sábado, 21 de julho de 2018

Quem é Jesus? Por que ele nasceu na Terra? E por que ele retornará? Parte 6

Continuando...

Por que ele nasceu na Terra?
     
   Como vimos na nossa reflexão anterior... Jesus é uma das superconsciências cósmicas que de uma dimensão de vibração superior, paralela, no centro da galáxia,  dirige o processo evolutivo de  diversas consciências. Participou ativamente na formação do planeta Terra e após a reunião de várias consciências, degredadas de outras pátrias siderais para cá, decidiu rebaixar sua vibração energética e nasceu na dimensão mais densa num corpo físico do homo sapiens, para ancorar sua mensagem que nos mostrasse o caminho a ser seguido para a nossa redenção espiritual.

O 12º PLANETA - NIBIRU



      Observação: Vamos continuar fazendo nossa reflexão, mas analisando os fatos narrados sob uma perspectiva científica e filosófica. Para muitos que estão acostumados a lidar com este assunto numa linguagem, tão somente,  com o aspecto religioso e místico tudo poderá parecer um pouco absurdo. Mas isto é devido ao condicionamento religioso que estavam acostumados até agora. Portanto, devemos ter a mente aberta para analisar e questionar, mas sempre buscando fundamentos na ciência e procurando fazer as conexões entre as revelações, sejam bíblicas ou mediúnicas. 


Zecharia Sitchin 
  
  Primeiramente, para entendermos por que o Auto evolucionário cósmico Jesus nasceu na Terra temos que analisar a história dos primeiros seres degredados que vieram para a Terra e formaram as primeiras civilizações.

      Zecharia Sitchin, profundo conhecedor de arqueologia e história oriental, especializou-se em traduzir a escrita cuneiforme das tabuletas de argila encontradas nos sítios arqueológicos dos Sumérios. As tabuletas da cultura dos sumérios datam de 6.000 anos e foram encontradas na região do Iraque. Os seus estudos resultaram em vários livros que relatam sobre os antigos astronautas, os anunnakis (os que do céu vieram), que vieram do 12º planeta chamado Nibiru. Esse planeta faz parte do nosso sistema solar e tem sua órbita ao redor do Sol num período correspondente a  3.600 anos terrestres; ou seja, um ano nibiruense, que é chamado de 1 shar. Em seus livros Zecharia descreve o motivo da vinda dos anunnakis para o planeta Terra, as experiências genéticas que resultaram na criação do homo sapiens, as guerras entre eles e de seus descendentes e o surgimento dos deuses nas culturas antigas dos egípcios, hindus, gregos e posteriormente a influência na cultura dos hebreus.
      Profundo conhecedor do hebraico antigo e outras línguas semíticas e das escrituras fez uma confrontação entre os registros dos sumérios e os registros dos hebreus que deram origem ao antigo testamento. Chegou a conclusão que muitos registros históricos dos livros de Moisés foram baseados nos registros da cultura suméria.

Órbita de Nibiru
    Em 2014 foi publicado o livro “Os Nephilins – A Origem” – livro psicografado por Robson Pinheiro. Este livro veio complementar as obras de Zecharia, e trouxe novas informações; mas sob uma perspectiva da dimensão espiritual.  No livro o espírito Ângelo Inácio apresenta o relato de um anunnaki que na época do degredo ficou em seu planeta, Nibiru.

      Assim ele descreve sua história: O nome Nibiru foi dado pelos povos sumérios. O Planeta gira ao redor da estrela central o Sol, numa órbita de 3.600 anos terrestre. É um planeta gigante que possui uma atmosfera avermelhada com nuvens diferentes do que as da Terra. Na maior parte do tempo que fica afastado do Sol mantém sua temperatura graças a camada espessa da atmosfera que é alimentada por vulcões. Possui uma rica vegetação com chuvas que formam lagos e rios. 
     A vida que havia lá em um longo período se fundiu com raças antigas proveniente de Órion surgindo a espécie Homo Capensis que formou os atuais anunnakis. Com o decorrer do tempo, devido a alterações climáticas, atmosférica e radiações solares, formou-se dois troncos humanos com diferenças psíquicas e físicas. Essas duas raças, com o tempo se especializaram em coisas diferentes e surgiu rivalidade e briga pelo poder que resultou em grandes conflitos. Nessa época já haviam desenvolvido armas de grande destruição. Durante grande período desenvolveram a guerra disputando território e domínio das consciências. As armas utilizadas nas guerras, aos poucos, contaminaram a atmosfera.

