sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Verdadeira "Paixão" de Jesus


Hoje sabemos que a humanidade terrena, composta de espíritos encarnados e desencarnados, que vivem na erraticidade, em diversos planos de vibrações correspondentes à vibração de cada um, é governada por uma entidade muito iluminada, Jesus. Ele conquistou a sua expansão de luz através do amor incondicional. A sua “descida” de regiões superiores do mundo espiritual deu-se através do “descenso vibratório. Através da concentração, Ele reduziu a sua vibração aglutinando em si elementos de cada região que compõem o Universo Astral, para poder nascer num corpo biológico e trazer o código moral para a conduta ideal do comportamento humano.
V. Lau






Curitiba (PR), dezembro de 1964

Ramatís (Espírito)

      PERGUNTA: - Por que motivo ainda não podemos compreender a verdadeira significação da paixão de Jesus?
     RAMATÍS: - É um equívoco da tradição religiosa considerar que o supremo sacrifício de Jesus consistiu essencialmente na sua paixão e sofrimento, compreendidos entre a condenação de Pilatos e o holocausto da cruz! Se o verdadeiro sacrifício do Amado Mestre se tivesse resumido nos açoites, nas dores físicas e na sua crucificação injusta, então os leprosos, os cancerosos, os gangrenosos deveriam ser outros tantos missionários gloriosos e eleitos para a salvação da humanidade!(...)

