quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Quem é Jesus? Por que Ele Nasceu na Terra? E por que Ele Retornará? - Parte 12

Continuando a reflexão anterior...


Por que Jesus nasceu na Terra?

O que é o “Reino dos Céus”?
Quais são os princípios que regem o sistema de vida superior que Jesus trouxe para a Terra?

    
Ilustração/Internet
No livro “Abduções”, Ângelo Inácio continua descrevendo aquele momento de desdobramento espiritual, quando Jesus tinha 17 anos e repousava numa saliência de uma gruta aos arredores de Nazaré; quando seus assessores cósmicos trouxeram, através do desdobramento em corpos espirituais, diversos seres que eram dali da Palestina e também de diversas partes do planeta; inclusive os espíritos daqueles que seriam seus futuros discípulos diretos.  Estava presente o representante da Justiça Divina, Miguel, e seres que o auxiliava e eram procedentes da constelação de Órion, de Sirius, de Antares e da galáxia Andrômeda.
     Ali ele falava diretamente para a alma daqueles seres, porém com uma linguagem mais abrangente, cósmica; e eles absorviam o conteúdo de sua mensagem conforme os conceitos religiosos e culturais de cada um, devido a estarem encarnados.

Sistema Religioso
  
     (Naquela época, 2.000 anos atrás, muitos espíritos exilados já haviam retornados para seus mundos de origem. Mas, ainda, existia uma quantidade enorme de seres exilados de diversos planetas da galáxia que estavam distribuídos nas dimensões espirituais, desde as mais sutis até as mais densas; inclusive muitos estavam corporificados. Também havia os seres que começaram sua jornada evolutiva aqui na Terra.)

      (Jesus não veio formar um sistema religioso na Terra, pois a criação de religiões é uma necessidade humana para poder interagir com o invisível; quanto menos esclarecida, mais há essa necessidade.)
      Naquela assembleia de seres projetados em espíritos Jesus informou:

(...) minha interferência neste mundo não visa à formação de um sistema religioso, tampouco à compreensão sobre o modo de se relacionar com uma entidade criada e moldada conforme caprichos humanos, ainda que à tal entidade se dê o nome de Deus, quanto mais pontificar que ela representa o máximo grau no que concerne ao desenvolvimento humano. (...)

Representante da Inteligência Suprema, o Criador do Universo

     (Jesus não veio representar o Deus que era conhecido naquela época como Iahweh. Como já vimos em outra reflexão, o Deus dos hebreus daquela época era a manifestação dos seres exilados, os dragões, que com sua política de domínio manipulavam seus representantes religiosos.)
     Jesus informava que ele representava a Suprema Inteligência criadora do universo, a mente cósmica que rege a evolução de tudo:

(...) Existe uma política universal, um sistema de harmonia do conjunto da vida em si. Venho representar aquele organismo vivo e inteligente que a tudo dirige para um fim determinado. (...)

Objetivo de Atingir Diversas Raças Planetárias

     A sua vinda não tinha como objetivo esclarecer e orientar sobre os princípios da vida superior tão somente para os seres que começaram a evolução aqui no planeta Terra; porque a vida humana terrena, já naquela época, era uma mescla de diversas raças planetárias.

(...) A terra, nesta época, abriga um contingente substancial de povos de diversos mundos, a maioria, em estado vibratório distinto daquele em que se encontram os humanos da superfície. Isto é, a maior parte dos enviados das estrelas vive e vibra em frequência diferente da material, embora existam também aqueles que habitam corpos físicos. (...) tendo em vista essa realidade, minha vinda não tem como objetivo atingir apenas seres humanos deste mundo, mas exemplares de diversas raças humanoides do cosmos, criaturas cujas culturas são de uma diversidade incrível e que, no entanto, ora se reúnem sob o mesmo céu avistado da crosta. (...)

      Jesus informou que a mensagem que ele trazia não tinha objetivo religioso ou espiritual como as pessoas entendiam naquela época. Ele era o porta-voz de um conhecimento que representava a necessidade das forças criativas e evolutivas de fazer uma interferência reguladora no mundo.  Objetivava atingir todos os seres reunidos no planeta Terra constituído por mais de 50 raças de distintas procedências cósmicas. Esses seres foram trazidos para cá,  com o objetivo de se evitar um desastre ambiental de natureza cósmica nos sistemas de vida onde viviam.