     O que eles não percebiam é que no astral do planeta havia seres da escuridão, inteligências sombrias, que tinham vindas de outros mundos através de degredo e que estavam patrocinando as guerras e tinham como objetivo conquistar Nibiru transformando-o num centro de poder para conquistar outros povos de outros planetas.

Período de Paz

     Somente depois de destruírem quase todo o ecossistema é que começaram a desejar a paz. Então, entre os dois povos foi firmado um acordo de paz. Após vários tratados decretou-se que não haveria mais guerra e decidiram que seriam governados pela união, em matrimônio, de dois seres representante das duas raças. O filho desse casal seria o sucessor.
     Iniciou-se assim um longo período de paz e progresso com avanços científicos, astronáuticos, contato com outras civilizações, desenvolvimento da agricultura e surgimento de novas cidades. O casal governante teve 3 filhos. Mas depois de algumas gerações o trono não teve descendentes. Então, houve a necessidade de designar novo sucessor.

Novas Dificuldades

     Era o quinto reinado e AN SHAR foi o escolhido. Sob seu reinado houve grande discórdia, pois, entre os príncipes, disputava-se a legitimidade da sucessão ao trono.
      Nesse período os raios solares se tornaram mais intenso e o período de afastamento do sol se tornaram mais longo. Como consequência a agricultura foi afetada diminuindo a produção. Também o rebanho diminuiu. Começou a haver mudança na constituição fisioetérica das duas raças. Vulcões adormecidos começaram a entrar em erupção. Grandes tremores e mares revoltos. A atmosfera estava mais tênue dificultando o sistema de vida. Após muitas pesquisas descobriu-se uma grande abertura na atmosfera do planeta correndo o risco de ela  esvair-se pelo espaço.


Solução vinda do planeta Tiamat (Terra)

      Na direção do 6º governante, Anu, depois da grande guerra, começou-se a buscar, fora do planeta Nibiru, a solução para a restauração da atmosfera. A cada giro que o planeta dava ao redor do Sol os cientistas analisavam o planeta Tiamat (Terra). A diversidade de vida no planeta atraiu os cientistas, e depois de sondagens a distância enviaram naves tripuladas para Tiamat. Através de inúmeras pesquisas descobriu-se o elemento ouro o qual trabalhado poderia servir para formar uma película na atmosfera de Nibiru. Também descobriu-se algas especiais nas águas quentes do planeta, que através de manipulação genética poderiam fazer a renovação dos oceanos e rios de Nibiru.

Nova Revolta e o Exílio


     Nesse período surgiu nova revolta em Nibiru. Para evitar o desenrolar de uma grande guerra que poderia acabar com tudo o que a civilização tinha conquistada até então, os governantes do sistema decretaram o exílio de um grupo de seres dos dois povos. Esses acontecimentos ocorreram nas duas dimensões, na física e astral de Nibiru. Escolheram-se comandantes e grupos de cientistas, dentre eles muitos rebeldes, para conduzirem a missão de extrair o elemento ouro do planeta Tiamat para ser enviado para Nibiru.


TRANSMIGRAÇÃO PLANETÁRIA DOS EXILADOS DE NIBIRU

     Há 470.000 anos atrás um grande comboio de naves partiu de Nibiru para Tiamat (Terra). A viagem foi feita pelo hiperespaço utilizando trilhas energéticas do universo e o salto quântico durou alguns segundos. As naves romperam as dimensões se materializando nas bordas do sistema solar. O grande comboio de naves estruturadas em matéria etérica rompeu o campo energético que separa o universo paralelo do mundo visível e material. Esse rompimento provocou uma onda de choque gravitacional sentida em todo o sistema solar.


