Fonte: Uol notícias |
Estamos vivendo o momento de “transiçãoplanetária”; e, conforme nos relatam as mensagens (LIVROS I), na dimensão
astral está havendo um trabalho intenso de reurbanização, desestruturando os
laboratórios dos magos negros, e libertando os espíritos que estavam sob
hipnose a serviço dos espíritos trevosos. O trabalho é intenso devido a
existência de inúmeras regiões
vibratórias densas no astral inferior. Este grande trabalho no astral se reflete
na dimensão física, e é percebido através dos trabalhos de pacificações em
comunidades do Rio de Janeiro, das inúmeras revoltas populares em todo o
planeta, conseguindo derrubar regimes de ditadores. No Brasil, atualmente,
temos vistos as manifestações de grande número de jovens que saíram às ruas
para protestarem contra a administração pública, que não tem conseguido
resolver os problemas nas áreas de saúde, educação, segurança e transporte. Os
jovens, também, manifestaram a sua indignação contra a corrupção administrativa
de políticos que desviam verbas e ganham propinas nas obras superfaturadas.
O interessante é perceber o reflexo deste
momento de transição aqui no Brasil, com o levante dos jovens, como um momento de
renovação. Este momento, as vésperas do grande evento da Jornada Mundial da
Juventude, e a peregrinação do Papa Francisco, nos dá a certeza de mudanças
positivas para a construção de uma sociedade mundial mais fraterna e justa.
Estamos vivendo o momento belíssimo da
visita do Papa Francisco ao Brasil, e que tem mostrado, através de sua postura e discurso, uma
esperança nova para o despertar da fé de inúmeras pessoas, para que possam
compreender a mensagem da “Boa Nova” deixada por Jesus. O Papa franciscano vem
reavivar a imagem de Jesus que iniciou sua missão sublime de construção do “Reino
de Deus na Terra”, que é o desenvolvimento da obra divina no coração dos
homens. O “discurso do Papa em Aparecida do Norte” pedindo para que
todos os fiéis adotem três posturas em suas vidas, e que são: Conservar a esperança; deixar-se
surpreender por Deus; e viver na alegria demonstra que está em sintonia com
a “Boa Nova” de Jesus, que ensinou que - “Bem Aventurados” são os que suportam
as dificuldades da vida com resignação e confiança na Justiça Divina, porque
estão depurando as energias densas que revestem suas almas e habitarão o “Reino
dos Céus”, que é uma dimensão vibratória com frequência mais elevada no plano
astral. Jesus nos ensinou que não estamos desamparados, pois, como individualidades
cósmicas criadas por Deus, estamos vinculados a um projeto evolutivo onde
despertamos nossas potencialidades da alma através do amor ou da dor, dentro da
lei de “Ação e Reação”. Vivendo com Deus no coração e fazendo uma reforma
intima em nossa postura, aparando as arestas que são os maus comportamentos
tais como: a maledicência, a vingança, o ódio, a inveja, e outros sentimentos
desarmoniosos, e desenvolvendo as qualidades da alma que são: a postura de
fraternidade, o perdão, a compreensão, a humildade, a simplicidade e o desejo
de servir a humanidade e não ser servido, como disse o Papa, estaremos vivendo
na “alegria da vida”. A “Boa Nova” de Jesus
descrita no sermão da montanha traz o alicerce do desenvolvimento de uma
humanidade fraterna, e que o Papa convoca a todos, e principalmente os jovens, que com sua alegria possam construir, desde já,
um mundo renovado. Estamos felizes com a postura do Papa, com sua humildade e
simplicidade, dando continuidade no trabalho dos primeiros apóstolos de Jesus,
que iniciaram a construção do Reino de Deus na Terra, no coração da humanidade.
V. Lau
Mateus cap.5
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1E Jesus, vendo a
multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus
discípulos;
2E, abrindo a sua
boca, os ensinava, dizendo:
3Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
4Bem-aventurados
os que choram, porque eles serão consolados;
5Bem-aventurados
os mansos, porque eles herdarão a terra;
6Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7Bem-aventurados
os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8Bem-aventurados
os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10Bem-aventurados
os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos
céus;
11Bem-aventurados
sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o
mal contra vós por minha causa.
12Exultai e
alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós.
13Vós sois o sal da
terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais
presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
14Vós sois a luz do
mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15Nem se acende a
candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que
estão na casa.