Salvação das penas eternas?

     (Naquela época já havia se formado o conceito da necessidade da salvação das penas eternas. O messias anunciado pelos profetas foi esperado para salvar o homem do mal; e também interpretado como o surgimento de um rei que libertaria os judeus do domínio romano. Depois foi interpretado como aquele que libertaria a humanidade do pecado original provocado por Adão e Eva.)

(...) – Quanto à salvação à qual quero me referir, nunca poderá ser tomada como mera salvação do mal, da danação eterna, conceito arcaico inventado por fariseus e outros arautos da religiosidade terrena. Não se trata, em nenhuma hipótese, da salvação no sentido místico-espiritual apenas. (...)

     Jesus explicou que a salvação que trazia se referia à necessidade de mudança do comportamento dos seres exilados, devido a corrupção moral e de valores a que se entregaram. Esse comportamento prejudicava o sistema evolutivo em seus planetas; sem condições de retornarem para lá. E caso persistissem, e não reeducassem seus comportamentos, contrários às leis evolutivas, o universo acionaria o mecanismo de contenção e de reequilíbrio novamente. (novo exílio)

(...) Para ser um dinamizador das forças evolutivas do universo, o espírito precisa desenvolver o que chamais de virtudes, de valores morais, de maneira a permanecer na escola cósmica como aprendiz e, ao mesmo tempo, construtor de um sistema cada vez melhor. O homem precisa aquilatar o efeito de suas atitudes, o peso de sua interferência no sistema, e assumir responsabilidade por seus atos. O mesmo princípio é válido para o habitante de outros orbes. (...)

Mecanismos Cósmicos de Equilíbrio

      Jesus informava que os mundos de onde vieram os espíritos rebeldes estavam sob séria ameaça. Portanto, era preciso levar com urgência a mensagem que ele trazia para todos os espíritos degredados. Mesmo que esses seres pudessem ser novamente exilados para outros planetas ou readmitidos em seus mundos de origem era de extrema importância falar a todos eles.

(...) Tais mundos estão na iminência de sofrer a ação dos mecanismos cósmicos de equilíbrio, que pode chegar a erradicá-los do cenário da vida universal, se for necessário, reabsorvendo os elementos constituintes desses planetas e reagrupando-os novamente, num processo de destruição e reconstrução. (...)

(...) Caso os cidadãos não reconsiderem seu comportamento nem se integrem à política universal, eles mesmos, bem como o orbe onde habitam, poderão ser tratados como moléstia pelo ecossistema cósmico. (...)
    
     Jesus orientava que: Cada planeta possui seus recursos próprios como fonte de sobrevivência à humanidade que abriga. Quando esta humanidade provoca a desordem e o desequilíbrio, o sistema de vida do planeta começa a retribuir, à essa falta de respeito, através do empobrecimento dos recursos para a manutenção da vida. A ação desequilibrada da humanidade sobre o ecossistema espiritual, energético e material faz com que o planeta reaja causando um empobrecimento desses recursos. Os alimentos, tantos os espirituais, os fluídicos e os físicos, exaurem-se lentamente ou apressadamente, conforme a ação do homem.

Conexão com as leis do equilíbrio
    
     Jesus já anunciava para aquela assembleia de espíritos o significado do seu evangelho que ele traria:
(...) “O planeta, considerado como ser vivo, só repousa quando os que sobreviveram aos cataclismos aprendem a atuar em conexão com as leis do equilíbrio, harmonizando-se com as leis morais da vida, sintetizadas no Evangelho que vos anunciarei em breve, no corpo, como homem nazareno. Somente ao desenvolver as virtudes que marcarão uma nova etapa na relação consigo mesma e com os outros seres, seus irmãos, é que determinada civilização efetivamente cuidará do meio ambiente planetário de modo devido, sobretudo nas esferas energética e espiritual. Falo-vos de uma ecologia mais abrangente, integral, da qual fazem parte a convivência pacífica entre irmãos e o desenvolvimento de valores morais, espirituais e energéticos que se revelam no trato com o meio ambiente. Um é consequência do outro.” (...)

