sexta-feira, 20 de março de 2020

O Juízo Geral e o Novo Exílio Planetário - Parte 9

Continuando... a reflexão anterior...

     Para compreendermos melhor sobre o trabalho dos guardiões superiores no trabalho de reurbanização extrafísica e a seleção dos espíritos que estão sendo auxiliados, resgatados e preparados para a seleção de expatriamento  vamos continuar estudando o livro “O Fim da Escuridão”; nele, o Espírito Ângelo Inácio narra os momentos em que ele participou nesse trabalho dos guardiões no processo do Juízo Geral.
      Pelos relatos do livro tudo indica que os acontecimentos se deram por volta do ano 2011.

Fogo Higienizador
 
Lua
      A nave dos guardiões após deixar a dimensão dos dragões se dirigiu à base dos guardiões, na Lua, e ali acomodou os espectros que tinham abandonado o domínio dos daimons.
      Ângelo Inácio foi convidado por Anton e Jamar a participar de alguns trabalhos de limpeza e relocação de espíritos que ocorreriam em várias partes do mundo.  A operação consistia em fazer a limpeza de lugares do plano extrafísico onde estava acumulado energias tão densas que seria necessária uma ação de desintegração dos fluidos nocivos acumulados. Diversas comunidades de espíritos socorristas e os guardiões foram encorajados a participarem dessa ação que consistia em fazer a limpeza de matéria mental enfermiças com alto grau de toxidade acumulada em diversas regiões do mundo; e fazer o resgate de diversos espíritos dessas regiões.
      Ainda, na base lunar dos guardiões, ele observava radiações diferentes que vinham do espaço as quais causavam um entrechoque com as energias da Terra.
      O guardião Anton esclareceu que se tratava do fogo higienizador que era uma emanação das labaredas do sol ou de uma espécie de desdobramento do vento solar. Essas irradiações eletromagnéticas, que eram observadas por eles naquela dimensão, sempre foram utilizadas, por espíritos especialistas, para limpar e higienizar a atmosfera psíquica de determinadas regiões do planeta. Esse trabalho de higienização na Terra sempre ocorreu; só que agora, como o objetivo dos reconstrutores era de âmbito maior, devido ao Juízo Geral, eles estavam utilizando-se também de radiações mais intensas que eram originadas do atual alinhamento do sistema solar ao centro da Via Láctea.

Preparação das Equipes Socorristas

 
Espíritos Socorristas
     De vários lugares chegavam caravanas de espíritos socorristas carregando macas e outros instrumentos de trabalho e socorro. Os guardiões também estavam preparados aguardando para entrarem em ação quando o fogo purificador terminasse a passagem pela região a ser higienizada. Anton tinha explicado que, no momento do evento que ocorreria, muitos espíritos dementados, seres voltados para o mal e outros mais necessitados que maus, correriam e pediriam socorro. Tudo estava programado de acordo com a necessidade de cada um. Os espíritos necessitados ou maduros para receberem ajuda seriam socorridos e os demais iriam passar pelo fogo purificador que tiraria de suas auras a maioria das criações mentais enfermiças. Após ser higienizado o local onde esses espíritos se encontram, ali seria reconstruído um novo habitat com posto de socorro ou hospital, conforme planejamento das forças superiores.  O trabalho a ser desenvolvido contaria com a participação dos representantes da misericórdia e da justiça, cada qual desempenhando suas funções e habilidades.

