sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

O Juízo Geral e o Novo Exílio Planetário - Parte 8



Nova Coalizão de Forças

      Segundo Ângelo Inácio, no livro: “O Fim da Escuridão”, após a captura do daimon número 2 da hierarquia do concílio dos dragões, e ele ter sido levado, por Miguel, para conhecer a região dimensional do reino do Cristo, o sistema de domínio e de poder do número 1 ficou abalado. Após esse acontecimento, as diversas facções de poder do abismo se levantaram contra os poderosos daimons.
      Os magos negros e sua polícia: os “sombras”, alguns destacamentos entre os espectros e os cientistas das sombras insurgiram-se contra o poder dos dragões.
      A notícia de que o poder dos soberanos do abismo, os daimons, estava dividido fez com que surgisse uma nova coalizão de forças formando seus próprios sistemas político de domínio.
      (Mesmo diante do fato de ter havido a intervenção por uma força superior e ter começado o processo de regeneração na região do abismo, esses seres não se curvaram; ao contrário, ao ver o reino dos daimons ser abalado aproveitaram a oportunidade para se exporem e exercer o poder e domínio na escuridão.)

      Esses acontecimentos da dimensão extrafísica se refletiu na dimensão física, entre os encarnados, surgindo novos arranjos político, econômico, social e com a derrubada de alguns ditadores e o surgimento de outros dominadores.
      Diante da insurgência dos antigos seres que eram dominados pelos daimons, o  número 1 fez uma reunião às pressas com os outros cinco membros do concílio, com o objetivo de manter a autonomia do conselho dos dragões. Depois do concílio, eles decidiram por tolerar as novas alianças de poder que surgiram.

Bases de Apoio e de Observação dos Guardiões

      Após a derrota dos dragões e o enfraquecimento deles, os guardiões planetários ergueram bases de apoio e de observação numa região bem próxima do local onde os dragões foram detidos. Essas bases tinham como objetivo mapear e monitorar as atividades do império dos daimons e das novas forças que surgiram.
     Os guardiões, com a autoridade outorgada por Miguel, obtiveram permissão para acessar alguns locais da dimensão proibida dos dragões. Uma nova incursão foi programada com objetivo de esvaziamento de seres das regiões inferiores. A missão consistia em obter a parceria dos próprios dragões para que eles pudessem contribuir no acesso a níveis mais profundos da região que eles dominavam. Os guardiões teriam que convencer os daimons a cooperarem, pois esses conheciam a fundo todos os recantos daquela dimensão. Também, estava sendo dada a oportunidade para que os dragões começassem a trabalhar pelo seu futuro onde esse gesto seria levado em conta pela misericórdia divina.

Nova Incursão à Dimensão dos Dragões

     
Triângulo das Bermudas
O príncipe dos exércitos celestes, Miguel, encaminhou para a base dos guardiões, que fica na Lua, um novo veículo. Esse novo aeróbus possuía uma tecnologia mais avançada em relação à última incursão à região dos daimons. Seu nome foi batizado de Estrela de Aruanda por possuir sete módulos de compartimentos ligados a um central. Cada célula transportava centenas de guardiões. Os guardiões utilizando esse veículo, que tinha suas baterias abastecidas com a energia do plasma solar, numa velocidade superior à da luz, descendo em grande velocidade à região astral na contraparte energética do Triângulo das Bermudas, romperam a barreira que separa as dimensões dos dragões das demais do planeta.
     A nave ao pousar na dimensão dos dragões causou um grande espanto nos espectros, a polícia dos daimons. Nenhum deles tiveram coragem de atacar o comboio devido a última derrota sofrida e a lembrança da última batalha contra os guardiões, quando o número 2 fora levado por Miguel.
     Os guardiões foram levar o ultimato, conforme as instruções de Miguel, que consistia em dar a oportunidade aos dragões para colaborarem na higienização das regiões inferiores. Caso os daimons recusassem, eles executariam a tarefa assim mesmo, pois parte da missão era libertar inúmeros seres espirituais que estavam aprisionados no Museu das Almas, o qual era mantido pelo maioral número 1 desde vários milênios da história humana.