     (Como já estamos percebendo, a síntese do evangelho de Jesus não se tratava de algo religioso, não...; e sim do despertar da consciência com o desejo de desenvolver um comportamento com valores morais, espirituais e energéticos. Iniciando consigo mesma, ou seja, tomar a consciência da responsabilidade da emissão de seus pensamentos, quanto a natureza eletromagnética e energética, como também da qualidade das emoções. Trabalhar o pensamento e as emoções de pessimismo, medo, angustia, raiva, ódio, ciúmes, inveja, rancor, stress e outros, tendo a consciência que o seu desequilíbrio afeta o ser vivo que é o planeta e a todos os seres viventes.) 


  
  (Cuidar do corpo físico quanto a higiene e alimentação equivocada, que é produto dos vícios e da influência do consumismo patrocinado pelo objetivo de lucros das indústrias e fabricas alimentícias. O ser humano ingere em seu organismo produtos contrários as leis de equilíbrio tais como: cigarro, álcool, drogas, aditivos químicos e conservantes nos alimentos, óleos, açúcar e sal em excesso e alimentos contaminados com pesticidas e agrotóxicos. Desrespeita o seu corpo físico, o qual é um veículo de manifestação de seu espírito nesta dimensão mais densa, para estagiar experiências necessárias à expansão de sua alma. A providência divina, através da natureza, oferece uma variedade imensa de frutas, legumes, verduras e grãos que a humanidade não está manipulando-os e processando-os de forma inteligente, para manter a saúde do corpo físico.)

     (Desenvolver as virtudes de respeito e compreensão para com outros seres humanos e todos os seres viventes do reino animal e vegetal, também foi a recomendação de Jesus para se viver em harmonia com as leis de equilíbrio. – Como agir diante das atitudes desequilibradas de nossos semelhantes? Conforme Jesus recomendou e exemplificou – É preciso compreender e servir mais..., significa que diante do impacto energético que nos atinge através das ondas do pensamento, do som das palavras, dos gestos e ação de nossos semelhantes devemos primeiramente abrir a conexão com o Criador do Universo, Deus; em seguida compreender o desequilíbrio daquela atitude e não entrar na sintonia dos impactos da energia eletromagnética e fluídicas que nos atinge. Não revidar com a mesma energia impactante do pensamento e emoção de ódio, raiva, desejo de vingança e ação de agressão física. Esta conexão com as leis de equilíbrio deve ser exercitada diariamente e com persistência até fazer parte de todos nós. E o que falar dos maus tratos com os animais?... são seres em estágio de evolução também!)

      
Poluição/internet
(Como Jesus ensinou, quando a humanidade desenvolver os valores morais, espirituais e energéticos e a convivência pacífica entre todos é que isso vai se refletir no respeito do trato ao meio ambiente, de forma integral. Existe um enorme desrespeito ao ecossistema do planeta... vejamos: As praias com suas areias e águas limpas quando visitadas pelo homem recebem garrafas plásticas, latas de alumínio, palitos e papeis de sorvete, canudos plásticos, casca de coco e diversos lixos que são carregados para o mar. Os rios recebem grande quantidade de lixo em forma de plásticos, mobílias velhas, pneus e uma variedade de entulhos. As ruas das cidades são depósitos de lixos onde os consumidores jogam tudo pelo chão sem consciência de higiene e respeito à natureza. Nos lares domésticos, as embalagens dos produtos de limpeza, alimentícios e de higiene vão direto para o lixo sem coleta seletiva para reciclagem. Isso demonstra a falta de educação e de inteligência em reaproveitar as embalagens evitando a contaminação do solo, rios e mares. O consumismo exagerado gerado pela corrida do lucro provoca uma enorme contaminação do ar, principalmente nas cidades grandes e industriais. Também, há um enorme desrespeito para com a natureza através do desmatamento descontrolado.)