16Assim resplandeça
a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
(Almeida corrigida
e revisada Fiel)
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PRIMEIRAS
PREGAÇÕES
Nos primeiros dias do ano 30, antes de
suas gloriosas manifestações, avistou-se Jesus com o Batista, no deserto
triste da Judeia, não muito longe das areias ardentes da Arábia. Ambos
estiveram juntos, por alguns dias, em plena natureza, no campo ríspido do
jejum e da penitência do grande precursor, até que o Mestre divino,
despedindo-se do companheiro, demandou o oásis de Jericó, uma bênção de
verdura e água, entre as inclemências da estrada agreste. De Jericó
dirigiu-se então a Jerusalém, onde repousou, ao cair da noite.
Sentado como um peregrino, nas
adjacências do templo, Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e
pensadores ociosos, que se sentiram atraídos pelos seus traços de formosa
originalidade e pelo seu olhar lúcido e profundo. Alguns deles se afastaram,
sem maior interesse, mas Hanã, que seria, mais tarde, o juiz inclemente de
sua causa, aproximou-se do desconhecido e dirigiu-se lhe com o orgulho:
- Galileu,
que fazes na cidade?
- Passo
por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus – exclamou o Cristo,
com modesta nobreza.
- Reino
de Deus? – tornou o sacerdote com acentuada ironia. – E que pensas tu venha a ser isso?
- Esse Reino é a obra divina no
coração dos homens! – esclareceu Jesus, com grande serenidade.
- Obra
divina em tuas mãos? – revidou Hanã, com uma gargalhada de desprezo.
E, continuando as suas observações
irônicas, perguntou: Quais são os teus
seguidores e companheiros? ... Acaso
terás conquistado o apoio de algum príncipe desconhecido e ilustre, para
auxiliar-te na execução de teus planos?
Meus
companheiros hão de chegar de todos os lugares – respondeu o Mestre com
humildade.
- Sim
– observou Hanã -, os ignorantes e os
tolos estão em tua edificação. Entretanto, propões-te realizar uma obra
divina e já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?
- Sacerdote
– replicou-lhe Jesus, com energia serena -, nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do
sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade sincera.
Impressionado com a resposta firme e
inteligente, o famoso juiz ainda interrogou:
- Conheces
Roma ou Atenas?
- Conheço o Amor e a Verdade
– disse Jesus convictamente.
- Tens
ciência dos códigos da Corte Provincial e das leis do Templo? – inquiriu
Hanã, inquieto.
- Sei qual é a vontade de meu
Pai que está nos céus – respondeu o Mestre, brandamente.
O sacerdote o contemplou irritado e,
dirigindo-lhe um sorriso de profundo desprezo, demandou a Torre Antônia, em
atitude de orgulhosa superioridade.
No dia seguinte, pela manhã, o mesmo
formoso peregrino foi ainda visto a contemplar as maravilhas do santuário,
antes alguns minutos de internar-se pelas estradas banhadas de sol, a caminho
de sua Galileia distante.
Daí a algum tempo, depois de haver
passado por Nazaré, descansando igualmente em Canã, Jesus se encontrava nas
circunvizinhanças da cidadezinha de Cafarnaum, como se procurasse, com viva
atenção, algum amigo que estivesse à sua espera.
Em breves instantes, ganhou as margens do
Tiberíades e se dirigiu, resolutamente, a um grupo alegre de pescadores, como
se, de antemão, os conhecesse a todos.
A manhã era bela, no seu manto diáfano
de radiosas neblinas. As águas transparentes vinham beijar os eloendros da
praia, como se brincassem ao sopro das virações perfumadas da Natureza. Os
pescadores entoavam uma cantiga rude e, dispondo inteligentemente as barcaças
móveis, deitavam as redes, em meio a profunda alegria.
Jesus aproximou-se do grupo e, assim que
dois deles desembarcaram em terra, falou-lhes com amizade:
- Simão
e André, filhos de Jonas, venho da parte de Deus e vos convido a trabalhar
pela instituição de seu Reino na Terra!
André lembrava-se de já o ter visto, nas
cercanias de Betsaida, e do que lhe
haviam dito a seu respeito, enquanto Simão, embora agradavelmente
surpreendido, o contemplava enleado. No entanto, quase a um só tempo, dando
expansão aos seus temperamentos acolhedores e sinceros, exclamaram
respeitosamente:
- Sede
bem-vindo!...
Jesus então lhes falou docemente do
Evangelho, com o olhar incendido de júbilos divinos.
Estando muitos outros companheiros do
lago a observar de longe os três, André, manifestando a sua tocante
ingenuidade, exclamou comovido:
- Um
rei? Mas em Cafarnaum existem tão poucas casas!...