     Quando os guardiões   chegaram na zona limítrofe do campo de força que envolvia a dimensão dos dragões, um dos principais espectros dos daimons apareceu diante do campo de força do veículo dos guardiões. Depois da prisão do número 2, ele estava abalado em suas convicções em relação ao poder dos daimons.
     Ao dialogar com os guardiões foi informado do objetivo daquela visita na qual traziam o ultimato de Miguel, o príncipe dos exércitos celestes, e a mensagem era endereçada aos poderosos dragões e a todos os seus subordinados.
    Como o espectro reconhecia que estava diante de uma força superior a qual eles não podiam combater; então ele procurou saber mais sobre como funcionava a política do Cordeiro e o trabalho dos guardiões.
    Depois de ficar ciente do processo de exílio planetário, que estava em andamento, e ser informado que a política do Reino não funcionava simplesmente expulsando os seres do planeta, mas concedia a todos a oportunidade de colaborarem no processo de reurbanização, e que dessa forma ele teria melhores recursos para continuar seu sistema de vida em outro planeta no qual seriam levados, o espectro começou a refletir bem sobre a proposta.
    Após pedir mais um prazo para que pudesse convencer os demais espectros, príncipes e poderes ele se dirigiu aos redutos do submundo.
    Enquanto isso, na sala de comando da nave dos guardiões uma tela panorâmica mostrava os arredores e o agrupamento cada vez mais intenso dos exércitos dos dragões que vinham para cercar o comboio dos guardiões.
    Depois de certo tempo o espectro retornou com a resposta final do número 1 dos dragões. E também, ele resolveu abandonar a sua posição de líder das forças dos daimons e trouxe consigo um número enorme de outros que resolveram aceitar o socorro dos guardiões. No total eram 3 espectros e mais 200 seres, subordinados a eles, que pediram asilo.
    Esse acontecimento foi mais uma derrota para o império dos temíveis seres da escuridão, os dragões.

O Ultimato ao Número 1

     Com as informações fornecidas pelos espectros desertores, os guardiões passaram sobre um local que abrigava sete pirâmides negras. Elas formavam um sistema sofisticado de comunicações que os daimons utilizavam para comandar seus subordinados.
     A equipe de guardiões aprofundando-se ainda mais na região, após passarem por uma cidadela que tinha tamanho para abrigar umas 20.000 pessoas, mas que no momento estava abandonada, se dividiu em dois grupos: um foi em busca do Museu das Almas e outro foi atrás do maioral,  o número 1 dos dragões.
     No caminho, os guardiões Jamar e Watab encontraram diversas armadilhas psíquicas que foram construídas pelo maioral para proteger seu esconderijo. Mas para não perder tempo com elas, Jamar empunhou a sua espada, a qual era um instrumento de tecnologia superior, e abriu um túnel dimensional que ia até um ponto ignorado naquela dimensão. Após isso, o maioral, com uma voz que vibrava em matéria mental, fez contato com os guardiões. Ele queria saber o que os guardiões procuravam no império dele.
      O guardião Jamar informou que queria uma audiência e iriam até ele, e esperava que ele não tentasse nenhuma artimanha, pois estavam ali em nome de Miguel. Então, o dragão autorizou-os a irem ao seu encontro.
      Jamar e Watab lançaram-se na trilha de energia, que o instrumento tinha aberto, e se viram num salão ricamente mobiliado e de proporções imensas.
      Logo em seguida, acima dos dois guardiões, surgiu um símbolo de duas serpentes enrolando-se; esta era a forma com que o dragão se apresentava, pois até o momento ele escondia a sua verdadeira identidade. O maioral disse que eles não eram benvindos ali, pois a presença deles ameaçava a sua autoridade e o seu esconderijo mais secreto.
       Jamar informou-lhe que eles tinham condições de identificar o esconderijo dele e de descobrir antecipadamente as suas armadilhas, e estavam ali trazendo o ultimato do príncipe dos exércitos celestes, Miguel, e aguardavam a cooperação dele.
       O número 1 disse que não era de interesse dele ajudar pois isso demonstraria fraqueza e ameaçava a supremacia do poder dele.
       Ângelo Inácio narra que o guardião, para deixar o dragão ainda mais abalado, informou-lhe:

