terça-feira, 25 de dezembro de 2012

MARIA E O NASCIMENTO DE JESUS



Ave Maria
Cheia de graças,
O Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre os anjos,
E bendito é o fruto
Do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria,
Mãe de Jesus,
Rogai ao Criador por nós,
Espíritos ainda imaturos,
Agora e na hora
De nosso retorno à pátria espiritual,
Amém

     Como está divulgado no Anuário Espirita de 1986, a imagem acima foi feita pelo fotógrafo Sr. Vicente Avela em 1983. O retrato falado foi sendo desenhado aos poucos, através de mais de vinte contatos com Chico Xavier sob a orientação de Emmanuel. Chico afirmou que esta é a forma com que Maria de Nazaré se apresenta quando faz suas visitas às dimensões espirituais próximas da Terra.
     Maria de Nazareth, espírito que já alcançou uma grande expansão de sua luz na trajetória evolutiva cósmica, foi convidada por Jesus para participar de Sua encarnação no planeta Terra. Durante a sua vida ela não tinha a percepção completa de sua missão, devido à limitação do corpo biológico. Ela foi preparada, antes do seu nascimento no corpo físico, para ter a faculdade mediúnica; e, desde pequena, através da vidência, ela percebia espíritos de parentes e também do seu espírito protetor, que ela chamava de “Anjo da Guarda”. Como podemos perceber através dos relatos de Ramatís, Maria, durante um desdobramento espiritual, foi levada a um plano vibratório para interagir com o Espírito de Jesus e relembrar do seu compromisso no grande projeto da vinda do Messias. A sua faculdade mediúnica permitiu com que Ela compreendesse a excepcionalidade de seu filho Jesus, e ajudou-a a enfrentar as experiências marcantes oriundas da ignorância cultural de sua época.
     Maria de Nazareth, espírito iluminado, que habita em dimensão vibratória elevada, irradia sua luz e seu amor no comando de legiões de espíritos trabalhadores, que prestam assistência no resgate de espíritos sofredores nas regiões astrais densas. A sua irradiação luminosa também chega a todos nós, espíritos encarnados, durante nossas orações.
    

V.Lau

Curitiba (PR), dezembro de 1964.

Ramatís

PERGUNTA:- Reza a tradição bíblica que um anjo visitou Maria e anunciou-lhe que ela casaria com um homem da linhagem de Davi; e conceberia um filho varão destinado a salvar o mundo. Que dizeis sobre essa tradição religiosa?