(É interessante observar que esses seres de Nibiru, desde 470.000 anos atrás já possuíam uma alta tecnologia de viagens interplanetárias. Eram astronautas, cientistas, geneticistas, engenheiros, médicos, etc. Outra coisa que temos que observar é a materialidade das naves e dos corpos físicos desses seres. Eram de uma materialidade parecida com o nosso corpo etérico, ou seja, da dimensão etérica que a ciência atual ainda não descobriu, mas segundo revelação mediúnica que eu li num livro, o duplo-etérico que todos nós encarnados possuímos, no futuro, vai ser descoberto no Brasil. Então, dividiam-se em duas raças - uma com a fisicalidade de seu corpo parecido com o etérico e outra com corpo mais denso igual ao dos seres da Terra - com o tempo, desde sua chegada, a fisicalidade de seus corpos, devido a gravidade, pressão e raios solares, sofreu modificação tornando-se mais denso)

     No comando de uma das naves etérica estava Enki que transportava milhares de seres em corpos astrais. Seu irmão Enlil comandava outra nave que transportava mais de 600 seres, sendo que estes  eram extremamente rebeldes contra as leis cósmicas. Mais da metade deles eram provenientes de mundos diferentes onde tinham promovido revoltas antes de irem para Nibiru. Essa transferência de seres entre planetas era uma operação muito arriscada.

Obsessão Complexa e Motim

            
      Esses seres possuíam corpos astrais ou semifísicos ligeiramente diferentes dos corpos de matéria quase densa dos anunnakis. Estavam sendo transportados dentro de urnas de material semelhante ao cristal limpíssimo que agia como condutor mantendo o campo de contenção. As naves desenvolviam ultra velocidade e no momento que estavam próximo do maior planeta do sistema, Júpiter, ocorreu uma rebelião na nave conduzida por Enlil.
      Ele sentiu uma perturbação em seus pensamentos, que era como se algo tivesse dominado o seu cérebro. De forma automática e inconsciente acionou os botões de segurança que mantinham uma das urnas que continha um dos mais perigosos ditadores já capturados pelo seu povo e soltou-o.
     
      O que ocorreu foi o seguinte: Enlil enquanto estava em Nibiru, durante muito tempo, era simpatizante da política desumana que os cientistas e ditadores de seu planeta tentavam implementar lá. Essa sintonia de pensamentos abriu campo a ser explorado pelo ser mais hediondo que estava por trás das guerras em Nibiru. Esse ser implantou uma forma-pensamento na memoria de Enlil com o objetivo de dominá-lo por completo, quando este despertasse. Foi este o motivo de Enlil ter perdido a razão e ter agido de forma a soltar o perigoso ditador astral. Também, a ação de uma anunnaki, que estava entre os 20 técnicos que auxiliavam na nave, contribuiu para a soltura do ser perigoso principal. Ela tinha ambição e ilusão de ser uma auxiliar do ser, que estava sendo transportado, num possível reinado.

     (podemos perceber aqui a periculosidade deste ser que veio trazido de Nibiru. Ele já sabendo do seu exílio e achando campo propício no pensamento de Enlil aplicou um processo de obsessão complexa para que durante o transporte dele, mesmo estando inconsciente contido na urna, pudesse ser solto e assim continuar o seu domínio. Parece que isso não foi previsto pelos responsáveis pelo transporte. Por isso é que era uma operação arriscada, pois se estava lidando com seres de inteligência muito desenvolvida) 

     Outro fator que contribuiu para a soltura desses seres foi que quando a nave se aproximava do 5º planeta (hoje cinturão de asteroides) do sistema solar, todo o comboio começou a receber sinais de rádio com pedido de socorro. Esses sinais sobrepuseram em frequência e intensidade o sistema de alarme que foi disparado no momento da soltura do ser perigoso. O pedido de socorro vinha da zona etérica do planeta. Os dirigentes daquele planeta sabendo do possível desencarne, de forma repentina, de milhares de seres que estava para ocorrer lá, devido à grande guerra que estava acontecendo entre seus habitantes, pedia ajuda para a evacuação do planeta.

