segunda-feira, 23 de julho de 2012

Corpo Astral sem Anormalidade

O Amor Divino se expressa, pela Sua Sabedoria e Justiça, em proporcionar igualdade de evolução para todos os Seres de Sua Criação.
À medida que os Seres Espirituais vão descobrindo suas potencialidades e sutilizando suas energias vão auxiliando outros Seres a se despertarem. Assim, desde as mais elevadas regiões vibratórias até às mais densas está a oportunidade de realização através do Servir ao semelhante; desenvolvendo com isso a consciência de que o Ser Espiritual é um instrumento e a extensão do Amor Divino manifestado.

Lau



Paris, 18 de abril de 1857.

Allan Kardec

        259. Se o Espírito escolhe o gênero de provas que deve sofrer, todas as tribulações da vida foram previstas e escolhidas por nós?
        - Todas, não, pois não se pode dizer que escolhestes e previstes tudo o que vos acontece no mundo, até as menores coisas. Escolhestes o gênero de provas; os detalhes são consequências da posição escolhida, e frequentemente de vossas próprias ações. Se o Espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, já sabia a que deslizes se expunha, mas não conhecia cada um dos atos que praticaria; esses atos são produtos de sua vontade ou do seu livre-arbítrio. O Espírito sabe que, escolhendo esse caminho, terá de passar por esse gênero de lutas; e sabe de que natureza são as vicitudes que irá encontrar; mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes nascem das circunstâncias e da força das coisas. Só os grandes acontecimentos, que influem no destino, estão previstos. Se tomas um caminho cheio de desvios, sabes que deves ter muitas precauções, porque corres o perigo de cair, mas não sabes quando cairás, e pode ser que nem caias, se fores bastante prudente. Se ao passar pela rua, uma telha te cair na cabeça, não penses que estava escrito, como vulgarmente se diz.
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
São Paulo, 28 de setembro de 1987.
        C. REENCARNAÇÃO DO SER ESPIRITUAL COM O CORPO ASTRAL SEM ANORMALIDADE

        C.1. Reencarnação voluntária

       Após vários períodos de aprimoramento, o Ser Espiritual que venceu as barreiras de si mesmo, vencendo as correntes reencarnatórias evolutivas, já se habilita a habitar as esferas kármicas do planeta em suas mais altas expressões. Está prestes a vencer a força gravitacional karmática do planeta Terra, ou seja, a força-necessidade que sempre o impulsiona ao reencarne, através da qual está ligado, por fortes laços de “energia de ligação”, com o planeta Terra. Essa energia de ligação deverá ser vencida quando o Ser Espiritual se libertar de certos e últimos débitos para com a lei kármica. Quando se libertar, deixando para trás seus débitos, enfraquecendo-se a energia de ligação com os planos evolutivos do planeta Terra, ou seja, o mesmo consegue, karmicamente falando, libertar-se; assim, poderá estagiar nas últimas camadas do plano astral superior, podendo também estagiar em outros planetas mais elevados, acrescentando-lhe experiências e aprendizados, bem como sustentáculo para futuras incursões em outros locus da Casa do Pai, seguindo assim sua jornada evolutiva em outra casa planetária ainda de nosso sistema planetário. Alguns até podem estagiar em outro locus do Universo Astral, em sistemas diferentes do nosso.
       Esses Seres Espirituais, na verdade, de há muito já são “senhores de si mesmos”; são veneráveis Seres Espirituais, batalhadores incessantes das Hostes do Bem. Têm sua organização astral completamente plástica, podendo amoldá-la segundo seus fortes pensamentos, que vêm pelas linhas de força mento-superiores. Assim, muitos deles preferem guardar a “forma-astral” em que mais evoluíram, ou, por necessidade, ideoplastizam a forma-astral segundo lhes seja mais interessante e proveitosos para a tarefa que vão desempenhar.
        Esses Seres Espirituais são vitoriosos de si mesmos, não tendo necessidade de reencarne, a não ser que seja a pedido da Confraria dos Espíritos Ancestrais, nobre e digna Confraria ligada às Hierarquias Crísticas de nosso planeta. (...)

