posse desse tesouro celestial, muita vez experimentareis o martírio da cruz e o fel da ingratidão... Em conflito permanente com o mundo, estareis na Terra, fora de suas leis implacáveis e egoísticas, até que as bases do meu Reino de concórdia e justiça se estabeleçam no espírito das criaturas. Negai-vos a vós mesmos, como neguei a minha própria vontade na execução dos desígnios de Deus, e tomai a vossa cruz para seguir-me.
      “Séculos de luta vos esperam na estrada universal. É preciso imunizar o coração contra todos os enganos da vida transitória, para a soberana grandeza da vida imortal. Vossas sendas estarão repletas de fantasmas de aniquilamento e de visões de morte. O mundo inteiro se levantará contra vós, em obediência espontânea às forças tenebrosas do mal, que ainda lhe dominam as fronteiras. Sereis escarnecidos e aparentemente desamparados; a dor vos assolará as esperanças mais caras; andareis esquecidos na Terra, em supremo abandono do coração. Não participareis do venenoso banquete das posses materiais, sofrereis a perseguição e o terror, tereis o coração coberto de cicatrizes e de ultrajes. A chaga é o vosso sinal; a coroa de espinhos, o vosso símbolo; a cruz, o recurso ditoso da redenção. Vossa voz será a do deserto, provocando, muitas vezes, o escárnio e a negação da parte dos que dominam na carne perecível.

      “Porém, no desenrolar das batalhas, sem sangue, do coração, quando todos os horizontes estiverem abafados pelas sombras da crueldade, dar-vos-ei da minha paz, que representa a água viva. Na existência ou na morte do corpo, estareis unidos ao meu Reino. O mundo vos cobrirá de golpes terríveis e destruidores, mas, de cada uma das vossas feridas, retirarei o trigo luminoso para os celeiros infinitos da graça, destinados ao sustento das mais ínfimas criaturas!... Até que o meu Reino se estabeleça na Terra, não conhecereis o amor no mundo; eu, no entanto, encherei a vossa solidão com a minha assistência incessante. Gozarei em vós, como gozareis em mim, o júbilo celeste da execução fiel dos desígnios de Deus. Quando tombardes, sob as arremetidas dos homens ainda pobres e infelizes, eu vos levantarei no silêncio do caminho, com as minhas mãos dedicadas ao vosso bem. Sereis a união onde houver separatividade, sacrifício onde existir o falso gozo, claridade onde campearem as trevas, porto amigo, edificado na rocha da fé viva, onde pairarem as sombras da desorientação. Sereis meu refúgio nas igrejas mais estranhas da Terra, minha esperança entre as loucuras humanas, minha verdade onde se perturbe a ciência incompleta do mundo!...

       “Amados, eis que também vos envio como ovelhas aos caminhos obscuros e ásperos. Entretanto, nada temais! Sede fiéis ao meu coração, como vos sou fiel, e o bom ânimo representará a vossa estrela! Ide ao mundo, onde teremos de vencer o mal! Aperfeiçoemos a nossa escola milenária, para que aí seja interpretada e posta em prática a lei de amor do nosso Pai, em obediência feliz à sua vontade augusta!”

       Sagrada emoção senhoreara-se das almas em êxtase de ventura. Foi então que observaram o Mestre, rodeado de luz, como a elevar-se ao Céu, em demanda de sua gloriosa esfera do Infinito.

      Os primeiros astros da noite brilhavam no alto, como flores radiosas do Paraíso. No monte galileu, cinco centenas de corações palpitavam, arrebatados por intraduzível júbilo. Velhos trêmulos e encarquilhados desceram a encosta, unidos uns aos outros, como solidários para sempre, no mesmo trabalho de grandeza imperecível. Anciãs de passo vacilante, coroadas pela neve das experiências da vida, abraçavam-se às filhas e netas, jovens e ditosas, tomadas de indefinível embriaguez da alma. Romanos e judeus, ricos e pobres, confraternizavam felizes, adivinhando a necessidade de cooperação na tarefa santa. Os antigos discípulos, cercando a figura de Simão Pedro, choravam de contentamento e esperança.
      Naquela noite de imperecível recordação, foi confiado aos quinhentos da Galileia o serviço glorioso da evangelização das coletividades terrestres, sob a inspiração de Jesus Cristo. Mal sabiam eles, na sua mísera condição humana, que a palavra do Mestre alcançaria os séculos do porvir. E foi assim que, representando o fermento renovador do mundo, eles reencarnaram em todos os tempos, nos mais diversos climas religiosos e políticos do planeta, ensinando a Verdade e abrindo novos caminhos de luz, por meio dos bastidores eternos do tempo.
      Foram eles os primeiros a transmitir a sagrada vibração de coragem e confiança aos que tombaram nos campos do martírio, semeando a fé no coração pervertido das criaturas. Nos circos da vaidade humana, nas fogueiras e nos suplícios, ensinaram a lição de Jesus, com resignado heroísmo. Nas Artes e nas Ciências, plantaram concepções novas de desprendimento do mundo e de belezas do Céu e, no seio das mais variadas religiões da Terra, continuam revelando o desejo do Cristo, que é de união e de amor, de fraternidade e concórdia. Na qualidade de discípulos sinceros e bem-amados, desceram aos abismos mais tenebrosos, redimindo o mal com os seus sacrifícios purificadores, convertendo, com as luzes do Evangelho, à corrente da redenção, os Espíritos mais empedernidos. Abandonados e desprotegidos na Terra, eles passam, edificando no silêncio as magnificências do Reino de Deus, nos países dos corações e, multiplicando as notas de seu cântico de glória por entre os que se constituem instrumentos sinceros do bem com Jesus Cristo, formam a caravana sublime que nunca se dissolverá.

Boa Nova -pelo Espírito Humberto de Campos; [psicografado por] Francisco Candido Xavier. – Brasília: FEB,2013

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