Curitiba (PR), 20 de setembro de 1961.
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Ramatís |
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PERGUNTA: -
Poderíamos conhecer qualquer afirmação do apocalipse que nos possa induzir a
maior certeza de que haverá uma prostituição de costumes entre os poderes
máximos, e quais são esses poderes? A maioria das interpretações sobre a
Besta Apocalíptica varia conforme a religião ou índole psicológica dos
interpretadores. Os católicos coligiram dados para provar que a Besta é a
Reforma do século XVI; os protestantes e diversos espiritualistas costumam
relacioná-la com o Clero Católico-Romano. Investigadores mais decididos,
dando buscas na numerosofia, encontram o número da Besta nos títulos do Papa!
Que nos dizeis a esse respeito?
RAMATÍS: -
Não vos esqueçais de que o
simbolismo da Besta alicerça-se exclusivamente no instinto humano desregrado, que pode manifestar-se em qualquer
latitude geográfica do mundo ou setor de trabalho religioso, filosófico,
científico ou social.
Seria injustiça atribuir a relação desse
simbolismo exclusivamente para com o Clero Católico-Romano, que é um
agrupamento isolado no vosso mundo, significando apenas um conjunto
religioso, que não constitui uma maioria nem um predomínio no mundo terreno. A besta que se fazia adorar representa a parte má
de toda classe de sacerdotes, ministros, adeptos, mestres ou instrutores de
todos os credos, doutrinas e religiões da vossa humanidade. Há,
portanto, que incluir nessa parte
má todos os maus clérigos da Igreja
Católica, da Budista, da Muçulmana, da Taoísta, da Israelita, da Hinduísta,
da Reformada, mais os responsáveis por milhares de outras doutrinas, seitas e
movimentos espiritualistas ou fraternistas, que hajam
corrompido os seus ministérios elevados. Cumpre incluir também
as instituições que são erigidas para
o bem humano, mas que os homens dirigem de modo satanizado ou
bestial. Atribuir a uma entidade religiosa, constituída para o serviço
crístico, a responsabilidade total pelos atos de alguns de seus agentes desonestos, seria o mesmo que
considerar a existência do vinho falso como crime cometido por todos os
estabelecimentos que fabricam o vinho bom!
(...) Para o vosso entendimento espiritual,
a Política, a Ciência e a Religião estão claramente definidas no enunciado no
capítulo XV – 13 e 14, onde se diz:
“E eu
vi saírem da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta,
três espíritos imundos semelhantes às rãs; estes são uns espíritos de
demônios, que fazem prodígios, e que vão aos reis de toda a Terra, para os
ajuntar à batalha no grande dia do Deus Todo Poderoso”.
A besta, representativa da
astúcia dá-nos idéia da Política;
o dragão, em discordância
com a mulher que tinha uma coroa de doze estrelas na cabeça, dá-nos idéia da Ciência em desacordo
com a Religião, devido ao positivismo; o
Falso Profeta, que assume a responsabilidade de anunciar a verdade,
usando ardilosamente a insígnia dos homens santos, dá-nos idéia da Religião, representada
pela parte do clero desabusado,
sensual e mistificador, de qualquer religião, quando industrializa
e trai o pensamento básico de seus inspiradores, seja o de
Jesus, seja o de Buda ou de Maomé!
(...) O Dragão, a Besta e o Falso Profeta soltam de suas bocas três espíritos imundos;
espíritos de demônios, que fazem prodígios e que vão aos reis de toda a
Terra. Aqui, para nós, o profeta reúne em seu enunciado três instituições de poderes e prestigio consideráveis, no
vosso mundo: Política, Ciência e
Religião que, desavisados, podem produzir em seu seio os agentes
subvertidos da malignidade, da corrupção e da hipocrisia e que, para a
humanidade ignorante, operam prodígios! A
Politica consegue colocar nos postos administrativos do mundo um agrupamento
de homens desregrados, especialistas
no furto patrimonial e exclusivamente à cata da fortuna fácil;
a Ciência, anticrística, desgasta os seus gênios para atender à corrida
infernal em favor das guerras
fraticidas, na fabricação da metralha assassina e das bombas desintegradoras; a
Religião, através de uma parte de
seus sacerdotes, ministros ou doutrinadores, transformam-se
em mercado, negociando à semelhança dos fabricantes de panaceias
curativas!
João Evangelista refere-se, também, às
instituições de influência geral no mundo, que, para sobreviverem a contendo
de seus apaniguados, muitas vezes se rebaixam para servir aos poderosos, aos
interesseiros e aos reis do mundo. O apóstolo diz textualmente: “Eles vão aos reis de toda a Terra, para
os ajuntar à grande batalha do grande dia do Deus Todo Poderoso”, isto é,
tornam-se servis e se comprometem a praticar ações menos dignas, desde que
esses detentores do poder lhes garantam a existência confortável no comando
das massas e dos tolos! Basta um punhado desses homens abomináveis em cada um
desses conjuntos, para que fique tisnado o caráter digno de uma instituição organizada
para o bem humano. Na política,
buscam os votos do eleitorado e depois dilapidam o patrimônio público;
na Ciência, empregam a cerebração
genial no desenvolvimento da indústria bélica para a destruição em massa;
na Religião, a esperança do céu é
vendida a titulo de mercadoria imponderável! (...)