Grays

     Segundo é detalhado por Ângelo Inácio, Jesus reunido ali com os seres de várias procedências planetárias, lembrava a todos que muitos seres que vieram exilados para a Terra vieram não porque precisavam se reeducar, para no futuro  retornarem aos seus planetas de origem; pois, isto já não seria mais possível porque tinham destruídos seus planetas.
      Outros seres provocaram tamanha destruição de seus ecossistemas que eles já não conseguiam mais se reproduzirem; sendo obrigados a vagarem de um canto a outro da galáxia em busca de alimento e recursos para sobreviverem. Era o caso de determinada casta dos grays que já naquela época estava na Terra.  Foi lembrado a situação dos dragões que destruíram diversos planetas; os anunnakis também, que através de inúmeras guerras destruíram o ecossistema comprometendo a existência da atmosfera em seu planeta. Os capelinos, também, que vieram para a Terra porque tinham destruído o ecossistema em seus mundos.
      Portanto, Jesus não veio somente com a proposta de reeducar o homem terreno; ele veio para despertar diversos seres de várias raças planetárias que estavam reunidos naquela época na Terra.
      Já naquela época, Jesus previa que o não despertamento desses espíritos corria o perigo de causar aqui no planeta Terra o mesmo que tinha ocorrido nos planetas dos seres exilados.

O que é o Evangelho de Jesus?

      Jesus, mostrando os seres ali presentes e que o auxiliava, explicou que eles eram embaixadores de sistemas que avançaram em sintonia com as leis universais e estavam presentes para auxiliarem a humanidade terrena, incluindo os seres que foram exilados. Muitos desses seres eram os que acordaram a tempo de retrocederem o processo de destruição em seus planetas.
     Naquela dimensão extrafísica Jesus esclarecia a todos:

(...) Minha mensagem a este mundo, chamada Evangelho, nada mais é do que um incentivo, um incremento para a tomada de consciência, a fim de que os povos da Terra revejam sua postura diante da vida e das leis da vida. Ela fala à inteligência, pois vivenciá-la não implica a criação de um sistema religioso ou iniciático. Trago a oportunidade de imergirdes em seus próprios espíritos e reverterdes o processo em andamento em vosso mundo, tanto subjetivo quanto objetivo. Viver o que chamais bem – e fazer o bem – não é questão de religiosidade, mas de inteligência. Portanto, não venho à terra para vos salvar de um suposto demônio ou de um suposto inferno; venho para salvá-la da destruição e trazer aos habitantes do mundo uma alternativa, a qual culmina em vossa plena integração às comunidades da galáxia aqui representadas. (...)

       Na dimensão física, posteriormente, Jesus iniciaria a sua mensagem de forma que os que estavam corporificados pudessem compreendê-lo sobre as diretrizes do “Reino dos Céus”; e pudessem vivenciá-las através da mudança do comportamento do pensamento e de suas emoções. Era uma verdadeira diretriz de reforma espiritual e energética.
V. lau


* Vídeo 
Continua...

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Bibliografia:

- "Os Abduzidos" - pelo Espírito Ângelo Inácio; [psicografado por] Robson Pinheiro. - Contagem, MG: Casa dos Espíritos, 2015. - (Série Crônicas da Terra: v. 4).

Luz Acima” – pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 11.ed. Brasília:FEB, 2013.

* Canal Mórmon
Pedro Leopoldo (MG),dezembro de 1947.