Ação do Fogo Higienizador

 
Espíritos no Umbral

  Uma onda de energias, coordenadas por espíritos superiores, desceu sobre o ambiente numa espécie de tormenta atingindo os átomos etéricos e astrais. A luz proveniente do Alto, com energia milhares de vezes aumentada em sua intensidade por consciências mais esclarecidas e especializadas, formou um redemoinho atingindo a todos. Os espíritos guardiões e socorristas sentiram seus corpos espirituais sob um influxo de intenso magnetismo ampliando os sentidos de cada um.
      Do centro do jato de luz que irradiou no local, aos poucos enquanto diluía-se, apareceu um vulto. Era Apophis, um dos príncipes dos dragões que também, em outra ocasião, tinha sido arrebatado ao reino superior; ocasião em que fora levado para conhecer o reino superior do Cristo. Trazido pelo jato de luz, antes da atuação do fogo higienizador, ele pediu ajuda e foi amparado pelos guardiões.
      Logo em seguida um novo jato de luz astral, como uma labareda, igual a irradiação de um fogo atômico varreu o local. Coordenado pelos espíritos responsáveis pela natureza o fogo explodiu larvas mentais, formas-pensamento, placas de lama astral e outros elementos daquela dimensão, fazendo uma limpeza profunda na matéria mental e astral. O fogo higienizador queimava a tudo fazendo desaparecer a energia deletéria sem deixar resíduos.
       Turbas de espíritos corriam de um lado para outro praguejando, vociferando e alguns poucos pediam socorro. O fogo higienizador ao tocar o perispírito dos seres ainda materializados desfazia formas-pensamento há muito tempo impregnadas pelas mentes enfermas. Tudo isso causava a sensação de extremo desconforto ou mesmo dor.
       Juntamente com o fogo purificador, surgindo do alto, de todos os lados, muitos caboclos montados sem seus cavalos brancos vinham auxiliar no processo de limpeza. O cacique Tupinambá, o Caboclo Roxo e o Lua Nova, vindos de regiões superiores, da Aruanda dos caboclos, comandavam um imenso contingente de entidades no processo de limpeza. Eles comandavam os elementais salamandras as quais agiam queimando os resíduos que permaneciam ainda no local,  desmaterializando formas mentais destrutivas, cascões astrais e parasitas energéticos. Também comandavam os elementais das águas, as ondinas, as quais envolviam os espíritos necessitados em resgate suavizando-lhes as emoções, os sentimentos e liberando as cargas energéticas densas impregnadas em seus corpos espirituais.
      Falanges de pais-velhos entravam no lamaçal astral abrindo caminho nos fluidos materializados. Pai João de Aruanda, Pai Joaquim de Aruanda, Vovó Maria Conga e Vovô Rei Congo, à medida que movimentavam seus cajados naquela lama pútrida, abriam brechas vibratórias por onde pudessem passar os espíritos necessitados e que se mostravam aptos a reeducação, sem sofrerem tanto com ação intensa dos raios desintegradores. Muitos pais-velhos surgiam do lamaçal carregando em seus braços, em suas auras, centenas e centenas de espíritos desfalecidos, entregando-os aos grupos de samaritanos e socorristas que os recebiam para levá-los aos postos de atendimento.
     
      Também, pela ação dos pais-velhos eram liberadas energias condensadas das lamas astrais que eram lançadas para o alto, e delas eram expelidas várias entidades. Grupos especializados de guardiões, com instrumentos apropriados, tiravam de dentro dessas energias, que eram criações mentais em forma de lama, os espíritos enfurecidos.
      Os guardiões entregavam esses espíritos aos socorristas para serem encaminhados a lugares apropriados à condição de cada um. Os espíritos resgatados gritavam, protestavam, amaldiçoavam ou, em desolação, choravam, pensando ser aquilo tudo já o juízo final. Antes de serem transportados aos postos de socorro e hospitais espirituais, eles recebiam um tratamento de limpeza feito pelos caboclos que comandavam os elementais do fogo, as salamandras, e as ondinas. Esses elementais faziam uma limpeza mais profunda, eliminando da aura dos atormentados as criações mentais em forma de cascões astrais. Espíritos especializados em magnetização faziam com que os mais endurecidos adormecessem para facilitar o transporte deles.


     O fogo higienizador espalhava-se e destruía muitas cidadelas construídas por magos e cientistas das sombras.
     O príncipe dos daimons, Apophis, que fora trazido da visita ao reino superior do Cristo, solicitou aos guardiões que o liberasse para que ele fosse ao seu antigo reduto de poder para resgatar seus seguidores.
      Ângelo Inácio descreve que após os guardiões consentirem Apophis assim se expressou:
     (...) - Não mais sirvo a falsos deuses como outrora. Conheço agora a natureza dos daimons e tenho um vislumbre de um reino imortal. Provarei que não sou mais o antigo príncipe, embora, por pouco tempo ainda, deva envergar a indumentária que me caracterizava como tal. Retornarei e vereis como estou disposto a me modificar. Agradeço o voto de confiança e de maneira alguma vos decepcionarei, poderosos guardiões do Cordeiro.(...)