RAMATÍS:- Maria contava 15 anos de idade quando seus pais, Joaquim e Ana, faleceram, com alguns meses de diferença entre os óbitos. Foi então acolhida por Simão e Eleazar, parentes de seu pai, que a encaminharam para o grupo das Virgens de Sião, no templo de Jerusalém. Ali permaneceu cerca de dois anos, onde se dedicava a trabalhos tais como a confecção de túnicas de seda para as moças, mantos para os sacerdotes, ornamentos, enxovais e pequenos tapetes de veludo e de lã para as cerimonias religiosas. Além disso, tocava cítara e cantava os salmos de Davi, em coro com as demais jovens.
     Era uma jovem de raríssima beleza e avançada sensibilidade psíquica na época. Espírito dócil, todo ternura e benevolência, fortaleceu a sua juventude no ambiente monástico do templo, sem rebeldia ou problemas emotivos, no qual ainda mais aprimorou o seu alto dom mediúnico. Desde menina tinha visões espirituais, reconhecendo velhos parentes desencarnados e depois os seus próprios pais, que lhe apareciam de modo surpreendente. Em sonhos eles diziam-lhe que ela ainda seria rainha do mundo, como a mediadora consagrada para um elevado anjo em missão junto aos homens.
    Em sua consciência física, Maria desconhecia que também era entidade de condição angélica; e quando identificava pela sua vidência, uma belíssima criatura, ela supunha tratar-se do “anjo de guarda”, porque ele se assemelhava, fisionomicamente, às velhas oleografias dos anjos da tradição hebraica. Não conseguia explicar satisfatoriamente aos seus familiares e amigos os fenômenos incomuns que se davam consigo, mas afirmava sempre que o seu anjo de guarda não só a visitava em sonhos, mas também em estado de vigília ministrando-lhe conselhos e orientações  para o futuro. Quando José, viúvo, embora mais velho e pai de cinco filhos, a pediu para esposa, ela aceitou-o imediatamente, sem mesmo refletir, explicando que há muito tempo o seu anjo tutelar lhe havia aconselhado tal esponsalício com um homem bem mais idoso e viúvo. É óbvio que se tratava de visões reais, conforme a fenomenologia espírita hoje as explica satisfatoriamente mediante as faculdades mediúnicas.
     Embora Maria ignorasse a que estranhos caminhos o destino a levaria, as entidades que lhe assistiam aconselhavam-na a aceitar o viúvo José, como esposo e companheiro, pois havia sido escolhido no Espaço para a elevada missão de pai do Messias, na Terra. A tarefa desses espíritos não era isenta de decepções e obstáculos, porquanto enfrentavam a mais acirrada e furiosa investida das Sombras, na tentativa de impedir o advento de Jesus na face do orbe terráqueo. José e Maria, além de suas próprias virtudes espirituais defensivas, gozavam do prestígio e apoio de algumas falanges de menor graduação espiritual, porém, vigorosas e decididas, que também se propuseram a cooperar na proteção do Salvador dos homens! E então, saneavam as imediações de Belém, desintegrando fluidos mórbidos e eliminando cargas magnéticas maléficas, a fim de proteger o nascimento de Jesus sob circunstâncias satisfatórias.
     Depois de casada, certa vez, achando-se em profundo recolhimento, sob o doce enlevo de uma prece, Maria, dominada por estranha força espiritual, sentiu-se fora do organismo carnal e situada num ambiente de luzes azuis e róseas, rendilhadas por uma encantadora refulgência de raios safirinos e reflexos opalinos; e então, com grande júbilo, ela  reconheceu, de súbito, o seu devotado anjo de guarda, que a felicitou, dizendo que o Senhor a escolhera para ser mãe de iluminado Espírito, o qual aceitara o sacrifício da vida humana para redimir os pecados dos homens! Envolvida por um halo de perfumes, misto da doçura do lírio e da fragrância do jasmim, sentindo-se balsamizada por suave magnetismo, viu seu guia apontar-lhe alguém, a seu lado, dizendo-lhe que se tratava do Espírito do seu futuro filho. Maria vibrou de júbilo e quis postar-se de joelhos, quando percebeu a sublime entidade recortada num halo de luz esmeraldina, claríssima, cuja aura se franjava de tons róseos e safirinos respingados de prata, a sorrir-lhe docemente. Então a entidade que seria Jesus, o Enviado do Cristo à Terra,  chamou-a sob inconfundível ternura e pelo seu “nome sideral”, recordando a Maria o compromisso de fidelidade espiritual assumido antes de ela encarnar-se. No recesso de sua alma, ela evocou o passado, sentindo-se ligada ao magnífico Espírito ali presente, e clareou-se-lhe a mente ante a promessa que também fizera de recebê-lo no seu seio como filho carnal.
    O maravilhoso contato espiritual com Jesus fez Maria reavivar todas as recordações do pretérito e recrudescer-lhe a saudade do seu mundo paradisíaco. Enquanto uma sombra de angústia lhe invadia a alma, ao assumir novamente o comando do corpo carnal, ela sentiu prolongar-se na sua consciência física aquele êxtase de Paz e Amor, que a envolvera ante a presença do ente sublime e amoroso a encarnar-se como o seu primeiro filho! Embora sem poder definir claramente o acontecimento tão singular, Maria narrou a José o impressionante quadro que lhe despertara a mais sublime emoção espiritual, e a certeza de vir a ser mãe de um formoso anjo descido dos céus! José, homem de senso prático e prudente, avesso a sonhos e a fantasias improváveis em sua vida tão pobre, fitou a jovem esposa e apenas sorriu, certo de que todas as mães só esperam príncipes, como filhos, e não homens comuns.
“O Sublime Peregrino” – Ramatís – psicografado por Hercílio Maes.
   






quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PREPARAÇÃO PARA A CORPORIFICAÇÃO DE JESUS