        C.2. Reencarnação missionária
       
        Como o próprio nome está dizendo, o Ser Espiritual que reencarna nessa condição o faz debaixo de uma séria missão, missão essa de âmbito grupal e coletivo diante da coletividade kármica afim. Diante de sua coletividade sempre está muito avançado em conhecimentos e sentimentos, por isso é o líder natural, embora a maioria deles assim não se qualifique, achando-se na verdade igual aos demais do grupo ao qual pertença. Esses Seres Espirituais são possuidores de uma excelsa modéstia, aliás, nem cogitam da soberba; agem de forma natural, seus atos não são forçados nem estereotipados. Isso o diferencia dos demais, as suas ações são sempre muito naturais e verdadeiras. Seus ideais visam o bem comum, não estão interessados na projeção pessoal. Ao contrário, esquivam-se polidamente de qualquer movimento nesse setor. Assim como para muitos fere o desdém alheio, para eles fere o elogio ou a gratidão. Não estamos afirmando com isso que são Seres Espirituais perfeitos. Não, não o são, mas estão próximos da perfectibilidade relativa aos seus planos afins. Quando encarnados, estão sempre em posição de comando vibratório e isso não é imposto. Ao contrário, os outros é que os aclamam naturalmente e se assim não fazem, pelo menos respeitam-nos, na certeza de estarem ouvindo a voz de um grande instrutor, embora eles, mais uma vez frisamos, se julguem apenas iguais. A sua conduta não difere dos demais. Às vezes poderia até ser diferente, mas para evitar o “endeusamento” e a figura extrema e prejudicial do mito, agem igual aos demais. Têm os mesmos desejos, têm os mesmos anseios, os mesmos obstáculos, as doenças às vezes os incomodam, têm dissabores, como também seus próprios desencontros afetivos e emotivos. Mas aí é que está o valor desses missionários, pois mesmo sendo iguais a todos, até nos problemas do dia-a-dia, conseguem ser instrutores dos demais. (...)
       (...) Muitos deles trouxeram grandes contribuições para as Ciências, visando melhorar o nível de vida do Ser Humano e de sua saúde; outros mudaram através de sua forma de pensar a atitude de muitos, isso no campo da filosofia; outros surgiram na política e nas ciências sociais; visando a um equilíbrio maior entre os segmentos e as classes sociais; outros nas artes e nos esportes, todos visando atrair as massas e com elas caminhar para novos padrões conscienciais; em suma, que a grande massa avance na senda da evolução. (...)
Livro “A Proto-Síntese Cósmica” – Espírito ORISHIVARA – médium Yamunisiddha Arhapiagha F. Rivas Neto
Belo Horizonte (MG), janeiro de 2012.

Madre Teresa de Calcutá

      (...) Assim que a entidade terminou sua fala, observei que dois espíritos que estavam no meio da multidão se aproximaram um do outro. Eram Teresa de Calcutá e Joseph Gleber. Olharam-se, como a conhecer em profundidade os pensamentos um do outro, quando Teresa envolveu com seu braço o de Joseph Gleber, num gesto típico de amizade. Espíritos diferentes, de formação cultural diferente, com trabalhos aparentemente em campos também diferentes, mas unidos pelo amor à humanidade. Teresa tomou a palavra, dirigindo-se à emissária superior:
      - Queria fazer um pedido especial à nossa mãe Maria de Nazaré – disse Teresa, visivelmente emocionada, enquanto muitos espíritos ao redor olhavam em sua direção, inclusive eu.
      - Fale, minha querida filha – disse a entidade criança, iluminando-se toda, com uma luz até então não percebida por mim.
      - Sinto que na Terra ficarão almas mais comprometidas com o bem da humanidade que a habitará por longo período; seres já esclarecidos e fiéis aos ideais de Cristo, embora os imensos desafios que enfrentarão para a reconstrução da civilização. Por isso peço, com o amor que me inspira nossa mãe santíssima, que me conceda a oportunidade de ser a primeira a ser levada para o mundo primitivo. Sou uma mulher acostumada com os desafios de meus irmãos mais sofredores, e onde encontrarei maior sofrimento e mais pessoas necessitadas do que entre os deportados? Para mim, será uma honra estar em algum desses mundos, revestida do corpo que a Providência me proporcionar, a fim de receber em meus braços aqueles que sofrem e os oprimidos pelas culpas e remorsos. Disponho-me, como mensageira da escuridão, a acolher aqueles que estarão nas trevas da alma, precisando de apoio, orientação; de um abraço amigo. Enxugarei as lágrimas dos que se acham vencidos, dos que ainda estagiarão na angústia, nos séculos vindouros. Serei para eles a mãe que os abrigará ao colo; intercederei por eles em oração em meio aso pântanos, aos desafios, ajudando-os a cessar o pranto e incentivando-os ao recomeço e à continuidade das tarefas que os aguardam. (...)
      (...) Profundo silêncio se fez em face das duas rogativas, que não foram ignoradas pela emissária de aspecto infantil. Grande número de espíritos ali presentes se surpreendeu com os pedidos de Teresa e Joseph Gleber, e lágrimas desceram dos olhos de muitos, enquanto o silêncio só foi rompido quando uma voz, em meio à luz que descia do alto, fez-se perceptível nas mentes de cada um. (...)
      (...) - Meus amigos, meus companheiros de trabalho, assim que fizeram suas súplicas, saiu a ordem. Venho aqui em nome da misericórdia daquela que representa na Terra a bondade em forma de mãe. Venho em nome do coração amoroso que recebeu em seu seio o representante das estrelas, Cristo Jesus, nosso Senhor. O pedido de vocês foi aceito e serão meus companheiros pessoais, pois eu mesmo irei também, como representante da justiça divina, conduzir os milhões de espíritos para o novo lar, a nova morada espiritual. Durante os milênios que aguardam as novas experiências dessa parcela da humanidade, vocês serão como estrelas guias na noite dos desafios e obstáculos a serem vencidos nos mundos da imensidade. Maria aceitou a oferta sincera de suas almas. (...)
“O Fim da  Escuridão – Reurbanizações Extrafísicas” – pelo Espírito Ângelo Inácio – psicografado por Robson Pinheiro.