segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O Juízo geral e o Novo Exílio Planetário - Parte 3

Continuando a reflexão anterior...


“Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;
Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.”
Apocalipse 20:1-3

A Dimensão dos Dragões

     

Como já vimos em outras reflexões anteriores, quando os mais de 1.000 dragões chegaram exilados aqui na Terra, há mais ou menos 445.000 anos atrás, foi criado um enorme campo energético de contenção ao redor da Terra para que esses seres não conseguissem sair do planeta. Com o passar dos milênios, depois que a nova humanidade criada se espalhou pelo globo e eles dividiram a Terra em vários setores de domínio, a justiça divina restringiu a ação deles devido a ameaça que representavam ao progresso da civilização. Miguel, representante de Jesus para a aplicação da justiça divina na Terra, confinou esses seres nas dimensões das regiões profundas do planeta para que não interferissem de forma direta na humanidade.

     Na época do nascimento de Jesus, a justiça divina restringiu ainda mais a atuação desses seres; e, segundo Ângelo Inácio, no livro “A Marca da Besta” – psicografado por Robson Pinheiro, foi feito um reforço energético e magnético na dimensão a qual eles tinham sido confinados. Mesmo antes daquela época, eles já não tinham mais como reencarnarem num corpo físico na dimensão dos encarnados. Somente em outros mundos é que terão a chance de nascerem em corpos físicos; mas num contexto totalmente diferente ao da Terra.

    
     Apesar da justiça divina ter aprisionado os dragões nessa dimensão vibratória,   restringindo-lhes a atuação de forma direta com a humanidade, permitiu-lhes que eles tivessem acesso, de forma indireta, ao mundo dos vivos. Era uma forma de eles presenciarem o progresso da humanidade com os conhecimentos e exemplos trazidos pelo Cristo. Eles só podiam se projetar em corpo mental, o qual já estava em gradual processo de degeneração.

      Devido ainda a essa liberdade de atuação indireta, ao invés de somente acompanharem o progresso humano, os dragões começaram a interferir nos acontecimentos da vida da humanidade através de seus subordinados, os espectros.

      (Com essas explicações podemos até entender o porquê de João, no apocalipse, ter dito que o dragão foi preso no abismo e depois era necessário que fosse solto por pouco tempo. Essa liberdade era para que esse grupo de dragões acompanhassem o progresso da humanidade, e isso pudesse servir como aprendizado para eles, para que mudassem a maneira de pensar. Mas, ao invés disso, parece que ainda insistiram em querer dominar a humanidade através de seus comandos e legiões.)


Aparelhos tecnológicos de monitoramento

Ainda no livro “A marca da Besta”, Ângelo Inácio descreve a fala de um guardião da noite, representante da justiça divina, quando este visitou a prisão dos dragões:

 “Um cárcere vibracional imposto por uma lei superior. Era um confinamento magnético destinado a limitar a ação e reação dos seres aprisionados, o qual revelava a perspectiva cósmica, em nada semelhante à concepção de crime e punição que se tem na Crosta, entre os encarnados. Algo provavelmente inalcançável ao entendimento de qualquer homem no planeta Terra.”
    
   (Talvez, muito de nós, até agora imaginávamos que a região onde foi preso o dragão fosse um local isolado sem influência no mundo dos encarnados. Apenas um local que abrigasse esses seres e que eles não possuíam nenhum recurso de atuação. Entretanto, as revelações atuais ampliam o nosso conceito a respeito dessa dimensão-prisão magnética e a atuação desses seres, vejamos:)

     Trata-se de uma região dimensional que possui a materialização das formas-pensamentos e as criações mentais desses seres dragões. É uma região onde os espíritos comuns da Terra não têm acesso. Possui uma tecnologia muito desenvolvida pelos dragões ao longo dos milênios. Possui construções e aparelhos que emitem armadilhas psíquicas em que tentam defender a região de intrusos sem permissão.
      Também, como já vimos antes, dentro dessa dimensão-prisão havia o sistema hierárquico de poder no qual a identidade do dragão número 1 não era conhecida pelos demais. O Espírito Ângelo Inácio descreve que dentro de um pavilhão, o número 2 em comando tinha à sua disposição aparelhos de monitoração com os quais atuava de forma indireta no destino da humanidade. Vejamos a descrição feita por ele dessa atuação:

     (...) “Estrutura de matéria plasmática, coagulada num processo dificilmente concebível pelos homens comuns do planeta Terra, estendia-se à frente dele, de lado a lado da parede fluídica – ou semifluídica, de quase matéria, o, ainda, de um tipo diferente de material, até então insuspeito dos encarnados. Tela de proporções gigantescas erguia-se no meio do pavilhão, feito cristal limpíssimo, de menos de um milímetro de espessura. Translúcido, reproduzia imagens da paisagem ao derredor e, ao toque de seu manipulador, poderia mostrar cenas que se passavam muito mais adiante. Por meio desse equipamento, o daimon era capaz de observar, inclusive, o que ocorria na superfície do mundo, em gabinetes de líderes e governantes, além de poder sondar e vigiar as bases de seus comparsas, inferiores a ele na hierarquia do abismo. Nenhum dos cinco dragões sujeitos a sua autoridade poderia furtar-se à espreita daquele que era o segundo em comando, o segundo em poder sobre toda a Terra.” (...)