     Observando a natureza ao nosso redor e refletindo sobre o mistério de sua origem, através do germinar de uma semente, da divisão das células surgindo a vida de um ser, do equilíbrio dos planetas gravitando no espaço, o raciocínio lógico e sensato nos obriga a admitir a existência de uma força oculta a coordenar todo estes fenômenos. Acrescentando a isto as reflexões sobre as informações que nos chegam através do processo mediúnico podemos, já sem dúvida alguma, crer, através da compreensão, na existência de outras realidades além da nossa realidade física. Segundo a espiritualidade, nestas outras realidades extrafísicas, as leis que regem o tempo são completamente diferentes da nossa terceira dimensão.
    Submetido à Vontade do Criador, a partir destas outras realidades vibratórias, inúmeras Entidades Siderais coordenam o processo evolutivo nos Universos Astrais. E, desde há muito tempo, Elas coordenavam a preparação do planeta Terra para receber espíritos de outras moradas celestes para aqui evoluírem.
      Dentro desta Comunidade de Espíritos Puros foi eleito um para assumir a tarefa de conduzir os espíritos em evolução. Este Ser, demonstrando o exemplo de renúncia, preparou-se para nascer também num corpo biológico na terceira dimensão. Para isto, durante aproximadamente 1.000 anos terrestre, realizou sua “descida vibratória” para o processo de corporificação. Ele nasceu num momento propício para trazer sua mensagem, demonstrando pessoalmente qual deveria ser o comportamento a ser adotado por todos nós no atual estágio evolutivo.
      Este Ser recebeu o nome de Jesus; e, durante sua jornada terrestre, não construiu nenhum templo religioso, e não pregava nas sinagogas da época. Ele caminhava entre os povos das comunidades curando os doentes e pregando a “Boa Nova”; e ensinava que todos nós deveríamos amar o Criador acima de todas as coisas, entrando constantemente em sintonia com Ele. E, também, deveríamos aprender a convivermos uns com os outros, atendendo não ao nosso egoísmo e sim praticando a caridade do servir aos nossos semelhantes.
     Jesus não criou nenhuma religião; as religiões que surgiram utilizando o nome dele foram criadas pelos homens, de conformidade com o nível cultural local de cada comunidade. Com isto, criaram-se rituais e cerimonias que atendiam o estado psicológico de cada povo.
     Jesus nasceu para mostrar o caminho da “salvação” a todos nós, espíritos ainda imaturos, através da mudança de nosso comportamento. Milhares de oportunidades já tivemos para realizar este aprendizado através das reencarnações; e, agora que vivemos o momento predito por Ele, como o “Final dos Tempos” (Juízo Geral), temos a chance de nos libertamos das algemas do processo cármico, vivenciando o Seu Evangelho.

V. Lau


Pedro Leopoldo (MG), agosto de 1938.
Emmanuel

     Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
    Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao qual nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
     A primeira verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, afim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródomos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.
A Caminho da Luz” – Emmanuel – psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Curitiba (PR), dezembro de 1964.

Ramatís

      PERGUNTA: - Como foi prevista a vinda de Jesus a Terra, há tantos milênios?
      RAMATÍS: - A encarnação de Jesus, na Terra, foi prevista e fixada durante a elaboração do “Grande Plano” atualmente em transcurso no Universo. A Administração Sideral então cogitou de eleger um espírito da esfera dos “Amadores”, mais tarde conhecido como Jesus de Nazaré, a fim de cumprir a missão redentora sobre a face da Terra na época aprazada. Repetimos que não há surpresas nem confusões no funcionamento do mecanismo sideral do Cosmo; em consequência, foram perfeitamente previstas e determinadas todas as premissas, etapas e conclusões na vida messiânica do Mestre Jesus, o Redentor dos homens terrenos!