O Domínio do Maioral

      Quando o ser mais perigoso que estava sendo transportado foi solto do campo de contenção da urna  recobrando a consciência e percebendo toda a situação que se desenvolvia naquele ambiente, devido a sua característica de pensamento megalomaníaco, teve a ideia de antes de soltar os outros seres, que eram tão perigosos como ele, fazer um alto processo de hipnose para dominá-los. Após um embate de demonstração de poder criou um sistema de domínio onde selecionou 12 seres especialistas que já tinham promovido juntamente com ele, antes do exílio, a destruição de outros planetas por onde tinham passado.
     Enquanto ocorria tudo isso, devido ao pedido de socorro, a nave de Enlil se dirigiu para pousar numa das luas do 5º planeta para atender ao chamado, para depois prosseguir para o terceiro planeta, Tiamat (Terra). Entretanto, dos 12 seres submetido à tentativa de domínio do maioral, somente 6 aceitaram a supremacia dele. Ângelo Inácio narra a determinação do maioral assim: (...) – Do império dos dragões. Doravante nosso símbolo será uma serpente alada, um dragão, pois somos os maiorais. Quanto a você, o número 2 em comando, será o meu preferido, meu porta-voz para os demais.” (...) assim formou-se o concílio dos dragões e o número 1 dentre eles, o grande hipnotizador,  durante milênios exerceu o comando sobre os seis  subordinados a ele. 
V .Lau

Continua...

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Bibliografia: 

"Os Abduzidos" - pelo Espírito Ângelo Inácio [psicografado por Robson Pinheiro] Casa dos Espíritos Editora.

Boa Nova- pelo Espírito humberto de Campos; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. - Brasília: FEB, 2013.

“Os Nephilins: a origem” – pelo Espírito Ângelo Inácio; [psicografado por] Robson Pinheiro. Contagem, MG: Casa dos Espíritos, 2014 (Série Crônicas da Terra; v.2)

Paris,1864
Allan Kardec

185 O estado físico e moral dos seres vivos é perpetuamente o mesmo em cada globo?
        - Não; os mundos estão também submetidos à lei do progresso. Todos começaram como o vosso, por um estado inferior, e a própria Terra passará por uma transformação semelhante. Ela será um paraíso quando os homens se tornarem bons.
        É assim que as raças que hoje povoam a Terra desaparecerão um dia e serão substituídas por seres cada vez mais perfeitos. Essas raças transformadas sucederão às atuais, como as atuais sucederam a outras ainda mais atrasadas.

187 A substância do perispírito é a mesma em todos os globos?
        - Não; é mais ou menos etérea. Ao passar de um mundo para outro, o Espírito se reveste instantaneamente da matéria própria de cada um deles, com a rapidez de um relâmpago.
“O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec
Pedro Leopoldo (MG), novembro de 1940
Humberto de Campos