      PERGUNTA: - Então, nesse caso, o maior sofrimento de Jesus consistiu na sua dor moral ante a ingratidão de nossa humanidade. Não é assim?
     RAMATÍS: -  Jesus, como sábio e psicólogo sideral, compreendia perfeitamente a natureza psíquica de vossa humanidade, pois os pecados dos homens eram frutos da sua imaturidade espiritual. Jamais ele sofreria pelos insultos e ápodos, ou pelas ingratidões e crueldades humanas, ao reconhecer nas criaturas terrenas mais ignorância e menos maldade!(...)
     A piedade e o amor excelsos de Jesus faziam-no sofrer mais pelo descaso dos homens em promover a sua própria felicidade, do que mesmo pela ingratidão deles. O seu verdadeiro sacrifício e sofrimento, enfim, foram decorrentes da penosa e indescritível operação milenar durante o descenso espiritual vibratório, para ajustar o seu psiquismo angélico à freqüência material do homem terreno. A Lei exige a redução vibratória até para os espíritos menos credenciados no Espaço, cuja encarnação terrena, às vezes, se apresenta dificultosa nesse auto-esforço de ligar-se à carne. Mas Jesus, embora espírito de uma freqüência sideral vibratória a longa distância da matéria, por amor ao homem, não hesitou em suportar as terríveis pressões magnéticas dos planos inferiores que deveria atravessar gradualmente em direção à crosta terráquea.(...)
     Ele desceu através de todos os planos inferiores, desde o mental, astralino e etérico, até poder manifestar-se com sucesso na contextura carnal e letárgica da figura humana. Abandonando os píncaros formosos do seu reino de glória, imergiu lentamente no oceano de fluidos impuros e agressivos, produzidos pelas paixões violentas dos homens da Terra e dos desencarnados no Além.
     Embora se tratasse de um anjo do Senhor, a Lei Sideral obrigava-o a dobrar suas asas resplandecentes e percorrer solitariamente o longo caminho da “via interna”, até vibrar na face sombria do orbe terráqueo e entregar pessoalmente a sua Mensagem de Amor! O Sublime Peregrino descido dos céus lembra o mensageiro terreno, que após exaurir-se no tormento da caminhada de muitos quilômetros, deve entregar a “carta de libertação” a infelizes prisioneiros exilados de sua Pátria!
      Assim, os 33 anos de vida física de Jesus significam apenas o momento em que ele faz a entrega da mensagem espiritual do Evangelho, pois o processo espinhoso e aflitivo até imergi-lo nos fluidos terráqueos durou um milênio do calendário humano! Essa operação indescritível de sua descida sacrificial em direção à Terra é, na realidade, sua verdadeira “Paixão”, pois só os anjos, que o acompanhavam distanciando-se cada vez mais, por força da diferença vibratória, é que realmente podiam compreender a extensão do heroísmo e sofrimento de Jesus, quando deixou o seu mundo rutilante de luzes e prenhe de beleza, para então habitar um corpo de carne em benefício dos terrícolas!
     Após ajustar o seu corpo mental e reativar o mecanismo complexo do cérebro perispiritual, em seguida, Jesus desatou o corpo astralino para vibrar ao nível das emoções humanas. Atingindo o limiar do mundo invisível e do material, então fez o seu estágio final, incorporando-se no Éter Físico ectoplásmico, para compor o “duplo etérico” e os centros de forças conhecidos por “chacras”, que deveriam se desenvolver e estruturar-se durante a gestação carnal. Em seguida, integrou-se definitivamente na atmosfera do mundo físico, corporificando-se, mais tarde, no mais encantador menino que a Terra já havia conhecido!(...)
      PERGUNTA: -  A Bíblia, porventura, faz alguma referência que confirme ou esclareça essa descida milenária do Mestre Jesus, assim como a explicais?
     RAMATÍS:- Quando Moisés terminou sua missão combativa, e por vezes até cruel, no seu compromisso de codificar a idéia de um Deus único entre o povo hebreu retirado do Egito, Jesus então estabeleceu os planos para a sua descida messiânica à Terra, a fim de reajustar os ensinamentos dos seus predecessores. O profeta Isaías, tocado pela graça do Senhor e pressentindo essa “descida vibratória” do Mestre Cristão, então anuncia o seguinte: “Já um pequenino se acha nascido para nós, e um filho dado a nós, e o nome com que se apelidará será Deus forte, Pai do futuro século, Príncipe  de Paz. O seu império se estenderá cada vez mais e a Paz não terá fim” (Cap. IX, v. 6 e 7). Miquéias também alude ao mesmo fato, dizendo: “E tu, Belém, tu és pequenina entre os milhares de Judá, mas de ti é que há de sair aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o princípio, desde os dias da eternidade” (Cap. V, vers. 2).
     PERGUNTA: - Em nossas indagações, temos observado que a tese da descida ou da auto-redução vibratória do Espírito de Jesus para alcançar a Terra, tanto é recusada pelos católicos e protestantes, como também por diversos espíritas. Estes crêem que o espírito sofre apenas enquanto se “limita” ou se “encaixa” no ventre materno, durante o período gestativo, para então reduzir o perispírito à forma fetal, e depois despertar e desenvolver-se na organização humana.
     RAMATÍS: - Antes de elucidar a vossa solicitação, recomendamos a leitura de mais um trecho da obra “Missionários da Luz”, cap. XIII, “Reencarnação”*, quando o instrutor Alexandre assim insistia com o espírito de Segismundo, em processo de reencarnação: “Agora – continuou o instrutor – sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se pequenino; imagine a sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem”. Cumpre-nos salientar que não se tratava de espírito de alta linhagem espiritual, assim como ainda não se processava o fenômeno da gestação, mas apenas o preparo para a incubação uterina. Em conseqüência, poderemos imaginar quão dificultoso deveria ter sido o processo da encarnação de Jesus!
     PERGUNTA:- Qual uma idéia mais ampla, quanto a Jesus ser o “Salvador” dos homens, conforme aludistes há pouco?
     RAMATÍS:- As profecias do Velho Testamento sempre se referiram a um Messias, eleito de Deus, “Salvador” da humanidade terrena e libertador do Povo de Israel, cativo dos romanos. Mas os profetas não explicaram qual seria a natureza dessa “salvação”, nem deixaram quaisquer indicações que pudessem esclarecer os exegetas modernos. No entanto, a humanidade do século XX já está capacitada para entender o sentido exato do vocábulo “Salvador”, e também qual é a natureza da tarefa de Jesus junto aos homens.
     O seu Evangelho, como um “Código Moral” dos costumes e das regras da vida angélica, proporciona a “salvação” do espírito do homem, libertando-o dos grilhões do instinto animal e das ilusões da vida material. Essa “salvação”, no entanto, ainda se amplia noutro sentido, porque os redimidos ou “salvos” dos seus próprios pecados também ficam livres da emigração compulsória para um planeta inferior, cujo acontecimento já se processa na vossa época, simbolizado pelo “Fim dos Tempos” ou “Juizo Final”!
     Os evangelizados ou “salvos” das algemas das paixões da animalidade devem corresponder ao simbolismo do “trigo”, da “ovelha” ou da “direita” do Cristo, a fim de ficarem desobrigados de uma emigração retificadora para outro orbe inferior, sendo-lhes permitido reencarnar-se na Terra, participando da humanidade sadia e pacífica predita para o Terceiro Milênio. Em consequência, a humanidade futura será composta dos “escolhidos” à  “direita” do Cristo e perfeitamente integrados no seu Evangelho redentor.
Espirito Ramatís- psicografado por Hercílio Maes- livro, “O Sublime Peregrino”

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