      Então, ele desceu às dimensões de seu antigo quartel-general e lá encontrou cerca de 2,5 mil espíritos servos seus. Apophis, antigo iniciado do Egito e outrora príncipe de confiança dos daimons, sem muito tempo para explicações quanto ao seu desaparecimento pediu que o ouvissem:
      (...) Não mais obedeço aos antigos deuses, os daimons. Estais certos, precisamos sair imediatamente deste local, pois será tudo incinerado mediante a passagem do fogo devorador. Vinde comigo, pois vos apresentarei um novo propósito de vida e sereis livres para sempre. Não vos curveis mais diante de mim, pois agora compreendo coisas que antes não conhecia. Vinde e, na caminhada, falar-vos-ei de um novo reino e de algumas de suas leis. Preciso que auxilieis alguns novos companheiros sem questionar, ao menos desta vez. Após o trabalho que temos pela frente, tereis tempo para perguntas e recebereis as respostas que esperais. Vinde, segui-me! (...)
     Apophis retornou ao local do trabalho dos guardiões junto com seus seguidores e declarou para o guardião Jamar:
     (...) Trago meus antigos servidores. Embora a maioria tenha debandado, ainda resta um número expressivo de escravos, cuja liberdade proclamo agora, em nome do reino do Cordeiro, o Cristo de Deus. Curvo-me aos desígnios dele e coloco-me a serviço dos guardiões. (...)

      Imediatamente, Apophis e seus seguidores também começaram a auxiliar no resgate e na remoção, em andamento, dos espíritos necessitados. À medida que eles iam colaborando, eles também eram ajudados. O fogo higienizador atingia seus corpos de forma benéfica; e a limpeza era complementada pelo comando dos caboclos, os quais induziam as salamandras e as ondinas a retirarem dos corpos espirituais deles os fluidos densos e daninhos, e as formas-pensamento de medo e culpa.
      Essa atitude de Apophis, de deixar de seguir os daimons e levar consigo seus seguidores, e de se juntar ao trabalho dos guardiões, foi mais uma derrota ao império dos dragões.

      Ângelo Inácio narra que em outros recantos do mundo, também, ocorria o trabalho de reurbanização. Em regiões de vales de sofrimento e de dependentes de drogas, onde se reunia espíritos viciados e perturbados pela dor, os guardiões e socorristas faziam o trabalho de higienização e remoção de entidades dessas regiões astrais, e do submundo.
      A dimensão física dos encarnados também era atingida pelos reflexos desse intenso trabalho de limpeza, reurbanização e relocamento de espíritos. Em diversas partes do mundo, a população se revoltava contra governos totalitários e ditadores os quais caíam um a um. Grande comoção social, política e econômica surgia de forma global e com mais intensidade.

Trabalho dos Guardiões nos Bastidores Astrais do Rock in Rio

 
Rock in Rio 2011
     Um mês antes do Rock in Rio, que se realizaria em setembro de 2011, a convite do guardião Jamar, Ângelo Inácio saiu com um grupo de espíritos e foi ver os preparativos para um grande trabalho que seria feito na dimensão extrafísica, aproveitando o momento do desse show.
     O objetivo do trabalho dos guardiões na dimensão extrafísica do evento era o de resgatar multidões de espíritos passíveis de serem auxiliados e reeducados, sensibilizando-os por meio da arte, e despertando-os, para que se evitasse de serem exilados para outros planetas.
     Na dimensão extrafísica do show foi montado, por espíritos especialistas, um enorme palco e instalados diversos equipamentos com a finalidade de acentuar as emoções positivas, tanto a dos artistas que iriam se apresentar, como a dos espíritos ali reunidos. Ao redor do evento foram erguidos abrigos, casas de apoio e transição e hospitais para que pudessem receber as multidões de entidades resgatadas.
      Para sensibilizar os espíritos necessitados, os guardiões contavam com a participação de diversos artistas. Muitos deles, quando estiveram encarnados, foram usuários de drogas e tinham provocado situações que pesavam em suas consciências. Eles foram incentivados a participarem apresentando suas músicas, e a contarem suas histórias e a redenção de cada um.
      Ângelo Inácio narra que na dimensão astral daquele evento os espíritos de Cássia Eller, Cazuza, Elis Regina, Dinho -dos Mamonas Assassinas-, Raul Seixas, Renato Russo, Tim Maia, Clara Nunes, Vinícius de Moraes, Freddie Mercury, John Lennon, Nat King Cole, Ary Barroso, Noel Rosa, Adoniram Barbosa, Carlos Gardel, Mercedes Sosa e diversos representantes norte-americanos, europeus, africanos e da América do Sul iriam se apresentar ajudando  assim naquela grande tarefa de resgate.
     Os diversos equipamentos instalados pelos guardiões iriam transmitir o show multicultural para as regiões espirituais da América do Sul, e com isso mobilizaria muitas equipes socorristas de todos os países envolvidos.