Ao que Pedro obtemperou, como se a boa
vontade devesse suprir todas as deficiências:
O
lago é muito grande e há várias aldeias circundando estas águas. O Reino
poderá abrange-las todas!
Isso dizendo, fixou em Jesus o olhar
perquiridor, como se fora uma grande criança meiga e sincera, desejosa de demonstrar
compreensão e bondade. O Senhor esboçou um sorriso sereno e, como se adiasse
com prazer as suas explicações para mais tarde, inquiriu generosamente:
- Quereis
ser meus discípulos?
André e Simão se interrogaram a si
mesmos, permutando sentimentos de admiração embevecida. Refletia Pedro: que
homem seria aquele? Onde já lhe escutara o timbre carinhoso da voz íntima e
familiar? Ambos os pescadores se esforçavam por dilatar o domínio de suas
lembranças, de modo a encontra-lo nas recordações mais queridas. Não sabiam,
porém, como explicar aquela fonte de confiança e de amor que lhes brotava no
âmago do espírito e, sem hesitarem, sem uma sombra de dúvida, responderam simultaneamente:
- Senhor,
seguiremos os teus passos.
Jesus os abraçou com imensa ternura e,
como os demais companheiros se mostrassem admirados e trocassem entre si
ditérios ridicularizadores, o Mestre, acompanhado de ambos e de grande grupo
de curiosos, se encaminhou para o centro de Cafarnaum, na qual se erguia a
Intendência de Ântipas. Entrou calmamente na coletoria e, avistando um
funcionário culto, conhecido publicano da cidade, perguntou-lhe:
- Que
fazes tu, Levi?
O interpelado fixou-o com surpresa; mas,
seduzido pelo suave magnetismo de seu olhar, respondeu sem demora:
- Recolho
os impostos do povo, devidos a Herodes.
- Queres
vir comigo para recolher os bens do Céu? – perguntou-lhe Jesus, com
firmeza e doçura.
Levi, que seria mais tarde o apóstolo
Mateus, sem que pudesse definir as santas emoções que lhe dominaram a alma,
atendeu, comovido:
- Senhor,
estou pronto!...
-Então,
vamos- disse Jesus, abraçando-o.
Em seguida, o numeroso grupo se dirigiu
para a casa de Simão Pedro, que oferecera ao Messias acolhida sincera em sua
residência humilde, onde o Cristo fez a primeira exposição de sua
consoladora doutrina, esclarecendo que a adesão desejada era a do
coração sincero e puro, para sempre, às claridades do seu Reino.
Iniciou-se naquele instante a eterna união dos inseparáveis companheiros.
Na tarde desse mesmo dia, o Mestre fez
a primeira pregação da Boa Nova na praça ampla, cercada de verdura e
situada naturalmente junto às águas.
No céu, vibravam harmonias vespertinas,
como se a tarde possuísse também uma alma sensível. As árvores vizinhas
acenavam os ramos verdes ao vento do crepúsculo, com mãos da Natureza que
convidassem os homens à celebração daquele primeiro ágape. As aves ariscas
pousavam de leve nas alcaparreiras mais próximas, como se também desejassem
senti-lo, e na praia extensa se acotovelava a grande multidão de pescadores
rústicos, de mulheres aflitas por continuadas flagelações, de crianças sujas
e abandonadas, misturados publicanos pecadores com homens analfabetos e
simples, que haviam acorrido, ansiosos por ouvi-lo.
Jesus contemplou a multidão e enviou-lhe
um sorriso de satisfação. Contrariamente às ironias de Hanã, Ele aproveitaria o sentimento
como mármore precioso e a boa vontade como cinzel divino. Os ignorantes do mundo, os
fracos, os sofredores, os desalentados, os doentes e os pecadores seriam em
suas mãos o material de base para a sua construção eterna e sublime. Converteria toda a
miséria e toda dor num cântico de alegria e, tomado pelas
inspirações sagradas de Deus, começou a falar da maravilhosa beleza do seu Reino.
Magnetizado pelo seu amor, o povo o escutava num grande transporte de
ventura. No céu havia uma vibração de claridade desconhecida.
Ao longe, no firmamento de Cafarnaum, o
horizonte se tornara um deslumbramento de luz e, bem no alto, na cúpula
dourada e silenciosa, as nuvens delicadas e alvas tomavam a forma suave das
flores e dos arcanjos do Paraíso.
“Boa
Nova” – pelo Espírito Humberto de Campos – psicografado por Francisco Cândido
Xavier –FEB 2013.
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