Vales de dor e sofrimento 
(...) – As cidades do poder, juntamente com os vales de dor e sofrimento e as zonas de expurgo, todos mantidos por você, daimon, já estão entre os alvos dos guardiões superiores para o trabalho de reurbanização extrafísica, que está em pleno andamento. Tanto os vales das drogas e da dependência química, sustentados pelos  magos negros, quanto o vale da morte, onde atuam científicos, bem como o local em que os poderosos dragões – os sete; aliás, os seis restantes – mantêm cativos os reféns da loucura do período nazista: todos eles foram igualmente mapeados e estão sendo estudados em nossa base principal, afim de que os submetamos a futuros trabalhos de reurbanização e relocamento. (...)
(...) – Como vê, maioral, o Cordeiro está determinado a fazer a limpeza energética, psíquica e espiritual nos redutos de poder, mantidos sob esconderijo e disfarce entre as dimensões, durante os últimos séculos e milênios. Nada e nenhum recanto do planeta, por mais remoto que seja, escapará ao fogo higienizador. Neste momento em que a Terra se alinha ao centro da galáxia, os cientistas do plano maior utilizarão as energias emitidas para promover e dinamizar o fogo higienizador, que erradicará para sempre esses redutos do ambiente extrafísico do globo. (...)

      O guardião Jamar informou-lhe que o ultimato era real e que a intervenção deles se daria independente da decisão tomada pelo daimon. Ele só estava dando a oportunidade para ele, e para os outros cinco dragões, de auxiliarem com mapas e localização dos redutos do mundo astral que eles dominavam tão bem. A Providência Divina dava a última ajuda para que eles cooperassem, e que isso seria levado em consideração no futuro.
      Entretanto, apesar dessa oportunidade dada pela justiça divina e mesmo sabendo que seu reino estava divido, e mais de 200 dos melhores chefes e subchefes de legião seus tinham desertado e pedido ajuda aos guardiões, o maioral deu sua decisão final: a de não se curvar ao poder do Cordeiro.
      Então, após ouvir essa decisão o guardião se pronunciou:

(...) – Que assim seja, poderoso daimon. Que assim seja. Comunicarei a Miguel sua decisão, mas tenha certeza de que seu poder será mais vigiado do que nunca e o próprio Cordeiro definirá os próximos passos em relação às prisões eternas. Não se assuste se nós, os guardiões, ou mesmo o próprio Miguel tomar uma decisão compatível com sua resposta. Deus seja contigo, dragão, pois você também é um filho dele.
- Eu não preciso dele, sou a luz, Luzbel, Lúcifer ou como queira me denominar. (...)

Manifestação de Uma Luz Intensa

    
Logo após isso ocorreu um fenômeno imprevisto naquela dimensão, até mesmo pelos próprios guardiões. Uma luz muito intensa apareceu no ambiente, cegando até mesmo o dragão, e sugou os dois guardiões que logo ressurgiram dentro do campo de força do aérobus.
      Os outros dois guardiões, praticamente foram conduzidos ao local que procuravam, o museu das almas, e lá encontraram mais de 2 mil seres espirituais dentro de esquifes que estavam enfileirados e ligados a um equipamento diferente de tudo que os guardiões conheciam. Eram seres com forma espiritual desde o homem de Neandertal, passando por todas as épocas da história terrena, até os humanos da atualidade. 
       A mesma luz que tirou os outros dois guardiões da frente do daimon também penetrou naquele ambiente do museu das almas e envolveu os esquifes elevando-os e retirando-os por uma abertura dimensional.
       Assim que os seres espirituais aprisionados foram liberados, a intensa luz, através de um choque energético, provocou a explosão de mais de 500 corpos artificiais, que eram utilizados pelo maioral número 1 quando ele se projetava nos ambientes do mundo extrafísico. Esses corpos eram guardados como um segredo especial pelo daimon.
       Mais uma vez, o poder do maioral e dos daimons foi abalado pela luz espiritual que invadiu seus domínios da escuridão. Os dragões não poderiam mais ignorar de que algo estava acontecendo e afetando o poder que detiveram durante muitos milênios.
       Entretanto, apesar de o maioral presenciar esses diversos acontecimentos em seu império ele revoltou-se. Um grito de desespero e ódio profundo, com juras de maldição, ele fez ecoar naquela dimensão, por saber que seu tempo estava próximo e sua hora tinha chegado.
       Ângelo Inácio narra que os mais expressivos príncipes seguidores do maioral, um a um, lentamente e progressivamente, foram abandonando-o. O maioral e os daimons estavam vivendo a maior crise de todos os tempos. Era a vitória do Cordeiro e da política divina.
       Depois que todos os guardiões, os espectros dissidentes e os espíritos libertos já estavam no aeróbus, o veículo elevou-se na atmosfera deixando aquela dimensão e regressou para o campo vibratório da crosta terrena, para continuar no processo de limpeza energética e à reurbanização extrafísica do planeta.
V. Lau


Entrevista com Anton (Guardião planetário) pela mediunidade de Robson Pinheiro - preparação para o  Encontro Mundial dos Guardiões - de 10 a 12 de abril de 2020. Assista aqui

Bibliografia:
O Fim da Escuridão: reurbanização extrafísicas/ pelo espírito Ângelo Inácio; [psicografado por] Robson Pinheiro – Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora, 2012. – Série Crônicas da Terra, 1. 