O Papa João Paulo II e Teresa de Calcutá


     Ângelo Inácio, se dirigindo a outro continente, presenciou mais um trabalho de resgate de espíritos no processo geral de reurbanização extrafísica:
     (...) - Está na hora, Karol Wojtyla, está na hora de vestir novamente suas vestes sacerdotais. Cristo precisa que você se apresente novamente como Giovanni Paolo II. (...)
     (...) – Que é isso, Teresa? Já me despi dos títulos, dos paramentos, e não mais sou servidor da Igreja romana, terrena. Agora pertenço à igreja cósmica, à assembleia dos libertos, e este paramento me traz à memória fatos e cenas que não tenho necessidade de lembrar.
       - Sei disso, sei muito bem do que fala, Józef – disse Teresa com familiaridade.  -Porém agora precisamos de sua ajuda para resgatar milhares de espíritos em cujas mentes ainda haja sementes plantadas pela ideologia e pela doutrina católicas, mesmo que tenham agido de maneira oposta à fé que abrigaram, um dia, em seus corações. (...)

      Com esse convite, Madre Teresa convenceu o antigo Papa a colocar a indumentária que ele tinha usado na Terra quando encarnado, e foram ao trabalho de resgate dos espíritos.
      Num grande anfiteatro improvisado em região astral de natureza inóspita foram reunidos diversos espíritos para aquele evento. No local, os guardiões fizeram campos de proteção para impedir a entrada de espíritos vândalos e entidades violentas. Juntamente com Teresa estava os espíritos de Dom Bosco, Monsenhor Horta, Padre Eustáquio, Irmã Dulce e muito outros que tiveram um dia compromisso com a doutrina católica. Estavam todos reunidos para auxiliar e aguardando a chegada do antigo servidor de Cristo.
      Milhares de tendas brancas, improvisadas pelas equipes de socorro, estavam montadas. Os socorristas eram os franciscanos e demais espíritos que mantinham vínculo com a visão de mundo e o pensamento católico; mas já despertos para a vida de espiritualidade. Grande número de padres e freiras se juntaram à Irmã Dulce e a Teresa de Calcutá para receberem todos os convidados de Jesus que respondessem ao apelo e fossem tocados pela palavra do orador.
     Antes da presença do orador equipes de música religiosa e corais se apresentaram, sensibilizando as mentes dos espíritos ali reunidos. As músicas tocaram a muitos de tal maneira que diversos espíritos encontraram forças para saírem do transe temporário do medo e da culpa, no qual se encontravam. Eles foram amparados pelos benfeitores religiosos e abrigados nos braços de Teresa e dos servidores que aplicavam, através das mãos, uma espécie de passe magnético, e ao mesmo tempo oravam por eles.
    Quando o anfiteatro já abrigava uns 30 mil espíritos, um som de trombeta ecoou no ambiente, e do alto desceu um cortejo de espíritos vindos de regiões de vibrações mais alta. A cena lembrava a pompa de outrora quando o Papa se apresentava, e tudo era feito para que ele fosse reconhecido pelos espíritos presentes.
    O antigo Papa João Paulo II falou por 40 minutos, e os efeitos esperados foram alcançados despertando um grande número de espíritos. O próprio João Paulo, após a palestra, abandonou o palco e com vestes simples se juntou aos socorristas para o amparo aos necessitados. Mas, mesmo assim, bom número de fiéis, ao invés de aceitar o socorro e o amparo dos servidores, preferiu retornar aos antros de dor e sofrimento, e permanecer prisioneiro da culpa e da dor.
    Entretanto, o trabalho naquele recanto do plano astral conseguiu recolher muitos espíritos, os quais não precisavam se incluírem entre aqueles que seriam deportados para outros mundos, no futuro. Após o socorro eles deveriam ser conduzidos a hospitais, postos de enfermagem, colônias espirituais e outros espaços preparados para lidar com a necessidade de cada um.
    Como vimos o trabalho dos guardiões, no processo de reurbanização extrafísica, envolve a participação de todos; cada um dentro de sua especialidade e caminho escolhido, mas todos unidos à luz do Cristo no intenso processo de Juízo Geral que está em pleno andamento.
    V. lau