     PERGUNTA:- Jesus não é o governador espiritual da Terra? No entanto, dizeis que ele veio da esfera dos “Amadores”, provavelmente de algum orbe situado muito além do nosso sistema solar?
     RAMATÍS: - Mais uma vez tomais a palavra do espírito pelo espírito da palavra, porquanto não estamos nos referindo a qualquer situação geográfica ou astronômica nestes relatos. Jesus deixou o seu reino espiritual apenas quanto à redução do seu campo vibratório e da sua consciência sideral, mas não veio de qualquer outra latitude astronômica ou cósmica. A esfera dos Amadores é um conjunto sideral de almas excelsas e identificadas por um padrão espiritual semelhante ao de Jesus. São espíritos eletivos, entre si, que formam um todo ou coletividade sideral e vibram, felizes, unidos pela mesma natureza angélica. Não se trata de uma “esfera material” ou planeta físico, mas de um “estado vibratório” peculiar e de natureza superior. São entidades portadoras de um Amor incondicional; e sentem-se felizes quando eleitas para qualquer missão redentora nos mundos físicos, dispondo-se a todos os sacrifícios em benefício dos seus irmãos que ainda se encontram nesses planos inferiores.
     A esfera dos Amadores pode ser concebida à semelhança de uma “esfera social”, “esfera militar”, “esfera científica” ou “esfera religiosa”, em que se agrupam criaturas pela mesma afinidade, simpatia ou tarefas semelhantes. Jesus foi um “Avatar” eleito da esfera dos Amadores para baixar à Terra no tempo predito, porque só um espírito do quilate dessa esfera seria capaz de tanto amor e renúncia para a missão de redimir o homem terreno.
    No entanto, desde a origem do vosso orbe, ele jamais deixou de presidir os vossos destinos, atento ao esquema evolutivo traçado há trilhões de anos terrestres na elaboração do atual “Grande Plano”, que vos proporciona a aquisição individual de consciência espiritual.
      PERGUNTA:- Essas providências para a encarnação de Jesus foram previstas muito tempo antes de ele descer à Terra?
     RAMATÍS: - Em verdade, a manifestação de Jesus no vosso orbe se efetuou de acordo com um plano minucioso delineado antecipadamente pela Engenharia Sideral, no qual foram previstas as principais etapas de sua descida e suas decorrências de sua vida física, no tocante à arregimentação de seus apóstolos e outros discípulos. Tudo foi estudado para se realizar no “tempo psicológico” exato e visando ao melhor aproveitamento espiritual da estada do Mestre junto à humanidade terrena. No entanto, malgrado a tarefa messiânica deliberada pelo Alto, Jesus teria de concretizá-la mediante sua própria capacidade, inteligência, renúncia e até pela sua resistência orgânica, a fim de não sucumbir antes do prazo prefixado. Ele não teria de submeter-se a um determinismo fatal, que o transformasse num simples autômato movido pelos “cordéis” do mundo oculto; porém, mobilizar todos os seus recursos espirituais de modo a cumprir o programa heroico que aceitara em sã consciência. (...)

PERGUNTA: - Qual uma ideia mais ampla, quanto a Jesus ser o “Salvador” dos homens, conforme aludistes há pouco?
RAMATÍS:- As profecias do Velho Testamento sempre se referiram a um Messias, eleito de Deus, “Salvador” da humanidade terrena e libertador do Povo de Israel, cativo dos romanos. Mas os profetas não explicaram qual seria a natureza dessa “salvação”, nem deixaram quaisquer indicações que pudessem esclarecer os exegetas modernos. No entanto, a humanidade do século XX já está capacitada para entender o sentido exato do vocábulo “Salvador”, e também qual é a natureza da tarefa de Jesus junto aos homens.
     O seu Evangelho, como um “Código Moral” dos costumes e das regras da vida angélica, proporciona a “salvação” do espírito do homem, libertando-o dos grilhões do instinto animal e das ilusões da vida material. Essa “salvação”, no entanto, ainda se amplia noutro sentido, porque os redimidos ou “salvos” dos seus próprios pecados também ficam livres da emigração compulsória para um planeta inferior, cujo acontecimento já se processa na vossa época, simbolizado pelo “Fim dos Tempos” ou “Juízo Final”!
    Os evangelizados ou “salvos” das algemas das paixões da animalidade devem corresponder ao simbolismo do “trigo”, da “ovelha” ou da “direita” do Cristo, a fim de ficarem desobrigados de uma emigração retificadora para outro orbe inferior, sendo-lhes permitido reencarnar-se na Terra, participando da humanidade sadia e pacífica predita para o Terceiro Milênio. Em consequência, a humanidade futura será composta dos “escolhidos” à direita do Cristo e perfeitamente integrados no seu Evangelho redentor.
“O Sublime Peregrino” Ramatís – psicografado por Hercílio Maes.