     O Perdão

     (...) Daí a alguns dias, obedecendo às circunstâncias ocorrentes naquela situação, Pedro e Filipe procuraram avistar-se com o Senhor, ansiosos pela claridade dos seus ensinos.
     - Mestre, chamaram-vos servo de Satanás e reagimos prontamente! -dizia Pedro, com sinceridade ingênua.
     -Observávamos que por vós mesmo nunca oporíes a contradita – ajuntava Filipe, convicto de haver prestado excelente serviço ao Mestre bem-amado – e por isso revidamos aos ataques com a maior força de nossas expressões.
     Não obstante o calor daquelas afirmativas, Jesus meditava com uma doce placidez no olhar profundo, enquanto os interlocutores o contemplavam, ansiando pela sua palavra de franqueza e de amor.
     Afinal, saindo de suas reflexões silenciosas, o Mestre interrogou:
     - Acaso poderemos colher uvas nos espinheiros? De modo algum me empenharia em Nazaré numa contradita estéril aos meus opositores. Contudo, procurei ensinar que a melhor réplica é sempre a do nosso próprio trabalho, do esforço útil que nos seja possível. Nesse particular, não deixei de operar na minha esfera de ação, de modo a produzir resultados a nossa excursão à cidade vizinha, tornando-a proveitosa, sem desdenhar as palavras construtivas no instante oportuno. De que serviriam as longas discussões públicas, inçadas de injurias e zombarias? Ao termo de todas elas, teríamos apenas menores probabilidades para o triunfo glorioso do amor e maiores motivos para a separatividade e odiosas dissensões. Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.
    -Mestre - atalhou Filipe, quase com mágoa -, a verdade é que a maioria de quantos compareceram às pregações de Nazaré falava mal de vós!
    - Não será vaidade, porém, exigirmos que toda gente faça de nossa personalidade elevado conceito? – interrogou Jesus com energia e serenidade. – Nas ilusões que as criaturas da Terra inventaram para a sua própria vida, nem sempre constitui bom atestado da nossa conduta o falarem todos bem de nós, indistintamente. Agradar a todos é marchar pelo caminho largo, onde estão as mentiras da convenção. Servir a Deus é tarefa que deve estar acima de tudo e, por vezes, nesse serviço divino, é natural que desagrademos aos mesquinhos interesses humanos. Filipe, sabes de algum emissário de Deus que fosse bem apreciado no seu tempo? Todos os portadores da Verdade do céu são incompreendidos de seus contemporâneos. Portanto, é indispensável consideremos que o conceito justo é respeitável, mas, antes dele, necessitamos obter a aprovação legítima da consciência, dentro de nossa lealdade para com Deus.
      - Mestre – obtemperou Simão Pedro, a quem as explicações da hora calavam profundamente -, nos acontecimentos mais fortes da vida, não deveremos, então, utilizar as palavras enérgicas e justas?
     - Em toda circunstância, convém naturalmente que se diga o necessário, porém, é também imprescindível que não se perca tempo.
     Deixando transparecer que as elucidações não lhe satisfaziam plenamente, perguntou Filipe:
    - Senhor, vossos esclarecimentos são indiscutíveis; entretanto, preciso acrescentar que alguns dos companheiros se revelaram insuportáveis nessa viagem a Nazaré; uns me acusaram de brigão e desordeiro, outros, de mau entendedor de vossos ensinamentos. Se os próprios irmãos da comunidade apresentam essas falhas, como há de ser o futuro do Evangelho?
     O Mestre refletiu um momento e retrucou:
     -  Estas são perguntas que cada discípulo deve fazer a si mesmo. Todavia, com respeito à comunidade, Filipe, pelo que me compete esclarecer, cumpre-me perguntar-te se já edificaste o Reino de Deus no íntimo do teu espírito.
     - É verdade que ainda não – respondeu hesitante, o Apóstolo.
    - De dentro dessa realidade, podes observar que, se o nosso colégio fosse constituído de irmãos perfeitos, teria deixado de ser irrepreensível pela adesão de um amigo que ainda não houvesse conquistado a divina edificação.
    Ambos os discípulos compreendiam e se punham a meditar, enquanto o Cristo continuava:
    - O que é indispensável é nunca perdermos de vista o nosso próprio trabalho, sabendo perdoar com verdadeira espontaneidade de coração. Se nos labores da vida um companheiro nos parece insuportável, é possível que também algumas vezes sejamos considerados assim. Temos que perdoar aos adversários, trabalhar pelo bem dos nossos inimigos, auxiliar os que zombam da nossa fé.
     Nesse ponto de suas afirmativas, Pedro atalhou-o, dizendo:
    - Entretanto, para perdoar não deveremos aguardar que o inimigo se arrependa? E que fazer, na hipótese de o malfeitor assumir a atitude dos lobos sob a pele de ovelha?
    - Pedro, o perdão não exclui a necessidade da vigilância, como o amor não prescinde da verdade. A paz é um patrimônio que cada coração está obrigado a defender, para bem trabalhar no serviço divino que lhe foi confiado. Se o nosso irmão  se arrepende e procura o nosso auxílio fraterno, amparemo-lo com as energias que possamos despender, mas em nenhuma circunstância cogites de saber se o teu irmão está arrependido. Esquece o mal e trabalha pelo bem. Quando ensinei que cada homem deve conciliar-se depressa com o adversário, busquei salientar que ninguém pode ir a Deus com um sentimento de odiosidade no coração. Não poderemos saber se o nosso adversário está disposto á reconciliação; todavia, podemos garantir que nada se fará sem a nossa boa vontade e pleno esquecimento dos males recebidos. Se o irmão infeliz se arrepender, estejamos sempre dispostos a ampará-lo e, a todo momento, precisamos e devemos olvidar o mal.
     Foi quando, então, fez Simão Pedro a sua célebre pergunta:
    - Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim, que lhe hei de perdoar? Será até sete vezes?
    Jesus respondeu-lhe, calmamente:
    - Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