Irmão X

      A escritura do Evangelho

     Quando Jesus recomendou a pregação da Boa Nova, em diversos rumos, reuniu-se o pequeno colégio apostólico, em torno dele, na humilde residência de Pedro, onde choveram as perguntas no inquérito afetuoso.
     - Mestre – disse Filipe, ponderando -, se os maus nos impedirem os passos, que faremos? Caber-nos-á recurso à autoridade punitiva?
     - Nossa missão – replicou Jesus, pensativo – destina-se a converter maldade em bondade, sombra em luz. Ainda que semelhante transformação nos custe sacrifício e tempo, o programa não pode ser outro.
     - Mas... – obtemperou Tomé - e se formos atacados por criminosos?
     - Mesmo assim – confirmou o Cristo -, nosso ministério é de redenção, perdoando e amando sempre. Persistindo no bem, atingiremos a vitória final.
     - Senhor – objetou Tiago, filho de Alfeu -, se interpelados pelos fariseus, amantes da Lei, que diretrizes tomaremos? São eles depositários de sagrados textos, com que justificam habilmente a orgulhosa conduta que adotam. São arguciosos e discutidores. Dizem-se herdeiros dos profetas. Como agir, se o Novo Reino determina a fraternidade, isenta da tirania?
      - Ainda aí – explicou o Messias Nazareno -, cabe-nos testemunhar as ideias novas. Consagraremos a Lei de Moisés com o nosso respeito. Contudo, renovar-lhe-emos o sentido sublime, tal qual a semente que se desdobra em frutos abençoados. A justiça constituirá a raiz de nosso trabalho terrestre. Todavia, só o espírito de sacrifício garantir-nos-á a colheita.
     Verificando-se ligeira pausa, Tadeu, que se impressionara vivamente com a resposta, acrescentou:
     - E se os casuístas nos confundirem?
     - Rogaremos a inspiração divina para a nossa expressão humana.
     - Mas que sucederá se o nosso entendimento permanecer obscuro, a ponto de não conseguirmos registrar o socorro do Alto? – insistiu o Apóstolo.
     Esclareceu Jesus, sorridente:
     - Será então necessário purificar o vaso do coração, esperando a claridade de cima.
     Nesse ponto, André interferiu, perguntando:
     - Mestre, em nossa pregação, chamaremos indistintamente as criaturas?
     - Ajudaremos a todos, sem exigências – respondeu o Salvador, com significativa inflexão na voz.
     - Senhor- interrogou Simão, precavido -, temos boa vontade, mas somos também fracos pecadores. E se cairmos na estrada? E se, muitas vezes, ouvirmos as sugestões do mal, despertando, depois, nas teias do remorso?
     - Pedro – retrucou o divino Amigo -, levantar e prosseguir é o remédio.
     - No entanto – teimou o pescador-, e se a nossa queda for tão desastrosa que impossibilite o reerguimento imediato?
     Rearticularemos os braços desconjuntados, remendaremos o coração em frangalhos e louvaremos o Pai pelas proveitosas lições que houvermos recolhido, seguindo adiante...
     - E se os demônios nos atacarem? – interrogou João, de olhos límpidos.
     - Atrai-los-emos à glória do trabalho pacífico.
     - Se nos odiarem e perseguirem? – comentou Tiago, filho de Zebedeu.
     - Serão amparados por nós, no asilo do amor e da oração.
     E se esses inimigos poderosos e inteligentes nos destruírem? – inquiriu o filho de Queriote.
     - O Espírito é imortal – elucidou Jesus, calmamente – e a justiça enraíza-se em toda parte.
     Foi então que Levi, homem prático e habituado à estatística, observou prudente:
     - Senhor, o fariseu lê a Torá, baseando-se nas suas instruções; o saduceu possui rolos preciosos a que recorre na propaganda dos princípios que abraça; o gentio, sustentando as suas escolas, conta com milhares de pergaminhos, arquivando pensamentos e convicções dos filósofos gregos e persas, egípcios e romanos... E nós? A que documentos recorreremos? Que material mobilizaremos para ensinar em nome do Pai sábio e misericordioso?!...
     O Mestre meditou longamente e falou:
     - Usaremos a palavra, quando for necessário, sabendo porém, que o verbo degradado estabelece o domínio das perturbações e das trevas. Valer-nos-emos dos caracteres escritos na extensão do Reino do Céu. No entanto, não ignoraremos que as praças do mundo exibem numerosos escribas de túnicas compridas, cujo pensamento escuro fortalece o império da incompreensão e da sombra. Utilizaremos, pois, todos os recursos humanos, no apostolado, entendendo, contundo, que o material precioso de exposição da Boa Nova reside em nós mesmos. O próximo consultará a mensagem do Pai em nossa própria vida, por meio de nossos atos e palavras, resoluções e atitudes...
      Pousando a destra no peito, acentuou:
     - A escritura divina do Evangelho é o próprio coração do discípulo.
     Os doze companheiros entreolharam-se, admirados, e o silêncio caiu entre eles, enquanto as águas cristalinas, não longe, refletiam o céu imensamente azul, cortado de brisas vespertinas que anunciavam as primeiras visões da noite...
Livro: “Luz Acima” 

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