     Como estamos observando o dragão número 1, escondendo sua identidade, atuava através do número 2 e este por sua vez atuava sobre os demais dragões. Como não podiam atuar de forma direta na humanidade, eles atuavam através de seus executores, os espectros.
     Os espectros sempre foram temidos nas regiões das sombras por serem seres de enorme crueldade e vampiros de energias emocionais e mentais. Outras forças de domínio nas dimensões astrais das trevas os magos negros com sua milícia, os “sombras”, e os cientistas das sombras, como também diversas facções de poder temem e são dominados por esses seres.
      Desde a corporificação do orientador evolutivo cósmico Jesus, há mais de 2.000 anos atrás,  quando ele visitou as dimensões dos dragões informando-lhes o fim do tempo deles na Terra e convidando-os a mudarem de comportamento, esses seres ainda continuaram a querer dominar a humanidade planetária.
      Eles atuaram por trás de diversas guerras do passado, na expansão de impérios, na idade média, nas cruzadas, nas duas grandes guerras, no nazismo e na implantação de sistemas políticos com nomes diferentes, praticando o domínio de poder e o autoritarismo. Inclusive, nas obras de Ângelo Inácio é revelada a corporificação de espectros e a reencarnação de magos negros em períodos críticos da política de domínio e poder nas nações do planeta promovendo guerras, mortes e destruições.

Influência dos Espíritos na vida dos encarnados

     Ao longo dos milênios os membros da elite dos dragões se tornaram especialistas em diversas áreas da vida humana tais como: estrategistas de guerras, na comunicação, na política, na religião, nas artes em geral e na ciência.
      Existe uma forte influência dos seres das sombras e de uma multidão de espíritos que influenciam a vida dos encarnados de forma a dificultar o progresso evolutivo.
      Para entendermos melhor isso vejamos o que nos traz o Espírito Ângelo Inácio quando narra o diálogo entre os Guardiões Superiores da Humanidade, num dos momentos em que atuavam visitando o reino dos dragões:

      (...) “ – Eis um fato que não deveria soar estranho para os conhecedores da mensagem do espírito Verdade, uma vez que o próprio Codificador, Allan Kardec, transcreveu o significativo pensamento dos Imortais segundo o qual, na verdade, são os espíritos que dirigem os homens, e não o contrário, repetindo ainda uma vez mais o que disse Anton.
        - Basta avaliar a situação espiritual dos habitantes encarnados e desencarnados do planeta para constatar que o contingente de espíritos ignorantes, com passado complicado e adeptos de um sistema de vida oposto aos princípios do evangelho cósmico constitui, sem sombra de dúvida, a maioria numérica nos bastidores da vida. Junte isso à informação de que são os espíritos que dirigem os homens, segundo assevera o ilustre codificador do espiritismo, e então será forçoso deduzir que é justamente a massa de seres e inteligências sombrias que está, atualmente, a conduzir as multidões.” (...)
        
      Entretanto, apesar dessa constatação, está em pleno andamento o trabalho dos Guardiões Superiores da Humanidade que cumprem, agora no Juízo Geral, a justiça divina, pois tudo está sob a condução do Cristo planetário Jesus.
      O processo de retirada dos espíritos que não habitarão mais a Terra, a reurbanização extrafísica nos vales de sofrimento, deslocando espíritos em condições espirituais precárias, mas em condições de permanecerem no planeta, é um processo lento, do ponto de vista existencial dos encarnados.
      A guerra entre os seres das sombras pela disputa de poder e as mudanças que ocorrem na geografia extrafísica planetária reflete na dimensão dos encarnados. É o que estamos vivenciando atualmente como os grandes acontecimentos revelando a corrupção, quedas de ditadores, revoltas populares e a reação das forças da natureza, que está cada vez mais intensa.
      Ainda no diálogo dos Guardiões, um deles traz uma observação importante:

     (...) “Não obstante todo esse processo, antes que venha o fim propriamente dito, segundo consta nos arquivos da espiritualidade, convém que os dragões sejam soltos por um pouco de tempo: Lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações, até que os mil anos se completassem. Depois disto é necessário que seja solto, por um pouco de tempo’. Isso nos faz pensar num conflito de grandes proporções. Conflito de ideias, embates econômicos, crises políticas e sociais que fermentarão a massa da população extrafísica e de encarnados com vistas a promover o amadurecimento do trigo para a época da colheita. Temos a palavra do Cordeiro, que nos advertiu sobre tudo isso ser apenas o princípio, e não o fim do processo seletivo.”(...)
V. Lau

Referência de estudos:

A Marca da Besta” – Ângelo Inácio (Espírito); [psicografado] por Robson Pinheiro. -Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2010. (Trilogia  O Reino das Sombras: v. 3)

Uberaba (MG), 20 de janeiro de 1964.

