segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O Juízo Geral e o Novo Exílio Planetário. Parte 4

Continuando... o estudo anterior...

Incursão dos Guardiões Superiores da Humanidade nas Dimensões dos Daimons

    
   Para desenvolver nossas reflexões, de forma progressiva, e para podermos entender melhor a influência dos seres das sombras na vida humana, vamos continuar estudando as revelações que nos traz o Espírito Ângelo Inácio, através da psicografia de Robson Pinheiro, no Livro: “A Marca da Besta”.

    Como já vimos antes..., por decreto divino, um grupo de seres, os dragões que vieram de outros mundos,  e que desde lá já defendiam uma política de vida que gerava o caos, e se opunham contra o progresso e a evolução espiritual, foram presos, magneticamente, numa dimensão que fica na contraparte do interior do nosso planeta. Entretanto, apesar de ficarem presos nessa dimensão, a justiça divina não vedou totalmente a interação desses seres com a humanidade.
     E qual seria o propósito disso?... vejamos o que Ângelo Inácio nos revela:

      (...) “Apesar disso, esses espíritos em prisão não ficariam totalmente alijados dos conceitos de progresso e de civilidade. Poderiam observar o mundo; interagir, até certo ponto, desde que os maiorais não interferissem diretamente na sociedade dos humanos. Deveriam presenciar o lento despertar da consciência da nova humanidade; ver o progresso, ainda que tardio, dos povos da Terra e – quem sabe assim? -  inspirar-se de alguma forma nos feitos humanitários.” (...)

     (Observamos assim, a atuação da justiça divina proporcionando, ainda, a oportunidade para que essas consciências pudessem despertar e começar um processo de renovação de seus comportamentos mentais, diante do processo evolutivo)

     Mas apesar dessa oportunidade, o ódio cósmico alimentado por esses seres permaneceu neles; e assim, eles criaram uma ampla estrutura de poder e domínio, atuando através de seus chefes de legião, os espectros, arrastaram milhares de seres espirituais, os quais aderiram ao seu sistema diabólico de subjugação.  Os magos negros, juntamente com sua polícia, os “sombras”; os grupos de cientistas e diversas facções de gangsteres, terroristas, traficantes, e outros criminosos, que vivem no astral, são dominados pela política desses seres, os dragões.
  Os dragões, que já não podiam mais reencarnar na Terra, além das obsessões complexas que comandaram ao longo dos milênios, em diversos personagens dirigentes do planeta, promoveram a reencarnação de magos negros e a materialização de alguns espectros em momentos sombrios na história terrena.
     Na atualidade, os daimons manipulam o destino do planeta controlando diversas famílias de magnatas do poder, corporações, fundações, indústria da guerra, laboratórios e governos. Eles controlam, através dos chefes de legião, os espectros, que vivem no astral e alguns temporariamente materializados na dimensão física, os banqueiros e famílias bilionárias com o objetivo de criarem uma nova ordem mundial.

     A dimensão na qual os dragões estão presos é desconhecida por muitos espíritos, porque é vedado o acesso à essas regiões. Por determinação da justiça divina, recentemente, os guardiões planetários para romperem o campo magnético de contenção que envolve  essa dimensão tiveram que  se dirigir, com sua nave extrafísica, até o Sol, e após o abastecimento com a energia do plasma solar desceram em velocidade ultra luz rompendo a película dimensional da prisão dos dragões.

     Os Guardiões Superiores da Humanidade, representando a justiça divina, que emana do Cristo cósmico Jesus, e sob o comando de Miguel, foram levar o ultimato aos dragões. Na ocasião, eles, aproveitaram o concílio dos daimons que estavam reunidos com o objetivo de traçarem um grande ataque à humanidade.

Política dos Dragões

     Entretanto, os dragões, que estavam em concílio, ao receberem a visita dos Guardiões, sem se intimidarem com a presença deles e sem temerem de se expor, demonstrando uma arrogância de pretendida superioridade, começaram a relatar as suas especialidades:

(...) Nosso nome é legião! Somos muitos. Somos o poder vibratório supremo dentro dos limites em que o Poderoso nos encerrou. Pode nos chamar de Lúcifer, de Baal, Belial, Marduque ou qualquer nome que suas mentes desejarem associar a nós. Somos o alfa da civilização de vocês. Somos e existimos desde quando sua espécie ainda corria nas pradarias atrás de alimentos representados pelos animais extintos; formamos cidades, construímos impérios e, como ninguém, arquitetamos o formato atual de sua civilização. Estes que você vê fazem parte do concílio dos maiorais, pois nós todos representamos um império além dos limites de sua imaginação. Já destruímos mundos e dominamos, no anonimato, aqueles que se julgam senhores da escuridão. Nenhum poder no mundo escapa ao nosso domínio. Nada dentro dos limites do seu planeta está livre de nossa mão. (...)

    
   Cada um começou a expor sua especialidade na área do sistema de vida terreno com muitos detalhes; mas, devido a extensão, nessa nossa reflexão vamos sintetizar um pouco:
     O número 7 na hierarquia revelou que é especialista em ciência e tecnologia e comanda muitos seres, os quais são enviados por ele para desenvolver tecnologias, principalmente na área da computação, a fim de manter a mente dos encarnados ocupadas. Com isso pretende deixar os seres distantes da realidade espiritual, do despertar espiritual.
     Em grandes cidades ao redor do mundo, na subcrostra, no abismo e mesmo na crosta, controla diversos laboratórios e bases.
     (Realmente, devido a facilidade cada vez mais do acesso a vídeos e as postagens nas redes sociais, o ser humano acaba gastando a maior parte de seu tempo interagindo com coisas que não trazem nenhuma contribuição para o despertar espiritual. Poucos são os que conseguem equilibrar diversão e conhecimento.)
    
    Depois se pronunciou o número 6 dizendo que era especialista em comunicação. Desde livros à internet estava sob sua supervisão, conforme determinação do concílio inicial entre eles. Ele atuava nisso desde a época da Lemúria, da Atlântida e Suméria. Tinha 20 emissários seus encarnados com o objetivo de desenvolver uma metodologia para dominar multidões. Pretendia desenvolver um software com o objetivo de fornecer segurança para empresários e empresas. Depois, através deste software controlaria as operações financeiras no mundo. Panejava substituir o dinheiro em espécie por números e senhas. Pretendia em 20 anos ter o controle total dos humanos através da dependência virtual. Estava desenvolvendo um mundo virtual para o controle das emoções humanas. Através de sites de relacionamento e outros recursos de interação virtual seduziria os encarnados absorvendo cada vez mais suas atenções. Objetivava deixar as mentes obscurecidas com informações, ilusões e drogas virtuais para agirem nas mentes e emoções das pessoas. Queria usar a tecnologia contra o progresso criando uma dependência doentia da vivência virtual ininterrupta.
      