Mensagem do Astral – Espírito Ramatís –
psicografia de Hercílio Maes
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Contagem (MG), 19 de janeiro de 1997.
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A
Besta ou animal inominável é a representação de todo e qualquer
princípio filosófico, religioso, político ou econômico cujas bases estão alicerçadas contrariamente aos princípios
do evangelho eterno.
Esse animal é a síntese dos poderes que se interpõem entre os valores cósmicos do evangelho e o
progresso do espírito.
Ao longo do tempo, os filhos da Reforma foram perdendo a simplicidade que tinham os
reformadores e estão, aos poucos, copiando a suntuosidade de
Roma, como uma imagem de seu poder. As roupas suntuosas e
templos ricos foram substituídos pelos ternos de casimira e pelo poder de
indução dos dirigentes protestantes. A simplicidade, tão falada por
Lutero e Calvino, Wicliff e Zuínglio, foi
substituída pela pompa dos templos modernos e a própria pretensão de serem os únicos donos da verdade só se
iguala às pretensões do papado nos séculos transatos.
Hoje
o Protestantismo copia todo o orgulho e pretensão de Roma e a sua estrutura de cultos e organização
são, na verdade, “a imagem da Besta”, que faz com que toda a população da
Terra se maravilhe perante os pretensos “sinais” e “maravilhas” que dizem
realizar.
“E faz grandes sinais, de maneira que
até fogo faz descer do céu à Terra à vista dos Homens”. (Apoc. 13:13)
O
fogo, no movimento Protestante, é
o símbolo do poder miraculoso do “Espírito santo”, do movimento pentecostal, carismático,
que se alastra entre as diversas seitas e religiões de fé protestante.
Pretendem que esse fogo, ou poder sobrenatural, seja enviado direto dos céus
à Terra, enquanto pseudo-sinais e
milagres são demonstrados aos olhos estupefatos de milhões de jovens
e de todas as pessoas que entram em contato com tais cultos. Mas a profecia é
clara: é um fogo “à vista dos
homens”, ou seja, é um
poder ilusório e não real, apenas é considerado como tal, à vista dos
homens.
O ser humano, em todas as épocas da
história, tem se fascinado com
demonstrações de fenômenos. Qualquer coisa que fuja ao habitual é
logo classificada de milagre, desde que a ignorância popular não aceite a
explicação racional, lógica, do fato ocorrido. No capítulo das religiões
terrenas, igualmente, muitos fenômenos tem ocorrido, por guardarem sua
natureza psíquica, paranormal ou mediúnica. Quase todas as religiões foram fundadas nesta base: a manifestação mediúnica.
Sendo todos os homens sensíveis a essas manifestações do mundo espiritual, é
natural que, desde sempre, tenham ocorrido tais fatos e que, apesar das explicações racionais que o
Espiritismo lhes confere, agora como em outras épocas, aqueles que querem permanecer na
ignorância, ou que têm seus motivos para manter a
multidão alheia às verdades espirituais, têm procurado envolver o fenômeno numa aura de
misticismo e sinais miraculosos, visando objetivos nem sempre
confessáveis.
Mas,
aqui, no relato do livro de João, fala-nos o autor de um “fogo” que hoje em
dia é o símbolo, que, segundo os ensinamentos dessas próprias denominações
religiosas, é o poder de fazer milagres, curar e expulsar demônios. Mas
enganosamente é um “fogo” à vista dos homens, é o produto da manipulação das
consciências mais simples.
Os cultos que mantêm suas bases
doutrinárias sob a aura mística de milagres e prodígios estão
incorrendo em graves erros, pois alerta-nos Jesus
quanto àqueles que dizem fazer
sinais e prodígios e se esquecem do mais importante da Lei: a misericórdia, a caridade.
Vemos
lamentavelmente o poder e o orgulho, a pretensão dos papas, dominando os
dirigentes dos filhos da Reforma Protestante, que esqueceram seu legado e
transformaram-se dia-a-dia, numa imagem de Roma, na imagem da Besta.
Lentamente o protestantismo
vai adquirindo bens materiais, dominando redes de comunicação e elevando-se no panorama político
do mundo, através de
seus pastores e seguidores. Apesar de pretenderem ser os seguidores
de Jesus, os únicos “salvos”,
conservam, como características principais, o orgulho, a
pretensão de serem os exclusivos, e a intolerância religiosa
para com aqueles que não rezam segundo o seu catecismo; que não crêem como
eles. Infelizmente, presenciamos a escalada de um outro poder
político-religioso, a própria imagem de Roma, da Roma dos papas e cardeais: a
imagem da Besta.