Irmão X


Chico Xavier

Eles Viverão

     Onze anos após a crucificação do Mestre, Tiago, o pregador, filho de Zebedeu, foi violentamente arrebatado por esbirros do sinédrio, em Jerusalém, a fim de responder a processo infamante.
     Arrancado ao pouso simples, depois de ordem sumária, ei-lo posto em algemas, sob o sol causticante.
     Avançando ao pé do grande templo, na mesma praça enorme em que Estevão achara o extremo sacrifício, imensa multidão entrava-lhe a jornada.
    Tiago, brando e mudo, padece, escarnecido.
    Declaram-no embusteiro, malfeitor e ladrão.
    Há quem lhe cuspa no rosto e lhe estraçalhe a veste.
    - “À morte! à morte!...”
    Centenas de vozes gritam inesperadas condenação, e Pedro, que de longe o segue, estarrecido, fita o irmão desditoso, a entregar-se humilhado.
    O antigo pescador e aprendiz de Jesus é atado a grande poste e, ali mesmo, sob a alegação de que Herodes lhe decretara a pena, legionários do povo passavam-no pela espada, enquanto a turba estranha lhe apedreja os despojos.
    Simão chora, sozinho, ao contemplar-lhe os restos, voltando, logo após, para o seu humilde refúgio.
    Depois de algumas horas, veio a noite envolvente acalentar-lhe o pranto.
    De rústica janela, o condutor da casa inquire do céu imenso, orando com fervor.
    Por que a tempestade? Por que a infâmia soez? O pobre amigo morto era justo e leal...
    Incapaz de banir a ideia de vingança, Pedro lembra os algozes em revolta suprema.
    Como desejaria ouvir o Mestre agora!... que diria Jesus do terrível sucesso?!...
    Neste instante, levanta os olhos lacrimosos, observa que o Cristo lhe surge, doce, à frente.
    É o mesmo companheiro de semblante divino.
    Ajoelha-se Pedro e grita-lhe.
    - Senhor! Somos todos contados entre os vermes do mundo!... por que tanta miséria a desfazer-se em lama? Nosso nome é pisado e o nosso sangue verte em homicídio impune... a calúnia feroz espia-nos o passo...
    E talvez porque o mísero soluçasse de angústia, o Mestre aproximou-se e disse com carinho, a afagar-lhe os cabelos:
     - Esqueceste, Simão? Quem quiser vir a mim carregue a própria cruz...
    - Senhor! – retrucou, em lágrimas, o Apóstolo abatido – não renego o madeiro, mas clamo contra os maus... Que fazer de Joreb, o falsário infeliz, que mentiu sobre nós, de modo a enriquecer-se? que castigo terá esse inimigo atroz da verdade Divina?
    E Jesus respondeu, sereno, como outrora:
    - Jamais amaldiçoes... Joreb vai viver...
    - E Amenab, Senhor? que punição a dele, se armou escuro laço, tramando-nos a perda?
    - Esqueçamo-lo em prece, porque o pobre Amenab vai viver igualmente...
    - E Joachim bem Mad? não foi ele, talvez, o inspirador do crime? o carrasco sem fé que a todos atraiçoa? Com que horrenda aflição pagará seus delitos?
    - Foge de condenar, Joachim vai viver...
    - E Amós, o falso Amós, que ganhou por vender-nos?
    - Olvidemos Amós, porque Amós vai viver...
    - E Herodes, o rei vil, que nos condena à morte, fingindo ignorar que servimos a Deus?
    Mas Jesus, sem turvar os olhos generosos, explicou simplesmente:
    - Repito-te, outra vez, que quem fere, ante a Lei será também ferido... A quem pratica o mal, chega o horror do remorso... E o remorso voraz possui bastante fel para amargar a vida... Nunca te vingues, Pedro, porque os maus viverão e basta-lhes viver para se alçarem à dor da sentença cruel que lavram contra eles mesmos...
    Simão baixou a face banhada de pranto, mas ergueu-a em seguida, para nova indagação...
    O Senhor, entretanto, já não mais ali estava. Na laje do chão só havia o silêncio que o luar renascente adornava de luz...

Contos desta e doutra vida/ pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2008.

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