     Daí por diante, o Mestre sempre aproveitou as menores oportunidades para ensinar a necessidade do perdão recíproco, entre os homens, na obra sublime da redenção.
    Acusado de feiticeiro, de servo de Satanás, de conspirador, Jesus demonstrou, em todas as ocasiões, o máximo de boa vontade para com os Espíritos mais rasteiros de seu tempo. Sem desprezar a boa palavra, no instante oportuno, trabalhou a todas as horas pela vitória do amor, com o mais alto idealismo construtivo. E, no dia inesquecível do Calvário, em frente dos seus perseguidores e verdugos, revelando aos homens ser indispensável a imediata conciliação entre o Espírito e a harmonia da vida, foram estas as suas últimas palavras – “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!...”

Livro: Boa Nova 
    
Belo Horizonte (MG), outubro de 2014
(...) “Mediante a intercessão do Cristo cósmico, acionaram-se as leis da física – desde as conhecidas atualmente até aquelas que imperam nas várias dimensões de cada mundo do Sistema. Foram organizadas de maneira a propiciar a ocasião ideal aos semeadores de vida, para que fizessem germinar a mônada primordial no útero terrestre. Por isso, ele foi considerado o Verbo, a manifestação principal da mente e da vontade do Supremo Arquiteto, o artífice do projeto que daria nascimento a um planeta ou a vários planetas. Em dado momento, o Verbo, a mente cósmica, resolveu se corporificar. Não se dera por satisfeito em tão somente coordenar os processos criativos da evolução; decidira imergir no âmago da obra cuja execução coordenava. Enquanto os filhos das estrelas regozijavam com o projeto do mundo e alinhavam seu pensamento com a música das esferas, ele já antevia o preparo para descer vibratoriamente ao mesmo nível do orbe nascente.
   De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual Deus, mas se esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.
     Contemplou o resultado de sua obra e regozijou-se por inteiro. No momento exato em que soou o clarim na escala cósmica, conforme o grande plano traçado para aquele orbe, ele mergulhou na carne e assumiu feições humanas. Humilhou-se, reduziu-se e ligou-se a um corpo inferior, de modo a conviver de perto com aqueles que eram a razão de ser de seu ministério terreno. Viera também para aqueles filhos de outras terras do espaço que foram reunidos no terceiro planeta a fim de que transmitisse ele próprio, de uma vez por todas, a mensagem de vida e redenção de vários povos. Dar à trombeta o sonido certo e trazer aos seres de tantas procedências a mensagem das estrelas mais brilhantes e vibrantes de vida, de vida superior, na Via láctea – essa era sua missão. Os representantes siderais do Reino, ou dos universos mais evoluídos, dos sistemas de vida mais elaborados e redimidos da galáxia, fariam dele porta-voz. Tudo foi feito por ele; sem ele, nada seria possível, nada teria sido como é. Assim, fez-se homem e habitou entre nós.” (...)

Livro: “Os Nephilins: a origem” 

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