Pedro Leopoldo (MG), 9 de novembro de 1940.

Chico Xavier

Espírito Humberto de Campos

Continuando...
A Luta contra o mal

     (...) Numa noite tranquila, depois de lhe escutar as ponderações, perguntou-lhe Jesus, em tom austero:
     - Tadeu, qual o principal objetivo das atividades de tua vida?
     Como se recebesse uma centelha de inspiração superior, respondeu o discípulo com sinceridade:
     - Mestre, estou procurando realizar o Reino de Deus no coração.
     - Se procuras semelhante realidade, por que a reclamas no adversário em primeiro lugar? Seria justo esqueceres as tuas próprias necessidades nesse sentido? Se buscamos atingir o infinito da sabedoria e do amor em nosso Pai, indispensável se faz reconheçamos que todos somos irmãos no mesmo caminho!...
      - Senhor, os Espíritos do mal são também nossos irmãos? – inquiriu, admirado, o Apóstolo.
     - Toda a criação é de Deus. Os que vestem a túnica do mal envergarão um dia a da redenção pelo bem. Acaso, poderias duvidar disso? O discípulo do Evangelho não combate propriamente o seu irmão, como Deus nunca entra em luta com seus filhos; aquele apenas combate toda manifestação de ignorância, como o Pai que trabalha incessantemente pela vitória do seu amor, junto da Humanidade inteira.
     - No entanto, não seria justo – ajuntou o discípulo, com certa convicção – convocarmos todos os gênios malfazejos para que se convertessem à Verdade dos céus?
     O Mestre, sem se surpreender com essa observação, disse:
     - Por que motivo não procede Deus assim?... Porventura, teríamos nós uma substância de amor mais sublime e mais forte que a do seu coração paternal? Tadeu, jamais olvidemos o bom combate. Se alguém te convoca ao labor ingrato da má semente, não desdenhes a boa luta pela vitória do bem, encarando qualquer posição difícil como ensejo sagrado para revelares a tua fidelidade a Deus. Abraça sempre o teu irmão. Se o adversário do Reino te provoca ao esclarecimento de toda a Verdade, não desprezes a hora de trabalhar pelo triunfo da luz; mas segue o teu caminho no mundo atento aos teus próprios deveres, pois não nos consta que Deus abandonasse as suas atividades divinas para impor a renovação moral dos filhos ingratos, que se rebelaram na sua casa. Se o mundo parece povoar-se de sombras, é preciso reconhecer que as Leis de Deus são sempre as mesmas, em todas as latitudes da vida.

      - É indispensável meditar na lição de nosso Pai e não estacionar a meio caminho que percorremos. Os inimigos do Reino se empenham em batalhas sangrentas? Não olvides o teu próprio trabalho. Padecem no inferno das ambições desmedidas? Caminha para Deus. Lançam a perseguição contra a Verdade? Tens contigo a Verdade divina que o mundo não te poderá roubar, nunca. Os grandes patrimônios da vida não pertencem às forças da Terra, mas às do Céu. O homem, que dominasse o mundo inteiro com a sua força, teria de quebrar a sua espada sangrenta, ante os direitos inflexíveis da morte. E, além desta vida, ninguém te perguntará pelas obrigações que tocam a Deus, mas unicamente, pelo mundo interior que te pertence a ti mesmo, sob as vistas amoráveis de nosso Pai. (...)
     
Continua...

Boa Nova – pelo Espírito Humberto de Campos; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Brasília: FEB, 2013

domingo, 2 de fevereiro de 2020

O Juízo Geral e o Novo Exílio Planetário - Parte 7


Continuando.... a reflexão anterior...

     Ângelo Inácio, no livro “A Marca da Besta”, não narra a data exata de quando ocorreu aquele concílio dos daimons, no qual ele participou juntamente com os guardiões superiores que levavam o ultimato aos daimons. Mas tudo indica, pelos relatos dos acontecimentos da época, que foi entre 2008 e 2010.
     Após o ultimato dado pelo guardião superior Anton, representante da justiça divina, àqueles seres do concílio dos dragões, principalmente ao daimon número 1, esperava-se que fosse levado em consideração a proposta, e iniciado ali uma reflexão sobre a oportunidade ofertada, e uma possível mudança de sua política de poder e dominação.
     Entretanto, a resposta do maioral foi uma negativa tão forte que os guardiões sentiram, naquele instante, que haveria uma reação por parte deles.
  No momento em que os daimons se preparavam para reunir forças para um ataque aos guardiões, estes receberam ordens para retornarem ao comboio da expedição, que os aguardavam fora do pavilhão do concílio. A equipe dos guardiões desmaterializou-se naquela dimensão e rematerializou-se dentro do campo de forças que envolvia o veículo de incursão àquelas regiões.
     
Ataque aos Guardiões

     A tropa de guardiões, que estava de prontidão no veículo, foi cercada pelos seres das sombras, que eram comandados pelo número 2 da organização dos dragões, seguido pelos chefes de legião e os espectros. O maioral, como já vimos na reflexão anterior, prevendo que algo iria acontecer, no momento em que desmaterializou o número 2, na sua demonstração de força e poder, tinha colocado este na frente da batalha.
     Houve intenso ataque por parte dos seres da maldade, que estavam armados com espadas, veículos e outros artefatos, atirando-se e combatendo corpo a corpo com os guardiões.  Jamar e Anton se colocaram à frente da equipe de guardiões, e revestidos do aspecto que possuíam em suas dimensões enfrentaram ao ataque causando enorme estrago na fileira dos seres hediondos. Os guardiões usavam um artefato, como uma espada, que quando acionada formava campos de contenção protegendo-os; e, quando agitada no ar, tinha a função de abrir um rasgo dimensional, e através desse portal os seres eram absorvidos e transportados para outra dimensão,  para serem selecionados para o novo exílio planetário. Os seres das sombras sofreram enorme baixa, e os que não foram capturados partiram assustados em fuga.
     (Talvez, para algumas pessoas que estão tendo contato pela primeira vez com essas informações, possam estranhar o fato da necessidade de os seres superiores terem de se utilizar de instrumentos de lutas, e combaterem corpo a corpo com os seres das sombras. Pelo que estamos percebendo nas revelações feitas por Ângelo Inácio, os guardiões para atuarem naquela dimensão, que é tão densa, têm que se submeter às leis dela. Para interagir com aquela realidade, eles têm que adensarem seus corpos extrafísicos e isto dificulta a levitação e a atuação puramente mental. Os seres das sombras possuem seus instrumentos tecnológicos e armas que são elaboradas com matéria daquela dimensão, mas a tecnologia dos guardiões é muito superior. A intervenção direta, com força e poder para penetrar em todos os recantos das dimensões densas, somente os seres das dimensões superiores, os representantes do governo oculto do planeta, com toda a sua magnitude evolutiva conseguem reunir energias para atingir essas dimensões. Quanto ao ataque dos seres sombrios, com suas armas, e a necessidade de defesa por parte dos seres da luz, podemos encontrar inúmeros exemplos parecidos nas obras de André Luiz, onde ele descreve que a colônia Nosso Lar é cercada com uma muralha com instrumentos que disparam raios contra ataques ataques de seres das sombras. E também há as incursões nas regiões dos umbrais com a necessidade de armas de contenção e defesa)

Captura do Número 2

     Para fugir do ambiente do combate, o número 2 escolheu os mais temíveis chefes de legião para sua proteção e bateu em retirada. Jamar, com um pequeno destacamento de guardiões, partiu em perseguição ao dragão e seus companheiros. Com suas vestes fluídicas que brilhavam, ao se deslocarem naquela atmosfera de matéria negra, provocavam fortes estrondos. Naquela dimensão, durante a perseguição, os guardiões não estavam isentos de sofrerem ataques, sendo atingidos extrafísicamente; e, para um resultado positivo, tudo dependia da estratégia de ambas as partes. Os cinco daimons restante, no desespero, vieram na tentativa de auxiliar o número 2. Mas por falta de experiência em combate aberto, seus ataques não surtiram efeitos, fazendo com que recuassem e deixassem seus comandados na frente da batalha. Os espectros, que arremessavam bolas de fogo contra os guardiões, eram atingidos em seus corpos semimateriais com o reflexo da aura irradiada por Jamar. Também, quando o guardião agitava sua espada no ar, ele despachava os seres demoníacos para outra dimensão.
     Jamar tinha recebido a ordem de capturar o número 2; e durante a perseguição, já no auge da batalha, paralelamente, ocorreu um fenômeno assustador naquela dimensão. Uma explosão de luz, brilhando como um sol, irradiou-se por todos os recantos, e paralisou a ação dos seres das sombras, inclusive dos quatro daimons.
     O daimon número 1 acompanhava à distância, por meio de equipamentos de observação, todos os lances da batalha entre suas legiões e os emissários da justiça divina; e diante daquele estranho fenômeno luminoso que se manifestava em seu domínio, ele sentiu um medo terrível por pensar que tudo aquilo já era a sentença divina pondo fim ao seu governo inumano.
      Ele tentou fugir, mas sentiu-se impotente; pois o fogo dos céus ofuscava a todos atingindo até mesmo o local onde ele se encontrava.
      O guardião Jamar ,quando estava acuando e capturando o poderoso dragão número 2,  disse:

(...) – Você vai comigo, daimon! Haja o que houver, enfrentará a justiça divina e terá de responder pelos seus atos. Assim eu prometo, em nome do Altíssimo! (...)

     Dessa forma, estava ali em suas mãos a mente assassina que tinha arquitetado os maiores crimes contra a humanidade; o senhor da guerra seria conduzido perante os representantes da justiça sideral do planeta Terra.
     No momento em que Jamar levitou, tendo em suas mãos firmes o prisioneiro , um som de trombeta repercutiu-se em toda a dimensão onde ocorria aqueles dramas. O som penetrava no interior de todos os espíritos sombrios; e trazia à tona suas memorias espirituais arquivadas desde os milênios em que foram acorrentados nas profundezas do abismo daquela dimensão. Com isso, surgiam as lembranças dos crimes praticados por eles em nome de um império do mal, e em favor de uma política inumana na qual se dedicaram durante um longo período. Todos entravam em desespero, pois suas almas não aguentavam o peso das recordações culposas.
     
      Anton, representante da justiça divina, que comandava aquele comboio de guardiões, pressentindo que alguém muito mais elevado, que se manifestava através daquela imensa luz, tinha chegado ali para interferir no sistema de vida do poder dos dragões. Então, ele convidou a todos a orar; e assim, reunidos e de mãos dadas, em sintonia com aquela presença de luz, oraram com sentimento puro.
     Os cinco daimons arrastaram-se e se reuniram no pavilhão do concílio; menos o número 2, que não conseguia nem se mexer e pedir socorro. O número 1, que ainda mantinha sua identidade oculta, permaneceu refugiado em seu covil e não se manifestou.

Intervenção do Príncipe dos Exércitos Celestes


     Da imensa luz que se manifestava naquela dimensão, ainda sem apresentar uma forma definida, surgiu uma voz:

(...) – Eu sou Miguel, o príncipe dos exércitos! (...)
(...) – Tão logo foi promulgada a ordem do Altíssimo, vim e aqui estou para intervir em nome da justiça soberana. Vosso tempo é chegado e vosso limite foi ultrapassado ao afrontardes os representantes do Cordeiro. Por isso fostes pesados na balança e achados em falta, e vosso reino, a partir de agora, fica dividido, de forma que tudo que fizerdes para unir-vos será em vão, até que o supremo juiz determine o término de vossa trajetória neste mundo. Levarei comigo um dos vossos maiorais, a fim de que veja por si mesmo os domínios do Eterno. Terá a bênção de poder vislumbrar o reino do Cordeiro de Deus, que desde este momento,  detém em suas mãos o poder , o domínio e a majestade, competindo a Ele, exclusivamente, determinar para vós, os filhos rebeldes da casa do pai, o destino de cada um, de acordo com os feitos e as obras praticadas ao longo das eras.

     Atraído pelo magnetismo do iluminado espírito, o número 2 foi elevado lentamente ao alto. Ele emitia um rugido forte de agonia por não suportar a visão estonteante do emissário do governo oculto do planeta.

(...) – Assim que vosso representante tiver visto ou ouvido aquilo que ainda não é permitido aos ouvidos e olhos humanos perceberem, ele retornará com a marca das fulgurações do reino indelével em sua alma, para compartilhar convosco. Aí, é que tereis o pronunciamento do Cordeiro, que vos aparecerá uma vez mais, a fim de vos conduzir às novas moradas da casa do Pai.
“Aguardai os tempos novos, pois os reinos do mundo pertencem ao nosso Deus e ao seu Cristo, a quem reverenciamos em nome do Todo-Sábio.”

      Ângelo Inácio descreve que do clarão maior da luz manisfestada destacou-se um raio e envolveu o veículo aeróbus, e a todos os guardiões. A luz recebida revitalizou os guardiões, que já estavam cansados devido ao combate, e abasteceu as reservas de energias do veículo, as quais já se encontravam quase esgotadas, devido a batalha travada anteriormente. Enquanto todos os guardiões não entraram no veículo, e elevaram-se na atmosfera rompendo a película de proteção daquela dimensão chamada de “prisões eternas”, o ser de luz não se afastou de sua posição.
     Depois, já de dentro do veículo, os guardiões puderam ver Miguel, como um cometa cintilante, partindo em direção às alturas e levando consigo um dos maiores representantes dos poderosos da escuridão.

     (No livro “A Marca da Besta” o Espírito Ângelo Inácio trás muitas informações descrevendo, com muito detalhes, todo o trabalho dos guardiões no processo de reurbanização extrafísica e na visita ao reduto dos maiorais, os dragões. O que vimos acima é somente uma síntese do que ocorreu em nosso tempo atual, há 10 anos atrás, o ultimato levado pelos guardiões aos dragões, para que possamos entender melhor o processo do Juízo Geral que já está em pleno andamento.)

   (Nós também pudemos, através da reflexão dessas revelações, observar como é a ação e a estratégia dos seres representantes da justiça soberana: Antes de agirem eles dão a oportunidade para que os seres dominantes das regiões da escuridão possam colaborar no processo de reurbanização extrafísica.)
   (Outro detalhe importante é como Miguel, o representante da justiça divina, interferiu no sistema de domínio do maioral número 1. Como o daimon maioral criou um sistema hipnótico hierárquico de comando de todos os dragões através do número 2, este elo foi quebrado quando Miguel levou o número 2 para conhecer o reino do Cordeiro de Deus. Foi um golpe para o maioral, pois seu sistema de domínio ficou comprometido.)
V. Lau


Para entender melhor sobre o trabalho dos Guardiões Superiores da Humanidade assista
 o Guardião Anton através da mediunidade de Robson Pinheiro:



Bibliografia:
A Marca da Besta – orientado pelo Espírito Ângelo Inácio: [psicografado por] Robson Pinheiro. – Contagem, MG: Casa dos Espíritos Editora. 2010. (Trilogia O reino das Sombras v.3)

Pedro Leopoldo (MG), 9 de novembro de 1940.

Humberto de Campos
Chico Xavier

A luta contra o mal

      De todas as ocorrências da tarefa apostólica, os encontros do Mestre com os endemoninhados constituíam os fatos que mais impressionavam os discípulos.
      A palavra “diabo” era então compreendida na sua justa acepção. Segundo o sentido exato da expressão, era ele o adversário do bem, simbolizando o termo, dessa forma, todos os maus sentimentos que dificultavam o acesso das almas à aceitação da Boa Nova e todos os homens de vida perversa, que contrariavam os propósitos da existência pura, que deveriam caracterizar as atividades dos adeptos do Evangelho.

     Dentre os companheiros do Messias, Tadeu era o que mais se deixava impressionar por aquelas cenas dolorosas. Aguçavam-lhe, sobremaneira, a curiosidade de homem os gritos desesperados dos Espíritos malfazejos, que se afastavam de suas vítimas sob a amorosa determinação do Mestre divino. Quando os pobres obsidiados deixavam escapar um suspiro de alívio, Tadeu volvia os olhos para Jesus, maravilhado de seus feitos.

     Certo dia em que o Senhor se retirava, com Tiago e João, para os lados de Cesareia de Filipe, uma pobre demente lhe foi trazida, a fim de que ele, Tadeu anulasse a atuação dos Espíritos perturbadores que a subjugavam. Entretanto, apesar de todos os esforços de sua boa vontade, Tadeu não conseguiu modificar a situação. Somente no dia imediato, ao anoitecer, na presença confortadora do Messias, foi possível à infeliz dementada recuperar o senso de si mesma.

     Observando o fato, Tadeu caiu em sério e profundo cismar. Por que razão o Mestre não lhes transmitia, automaticamente, o poder de expulsar os demônios malfazejos, para que pudessem dominar os adversários da causa divina? Se era tão fácil a Jesus a cura integral dos endemoniados, por que motivo não provocava Ele de vez a aproximação geral de todos os inimigos da luz, a fim de que, pela sua autoridade, fossem definitivamente convertidos ao Reino de Deus? Com o cérebro torturado por graves cogitações e sonhando possibilidades maravilhosas para que cessassem todos os combates entre os ensinamentos do Evangelho e os seus inimigos, o discípulo inquieto procurou avistar-se particularmente com o Senhor, de modo a expor-lhe com humildade suas ideias íntimas.

Continua...

Boa Nova – pelo Espírito Humberto de Campos; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Brasília: FEB, 2013
Pedro Leopoldo (MG), 26 de fevereiro de 1944.

André Luiz


Defesas contra o mal

      (...) Impressionavam-me, sobretudo, as fortificações. Via a torre de mensagem, consagrada, por certo, ao serviço de resistência; o baluarte agudo, elevando-se acima dos fossos que deixavam transbordar a água corrente; a torre de vigia, esbelta e alterosa. Observei o caminho da ronda, a cisterna, as seteiras e, em seguida, as paliçadas e barbacãs, refletindo na complexidade de todo aquele aparelhamento defensivo. E as armas?
      Identificava-lhes a presença na maquinaria instalada ao longo dos muros, copiando os pequenos canhões conhecidos na Terra. Entretanto, vi com emoção, no cume da torre de vigia, a enorme bandeira de paz, muito alva, tremulando ao vento como largo penacho de neve...
      O administrador percebeu a estranheza que se apossara de Vicente e de mim.
      — Já sei a impressão que a nossa defesa lhes causa — disse Alfredo, detendo-se para explicar.
      Fixando-nos com o olhar muito lúcido, continuou:
      — Naturalmente, não imaginavam necessárias tantas fortificações. Conforme veem, nossa bandeira é de concórdia e harmonia; no entanto, é imprescindível considerar que estamos em serviço que precisaremos defender, em qualquer circunstância. Enquanto não imperar a lei universal do amor, é indispensável persevere o reinado da justiça. Nosso Posto está colocado, aqui, igualmente, como “ovelha em meio de lobos”, e, embora não nos caiba efetuar o extermínio das feras, necessitamos defender a obra do bem contra os assaltos indébitos. As organizações dos nossos irmãos consagrados ao mal são vastíssimas. Não admitam a hipótese de serem, todos eles, ignorantes ou inconscientes. A maioria se constitui de perversos e criminosos. São entidades verdadeiramente diabólicas. Não tenham disso qualquer dúvida. (...)

     (...)— Na crosta, nossos irmãos menos felizes lutam pela dominação econômica, pelas paixões desordenadas, pela hegemonia de falsos princípios. Nestas zonas imediatas à mente terrestre, temos tudo isso em identidade de condições. Entre as entidades perversas e ignorantes, há cooperativas para o mal, sistemas econômicos de natureza feudalista, baixa exploração de certas forças da Natureza, vaidades tirânicas, difusão de mentiras, escravização dos que se enfraquecem pela invigilância, doloroso cativeiro dos Espíritos falidos e imprevidentes, paixões talvez mais desordenadas que as da Terra, inquietações sentimentais, terríveis desequilíbrios da mente, angustiosos desvios do sentimento. Em todo lugar, meu amigo, as quedas espirituais, perante o Senhor, são sempre as mesmas, embora variem de intensidade e coloração.
     — Mas... e as armas? — perguntei. — Acaso são utilizadas?
     — Como não? — disse Alfredo, pressuroso.
     — Não temos balas de aço, mas temos projéteis elétricos. Naturalmente, a ninguém atacaremos. Nossa tarefa é de socorro e não de extermínio.
     — No entanto — aduzi, sob forte impressão —, qual o efeito desses projéteis?
     Assustam terrivelmente — respondeu ele, sorrindo — e, sobretudo, demonstram as possibilidades de uma defesa que ultrapassa a ofensiva.
     Mas apenas assustam? — tornei a interrogar.
     Alfredo sorriu mais significativamente e acrescentou:
     Poderiam causar a impressão de morte. (...)
    
Os Mensageiros/ pelo Espírito André Luiz; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 47ª ed. Brasília: FEB, 2013