Vemos
que, infelizmente, têm esses nossos irmãos sido reconhecidos como excelentes
pregadores, mas, longe, do exemplo
do Cristo, têm-se constituído em falsos
profetas, pois de nada adianta falar o nome de Jesus, clamar o
“poder” do fogo do espírito santo e continuar ignorando a dor e o sofrimento dos irmãos de humanidade.
Enquanto muitos pregam, cantam e “glorificam”, crianças choram, velhos tremem
de frio e multidões se encontram sob as marquises da vida, esperando a contribuição
e a caridade daqueles que dizem representar o meigo Nazareno. Essa condição
de ignorar a realidade do mundo, prova também, a falsidade de tais
religiosos, pois como diz Tiago em sua epístola:
“Mas a Besta foi aprisionada, e com ela
o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aquele que
receberam a marca da Besta e eram adoradores da sua imagem.”...
Apoc. 19:20
Apocalipse – Espírito Estêvão –
psicografia de Robson Pinheiro Santos.
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(...) 9
- o irmão poderá nos falar mais detalhes a respeito da Besta do Apocalipse?
- Na
verdade, a Besta é a síntese de todas as imperfeições
humanas, de seus desregramentos, de suas filosofias
materialistas, e principalmente de suas pretensões descabidas, como fruto da
inveja, do egoísmo e do orgulho. A prepotência humana forjou, ao longo do
tempo, as figuras através das quais se materializou esse poder bestial em
forma de governantes, governos ou instituições que se julgam ou julgaram donos do poder, da verdade e das
consciências. Dessa forma, podemos ver materializado o
símbolo da Besta em diversas épocas da humanidade e, como
exemplo, citamos um Nero, Deoclesiano, o poder papal, Hitler e tantos outros
que têm maculado a face do vosso planeta com atitudes e atos daninhos,
mórbidos e detestáveis, afrontando as leis da própria vida.
10 – O
Protestantismo, comentado nessas páginas como sendo a imagem da Besta, deixou
de receber as atenções do Alto, devido às atitudes de seus dirigentes?
- Não
falamos isso. O Protestantismo, ou as igrejas reformadas, tem também as suas
exceções. Os nossos irmãos continuam fazendo a sua parte no programa
evolutivo da Terra, mostrando a parcela da verdade àqueles que se afinam com
seus métodos. No entanto, grande parte do movimento
Protestante tem se desviado dos preceitos sublimes do Cristo,
na tentativa de obter o poder,
unindo-se aos poderes do mundo de César, através da política, dos atos
inconfessáveis de certos dirigentes, das atitudes anti-fraternas de seus
membros e representantes, em não
aceitar ou não tolerar que outras pessoas pensem ou adorem a Deus de forma
diferente da sua. Estes são os mesmos métodos
utilizados pela igreja romana nos séculos passados e agora copiados por
aqueles que se dizem representantes da verdade. Por isso é que
se fazem uma “imagem da Besta”, ou “Falso Profeta” do Apocalipse, pois adotam
métodos que se encontram em franca divergência com os princípios cristãos,
dos quais se dizem representantes. Mas o Alto continua investindo naqueles
verdadeiros seguidores do bem, não
importando o rótulo religiosos que adotem. Mesmo neste caso, há
exceções que merecem ser apreciadas.
Apocalipse – Espírito Estêvão –
psicografia de Robson Pinheiro Santos
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Belo Horizonte (MG), agosto de 2006.
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(...) “Nosso
maior trunfo, contudo – prosseguiu eufórico em seu discurso -, é o nascimento do anticristo nas terras brasileiras.
Um poder, uma formação político-religiosa
esboça-se de tal maneira que será, para nós, um dos maiores instrumentos de
ação que poderíamos utilizar. Essa instituição de poder
político-religioso será o anticristo. Temos trabalhado para
que indivíduos de destaque na
esfera religiosa concorram, cada vez mais, a cargos eletivos no Congresso Nacional do Brasil. A união
do estado à religião trará o recrudescimento de uma força única, de natureza
temporal e espiritual, elementos fundidos numa só expressão. É a Besta que finalmente ressuscita! Eis o projeto anticristo, a Besta que sorrateiramente
renasce no Brasil.” (...)
Os representantes das diversas falanges,
assim como os encarnados desdobrados que participavam do conclave, começaram
a falar ao mesmo tempo. Empolgados, pareciam em êxtase, como se tivessem
esquecido da nossa presença ali. (...)
A sala de conferência estava lotada, e
havia ali representantes de várias legiões das sombras. (...)
LEGIÃO
–Um Olhar Sobre o Reino das Sombras – Espírito Ângelo Inácio – pricografia Robson
Pinheiro.
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