     O número 5 informou que era especialista em química e farmacologia. Ele incentivava o desenvolvimento de narcóticos, medicamentos e drogas em geral. Também interferia na administração dos grandes laboratórios da Terra. Em aliança com os outros dragões estava desenvolvendo uma droga virtual, baseada na irradiação de ondas sonoras através da internet. Essas ondas provocam consequências alucinógena sobre o cérebro humano. Aprimorava efeitos sonoros e visuais para serem difundidos pelo mundo virtual, causando resultados parecidos com os efeitos das drogas conhecidas dos homens.
     (...)“As salas de bate-papo, a dependência e a excitação de estar conectado o máximo de tempo possível, os quadros de ansiedade agravados pelos e-mail e o excesso de informações fáceis, bem como a superficialidade do conhecimento veloz da internet, constituem parte da metodologia, que, mais tarde, causará grande estrago na mente das pessoas. Nós criamos os onliners, humanos que sentem a necessidade visceral de se relacionarem em tempo integral com a realidade virtual.”(...)
     Esse método, que afeta a capacidade de pensar, favorece o objetivo deles que é controlar no futuro o ser humano, no uso da razão.

     Também controla os grandes laboratórios. Existe uma rede de laboratórios, que é desconhecida pelos seres encarnados, onde se desenvolvem pesquisas e experiências sob orientação dele. Ele procura manter a população sempre com medo e pessimismo constante com o que divulgam. Sua política é subjugar a humanidade despertando o pânico de vírus e bactérias, naturais ou criadas artificialmente. Após disseminar o pânico introduz medicamento ou vacina milagrosa para aplacar o medo da população, arrecadando com isso grande soma de dinheiro, que é desembolsada pelas nações. Com isso ele fortalece economicamente os conglomerados que defendem sua política de domínio.
    Influenciam o Clube Bilderberg o qual controla a União Européia, as administrações dos Estados Unidos e exercem influência nas decisões das Nações Unidas, no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI). Atuam também em outras famílias tais como: os Rothschild, os Rockefeller e outros; utilizando-os como agentes na criação de problemas para depois venderem as soluções necessárias.
   
   O número 4 se apresentou como especialista em Mídia. Ele informou que atua nos recursos da televisão, do jornalismo, da internet, e da intrusão de ideias por meio de entretenimento. Controla desde os games até as artes cênicas envolvendo as produções cinematográficas e as telenovelas.
    Ele tem sob seu comando mais de 5 mil espíritos: os espectros e chefes de legião. Entre os encarnados tem sob seu poder 1 milhão pessoas. Através deles, ele controla o que é divulgado através dos meios de comunicações. Ele tem especialidade na televisão e na arte das imagens transmitidas. Ele sabe da grande influência que esses meios exercem sobre a educação, na formação do caráter das pessoas e no arranjo de poder entre os políticos. Ele promove a ascensão e a queda de grupos e governos no mundo. A força da mídia que ele utiliza é esconder a verdadeira realidade das coisas fazendo com que o povo acredite naquilo que eles desejam.
    Usam o jornalismo para instaurar confusão entre os encarnados. Manipulam opiniões e pontos de vista não só de jornalistas, mas também de cientistas, médicos, pesquisadores, executivos e políticos; enfim, todos aqueles que se acham poderosos e têm certo status na sociedade.
    Toda essa manipulação tem como objetivo o poder de domínio sobre a mente da humanidade.

     É de assustar..., mas  vimos que esse poder, formado pelos daimons, atua desde a época da formação da humanidade. Portanto, eles conhecem a fundo o sistema de vida e a psicologia humana. No passado, em concílio, dividiram as áreas de atuação e ao longo dos milênios se tornaram especialistas na manipulação para subjugar a humanidade, utilizando-se dos prórpios meios tecnológicos desenvolvidos na Terra, ao longo do tempo.
     Como a atuação deles só funciona onde há campo propicio para isso, então é fácil entender o desequilíbrio em que a humanidade se encontra atualmente; pois há milhares de seres humanos que vivem na ilusão da superficialidade da vida e das crendices hipnóticas e que são manipulados pelo interesse desses seres das sombras. 
     Quem são os seres humanos, encarnados e desencarnados, que são alvo fácil da manipulação dos dragões com sua política de subjugação?
   São aqueles que cultivam o desejo de poder, de domínio, de fama, de enriquecimento ilícito  através da corrupção, os falsos profetas, que se utilizam da religião para enriquecimento e ostentação de poder, os falsos médiuns que barganham com entidades espirituais enganadoras quando no atendimento de realizações de desejos materiais de vingança e posse imerecida de consulentes ignorantes, religiosos que vivem a fé de forma superficial provocando desarmonia por onde passam; enfim, todos aqueles que não cultivam os princípios da ética cósmica e da verdadeira fraternidade do "Amai-vos uns aos outros". A influência dos seres das sombras é em maior ou menor grau, conforme o campo mental e emocional que o ser humano fornece. Por isso, há a recomendação que Jesus fez do "Orai e vigiai".
     Quantas são as pessoas que, através da tecnologia e dos meios de comunicação, criam produtos e informações e não levam em conta o dano que suas obras  podem causar nas mentes das pessoas?
     São filmes com cenas de pornografia, com visual evidenciando detalhes na arte de matar, linguagem depreciativa e apologia no uso de drogas causando assim, ao longo tempo, tudo como uma imagem banal, como se fosse coisa natural na vida. É preciso responsabilidade nas suas criações artísticas. Não se pode usar o argumento de que a "censura é livre" então se pode fazer o que bem entender, sem pensar nas consequências. 
     Os jogos eletrônicos, que até já se tornaram motivo de campeonato mundial, trazem uma realidade virtual onde as pessoas, usando armas de toda espécie, matam os personagens tornando tudo uma coisa natural. Qual é o impacto, a longo prazo, que terá tudo isso na formação mental e emocional, principalmente nos jovens?
   Na internet há as notícias falsas e no jornalismo há a ênfase no sensacionalismo prendendo a atenção das pessoas em coisas que não trazem soluções e sim estímulos a dissidências, tumultos e conflitos.
     Enfim..., campo propício, mental e emocional, há de sobra em milhares de seres humanos que não estão despertando para a busca dos valores morais e espirituais.
     Se até agora ficamos abismados com estas revelações, vamos ficar perplexos com as novas revelações. Elas vão abrir as nossas percepções para podermos enxergar melhor o que está por trás de tantos absurdos cometidos em nome de Deus, de Jesus e da espiritualidade maior.  Vai abrir nossos olhos para podermos enxergar melhor o que é a política do divino Cordeiro, Jesus, e a política dos seres das sombras. 
V. Lau


Bibliografia:
A Marca da Besta – orientado pelo Espírito Ângelo Inácio: [psicografado por] Robson Pinheiro. – Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora. 2010. (Trilogia O reino das Sombras v.3)

Uberaba, 20 de janeiro de 1964.


Irmão X

Chico Xavier

Na vinha do Senhor

     Instalado na casa modesta que seria, mais tarde, em Jerusalém, o primeiro santuário dos apóstolos, Simão Pedro refletia...
     Recordava Jesus, em torno de quem havia sempre abençoado trabalho a fazer.
     Queria ação, suspirava por tarefas a realizar e, por isso, orava com fervor.
     Quando mais ardentes se lhe derramavam as lágrimas, com as quais suplicava do Céu a graça de servir, eis que o Mestre lhe surge à frente, tão compassivo e sereno como nos dias inolvidáveis em que se banhavam juntos na mesma luz das margens do Tiberíades...
     - Senhor! – implorou Simão – aspiro a estender-te as bênçãos gloriosas!... Deixei o lago para seguir-te! Disseste que nos faria pescadores de almas!... Quero atividade, Senhor! quero testemunhar a divina missão do teu Evangelho de amor e luz!...
     E porque o Celeste Visitante estivesse a fitá-lo em silêncio, Pedro acrescentou com a voz encharcada de pranto:
     - Quando enviarás teu serviço às nossas mãos?
     Entreabriram-se de manso os lábios divinos e o Apóstolo escutou, enquanto Jesus se fazia novamente invisível:
     - Amanhã...amanhã...
     O antigo pescador, mais encorajado, esperou o dia seguinte.
     Aguardando o mandato do Eterno Benfeitor, devotou-se à limpeza doméstica, desde o nascer do sol, enfeitando a sala singela com rosas orvalhadas do amanhecer.
     Enlevado em doce expectativa, justamente quando se dispunha à refeição matutina, ensurdecedora algazarra atinge-lhe os ouvidos.
     A porta singela, sob murros violentos, deixa passar um homem seminu, de angustiada expressão, enquanto lá fora bramem soldados e populares, sitiando o reduto.
     O recém-chegado contempla Simão e roga-lhe socorro.
     Tem lágrimas nos olhos e o coração lhe bate descompassado no peito.
     O anfitrião reconhece-o.
     É Joachaz, o malfeitor.
     De longo tempo, vem sendo procurado pelos agentes da ordem.
     Exasperado, Pedro responde, firme:
     - Socorrer-te por quê? não passas de ladrão contumaz...
     E, de ouvidos moucos à rogativa, convoca os varapaus, entregando o infeliz, que, de imediato, foi posto a ferros, a caminho do cárcere.
     Satisfeito consigo mesmo, o Apóstolo colocava a esperança na obra que lhe seria concedido fazer, quando, logo após, perfumada liteira lhe entregou à presença triste mulher de faces maceradas a contrastarem com a seda custosa em que buscava luzir.
     Pedro identificou-a.
     Era Júnia, linda greco-romana que em Jerusalém se fazia estranha flor de prazer.
     Estava doente, cansada.
     Implorava remédio e roteiro espiritual.
     O dono da casa, porém, gritou resoluto:
     - Aqui, não! O teu lugar é na praça pública, onde todos te possam lançar em rosto o desprezo e a ironia...
      A infortunada criatura afastou-se, enxugando os olhos, e Pedro, contente de si próprio, continuou esperando a missão do dia.
      Algo aflito, ao entardecer, notou que alguém batia, insistente, à porta.
      Abriu, pressuroso, caindo-lhe aos pés o corpo inchado de Jarim, o bêbado sistemático, que, semi-inconsciente, pedia refúgio contra a malta de jovens cruéis que o apedrejavam.
     Pedro não vacilou.
     - Borracho! Infame! – vociferou, revoltado -não ofendas o recinto do Mestre com o teu vômito!...
     E, quase a pontapés, expulsou-o sem piedade.
     Caiu a noite imensa sobre a cidade em extrema secura.
     Desapontado, ao repetir as últimas preces, Simão meditava diante de tocha bruxuleante, quando o Mestre querido se destacou da névoa...
     - Ah! Senhor! – clamou Pedro, chorando – aguardei todo o dia, sem que enviasses a prometida tarefa!...
     - Como não? – disse o Mestre, em tom de amargura, - Por três vezes roguei-te hoje cooperação sem que me ouvisses...
     E ante a memória do companheiro que recordava e compreendia tardiamente, Jesus continuou:
     - De manhã, enviei-te Joachaz, deventurado irmão nosso mergulhado no crime, para que o ajudasses a renovar a própria existência, mas devolveste-o à prisão... Depois do meio-dia, entreguei-te Júnia, pobre irmã dementada e doente, para que a medicasses e esclarecesses, em meu nome; contudo, condenaste-a ao vilipêndio e ao sarcasmo... À noitinha, mandei-te Jarim, desditoso companheiro que o vício ensandece; no entanto, arremeteste contra ele os próprios pés...
      - Senhor! – soluçou o Apóstolo – grande é minha ignorância e eu não sabia... Compadece-te de mim e ajuda-me com a tua orientação!...
      Jesus afagou-lhe a cabeça trêmula e falou, generoso:
      - Pedro, quando quiseres ouvir-me, lembra-te de que o Evangelho tem a minha palavra...
      Simão estendeu-lhe os braços, desejando retê-lo junto do coração, mas o Cristo sublime como que se ocultava na sombra, escapando-lhe á afetuosa carícia...
      Foi então que o ex-pescador de Cafarnaum, cambaleando, buscou os apontamentos que trazia consigo e, abrindo-os ao acaso, encontrou o versículo 12, do capítulo 9 das anotações de Mateus, em que o Mestre da Vida assevera, convincente:

     - “Os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes”.

Contos desta e doutra vida” – pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 2. Ed. – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2008.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O Juízo geral e o Novo Exílio Planetário - Parte 3

Continuando a reflexão anterior...


“Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;
Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.”
Apocalipse 20:1-3

A Dimensão dos Dragões

     

Como já vimos em outras reflexões anteriores, quando os mais de 1.000 dragões chegaram exilados aqui na Terra, há mais ou menos 445.000 anos atrás, foi criado um enorme campo energético de contenção ao redor da Terra para que esses seres não conseguissem sair do planeta. Com o passar dos milênios, depois que a nova humanidade criada se espalhou pelo globo e eles dividiram a Terra em vários setores de domínio, a justiça divina restringiu a ação deles devido a ameaça que representavam ao progresso da civilização. Miguel, representante de Jesus para a aplicação da justiça divina na Terra, confinou esses seres nas dimensões das regiões profundas do planeta para que não interferissem de forma direta na humanidade.

     Na época do nascimento de Jesus, a justiça divina restringiu ainda mais a atuação desses seres; e, segundo Ângelo Inácio, no livro “A Marca da Besta” – psicografado por Robson Pinheiro, foi feito um reforço energético e magnético na dimensão a qual eles tinham sido confinados. Mesmo antes daquela época, eles já não tinham mais como reencarnarem num corpo físico na dimensão dos encarnados. Somente em outros mundos é que terão a chance de nascerem em corpos físicos; mas num contexto totalmente diferente ao da Terra.

    
     Apesar da justiça divina ter aprisionado os dragões nessa dimensão vibratória,   restringindo-lhes a atuação de forma direta com a humanidade, permitiu-lhes que eles tivessem acesso, de forma indireta, ao mundo dos vivos. Era uma forma de eles presenciarem o progresso da humanidade com os conhecimentos e exemplos trazidos pelo Cristo. Eles só podiam se projetar em corpo mental, o qual já estava em gradual processo de degeneração.

      Devido ainda a essa liberdade de atuação indireta, ao invés de somente acompanharem o progresso humano, os dragões começaram a interferir nos acontecimentos da vida da humanidade através de seus subordinados, os espectros.

      (Com essas explicações podemos até entender o porquê de João, no apocalipse, ter dito que o dragão foi preso no abismo e depois era necessário que fosse solto por pouco tempo. Essa liberdade era para que esse grupo de dragões acompanhassem o progresso da humanidade, e isso pudesse servir como aprendizado para eles, para que mudassem a maneira de pensar. Mas, ao invés disso, parece que ainda insistiram em querer dominar a humanidade através de seus comandos e legiões.)


Aparelhos tecnológicos de monitoramento

Ainda no livro “A marca da Besta”, Ângelo Inácio descreve a fala de um guardião da noite, representante da justiça divina, quando este visitou a prisão dos dragões:

 “Um cárcere vibracional imposto por uma lei superior. Era um confinamento magnético destinado a limitar a ação e reação dos seres aprisionados, o qual revelava a perspectiva cósmica, em nada semelhante à concepção de crime e punição que se tem na Crosta, entre os encarnados. Algo provavelmente inalcançável ao entendimento de qualquer homem no planeta Terra.”
    
   (Talvez, muito de nós, até agora imaginávamos que a região onde foi preso o dragão fosse um local isolado sem influência no mundo dos encarnados. Apenas um local que abrigasse esses seres e que eles não possuíam nenhum recurso de atuação. Entretanto, as revelações atuais ampliam o nosso conceito a respeito dessa dimensão-prisão magnética e a atuação desses seres, vejamos:)

     Trata-se de uma região dimensional que possui a materialização das formas-pensamentos e as criações mentais desses seres dragões. É uma região onde os espíritos comuns da Terra não têm acesso. Possui uma tecnologia muito desenvolvida pelos dragões ao longo dos milênios. Possui construções e aparelhos que emitem armadilhas psíquicas em que tentam defender a região de intrusos sem permissão.
      Também, como já vimos antes, dentro dessa dimensão-prisão havia o sistema hierárquico de poder no qual a identidade do dragão número 1 não era conhecida pelos demais. O Espírito Ângelo Inácio descreve que dentro de um pavilhão, o número 2 em comando tinha à sua disposição aparelhos de monitoração com os quais atuava de forma indireta no destino da humanidade. Vejamos a descrição feita por ele dessa atuação:

     (...) “Estrutura de matéria plasmática, coagulada num processo dificilmente concebível pelos homens comuns do planeta Terra, estendia-se à frente dele, de lado a lado da parede fluídica – ou semifluídica, de quase matéria, o, ainda, de um tipo diferente de material, até então insuspeito dos encarnados. Tela de proporções gigantescas erguia-se no meio do pavilhão, feito cristal limpíssimo, de menos de um milímetro de espessura. Translúcido, reproduzia imagens da paisagem ao derredor e, ao toque de seu manipulador, poderia mostrar cenas que se passavam muito mais adiante. Por meio desse equipamento, o daimon era capaz de observar, inclusive, o que ocorria na superfície do mundo, em gabinetes de líderes e governantes, além de poder sondar e vigiar as bases de seus comparsas, inferiores a ele na hierarquia do abismo. Nenhum dos cinco dragões sujeitos a sua autoridade poderia furtar-se à espreita daquele que era o segundo em comando, o segundo em poder sobre toda a Terra.” (...)


     Como estamos observando o dragão número 1, escondendo sua identidade, atuava através do número 2 e este por sua vez atuava sobre os demais dragões. Como não podiam atuar de forma direta na humanidade, eles atuavam através de seus executores, os espectros.
     Os espectros sempre foram temidos nas regiões das sombras por serem seres de enorme crueldade e vampiros de energias emocionais e mentais. Outras forças de domínio nas dimensões astrais das trevas os magos negros com sua milícia, os “sombras”, e os cientistas das sombras, como também diversas facções de poder temem e são dominados por esses seres.
      Desde a corporificação do orientador evolutivo cósmico Jesus, há mais de 2.000 anos atrás,  quando ele visitou as dimensões dos dragões informando-lhes o fim do tempo deles na Terra e convidando-os a mudarem de comportamento, esses seres ainda continuaram a querer dominar a humanidade planetária.
      Eles atuaram por trás de diversas guerras do passado, na expansão de impérios, na idade média, nas cruzadas, nas duas grandes guerras, no nazismo e na implantação de sistemas políticos com nomes diferentes, praticando o domínio de poder e o autoritarismo. Inclusive, nas obras de Ângelo Inácio é revelada a corporificação de espectros e a reencarnação de magos negros em períodos críticos da política de domínio e poder nas nações do planeta promovendo guerras, mortes e destruições.

Influência dos Espíritos na vida dos encarnados

     Ao longo dos milênios os membros da elite dos dragões se tornaram especialistas em diversas áreas da vida humana tais como: estrategistas de guerras, na comunicação, na política, na religião, nas artes em geral e na ciência.
      Existe uma forte influência dos seres das sombras e de uma multidão de espíritos que influenciam a vida dos encarnados de forma a dificultar o progresso evolutivo.
      Para entendermos melhor isso vejamos o que nos traz o Espírito Ângelo Inácio quando narra o diálogo entre os Guardiões Superiores da Humanidade, num dos momentos em que atuavam visitando o reino dos dragões:

      (...) “ – Eis um fato que não deveria soar estranho para os conhecedores da mensagem do espírito Verdade, uma vez que o próprio Codificador, Allan Kardec, transcreveu o significativo pensamento dos Imortais segundo o qual, na verdade, são os espíritos que dirigem os homens, e não o contrário, repetindo ainda uma vez mais o que disse Anton.
        - Basta avaliar a situação espiritual dos habitantes encarnados e desencarnados do planeta para constatar que o contingente de espíritos ignorantes, com passado complicado e adeptos de um sistema de vida oposto aos princípios do evangelho cósmico constitui, sem sombra de dúvida, a maioria numérica nos bastidores da vida. Junte isso à informação de que são os espíritos que dirigem os homens, segundo assevera o ilustre codificador do espiritismo, e então será forçoso deduzir que é justamente a massa de seres e inteligências sombrias que está, atualmente, a conduzir as multidões.” (...)
        
      Entretanto, apesar dessa constatação, está em pleno andamento o trabalho dos Guardiões Superiores da Humanidade que cumprem, agora no Juízo Geral, a justiça divina, pois tudo está sob a condução do Cristo planetário Jesus.
      O processo de retirada dos espíritos que não habitarão mais a Terra, a reurbanização extrafísica nos vales de sofrimento, deslocando espíritos em condições espirituais precárias, mas em condições de permanecerem no planeta, é um processo lento, do ponto de vista existencial dos encarnados.
      A guerra entre os seres das sombras pela disputa de poder e as mudanças que ocorrem na geografia extrafísica planetária reflete na dimensão dos encarnados. É o que estamos vivenciando atualmente como os grandes acontecimentos revelando a corrupção, quedas de ditadores, revoltas populares e a reação das forças da natureza, que está cada vez mais intensa.
      Ainda no diálogo dos Guardiões, um deles traz uma observação importante:

     (...) “Não obstante todo esse processo, antes que venha o fim propriamente dito, segundo consta nos arquivos da espiritualidade, convém que os dragões sejam soltos por um pouco de tempo: Lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações, até que os mil anos se completassem. Depois disto é necessário que seja solto, por um pouco de tempo’. Isso nos faz pensar num conflito de grandes proporções. Conflito de ideias, embates econômicos, crises políticas e sociais que fermentarão a massa da população extrafísica e de encarnados com vistas a promover o amadurecimento do trigo para a época da colheita. Temos a palavra do Cordeiro, que nos advertiu sobre tudo isso ser apenas o princípio, e não o fim do processo seletivo.”(...)
V. Lau

Referência de estudos:

A Marca da Besta” – Ângelo Inácio (Espírito); [psicografado] por Robson Pinheiro. -Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2010. (Trilogia  O Reino das Sombras: v. 3)

Uberaba (MG), 20 de janeiro de 1964.

Irmão X


Chico Xavier

Eles Viverão

     Onze anos após a crucificação do Mestre, Tiago, o pregador, filho de Zebedeu, foi violentamente arrebatado por esbirros do sinédrio, em Jerusalém, a fim de responder a processo infamante.
     Arrancado ao pouso simples, depois de ordem sumária, ei-lo posto em algemas, sob o sol causticante.
     Avançando ao pé do grande templo, na mesma praça enorme em que Estevão achara o extremo sacrifício, imensa multidão entrava-lhe a jornada.
    Tiago, brando e mudo, padece, escarnecido.
    Declaram-no embusteiro, malfeitor e ladrão.
    Há quem lhe cuspa no rosto e lhe estraçalhe a veste.
    - “À morte! à morte!...”
    Centenas de vozes gritam inesperadas condenação, e Pedro, que de longe o segue, estarrecido, fita o irmão desditoso, a entregar-se humilhado.
    O antigo pescador e aprendiz de Jesus é atado a grande poste e, ali mesmo, sob a alegação de que Herodes lhe decretara a pena, legionários do povo passavam-no pela espada, enquanto a turba estranha lhe apedreja os despojos.
    Simão chora, sozinho, ao contemplar-lhe os restos, voltando, logo após, para o seu humilde refúgio.
    Depois de algumas horas, veio a noite envolvente acalentar-lhe o pranto.
    De rústica janela, o condutor da casa inquire do céu imenso, orando com fervor.
    Por que a tempestade? Por que a infâmia soez? O pobre amigo morto era justo e leal...
    Incapaz de banir a ideia de vingança, Pedro lembra os algozes em revolta suprema.
    Como desejaria ouvir o Mestre agora!... que diria Jesus do terrível sucesso?!...
    Neste instante, levanta os olhos lacrimosos, observa que o Cristo lhe surge, doce, à frente.
    É o mesmo companheiro de semblante divino.
    Ajoelha-se Pedro e grita-lhe.
    - Senhor! Somos todos contados entre os vermes do mundo!... por que tanta miséria a desfazer-se em lama? Nosso nome é pisado e o nosso sangue verte em homicídio impune... a calúnia feroz espia-nos o passo...
    E talvez porque o mísero soluçasse de angústia, o Mestre aproximou-se e disse com carinho, a afagar-lhe os cabelos:
     - Esqueceste, Simão? Quem quiser vir a mim carregue a própria cruz...
    - Senhor! – retrucou, em lágrimas, o Apóstolo abatido – não renego o madeiro, mas clamo contra os maus... Que fazer de Joreb, o falsário infeliz, que mentiu sobre nós, de modo a enriquecer-se? que castigo terá esse inimigo atroz da verdade Divina?
    E Jesus respondeu, sereno, como outrora:
    - Jamais amaldiçoes... Joreb vai viver...
    - E Amenab, Senhor? que punição a dele, se armou escuro laço, tramando-nos a perda?
    - Esqueçamo-lo em prece, porque o pobre Amenab vai viver igualmente...
    - E Joachim bem Mad? não foi ele, talvez, o inspirador do crime? o carrasco sem fé que a todos atraiçoa? Com que horrenda aflição pagará seus delitos?
    - Foge de condenar, Joachim vai viver...
    - E Amós, o falso Amós, que ganhou por vender-nos?
    - Olvidemos Amós, porque Amós vai viver...
    - E Herodes, o rei vil, que nos condena à morte, fingindo ignorar que servimos a Deus?
    Mas Jesus, sem turvar os olhos generosos, explicou simplesmente:
    - Repito-te, outra vez, que quem fere, ante a Lei será também ferido... A quem pratica o mal, chega o horror do remorso... E o remorso voraz possui bastante fel para amargar a vida... Nunca te vingues, Pedro, porque os maus viverão e basta-lhes viver para se alçarem à dor da sentença cruel que lavram contra eles mesmos...
    Simão baixou a face banhada de pranto, mas ergueu-a em seguida, para nova indagação...
    O Senhor, entretanto, já não mais ali estava. Na laje do chão só havia o silêncio que o luar renascente adornava de luz...

Contos desta e doutra vida/ pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2008.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O Juízo Geral e o Novo Exílio Planetário. Parte 2


Continuando....a reflexão anterior...    

“O Dragão, a antiga serpente que é o diabo e satanás”
Ap. 20:2

O Domínio dos Dragões

    
  Devido às citações bíblicas pelos profetas do passado, principalmente na cultura judaico-cristã, a humanidade formou o conceito sobre um ser mal que domina as regiões das sombras, o inferno. Esse ser recebeu diversos nomes como: diabo, satanás, e, em outras culturas recebeu outros nomes diferentes. As interpretações a respeito de sua origem e sua habitação ainda está presa tão somente nas descrições dos textos considerados sagrados por diversas religiões. Por isso, em muitas culturas não se compreende com mais profundidade o porquê de Deus permitir a existência de um ser assim.

     Como tudo no universo progride e evolui, as revelações também seguem esse ritmo. Apesar de muitos religiosos tradicionais não admitirem, podemos observar que no devido tempo, quando a humanidade atingiu uma maturidade tecnológica e cultural apta a compreender melhor as coisas transcendentais, surgiu a ciência do espírito codificada por Allan Kardec; isso aconteceu a partir de 1857. Aliando ciência, filosofia e religião ele desvendou os mistérios da vida tangível, a corpórea; como também o da vida invisível, a do espírito. A partir dali as revelações foram progressivas, e cumpria-se a determinação do nosso orientador evolutivo Jesus, quando prometeu que enviaria, no momento oportuno, um “Consolador”, para revelar as verdades transcendentais que em sua época a humanidade ainda não estava preparada para entender.

     Após a fase da revelação sob o contexto espiritual terreno, onde através dos livros básicos da codificação e da revista espírita escritos por Allan Kardec, e, posteriormente, dos inúmeros livros mediúnicos em forma de romances e de esclarecimentos escritos por diversos médiuns, chegou o momento da fase da revelação através de um contexto cósmico.
   Assim, estamos, na atualidade, vivendo esse momento pleno de esclarecimento, sob uma perspectiva cósmica, sobre a origem do sistema de evolução no planeta Terra.

Creio que muitos já se perguntaram:
Por que Deus permite que haja tanto sofrimento na Terra? Por que o mal age livremente na Terra? Por que existe o Diabo na terra? Ele é uma criação à parte de Deus ou foi criado por Deus?

   
Fonte: NASA
 
A Terra foi formada para ser uma escola evolutiva onde pudesse receber inúmeras consciências espirituais para evoluírem neste recanto do universo.
     Como já vimos no livro “Os Nephilins”, ditado pelo Espírito Ângelo Inácio e psicografado por Robson Pinheiro, há mais ou menos 445.000 anos atrás chegaram os primeiros seres exilados aqui no planeta. Junto aos comboios de naves dos anunnakis que chegaram aqui veio também transportado um grupo composto de seres rebeldes e criminosos cósmicos. Esses seres vieram exilados porque o mundo onde viviam já não os suportava mais abrigá-los, pois tinham participado de rebeliões e destruições de sistemas de vidas, sendo considerados seres em complexo desequilíbrio e necessitando de outra escola evolutiva de reajuste.
      No livro “A Marca da Besta” psicografado por Robson Pinheiro – o Espírito Ângelo Inácio narra que esse grupo era composto por mais de 1.000 espíritos, quando chegaram aqui na Terra. Entre eles havia um ser dominante que devido à sua grande capacidade mental, desde o início, estabeleceu o poder de domínio sobre os demais.

      (Segundo pudemos observar nas revelações dos livros, essa elite é composta por seres de inteligência avançada. Possuem grande capacidade de hipnotismo e dominam as leis que regem as dimensões astrais muito mais que os espíritos comuns da Terra. Nos seus mundos de origem causaram a destruição pela sede do poder e domínio. São considerados criminosos cósmicos pois destruíram muitas vidas por onde passaram. A Justiça Divina através de seu representante Jesus, resolveu trazer esses seres para um mundo novo. Um mundo com um contexto de vida diferente e com restrições às suas ações para que pudessem despertar para uma maneira nova de pensar. Foram trazidos para a Terra, que é considerada para eles um planeta primitivo, e são revoltados contra tudo que representa a política do orientador evolutivo Jesus. Devemos levar em consideração, para entendermos a complexidade cósmica desse exílio, que os mundos de onde vieram possuem características totalmente diferentes que as da Terra. Portanto, há sistemas da natureza, da ciência, da política e de cultura social totalmente diferentes de tudo que conhecemos.)

     (O ser que dominava a elite das inteligências mais destacadas entre eles já exercia esse poder nos mundos de onde vieram. Ele tinha sido o arquiteto da rebelião que levou esses seres a serem expulsos do mundo onde habitavam. Como esses seres já sabiam que seriam exilados, o ser dominante antes de vir para cá elaborou um plano de domínio para ser o maioral entre eles.)

Sistema de Poder dos dragões

     Desde o início, o ser com maior capacidade mental entre eles criou um sistema de poder e domínio onde sua vontade prevalecesse. Por um processo hipnótico, ele criou uma “escala de poder” entre eles. Fez com que cada um dos 6 seres selecionados por ele pudesse conhecer a identidade apenas dos que estavam abaixo de si na ordem hierárquica. Assim, quem era superior a cada um ninguém podia saber. Com isso, ele dominava a todos através do número 2 e sua identidade não era conhecida por nenhum deles. Dentre os maiorais ele se tornou o número 1.

A Necessidade da Reencarnação e os Corpos Artificiais

    
Autralopithecus Afarensis
Estabelecido esse sistema de poder, esses seres, vivendo em corpos sutis com os quais chegaram na Terra, passaram a estabelecer um sistema de vida de domínio nas regiões astrais do planeta. Também influenciaram os seres anunnakis que viviam em corpos físicos na superfície terrena.
     Com o passar dos milênios, diante da necessidade dos anunnakis de criarem um trabalhador primitivo que os substituíssem nos trabalhos braçais, na exploração de minérios, inspiraram eles nas experiências genéticas da criação do homem terreno.
     Depois da interferência dos Guardiões Superiores para que os anunnakis tivessem sucesso na criação dos corpos físicos dos humanoides terreno, a nova raça criada se espalhou pela superfície do globo apresentando uma característica de grande proliferação. Após milênios com diversas eras glaciais, foi surgindo o homem de Neandertal, de Cro-magnon e o Homo sapiens.

     
Homo habilis
Aos poucos esse plano de domínio foi surtindo efeito, sendo que cada grupo imprimiu seu selo com as características próprias na fundação de diversas sociedades. Também almejavam modificar os corpos humanoides, tornando-os mais aperfeiçoados geneticamente, visando às suas futuras reencarnações. Precisavam desenvolver cérebros mais compatíveis com suas mentes inteligentes. Entretanto, subitamente por impositivo da justiça divina, força que não puderam entender, foram confinados às profundezas do abismo e ficaram impedidos de manipular a raça humana.
      Ângelo Inácio, no livro “A Marca da Besta”, descreve que esses seres, que guardavam a lucidez de suas origens, dividiram o mundo em diversos departamentos confiando a cada grupo o desenvolvimento e domínio da sociedade dos humanoides em formação.

Homo erectus
    
À medida que os milênios foram se passando, dentre os mais de 1.000 seres dos dragões que vieram exilados, muitos começaram a perder a luz da razão. Seus corpos energéticos começaram a degenerar em relação à conformação original. Eles se transformavam em ovoides perdendo a lucidez. Apenas mais de 600 conseguiram ficar lúcidos, com suas memórias cósmicas.
     O dragão número 1, com sua inteligência que transcende a vida terrena, desenvolveu corpos artificiais com energias roubadas de corpos etéricos de diversas vitimas em várias partes do mundo. Ao longo do tempo, ele criou 700 corpos artificiais. Ele próprio se utilizava desses corpos para poder suportar a prisão dimensional em que foi banido.
     A cada um de seus subordinados ele forneceu um desses corpos artificiais para que pudessem evitar a degeneração completa se transformando em ovoides. Isso também foi um artifício para que ele subjugasse os seis dragões que ele comandava. Ele fez com que os corpos artificiais pudessem ter  a aparência original que esses seres tinham quando chegaram na Terra.
     
    
Homem de Cro-magnon
Ângelo Inácio narra que o fato de esses seres terem sido exilados para um planeta como a Terra, com a necessidade da consciência espiritual ter de nascer num corpo físico, denso, é como se a Justiça divina almejasse que esses seres fossem forçados a modificar sua maneira de pensar, uma vez que à cada reencarnação pudessem perder a lucidez, devido à limitação dos cérebros físicos terreno.

     No livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no item “Diferentes categorias de mundos habitados”, Allan Kardec descreve que a Terra pertence a categoria dos mundos de expiação e de provas.  Assim, as consciências espirituais, que vivem na dimensão astral do planeta, de tempo em tempo, tem a necessidade de nascer num corpo físico mais denso.


O Objetivo da Encarnação
     
Por que há essa necessidade dessas consciências espirituais de nascerem nos corpos físicos densos e limitados?
       Allan Kardec no livro dos Espíritos, em 1857, trouxe a resposta para isso, vejamos:
“132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea: nisto é que consiste a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade: a de pôr o Espírito em condições de cumprir sua parte na obra da Criação. Para executá-la é que, em cada mundo, ele toma um instrumento em harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É dessa forma que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.” A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. É assim que, por uma lei admirável de sua Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.
    
     Portanto, como pudemos ver, a Justiça Divina trouxe essas consciências para a escola evolutiva terrena para que pudessem se regenerar; e, ao mesmo tempo, contribuir para a formação de uma nova humanidade.
    O próprio Cristo, a consciência cósmica dirigente dos seres enviados à Terra, reduziu a sua vibração espiritual e  nasceu num corpo físico do planeta. Com esse gesto de renuncia, ele  mostrou aos seres que vivem no astral o caminho da redenção.
     Entretanto, os maiorais, os dragões, conseguiram adiar a encarnação em corpos físicos criando corpos artificiais para poderem manter a lucidez e terem o domínio nas duas dimensões da Terra. 
     Com essas novas revelações podemos compreender que o conceito sobre o "Diabo" ou "Satanás" se amplia; não existindo um único ser, mas  um grupo de seres rebeldes contra às leis divinas; e que tentam, através de um sistema hierárquico de poder, adiar ou até mesmo impedir o processo do Juízo Geral, o qual já está em pleno andamento.
V. Lau


Referência de estudos:
A Marca da Besta” – Ângelo Inácio (Espírito); [psicografado] por Robson Pinheiro. -Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2010. (Trilogia  O Reino das Sombras: v. 3)
Os Nephilins”: a origem/pelo Espírito Ângelo Inácio; [psicografado] por Robson Pinheiro. -Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2014. (Série Crônicas da Terra; v. 2)

Pedro Leopoldo (MG), 14 de dezembro de 1947.

Espírito Humberto de Campos


Chico Xavier

A Revolução Cristã

    
Jesus ajudando os enfermos - fonte: internet
Ouvindo variadas referências ao novo reino, Tomé impressionara-se, acreditando o povo judeu nas vésperas de formidável renovação política. Indubitavelmente, Jesus seria o orientador supremo do movimento a esboçar-se pacífico para terminar, com certeza, em choques sanguinolentos. Não se reportava o Mestre, constantemente, à vontade do Todo-Poderoso? Era inegável o advento da era nova. Legiões de anjos desceriam provavelmente dos céus e pelejariam pela independência do povo escolhido.
     Justificando-lhe a expectativa, toda gente se agrupava em redor do Messias, registrando-lhe as promessas.
     Estariam no limiar da Terra diferente, sem dominadores e sem escravos.
     Submetendo, certa noite, ao Cristo as impressões de que se via possuído, dele ouviu a confirmação esperada:
     Sem dúvida — explicou o Nazareno —, o Evangelho é portador de gigantesca transformação do mundo. Destina-se à redenção das massas anônimas e sofredoras. Reformará o caminho dos povos.
     Um movimento revolucionário! — acentuou Tomé, procurando imprimir mais largo sentido político à definição.
     Sim — acrescentou o Profeta divino —, não deixa de ser...
     Entusiasmado, o discípulo recordou a belicosidade da raça, desde os padecimentos no deserto, a capacidade de resistência que assinalava a marcha dos israelitas, a começar de Moisés, e indagou sem rebuços:
     Senhor, confiar-me-ás, porventura, o plano central do empreendimento?
     Dirigiu-lhe Jesus significativo olhar e observou:
     Amanhã, muito cedo, iremos ambos ao monte, marginando as águas. Teremos talvez mais tempo para explicações necessárias.
     Intrigado, o Apóstolo aguardou o dia seguinte e, buscando ansioso a companhia do Senhor, muito antes do Sol nascente, em casa de Simão Pedro, com surpresa encontrou-o à espera dele, a fim de jornadearem sem detença.
     Não deram muitos passos e encontraram pobre pescador embriagado a estirar-se na via pública. O Messias parou e acercou-se do mísero, socorrendo-o.
     Que é isto? — clamou Tomé, enfadado. — Este velho diabo é Jonas, borracho renitente. Para que ajudá-lo? Amanhã, estará deitado aqui às mesmas horas e nas mesmas condições.
     O Companheiro celeste, todavia, não lhe aceitou o conselho e redarguiu:

     Não te sinto acertado nas alegações. Ignoras o princípio da experiência de Jonas. Não sabes por que fraqueza se rendeu ele ao vício. É enfermo do espírito, em estado grave; seus sofrimentos se agravam à medida que mergulha no lamaçal. Realmente, vive reincidindo na falta. Entretanto, não consideras razoável que o serviço de socorro exige também o ato de começar?
     O aprendiz não respondeu, limitando-se a cooperar na condução do bêbedo para lugar seguro, onde caridoso amigo se dispôs a fornecer-lhe lume e pão.
     Retomavam a caminhada, quando pobre mulher, a toda pressa, veio implorar ao Messias lhe visitasse a filhinha, em febre alta.
     Acompanhado pelo discípulo, o Salvador orou ao lado da pequenina confiante, abençoou-a e restituiu-lhe a tranquilidade ao corpo.
     Iam saindo de Cafarnaum, mas foram abordados por três senhoras de aspecto humilde que desejavam instruções da Boa Nova para os filhinhos. O Cristo não se fez rogado. Prestou esclarecimentos simples e concisos.
     Ainda não havia concluído aquele curso rápido de Evangelho, e Jafé, o cortador de madeira, veio resfolegante suplicar-lhe a presença no lar, porque um filho estava morto e a mulher enlouquecera.
     O Emissário de Deus seguiu-o sem pestanejar, à frente de Tomé, silencioso. Reconfortou a mãezinha desvairada, devolvendo-a ao equilíbrio e ensinou à casa perturbada que a morte, no fundo, era a vitória da vida.
     O serviço da manhã absorvera-lhes o tempo e, assim que se puseram a caminho, em definitivo, eis que uma anciã semiparalítica pede o amparo do Amigo celestial. Trazia a perna horrivelmente ulcerada e dispunha apenas de uma das mãos.
     O Messias acolhe-a, bondoso. Solicita o concurso do Apóstolo e condu-la a sítio vizinho, onde lhe lava as feridas e deixa-a convenientemente asilada.
     Prosseguindo viagem para o monte, Mestre e discípulo foram constrangidos a atender mais de cinquenta casos difíceis, lenindo o sofrimento, semeando o bom ânimo, suprimindo a ignorância e espalhando lições de esperança e iluminação. Sempre rodeados de cegos e loucos, leprosos e aleijados, doentes e aflitos, mal tiveram tempo de fazer ligeiro repasto de pão e legumes.
     Quando atingiram o objetivo, anoitecera de todo. Estrelas brilhavam distantes. Achavam-se exaustos.
     Tomé, que mostrava os pés sangrentos, enxugou o suor copioso e rendeu graças a Deus pela possibilidade de algum descanso. A fadiga, porém, não lhe subtraíra a curiosidade. Erguendo para o Cristo olhar indagador, inquiriu:
    Senhor, dar-me-ás agora a chave da conspiração libertadora?
     O divino Interpelado esclareceu, sem vacilações:
     Tomé, os homens deviam entediar-se de revoltas e guerras que começam de fora, espalhando ruína e ódio, crueldade e desespero. Nossa iniciativa redentora verifica-se de dentro para fora. Já nos achamos em plena revolução evangélica e o dia de hoje, com os abençoados deveres que nos trouxe, representa segura resposta à indagação que formulaste. Enquanto houver preponderância do mal, a traduzir-se em aflições e trevas, no caminho dos homens, combateremos em favor do triunfo supremo do bem.
     E, ante o discípulo desapontado, concluiu:
     A ordem para nós não é de matar para renovar, mas sim de servir para melhorar e elevar sempre.
     Tomé passou a refletir maduramente e nada mais perguntou.

Luz Acima – pelo Espírito Irmão X; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. Brasília: FEB, 2013