Para entender melhor o trabalho dos guardiões, em andamento, assista as entrevistas dos guardiões através da mediunidade de Robson Pinheiro:
- Guardião Anton: Assista aqui
- Exoconsciência Goúlan: Assista aqui
- Espírito Joseph Gleber: Assista aqui
- Espírito Veludo: Assista aqui
- Pai João de Aruanda: Assista aqui

Obs.: O Encontro Mundial dos Guardiões da Humanidade foi adiado para 31 de outubro a 2 de novembro de 2020, devido ao surto de epidemia do Coronavírus (Covid-19).

Bibliografia:
O Fim da Escuridão: reurbanização extrafísicas/ pelo espírito Ângelo Inácio; [psicografado por] Robson Pinheiro – Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2012. – Série Crônicas da Terra, 1.  

Pedro Leopoldo (MG), 9 de novembro de 1940.

Espírito Humberto de Campos
Chico Xavier

Continuando...

A luta contra o mal

    (...) Que diríamos de um rei justo e sábio que perguntasse a um só de seus súditos pela justiça e pela sabedoria do reino inteiro? Entretanto, é natural que o súdito seja inquirido acerca dos trabalhos que lhe foram confiados, no plano geral, sendo também justo se lhe pergunte pelo que foi feito de seus pais, de sua companheira, de seus filho e irmãos. Andas assim tão esquecido desses problemas fáceis e singelos? Aceita a luta, sempre que fores julgado digno dela e não te esqueças, em todas as circunstâncias, de que construir é sempre melhor.
    Tadeu contemplou o Mestre, tomado de profunda admiração. Seus esclarecimentos lhe caíam no espírito como gotas imensas de uma nova luz.
     - Senhor – disse ele-, vossos raciocínios me iluminaram o coração; mas terei errado externando meus sentimentos de piedade pelos Espíritos malfazejos? Não devemos, então, convocá-los ao bom caminho?
     - Toda intenção excelente – redarguiu Jesus- será levada em justa conta no Céu, mas precisamos compreender que não se deve tentar a Deus. Tenho aceitado a luta como o Pai ma envia e tenho esclarecido que a cada dia basta o seu trabalho. Nunca reuni o colégio dos meus companheiros para provocar as manifestações dos que se comprazem na treva; reuni-os, em todas as circunstâncias e oportunidades, suplicando para o nosso esforço a inspiração sagrada do Todo-Poderoso. O adversário é sempre um necessitado que comparece ao banquete das nossas alegrias e, por isso, embora não o tenha convocado, convidando somente os aflitos, os simples e os de boa vontade, nunca lhe fechei as portas do coração, encarando a sua vinda como uma oportunidade de trabalho, de que Deus nos julga dignos.
      O Apóstolo humilde sorriu, saciado em sua fome de conhecimento, porém acrescentou, preocupado com a impossibilidade em que se via de atender eficazmente à vítima que o procurara:
      - Senhor, vossas palavras são sempre sábias; entretanto, de que necessitarei para afastar as entidades da sombra, quando o seu império se estabeleça nas almas?!...
     - Voltamos, assim, ao início das nossas explicações – retrucou Jesus -, pois, para isso, necessitas da edificação do Reino no âmago do teu Espírito, sendo este o objetivo de tua vida. Só a luz do amor divino é bastante forte para converter uma alma à Verdade. Já vistes algum contendor da Terra convencer-se sinceramente tão só pela força das palavras do mundo? As dissertações filosóficas não constituem toda a realização. Elas podem ser um recurso fácil da indiferença ou uma túnica brilhante, acobertando penosas necessidades. O Reino de Deus, porém, é a edificação divina da Luz. E a Luz ilumina, dispensando os longos discursos. Capacita-te de que ninguém pode dar a outrem aquilo que ainda não possua no coração. Vai! Trabalha sem cessar pela tua grande vitória. Zela por ti e ama a teu próximo, sem olvidares que Deus cuida de todos. (...)

Continua...

Boa Nova – pelo Espírito Humberto de Campos; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Brasília: FEB, 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário